24 de Abril de 2015
Dia 26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão
A hipertensão pode ser uma doença silenciosa, mas é em geral muito perigosa.
Segundo dados de 2013 da Organização Mundial de Saúde (OMS), 9,4 milhões de pessoas morrem em decorrência de complicações da hipertensão por ano no mundo.
Só no Brasil, mais de 24% da população brasileira sofre da doença, de acordo com pesquisas do Ministério da Saúde.
Mas afinal, o que é a hipertensão?
A doença decorre da alta pressão que o sangue exerce para circular nas artérias. Quando atinge um valor igual ou maior que 140/90 mmHg - ou 14 por 9 -, é necessário tomar medidas para controlá-la, já que a pressão alta pode acarretar angina (dor no peito), infarto, derrame (AVC – Acidente Vascular Cerebral), insuficiência cardíaca, cegueira, falência dos rins e muitos outros prejuízos à saúde.
Segundo Dr. Heron Rached, médico coordenador do serviço de cardiologia do Hospital Bandeirantes, é importante que estejamos atentos ao correto diagnóstico da hipertensão arterial.
"Apenas uma medição não é suficiente para que seja determinada a patologia”, afirma o médico. É natural que a pressão arterial varie durante o dia. “Ela cai quando estamos mais relaxados ou dormindo. É alterada por estresse, atividades físicas e também pela alimentação”, completa o especialista.
Pressão alta é uma doença democrática e por isso crianças, jovens, adultos e idosos podem sofrer desse mal.
No Brasil, 14% da população de até 34 anos é atingida, sendo que o índice salta para 34,5% dos 45 aos 54 e para 50,4%, dos 55 aos 64 anos.
Embora os casos de hipertensão na infância sejam raros, é necessário que os pais fiquem atentos e meçam a pressão arterial das crianças ao menos uma vez por ano.
O alerta fica para os filhos de pais hipertensos, que têm uma chance maior de desenvolver a doença.
Entre os idosos, a doença chega a atingir metade da população, pois, com o passar dos anos, as artérias ficam mais rígidas e pode acontecer deposição de gordura e cálcio nas suas paredes, aumentando a pressão do sangue no seu interior.
Apesar de ser uma doença silenciosa, algumas pessoas, entretanto, podem sentir dores de cabeça, no peito, tonturas, insônia, zumbidos etc.
É necessário ficar alerta aos fatores de risco que facilitam o seu surgimento, como o histórico da doença na família, ingestão de grande quantidade de bebida alcoólica, tabagismo, dislipidemia (excesso de gordura no sangue), obesidade, vida sedentária, estresse e alimentação com excesso de sal.
No dia 26 de abril, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão.
Confira algumas dicas para se prevenir da doença:
1)Manter o peso ideal: a obesidade é uma das maiores aliadas da hipertensão;
2)Reduzir o sal (sódio) no preparo das refeições;
Tirar o saleiro da mesa;
3)Evitar temperos industrializados como caldo de carne, molho de soja;
4)Ter uma alimentação saudável, a base de frutas, verduras, legumes e cereais integrais
5)Diminuir expressivamente o consumo de álcool ou, preferencialmente, não beber bebidas alcoólicas;
6)Parar de fumar: a nicotina provoca a contração dos vasos sanguíneos, o que força o coração a bater mais rapidamente, entre outros fatores;
7)Buscar momentos de lazer e tentar levar uma vida mais tranquila, pois o estresse é altamente nocivo;
Tomar os medicamentos corretos, prescritos pelo médico. A ideia central é não permitir que a pressão arterial ultrapasse os 12 por 8;
8)Praticar exercícios físicos: o sedentarismo contribui para a pressão alta, pois favorece o endurecimento das artérias.
Aqueles que sofrem de hipertensão precisam visitar o cardiologista pelo menos a cada seis meses, segundo o Dr.Heron.
"Já as que têm pressão de até 12 por 8, considerada normal, após os 30 anos de idade, devem ir ao cardiologista uma vez por ano.
Vale lembrar também que 90% dos indivíduos com mais de 55 anos podem desenvolver hipertensão, mesmo aqueles que nunca tiveram pressão alta”, informa o médico.
O Hospital Bandeirantes é uma instituição de alta complexidade localizada no bairro da Liberdade, em São Paulo (SP).
O hospital conta com diversas especialidades, dentre elas cardiologia, cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, hepatologia, nutrição, oftalmologia, ortopedia, pneumologia e reumatologia.