EUA autorizam uso de células-tronco em humanos

Matéria Publicada em: 30/07/2010

A Agência de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira, 30, que irá liberar o uso de células-tronco embrionárias para uma primeira aplicação em humanos. As informações são do Wall Street Journal. 

A autorização da FDA permite que o grupo Geron Corporation faça o primeiro emprego de células-tronco em humanos, por meio do método conhecido como GRNOPC1 e desenvolvido pelo grupo. A primeira fase da pesquisa será voltada ao tratamento de pacientes com lesões na medula espinhal.

A Geron começou o estudo com animais no início de 2009, mas ele foi interrompido sete meses depois por causa de preocupações com a segurança dos testes, após camundongos apresentarem pequenos cistos na medula espinhal.

Células-tronco embrionárias são consideradas como pluripotentes, ou seja, podem se transformar em qualquer tipo de célula no corpo. Seu uso, no entanto, é polêmico, pois envolve a destruição de embriões humanos para o obtenção das células.

Os testes iniciais com humanos, que serão feitos com entre oito e dez pacientes em um prazo de dois anos, irão focar na segurança e na efetividade da terapia.

A Geron já está testando células-tronco em animais para determinar seu potencial de cura em doenças do sistema nervoso, como Alzheimer, Esclerose Múltipla, e a doença de Canavan.

A droga desenvolvida pela companhia contém células vivas que ajudam a restaurar fibras nervosas e a mielina, uma membrana que protege nervos do sistema nervoso central.

Pesquisadores da Unicamp usam 'cola' para restabelecer conexão entre neurônios

Matéria Publicada em: 29/07/2010

Modelo inovador associa terapia celular ao reimplante de raízes nervosas para recuperar lesões cerebrais


SÃO PAULO - A realização de reparos eficientes em lesões do sistema nervoso é um desafio para a medicina. Compreender o rearranjo dos circuitos neurais provocado por essas lesões pode ser um passo fundamental para otimizar a sobrevivência e a capacidade regenerativa de neurônios motores e restabelecer os movimentos de pacientes.

A partir de investigações sobre esses mecanismos de rearranjo dos circuitos nervosos, um grupo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está desenvolvendo um modelo inovador que associa terapia celular ao reimplante das raízes nervosas.

Para restabelecer a conexão entre o sistema nervoso periférico e o central, os pesquisadores utilizam células-tronco mononucleares de medula óssea e uma “cola” desenvolvida a partir do veneno de serpentes.

O projeto é coordenado por Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira, professor do Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica, e conta com apoio da Fapesp por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular.

Oliveira, que coordena o Laboratório de Regeneração Nervosa da Unicamp, apresentou na última segunda-feira, durante o 15º Congresso da Sociedade Brasileira de Biologia Celular, em São Paulo, modelos utilizados por sua equipe para investigar os mecanismos de regeneração do sistema nervoso central e periférico.

Este ano, o grupo já publicou artigos sobre o tema nas revistas científicas Neuropathology and Applied Neurobiology, Journal of Comparative Neurology e Journal of Neuroinflammation.

“Após uma lesão no sistema nervoso - periférico ou central -, ocorre um rearranjo considerável dos circuitos neurais e das sinapses. Entender esse rearranjo é importante para determinar a sobrevivência neural e a capacidade regenerativa posterior”, disse Oliveira à Agência Fapesp.

Para estudar os mecanismos de regeneração, os cientistas utilizam técnicas que unem microscopia eletrônica de transmissão, imuno-histoquímica, hibridação in situ e cultura de células gliais e de neurônios medulares.

“Procuramos associar a terapia celular ao reimplante das raízes nervosas. Para isso, temos usado células-tronco mesenquimais e mononucleares no local da lesão ou nas raízes reimplantadas. A ideia não é repor neurônios, mas estimular troficamente essas células e evitar a perda neural, de modo a conseguir otimizar o processo regenerativo”, explicou Oliveira.

O projeto mais recente do grupo envolve o uso de um selante de fibrina - uma proteína envolvida com a coagulação sanguínea -, produzido a partir de uma fração do veneno de jararaca pelo Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu.

“Os axônios dos neurônios motores saem da medula espinhal e entram na raiz nervosa, dirigindo-se aos nervos. O nosso modelo emprega essa ‘cola’ biorreabsorvível para reimplantar as raízes nervosas na superfície da medula, onde o sistema nervoso periférico se conecta ao sistema nervoso central. Associamos essa adesão às células-tronco, que produzem fatores neurotróficos - isto é, moléculas proteicas capazes de induzir o crescimento e a migração de expansões das células neurais”, afirmou Oliveira.

Quando as raízes motoras são arrancadas, cerca de 80% dos neurônios motores morrem duas semanas após a lesão. Mas os motoneurônios que sobrevivem têm potencial regenerativo após o reimplante de raízes nervosas.

“Porém, na maioria das vezes, o reimplante das raízes não é suficiente para se obter um retorno da função motora, porque a lesão causa uma perda neuronal grande demais. Por isso, é preciso desenvolver estratégias para diminuir a morte neuronal após a lesão. Achamos que o uso do selante de fibrina pode auxiliar nesse processo”, indicou.

Segundo Oliveira, quando há uma lesão periférica - comum em acidentes de trabalho, por exemplo -, com transecção ou esmagamento de nervos, ocorre uma resposta retrógrada, ou seja, uma reorganização sináptica visível na medula espinhal, onde se encontram os neurônios.

“O interessante é que, quando a lesão é periférica, o neurônico sinaliza de alguma forma para a glia - o conjunto de células do sistema nervoso central que dão suporte aos neurônios -, que se torna reativa. Essa reatividade está envolvida no rearranjo sináptico por meio de mecanismos ainda pouco conhecidos. Nosso objetivo é compreender e otimizar esse processo de rearranjo sináptico para, futuramente, criar estratégias capazes de melhorar a qualidade da regeneração neuronal”, afirmou.


Rearranjo sináptico


No laboratório da Unicamp, os cientistas induzem em ratos e camundongos doenças como a encefalomielite autoimune experimental - um modelo para estudar a esclerose múltipla. Após a indução de uma forma aguda da doença, os animais apresentam todos os sinais clínicos, tornando-se tetraplégicos de 15 a 17 dias após a indução.

“Por outro lado, eles se recuperam da tetraplegia muito rapidamente, entre 72 e 96 horas. O rearranjo sináptico induzido pela inflamação é tão grande que paralisa completamente a funcionalidade tanto sensitiva como motora, mas de forma transitória”, disse Oliveira.

No entanto, a Esclerose Múltipla destrói a bainha de mielina, uma substância que isola as terminações dos nervos e garante o funcionamento dos axônios. Segundo Oliveira, porém, essa bainha se recupera em surtos temporários: em alguns momentos há desmielinização; em outros, a resposta imune fica menos ativa, permitindo que a bainha de mielina se recomponha.

“O paradoxal é que, mesmo que a remielinização não tenha se completado, o animal volta a andar normalmente. Nossa hipótese é que o processo autoimune causa lesões cuja repercussão no sistema nervoso central é similar àquela que ocorre após uma injúria axonal. Transitoriamente, os neurônios param de funcionar. Quando a inflamação cede, as sinapses retornam muito rapidamente. No modelo animal, em algumas horas a função é retomada e os sinais clínicos vão desaparecendo”, disse.

Além do modelo da esclerose múltipla, os cientistas trabalham também com um modelo de lesão periférica dos nervos e na superfície da medula espinhal.

“Quanto mais perto da medula ocorre a lesão, mais grave é em termos de morte neuronal. Todas são graves, mas aquela que ocorre perto da medula causa perda neuronal, e aí não há perspectiva de recuperação. Mesmo com as vias íntegras, o neurônio que conecta o sistema central com o músculo morre e nunca mais haverá recuperação”, explicou o professor da Unicamp.

“Tanto no animal como no homem, ocorre uma perda grande de neurônios, mas, da pequena porcentagem que resta, apenas cerca de 5% consegue se regenerar. No homem, entretanto, há uma demora de mais de dois anos para que se recupere alguma mobilidade. No rato, a mobilidade é recuperada em três ou quatro meses”, afirmou Oliveira.

“Uma vez que isso foi descoberto, começou-se a tentar reimplantar as raízes, desenvolvendo estratégias cirúrgicas e tratamentos com drogas que evitem a morte neuronal nesse período em que há desconexão. Essa parece ser a saída mais promissora para evitar a perda neuronal e otimizar a regeneração”, destacou o pesquisador.




Tetraplégicos escrevem e dirigem cadeiras de rodas com fungadas

Matéria Publicada em: 27/ 07/ 2010 

Dispositivo desenvolvido por cientistas israelenses identifica mudança na pressão no céu da boca



Uma nova técnica desenvolvida por cientistas israelenses conseguiu fazer com que pessoas paralisadas por deficiências graves conseguissem escrever textos ou controlar uma cadeira de rodas elétrica por meio de fungadas.

A técnica permite que pacientes tetraplégicos ou vítimas de derrames que mantêm a consciência intacta, mas perdem totalmente a mobilidade, usem um dispositivo no nariz para captar a intensidade da fungada e identificar comandos.

Segundo o estudo dos pesquisadores do Instituto Weizmann, de Israel, uma mulher de 63 anos, que ficou tetraplégica em consequência de  Esclerose Múltipla, conseguiu escrever um texto pela primeira vez em dez anos e hoje já consegue usar o dispositivo para surfar na internet e mandar e-mails.

Outra mulher, de 51 anos, vítima de um derrame havia sete meses, era incapaz de se comunicar com o piscar dos olhos, por não ter o controle total das pálpebras, mas conseguiu usar o dispositivo para escrever textos e iniciar a comunicação com familiares.

Em outro teste, um homem de 30 anos, tetraplégico havia seis anos, após um acidente de carro, conseguiu usar o dispositivo para dirigir uma cadeira de rodas elétrica em uma distância de 30 metros, com várias curvas de 90 graus. Seu desempenho, após três tentativas, foi semelhante ao conseguido por pessoas sem deficiências.

Dispositivo

O dispositivo detecta pequenas mudanças na pressão produzida pela pessoa ao abrir ou fechar o palato mole, a parte de trás do céu da boca que controla a passagem de ar pelo nariz, e os transforma em sinais elétricos.

Esses sinais podem ser usados tanto para escolher letras do alfabeto para escrever textos quanto para controlar dispositivos de maneira semelhante à de um joystick ou de um mouse.

Os pacientes que participaram dos testes conseguiram escrever textos a uma velocidade que variou entre 20 segundos e um minuto por letra, mais rapidamente do que a conseguida por meio da comunicação com o piscar dos olhos, por exemplo.

Os cientistas partiram da hipótese de que as vítimas paralisadas por acidentes, doenças ou derrames mantêm intacta a capacidade de fungar e de controlar a intensidade da fungada.

Após os testes, os cientistas concluíram que a técnica "provê um meio de controle que é rápido, preciso, robusto e altamente conservado após lesões graves".

O estudo foi publicado na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). 

FONTE INFORMATIVA: BBC Brasil - http://www.bbc.co.uk/portuguese/

FONTE DA IMAGEM:
 http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=dirigir-cadeiras-rodas-com-fungadas&id=5510


Laboratório da USP irá cultivar células-tronco com tecidos dentais

Matéria Publicada em: 21/07/2010




Trabalhos serão realizados com diversos tipos de populações dentais.
Centro de pesquisas será lançado em 2011.


Faculdade de Odontologia da USP irá desenvolver um laboratório para pesquisa e cultivo de células-tronco com populações dentais diversas, desde dentes de leite até tecidos como o ligamento periodontal, conector do dente aos ossos da boca.

Parceira do King's College de Londres em cinco projetos de pesquisa com células-tronco dentais, a faculdade deverá contar com novo centro em 2011. A especialista e professora de ambas instituições Andrea Mantesso, coordenadora do projeto, afirma que as pesquisas na área avançam a passos largos.


