PORTO ALEGRE É A CAPITAL BRASILEIRA COM MAIS FUMANTES E MAIS PESSOAS ACIMA DO PESO

10/04/2012


Capital gaúcha lidera em quantidade de pessoas que consomem 20 ou mais cigarros por dia.

Ministério da Saúde divulgou dados de levantamento sobre fatores de risco para doenças crônicas nesta terça-feira.


Porto Alegre amarga péssimos resultados em pesquisa do Ministério da Saúde divulgada em coletiva de imprensa nesta terça-feira, em Brasília. A capital gaúcha lidera o ranking do número de fumantes no país: cerca de um quarto dos homens (24,6%) e um quinto das mulheres (20,9%) da cidade têm o hábito de fumar.

A cidade também está na frente quando analisada a quantidade de pessoas que consomem 20 ou mais cigarros por dia: 10,7%. Em contrapartida, a média nacional de fumantes no país é de 14,8%. A frequência é menos da metade do índice de 1989, quando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo IBGE, apontou 34,8% de fumantes na população.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, atribui o alto índice de fumantes na Capital à força da indústria de fumo no Rio Grande do Sul.

— Além das questões culturais, a produção de fumo no Rio Grande do Sul faz com que o tabagismo seja maior do que nos outros Estados — considera.

Diante deste cenário, Padilha reforçou a importância da adoção de políticas que restrinjam o fumo, como as restrições à publicidade, e a criação de espaços livres do tabaco. Ele destacou ainda as ações do governo para reduzir o número de fumantes no país, como a proibição de fumódromos e as medidas restritivas ao tabaco, como a proibição de aditivos de sabor.


Quase metade dos brasileiros está acima do peso

Outro dado preocupante para os porto-alegrenses é o excesso de peso na população. Porto Alegre é a capital com maior frequência de pessoas acima do peso ideal (55,4%) e de obesidade entre as mulheres, duas em cada 10 são obesas. A segunda colocada é Fortaleza, com 53,7%. Entre os homens da Capital, 60,7% estão acima do peso ideal. Já entre as mulheres, o índice é de 50,7%.

Parte deste resultado pode ser consequência dos maus hábitos alimentares: 42,5% da população declarou beber refrigerante regularmente.

De acordo com o ministério, o excesso de peso e a obesidade aumentaram em todo o país nos últimos seis anos. A proporção de pessoas acima do peso avançou 42,7%, em 2006, para 48,5% em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

Os dados são da pesquisa Vigitel — Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2011. Realizado desde 2006, o levantamento aborda itens como tabagismo, excesso de peso, consumo alimentar, atividade física e consumo de bebidas alcoólicas, fatores de risco para doenças crônicas como diabetes e hipertensão. 

Nenhum comentário: