MÉDICOS QUESTIONAM TRATAMENTO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA À BASE DE VITAMINA D...

28/06/2014 

Cícero Galli Coimbra: médico usa vitamina D para tratar pacientes com Esclerose Múltipla.
Professores, pesquisadores e representantes da Academia Brasileira de Neurologia afirmam que tratamento praticado por neurologistas como Cícero Galli Coimbra não tem evidência científica e pode colocar a saúde do paciente em risco.


A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica que desafia a medicina.  



Cerca 2,3 milhões de pessoas no mundo, dentre elas 35 000 brasileiros, sofrem dessa enfermidade, que é incurável e gera efeitos devastadores. 

De causa desconhecida, a doença se manifesta de uma hora para outra, quando o sistema imunológico ataca a mielina, substância que protege as fibras nervosas do cérebro, da medula espinal e do nervo óptico. 

A cada surto, as lesões formam áreas de cicatrização, ou Escleroses, que causam danos irreversíveis e podem deixar sequelas como cegueira, paralisia, lapso de memória e dificuldades na fala e na deglutição. 

Os medicamentos usados para conter a moléstia não são 100% eficazes e podem proporcionar fortes efeitos adversos ao paciente.

Diante desse cenário, é comum — e compreensível — que portadores de Esclerose Múltipla entrem em uma busca constante por novos tratamentos e soluções milagrosas de cura. 

Dentre as novidades na seara científica estão os medicamentos orais, como o fingolimode e a teriflunomida — até pouco tempo, as únicas opções eram remédios injetáveis. 

No campo da especulação, a vitamina D é a bola da vez. 

O mais notório defensor dessa teoria, no Brasil, é o neurologista Cícero Galli Coimbra, professor livre-docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Coimbra afirma que a deficiência de vitamina D é a causa da Esclerose Múltipla, ao lado do stress emocional. Dessa forma, a doença poderia ser combatida com a reposição do nutriente, sem a necessidade de remédios.

Depois de pagar mil reais pela consulta (preço informado pela recepcionista da clínica), seus pacientes saem do consultório com três recomendações: ingerir doses cavalares de vitamina D, seguir uma dieta livre de alimentos ricos em cálcio e beber 2 litros de água por dia. "A atividade da doença desaparece em 95% dos casos, desde que não esteja num estágio muito avançado. Nos outros 5% o tratamento tem um efeito parcial, mas ainda assim significativo", garantiu o médico, em entrevista ao site de VEJA.  

 Falta de provas...

 — Fácil de seguir, barato, livre dos efeitos adversos das drogas convencionais e com 95% de promessa de cura. O problema é que o tratamento sugerido por Coimbra não tem comprovação científica. 
 
Há décadas a medicina reconhece que bons níveis de vitamina D no organismo ajudam a proteger os ossos. Nos últimos anos, estudos têm investigado outro benefício do nutriente: a capacidade de blindar o sistema imunológico. 
No caso da esclerose múltipla, a teoria ganhou força porque estimativas indicam que a condição é mais prevalente entre pessoas que moram em locais afastados da linha do Equador – e, portanto, menos expostas ao sol.

Em um primeiro momento, pesquisas sugeriram que a deficiência de vitamina D poderia enfraquecer as células de defesa do organismo e abrir as portas para uma série de doenças, da dor de garganta ao câncer. Revisões mais recentes, porém, apontam no caminho contrário: um sistema imune combalido é que teria dificuldade de produzir o nutriente (a vitamina D é fabricada pelo organismo, com o estímulo de banhos de sol).

Em dezembro do ano passado, o prestigioso periódico The Lancet publicou a mais completa revisão de estudos sobre os efeitos da vitamina D no organismo. O objetivo era reunir evidências científicas de que o nutriente poderia prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, câncer ou esclerose múltipla.

Depois de analisar 462 artigos, os pesquisadores concluíram que a falta de vitamina D não é causa de um sistema imunológico fraco e, sim, sua consequência. Baixas doses do nutriente são resultado dos processos inflamatórios que acompanham muitas doenças, como a Esclerose Múltipla. Dessa forma, a vitamina D não interfere na prevenção ou tratamento de enfermidades crônicas.

"Não há evidências de que altas doses de vitamina D melhoram os sintomas da Esclerose Múltipla", diz Philippe Autier, coordenador do estudo e professor do Instituto Internacional de Pesquisa em Prevenção de Lyon, na França. 

 "Usar altas doses do nutriente para tratar uma doença como a Esclerose Múltipla é perda de dinheiro. Além do mais, prescrever um medicamento sem ter a eficiência comprovada por estudos randomizados é uma péssima prática médica."

Consenso brasileiro...

A conclusão foi a mesma em uma revisão de estudos publicada em fevereiro desde ano pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) para elaborar um consenso médico sobre o uso terapêutico da vitamina D em pacientes com Esclerose Múltipla.
 
De acordo com a neurologista Doralina Guimarães Brum, coordenadora do Departamento Científico de Neuroimunologia da ABN e professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), os estudos que relacionam a vitamina D à Esclerose Múltipla, além de poucos, foram feitos com grupos pequenos de pessoas ou com modelos animais. Não existe nenhum trabalho amplo e de longo prazo com humanos para especificar qual seriam os efeitos diretos da vitamina D e as doses recomendadas.
 

"Adoraríamos ter um estudo com um grande número de pacientes de Esclerose Múltipla mostrando os efeitos da vitamina D no tratamento. No entanto, isso não existe e não é possível basear condutas médicas em especulações", diz Doralina.
O estudo da ABN estabeleceu que o uso de vitamina D como terapia única no combate à Esclerose Múltipla deve ser considerado experimental. Ou seja, se um médico quiser substituir o tratamento reconhecido pela entidade por um exclusivo à base de vitamina D, precisa fazer isso dentro de um estudo clínico, aprovado por um comitê de ética, com consentimento do paciente e de graça. 

O documento estabelece também que doses consideradas seguras para a suplementação são de no máximo 10.000 unidades internacionais (UI) ao dia, até o nutriente alcançar, no sangue, uma taxa entre 40 ng/ml e 100 ng/ml, consideradas saudáveis. Doses superiores podem causar problemas graves, como insuficiência renal aguda e crônica.

E existe um agravante. "Parar de tomar o suplemento não significa que o nível de vitamina D no sangue voltará ao normal rapidamente. Há relatos de pessoas que demoraram um ano para voltar às taxas normais", alerta Dagoberto Callegaro, coordenador de neuroimunologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

 Prática suspeita — 

Médicos como Cícero Galli Coimbra contrariam o consenso. O neurologista da Unifesp receita doses superiores a 10.000 UI em substituição a remédios que comprovadamente ajudam a impedir novos surtos da doença. Ele nunca publicou uma pesquisa sobre esse tema e não tem nenhuma em andamento. Diz, inclusive, se recusar a fazer um estudo por ter certeza dos efeitos positivos da vitamina D à saúde e do malefício que o placebo poderia causar ao paciente, em uma análise comparativa.

O argumento é fraco, como explica o médico Tarso Adoni, coordenador científico do Departamento de Neuroepidemiologia da ABN:

"Não é preciso usar placebo. Um estudo poderia comparar a vitamina D com os remédios tradicionais para a Esclerose", diz ele. Mas antes disso, salienta Adoni, há outra questão: seria ético submeter pacientes a uma pesquisa com vitamina D, quando as evidências apontam cada vez mais que o nutriente não traz benefício nenhum ao doente?

A conduta de Cícero Galli Coimbra é repreendida por Reinaldo Ayer, coordenador do Centro de Bioética do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e professor de bioética da Universidade de São Paulo. 

"Um tratamento que não tem comprovação científica só deve ser aplicado em um contexto de pesquisa", diz. Segundo ele, o Cremesp deveria abrir uma sindicância para investigar casos como o de Cícero Galli Coimbra por possível infração ao Código de Ética Médica. 

Pelo regimento do órgão, a investigação correria em sigilo e poderia ser arquivada ou, em caso de condenação, resultar em desde uma advertência até a cassação do registro profissional, publicada em Diário Oficial.

 Ameaça ao paciente

 — Além dos riscos inerentes ao uso de superdosagens de vitamina D, o tratamento exclusivo da Esclerose Múltipla com a substância pode trazer mais um prejuízo sério: a pessoa deixa de fazer uso dos medicamentos que comprovadamente ajudam a conter a doença, o que pode aumentar o risco de novos surtos. "Os remédios convencionais podem não ser 100% eficazes, mas têm respaldo científico", diz Jefferson Becker, neurologista da Faculdade de Medicina da PUC do Rio Grande do Sul e do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla
 
Atualmente, o tratamento da doença inclui o uso de medicamentos imunossupressores ou imunomoduladores, usados para prevenir novos surtos. Nem todos os pacientes com Esclerose Múltipla, porém, precisam tomá-los durante a vida toda: existem casos em que a condição é pouco agressiva e fases em que ela deixa de evoluir.

Esse é um dos motivos, segundo os médicos, que levam pacientes a acreditar no tratamento com vitamina D. "As doenças autoimunes são muito heterogêneas, entram em atividade ou param de agir de repente. Então o paciente pode atribuir à vitamina D uma característica que é da evolução natural da enfermidade", afirma Tarso Adoni. Outra razão é o efeito placebo — a pessoa crê que está recebendo uma terapia eficaz e, por isso, sente uma melhora.

"Por que com todos os medicamentos seguimos rígidos protocolos e com a vitamina D há esse uso irresponsável?", pergunta Doralina Guimarães Brum, da ABN. "Normas éticas e científicas foram criadas para que não se repita a história de atrocidades médicas que a humanidade já sofreu."

DISFUNÇÃO URINÁRIA


Material elaborado por
Adelia Correia Lucio, MSc
Fisioterapêuta. Especialista em Neurologia Adulto pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) . Mestre em Cirurgia (Neurourologia) UNICAMP. Doutorado em andamento em Cirurgia pela UNICAMP.
CREFITO 3-79726-F

Dois entre três pacientes portadores de esclerose múltipla (EM) apresentarão algum tipo de sintoma urinário durante o curso da doença. Isto ocorre porque os locais de predileção das lesões da doença, no sistema nervoso central, coincidem com os locais de controle neurológico do sistema urinário. 

Caso uma pessoa apresente sintomas urinários decorrentes de uma lesão no sistema nervoso central, sendo por consequência da EM ou qualquer outra doença neurológica, os profissionais da saúde chamarão esta condição de bexiga neurogênica. 

Para entendermos o que ocorre com a bexiga quando há uma lesão do sistema nervoso central precisamos primeiro entender seu funcionamento normal.

O aparelho urinário é responsável pela formaçao e excreção de urina e é composto pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. 

Os rins são órgãos em forma de feijão responsáveis por filtrar o sangue e formar a urina. Dos rins, a urina segue para a bexiga através de finos tubos chamados ureteres. 

A bexiga é um órgão muscular oco que tem a função de armazenar a urina produzida pelos rins até o momento e local escolhidos para urinar. 

A uretra é um canal que se extende da base da bexiga ate a parte exterior do corpo responsável por conduzir a urina ao meio externo, é mais longa nos homens e mais curta nas mulheres.

Quando a bexiga urinária esta repleta de urina, ela incha obtendo a forma arredondada e diminui de tamanho após seu esvaziamento. 

Para que ocorra o enchimento da bexiga ela deve permanecer em repouso e a uretra contraída, para evitar perdas de urina. Para que ocorra o esvaziamento o músculo que forma a bexiga se contrai, a uretra relaxa e a micção ocorre.

Basicamente, este é o funcionamento normal do aparelho urinário.

Os sintomas urinários na esclerose múltipla dependem do local que a lesão ocorre podendo causar sintomas de esvaziamento ou enchimento.

Os sintomas de esvaziamento ocorrem mais frequentemente em duas situações: quando a  contração da bexiga urinária, necessária para o esvaziamento adequado, é muito fraca ou não ocorre sendo necessária a utilização de sonda vesical para a remoção da urina; ou quando a bexiga se contrai, porém o esfíncter não relaxa impedindo a urina de ser expelida, condição esta chamada de dissinergia vésico-esfincteriana.

 A primeira situação é menos frequente na esclerose múltipla e pode ocorrer antes dos sintomas de enchimento se iniciarem ou ocorrer de forma permanente.

Neste caso a bexiga se enche demasiadamente, porém a vontade de urinar é pouca ou nenhuma. Pode ocorrer perdas de urina por transbordamento, ou seja, a capacidade maxima da bexiga é ultrapassada e perdas involuntárias ocorrem.

A segunda situação é mais frequente, ocorrendo em cerca de 25% dos pacientes. Nos dois casos a incidência de infecção urinária é alta, pois a urina parada por muito tempo dentro da bexiga é um meio ideal para a proliferação de bactérias.

Os sintomas de enchimento são muito frequentes sua causa esta associada às contrações irregulares e involuntárias da bexiga, que deveria estar relaxada no período de enchimento da bexiga. Os sintomas de enchimento mais comuns são a frequência urinária aumentada, urgência miccional, incontinência urinária de urgência e noctúria.

A frequência urinária normal, ou seja o número de vezes que uma pessoa vai ao banheiro urinar, é cerca de oito vezes por dia, uma pessoa que se queixa de urinar mais que oito vezes por dia é considerada uma pessoa com frequência urinaria aumentada. 

A urgência miccional é caracterizada pela vontade súbita de urinar muito difícil de controlar, sendo necessário ir ao banheiro mais próximo o mais rápido possível.

Caso uma pessoa não consiga chegar ao banheiro, durante uma urgência miccional, e perde urina esta pessoa tem o sintoma de incontinência urinaria de urgência. E por último, uma pessoa que tem o sono interrompido durante a noite para urinar é considerada uma pessoa com sintomas de noctúria.

O entendimento destes sintomas pelo paciente é muito importante, pois a percepção da presença e variação dos sintomas auxilia o autoconhecimento e consequentemente o aumento da participação deste na relação terapêutica, auxiliando assim o profissional da saúde na escolha do melhor tratamento para cada caso.

Estas informações são recomendações gerais que objetivam expandir o conhecimento sobre a Esclerose Múltipla, mas não substituem a visita do paciente a um neurologista.


CIENTISTAS EXPLICAM VÍNCULO ENTRE ESTRESSE E ATAQUE CARDÍACO...

23/06/2014  

Em excesso, glóbulos brancos podem ser nocivos ao favorecer a formação de coágulos e bloquear a circulação.


Pesquisadores afirmaram ter descoberto como o estresse crônico leva a ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs): provocando a superprodução de glóbulos brancos, células de defesa do organismo, que em excesso podem ser prejudiciais.

O excedente de células se acumulam nas paredes das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e favorecendo a formação de coágulos que bloqueiam a circulação ou a interrompe, viajando para outra parte do corpo.

Os glóbulos brancos são importantes para combater e curar infecções, mas em excesso ou se estiverem no lugar errado, podem ser nocivos, afirmou o coautor do estudo, Matthias Nahrendorf, da Escola de Medicina de Harvard, em Boston.

Para descobrir este vínculo, Nahrendorf e sua equipe estudaram 29 residentes médicos que trabalham em uma unidade de cuidados intensivos. Seu ambiente de trabalho é considerado um modelo para a exposição ao estresse crônico, em vista do ritmo acelerado e da grande responsabilidade de tomar decisões de vida e morte.

Ao comparar amostras sanguíneas retiradas durante as horas de trabalho e de folga, assim como os resultados de percepção de estresse de questionários, os investigadores encontraram um vínculo entre o estresse e o sistema imunológico.

Eles notaram, particularmente, que o estresse ativa células-tronco da medula espinhal, que por sua vez levam à superprodução de glóbulos brancos, também chamados de leucócitos. Os glóbulos brancos, cruciais na cicatrização de ferimentos e no combate a infecções, podem se voltar contra o próprio organismo, com consequências devastadoras para pessoas com doenças como arteriosclerose, ou seja, o espessamento das paredes das artérias provocado pelo acúmulo de placas.

Em seguida, o estudo foi feito com ratos de laboratório, que foram expostos ao equivalente do estresse para roedores, como a superlotação ou a movimentação da gaiola. A equipe selecionou os camundongos com propensão a arteriosclerose. Eles descobriram que o excesso de glóbulos brancos produzidos em função do estresse se concentrou na parte interna das artérias e impulsionou o acúmulo de placas.

— Aqui, as células liberam enzimas que amolecem o tecido conectivo e levam ao rompimento da placa. Esta é a causa frequente de infarto do miocárdio e do derrame— explica Nahrendorf.

Ele acrescentou que os leucócitos são apenas parte do problema. Outros fatores, como colesterol e pressão elevados, tabagismo e propensão genética também contribuem para um risco maior de ataque cardíaco e AVC.

FONTE:http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/bem-estar/noticia/2014/06/cientistas-explicam-vinculo-entre-estresse-e-ataque-cardiaco-4533893.html


OS ÓCULOS QUE DÃO VOZ...

23-06-2014

Tecnologia desenvolvida por investigadores portugueses pretende melhorar a comunicação de pessoas com doenças incapacitantes.


Uma equipa portuguesa de investigadores desenvolveu o EyeSpeak: uns óculos especiais que permitem a pessoas com doenças incapacitantes comunicarem com os olhos.

Como? Esta tecnologia criada pela LusoVU /LusoSpace projecta um teclado virtual no campo de visão do paciente. Depois, uma microcâmara apontada aos olhos permite monitorizar a sua posição e perceber qual a tecla seleccionada, isto é, aquela para onde o paciente está a olhar. Após escrever uma palavra ou conjunto de palavras, o paciente poderá seleccionar o botão “falar” que irá traduzir em fala o que foi escrito através do altifalante integrado.

A análise do movimento ocular, mas também pode ser utilizada como um rato virtual para, por exemplo, aceder à internet.

A LusoVU /LusoSpace, empresa ligada à indústria aeroespacial, lançou uma campanha de crowdfunding (financiamento colectivo online) para conseguir colocar no mercado o EyeSpeak.

Este é o primeiro sistema móvel e autónomo de comunicação com o olhar, ou seja, ao contrário de outras tecnologias semelhantes, não precisa de estar ligado a um computador para funcionar, nem de ser calibrado.


100 letras por minuto...
 

O presidente executivo da LusoVU /LusoSpace conhece bem as dificuldades em lidar com doenças que impedem a comunicação. O pai de Ivo Vieira sofre de esclerose lateral amiotrófica, a mesma condição do físico Stephen Hawking, que afecta a mobilidade, o impede de se mexer, falar, escrever, mantendo a capacidade cognitiva.

“Além do conhecimento elevado que temos deste tipo de tecnologia, o facto de eu viver a situação do meu pai ajuda-me perceber a dificuldade que é comunicar com ele”, justifica.

“Quando uso uma tabela, a escrita faz-se a quatro letras por minuto, e com este sistema prevejo que possa fazer-se a cem letras por minuto, portanto estou confiante na capacidade deste produto melhorar a qualidade de vida das pessoas que têm estas limitações.”

Cerca de dois milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de esclerose lateral amiotrófica, distrofia muscular, tetraplegia, lesão cerebral traumática, e outras doenças que impactam de forma drástica a comunicação. 

DOR ABDOMINAL É 1º SINAL DE PARKINSON E ESCLEROSE MÚLTIPLA...

22 de junho de 2014  

De acordo com especialista, o intestino e o cérebro participam da mesma química nervosa.


Ansiedade muitas vezes pode levar à sensação de “borboletas no estômago”, que costuma desaparecer junto com a sua causa. No entanto, cientistas descobriram que as vias nervosas entre o intestino e o cérebro, responsáveis por esse fenômeno, podem estar ligadas à doenças degenerativas, como Parkinson e Esclerose Múltipla. As informações são do Daily Mail.

“O intestino e o cérebro participam da mesma química nervosa e têm um diálogo. É por isso que quando você sente o estresse e outras emoções fortes, como o medo, acaba tendo sintomas gastrointestinais”, explicou o consultor de neurogastroenterologia da Universidade College de Londres e do Hospital Nacional de Neurologia.

O estudo publicado no jornal Movement Disorders descobriu que pessoas que sofrem da doença de Parkinson apresentam maior prevalência de uma condição chamada de Supercrescimento Bacteriano do Intestino, quando bactérias inofensivas proliferam em grande número no intestino delgado.

Sintomas são excesso de gases, inchaço, diarreia e dor abdominal. Ninguém sabe ao certo quantas pessoas sofrem dessa condição, já que ela não é diagnosticada na maioria das vezes ou é confundida com síndrome do intestino irritável.

Pesquisadores sugerem que essas bactérias podem produzir substâncias químicas que afetam os nervos no intestino, passando os danos para o cérebro e resultando em doenças como Parkinson e Esclerose Múltipla.

Os cientistas esperam que esta descoberta abra caminho para novos tratamentos para ambas as condições incapacitantes.


 



OCITOCINA...O HORMÔNIO DO AMOR...TEM PROPRIEDADES DE ANTIENVELHECIMENTO...

16/06/2014

A ocitocina é liberada durante a amamentação, o sexo e até mesmo durante um abraço caloroso. 
Descoberta pode auxiliar em tratamentos para manter e reparar músculos envelhecidos.


A ocitocina, conhecida como "hormônio do amor", é capaz de criar sensações reconfortantes durante interações sociais e físicas. Um recente estudo realizado pela Universidade da Califórnia em Berkeley aponta mais um benefício da ocitocina: poderia, um dia, ser usada para manter e reparar os músculos envelhecidos.

Os pesquisadores dizem que a ocitocina, hormônio liberado durante a amamentação, durante o sexo e até mesmo durante um abraço caloroso, poderia se transformar em tratamento viável para a perda muscular relacionada à idade. 

Associada com afetos sociais e românticos, a ocitocina aumenta a libido e é conhecida por criar laços sociais, familiares e afetivos.

— Esse é o hormônio que faz seu coração derreter quando você vê gatinhos, cachorros e bebês. 

Há uma piada atualmente entre a minha equipe de pesquisa de que estamos todos felizes, amigáveis e confiantes porque a ocitocina permeia o laboratório — disse a pesquisadora principal Irina Conboy, professora associada de bioengenharia e membro do Centro de Célula-Tronco Berkeley e do Instituto de Biociências Quantitativas da California (QB3).

No estudo, publicado no periódico Nature Communications, os pesquisadores observaram os níveis de ocitocina em ratos e descobriram que o hormônio diminui com a idade.

Os ratinhos mais velhos apresentaram menos receptores de ocitocina em células-tronco musculares. Ao se injetar o hormônio em ratos, os músculos lesionados dos espécimes mais velhos começaram a se reparar depois de apenas nove dias.

— A ação da ocitocina foi rápida. A reparação do músculo em ratos mais velhos foi de quase 80% do que vimos nos ratos jovens — disse Christian Elabd, cientista sênior do laboratório de Irina e coautor do estudo. 

O interessante é que os ratos jovens que receberam injeções de ocitocina não sofreram alteração muscular, segundo a cientista sênior e coautora líder do estudo, Wendy Cousin. 

— Isso é bom, pois demonstra que ocitocina extra melhora as células-tronco de tecidos envelhecidos, sem fazer com que as células musculares se dividam incontrolavelmente — Wendy acrescentou.

A cientista prevê que a ocitocina — que já é o ingrediente-chave da droga Picotin, administrada para induzir o parto — ultrapassará a terapia de reposição hormonal tradicional como o principal tratamento antienvelhecimento para mulher.

FONTE:http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/bem-estar/noticia/2014/06/ocitocina-o-hormonio-do-amor-tem-propriedades-de-antienvelhecimento-4527108.html

 

TRANSPLANTE DE NEURÔNIOS COMBATE O PARKINSON...

06/06/2014

Novo estudo publicado, nesta semana, na 'Cell Press' mostra que a temida degeneração após o transplante não acontece. 
Os tremores provocados pelo Parkinson são causados pela perda de neurônios produtores de dopamina na região do mesencéfalo do cérebro. Os transplantes podem renovar a produção dessas estruturas.


O transplante de neurônios em pacientes que sofrem como o mal de Parkinson foi uma proposta testada pela primeira vez em 1988, mas nunca bem aceita por cientistas que suspeitam da perda de eficácia da intervenção com o passar do tempo. Segundo eles, as células do sistema nervoso degenerariam ao passar dos anos, deixando de funcionar.

Um novo estudo publicado, nesta semana, na Cell Press mostra que a temida degeneração não acontece. A descoberta feita por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, impulsiona a busca pelo uso de células-tronco que sirvam como uma fonte de neurônios a serem transplantados.

Os tremores provocados pelo Parkinson são causados pela perda de neurônios produtores de dopamina na região do mesencéfalo do cérebro. Os transplantes podem renovar a produção dessas estruturas, trazendo novos elementos para entrar no lugar de células nervosas com falhas. Essa substituição, de acordo com os autores do estudo, “duraria muitos anos.”

Eles chegaram a essas conclusões após analisar neurônios de dopamina em cinco pacientes submetidos a transplante de células fetais. A cirurgia mais antiga havia acontecido há 14 anos. E a mais nova, há quatro. “Nossos resultados mostram uma expressão robusta de transportadores de dopamina e uma falta de morfologia mitocondrial anormal (sem defeitos) em neurônios de dopamina implantados há pelo menos 14 anos”, declarou, em um comunicado, Ole Isacson, médico do Instituto de Células-Tronco de Harvard e um dos autores do estudo.


Regeneração

 
De acordo com os pesquisadores, as conclusões trazem esperanças de tratamentos mais eficientes contra o mal degenerativo. “Nossos resultados são extremamente encorajadores e oportunos para o campo da medicina regenerativa e para o avanço de células-tronco transplantadas como uma terapia de restauração para a doença de Parkinson”, acredita Isacson.

O tratamento disponível para o Parkinson soma a ingestão de medicamentos e a realização de fisioterapia e psicoterapia. Os especialistas recomendam que as drogas comecem a ser prescritas no início da doença, quando ainda há neurônios preservados. O problema é que os primeiros sinais da doença não são notadas com facilidade. Normalmente, quando o paciente procura o médico, existem evidências de que pelo menos metade das células está perdida. O tremor é o indício mais frequente. Costuma surgir quando a pessoa está discreta e distraída e desaparece quando ele precisa executar algum trabalho. A doença raramente se manifesta antes dos 50 anos. A partir dos 65 anos, o mal acomete de 1% a 3% da população.


Técnica polêmica

 
O primeiro transplante de neurônios para tratamento do mal de Parkinson foi realizado em 1988 pelo neurologista Curt Freed, da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos. 

A cirurgia utilizou células fetais, uma escolha polêmica no meio científico, pois, para realizar a técnica, é necessário retirar estruturas de quatro fetos por paciente tratado. Uma alternativa para esse problema seria o uso de células-tronco, que podem ser usadas para criar qualquer tipo de tecido.

APRENDER UMA SEGUNDA LÍNGUA PODE RETARDAR ENVELHECIMENTO DO CÉREBRO...

03/06/2014  

Pesquisa mostra que benefício ocorre mesmo quando aprendizado começa na vida adulta.


Uma nova pesquisa revelou que aprender uma segunda língua pode causar um efeito positivo no cérebro, retardando o seu envelhecimento.

O benefício é observado mesmo quando o aprendizado tenha começado já na fase adulta.

As descobertas, realizadas pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, foram publicadas na revista Annals of Neurology.

A pesquisa foi aplicada em 262 pessoas com 11 ou 70 anos. 

Um estudo anterior já havia sugerido que ser bilíngue poderia retardar o aparecimento da demência por vários anos. 

Os testes tinham o objetivo de averiguar se o aprendizado de línguas melhora as funções cognitivas. 

O cientista Thomas Bak, do Centro de Envelhecimento da Universidade de Edimburgo, comandou os trabalhos e disse que encontrou o padrão significativo de melhorias na atenção, foco e fluência das atividades cerebrais.

— Essas descobertas são de importância prática significativa. Milhões de pessoas em todo o mundo aprendem uma segunda língua mais tarde.

Nosso estudo mostra que o bilinguismo sempre irá retardar o envelhecimento do cérebro — avalia.

FONTE:http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/bem-estar/noticia/2014/06/aprender-uma-segunda-lingua-pode-retardar-envelhecimento-do-cerebro-4516217.html


SAIBA COMO A CAMINHADA TRAZ BENEFÍCIOS PARA A COLUNA...

04/06/2014 

Dores nas costas podem ser evitadas com apenas 30 minutos do exercício em três dias da semana.


A dor nas costas é uma das queixas mais comuns na população.

O problema, que atinge homens e mulheres de diferentes faixas etárias, pode ter várias causas, entre as principais estão a má postura no dia-a-dia e também em decorrência do envelhecimento cronológico.

Mas o que fazer para prevenir ou aliviar o aparecimento dela? De acordo com o fisioterapeuta e especialista em coluna vertebral Helder Montenegro, basta praticar caminhadas diariamente.

A caminhada é uma atividade que não tem restrição de idade, não exige habilidade, não tem custos e pode ser praticada a qualquer momento do dia. 

Para uma pessoa que não tem o hábito de realizar nenhuma atividade física, apenas 30 minutos de caminhada três vezes na semana já traz benefícios tanto para a coluna, como melhora a circulação sanguínea e combate a osteoporose— indica o fisioterapeuta.

Além de prevenir as dores nas costas, a atividade a combater dores nos joelhos e nas pernas.

O exercícios ajuda a fortalecer os músculos abdominais e das costas que sustentam a região cervical, prevenindo as lesões na região. Outro benefício é que como aumentam a flexibilidade e mobilidade das articulações, melhora a capacidade de coordenar os movimentos do corpo e, consequentemente, melhoram a postura.

Contudo, é importante ressaltar que, se praticada de forma incorreta, a caminhada pode contribuir para o surgimento de dores na região lombar. 

Antes de iniciá-la, deve-se realizar um alongamento por, no mínimo, 15 minutos para reduzir o risco de entorse articular ou lesão muscular e evitar problemas na coluna. Lembrando que, durante a prática é preciso evitar passadas longas e pisadas muito fortes porque há o risco de queda e torções— alerta Montenegro.


Veja outras dicas do fisioterapeuta para caminhar corretamente:


- Evite caminhar com pesos nas pernas, pois podem lesionar a coluna;

- Opte por um sapato confortável, neste caso o tênis, pois ajudam a amortecer o impacto da pisada no chão;

- Mova os quadris de forma natural. O movimento lateral, como se estivesse rebolando, pode ocasionar dores nas costas;

- Não inicie o exercício apostando em grandes distâncias. O ideal é começar com caminhadas de 30 minutos, três vezes por semana, em terrenos planos;

- Mantenha-se hidratado. A ingestão de água evita o aparecimento das câimbras durante a prática;

- Não caminhe em jejum. Faça refeições leves ou, se preferir, coma frutas, fibras ou derivados do leite, que ajudam a evitar tonturas.



MÃE DE ADOLESCENTE COM DISTROFIA RECLAMA RECLAMA DO AUXILIO RECEBIDO EM MG

03/06/2014 

Mãe precisa de ajuda para cuidar dos três filhos
com distrofia.
Segundo mãe, suplementos necessários para filhos vêm pela metade.
Prefeitura de Juiz de Fora diz que suplementos foram entregues certos.

Três irmãos adolescentes que tem distrofia muscular progressiva enfrentam dificuldade com a falta de amparo por parte do sistema de saúde em Juiz de Fora. A mãe deles reclama que a Prefeitura não envia os suplementos necessários. 

A administração respondeu que os medicamentos já foram enviados e são suficientes para um mês.

A distrofia muscular progressiva leva a degeneração dos músculos do corpo. Um dos principais itens da dieta necessária para os pacientes são suplementos indicados pelos especialistas. Mas a mãe dos adolescentes, a dona de casa Marlene Miranda Ribeiro, disse que a Prefeitura não manda a quantidade suficiente. Paulinho, o mais velho dos irmãos, já perdeu três quilos. “No princípio, estava vindo tudo certinho. Depois começou a vir pela metade. E não adianta tomar a metade, tem que tomar 60 unidades por mês”, explicou Marlene.

Segundo ela, Lucas e Rodrigo ainda têm algum tipo de conforto com a cadeira de rodas, mas o mesmo não acontece com Paulinho. Além de não ser mais adequada às necessidades atuais do adolescente, a cadeira de rodas é antiga e está com várias partes quebradas. Para conseguir uma nova, Marlene precisou recorrer à Justiça em agosto do ano passado.

 “Até agora, não consegui nada. O juiz deu causa ganha. Eles mandaram a foto do Paulinho para São Paulo, mas a firma falou que a cadeira de rodas não era adequada para ele. Eles queriam passar uma cadeira de alumínio barata. A fisioterapeuta não aceitou. Agora o processo está arquivado na Secretaria de Saúde”, reclamou.

De três em três meses, Marlene precisa viajar a Belo Horizonte para dar continuidade ao tratamento dos filhos. Para isso, depende de um carro de apoio. “Estou muito sem esperança. São poucos que me ajudam. Mas o amor e o sorriso dos meus filhos já me bastam”, desabafou.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde, os suplementos foram repassados para os filhos de Marlene nesta segunda-feira (2). Segundo a pasta, a quantidade é suficiente para um mês. 

Sobre o processo relativo à cadeira de rodas, a Secretaria informou que a compra já foi providenciada e licitada, mas a empresa vencedora alegou não ter condições de produzir o equipamento conforme o definido pelo profissional médico que fez a solicitação. 

Ainda segundo a assessoria, o caso foi encaminhado à Justiça pela Secretaria de Saúde informando a inadequação no processo e solicitando autorização para que uma nova licitação fosse realizada.

 "A nova empresa vencedora do processo licitatório entrará em contato com o usuário para que ele vá até a cidade onde a fabricação da cadeira será feita, no estado de São Paulo, para que sejam tiradas as medidas do paciente, já que a cadeira deve ser feita sob medida. 

A Secretaria de Saúde vai providenciar a ida de Paulo Henrique até a sede da empresa por meio do Serviço de Transporte Fora de Domicílio para que o processo de confecção do produto seja finalizado e a compra finalizada com a maior rapidez", diz o texto.


GENE RELACIONADO AO CÂNCER DE MAMA PODE AUMENTAR RISCO DE DOENÇA DE PULMÃO EM FUMANTES

02/06/2014

A principal causa do câncer de pulmão é o tabagismo. 
Estudo indica que cerca de um quarto dos fumantes com falha específica no gene vão desenvolver câncer de pulmão em algum momento da vida.




Um gene notoriamente vinculado ao câncer de mama tem sido apontado também como responsável por um risco quase duas vezes maior de um fumante vir a desenvolver câncer de pulmão, alertou um estudo publicado neste domingo.

A descoberta, publicada na revista Nature Genetics, abre possibilidades para o tratamento e a triagem dos indivíduos em risco de desenvolver a doença, afirmaram os autores. "Nossas descobertas fornecem evidências adicionais de suscetibilidade genética hereditária ao câncer de pulmão", escreveram.

Todos os fumantes correm um risco considerável de saúde, independente de seu perfil genético, mas a probabilidade recai mais fortemente naqueles com esta falha genética — pontuou Paul Workman, vice-diretor executivo do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer (ICR), que participou do estudo.

Uma meta-análise com base em quatro estudos revelou que cerca de um quarto dos fumantes com falha específica no gene BRCA2 vão desenvolver câncer de pulmão em algum momento da vida, em comparação com 13% da população em geral de fumantes. A análise comparou o DNA de 11.348 pessoas com câncer de pulmão e de outras 15.861 sem a doença.

"O vínculo entre o câncer de pulmão e o BRCA2 defeituoso, conhecido por aumentar o risco de câncer de mama, ovários e outros, foi particularmente forte em pacientes com o subtipo mais comum de câncer de pulmão, denominado carcinoma de células escamosas", destacou o ICR em um comunicado.


Vínculo genético mais forte 


Outros genes já tinham sido relacionados ao risco de câncer de pulmão antes, mas o papel do BRCA2 era desconhecido.

A variante defeituosa, presente em 2% da população, "é a mais forte associação genética com o câncer de pulmão já reportada", afirmaram os autores do estudo.

"Os resultados sugerem que, no futuro, pacientes com câncer de pulmão de células escamosas poderiam se beneficiar de medicamentos especificamente projetados para serem eficazes em cânceres com mutações no BRCA", informou o ICR.

"Uma família de medicamentos, chamada de inibidores de PARP, tem demonstrado sucesso em testes clínicos no tratamento de pacientes com câncer de mama e ovário com mutações no BRCA, embora não se saiba ainda se poderia ser eficaz no câncer de pulmão", prosseguiu.

Os genes BRCA1 e BRCA2 (siglas para BReast CAncer susceptibility ou suscetibilidade ao câncer de mama) são a causa mais conhecida de câncer de mama hereditário.

No ano passado, a atriz Angelina Jolie anunciou ter feito dupla mastectomia como medida preventiva após ter se submetido a exames que revelaram que ela tem a mutação BRCA específica, apesar de não ter sido diagnosticada com câncer.

A principal causa do câncer de pulmão é o tabagismo, embora se saiba que fatores genéticos aumentam o risco.

Segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, o câncer de pulmão é a causa mais comum de morte por câncer e se estima que tenha sido responsável por quase uma em cada cinco mortes (1,59 milhão) em 2012. Também é o tipo mais comum de câncer, com uma estimativa de 1,8 milhão de novos casos em 2012.

Nós sabemos que a maior coisa que podemos fazer para reduzir as taxas de morte é convencer as pessoas a não fumar, e nossas descobertas deixam claro que isto é ainda mais crítico nas pessoas que têm
 — um risco genético subjacente — declarou o cientista que chefiou as pesquisas, Richard Houlston.