Testes com células-tronco em humanos podem começar em 2010, afirma cientista"Já é possível gerar outros tecidos dentais ou mesmo dentes inteiros a partir de células-tronco", explica Andrea, em entrevista ao G1. "Uma população de células-tronco dentais não servem para qualquer aplicação, mas são extremamente promissora para os tecidos que são capazes de formar."

Células-tronco de tecidos dentais possuem aplicação limitada por não serem pluripotentes como aquelas obtidas a partir de embriões e de cordões umbilicais.

Para obter as células-tronco, o tecido de interesse como a polpa ou o ligamento periodontal são removidos e enzimas são aplicadas para separar as células umas das outras. O último passo é afastar as células-tronco das demais que compõem o tecido.

Histórico

O isolamento de células-tronco a partir de tecidos dentais começou em 2000, com trabalho do professor australiano Stan Gronthos. Três anos mais tarde, a mesma equipe identificou a presença de células-tronco também em dentes de leite.

Tecidos como ligamento periodontal e papila apical - tecido presente na formação da raiz do dente - também estão entre as populações dentais pesquisadas posteriormente para obtenção de células-tronco.

No ano de 2004, uma equipe do King's College, chefiada por Paul Sharpe, conseguiu construir um dente no rim de um camundongo, utilizando somente células durante o processo. Material de medula óssea foi empregado neste experimento, tido como um marco na odontologia moderna por mostrar a possibilidade de criar um dente a partir de tecidos não dentais.

Segundo a professora Mantesso, células-tronco dentais em geral já foram empregadas em trabalhos de engenharia tecidual em órgãos não dentais.

"Já se mostraram eficazes na recuperação de isquemia cardíaca e de danos na retina, além da produção de células neurais contra doenças neurológicas e musculares no combate a distrofias", afirma Andrea.


FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/07/laboratorio-da-usp-ira-cultivar-celulas-tronco-com-tecidos-dentais.html

Tempo para descansar

Matéria Publicada em: 17/07/2010

Quem não tem um sono reparador pode sofrer com estresse, ansiedade, mau humor e até obesidade



Da mesma maneira como a prática de exercícios físicos e a alimentação saudável, dormir bem é fundamental para a qualidade de vida. A privação do sono causa estresse, ansiedade e mau humor, aumenta as chances de engordar e ainda acelera o envelhecimento.

Estudos mostram que dormir mal por três noites é suficiente para deflagrar sinais de resistência à insulina, condição que pode evoluir para o diabetes. Outro aspecto prejudicial é que o corpo aumenta a produção de grelina, hormônio que dispara a vontade de comer e pode ser um gatilho para a obesidade. Uma pesquisa publicada no jornal norte-americano Sleep mostra que pessoas que dormem menos de sete horas por noite podem ganhar até 88% de peso.

Sem o descanso adequado, o organismo também aumenta a produção de radicais livres, moléculas que degradam as células, provocando o envelhecimento precoce, explica o pesquisador do sono Mário Miguel, de São Paulo. Até a adolescência, a maior parte das pessoas têm sono tão bom que, para dormir, basta atirar-se a qualquer hora em qualquer sofá. Após os 35 anos, o repouso vai ficando mais difícil e passa a exigir cuidados. É o que explica o pneumologista e geriatra Eduardo Garcia, especialista no assunto:

– O sono não é apenas um desligamento do cérebro para seu descanso, mas, sim, um estado ativo, cíclico, complexo e mutável, com profundas repercussões sobre o funcionamento do corpo e da mente na vigília do dia seguinte. O sono não é diferente de outros estados da vida: exige preparação, ambiente adequado e mente livre de preocupações.

Portanto, organize melhor seu tempo e comece a dar prioridade ao descanso.

Botox nos consultórios dentários

Matéria Publicada em: 17/07/2010

A toxina botulínica, quem diria, pode fazer mais do que esticar rugas e minimizar marcas de expressão. Nos consultórios dentários, ela já é aplicada para controlar dores e disfunções nas mandíbulas, além de corrigir sorrisos em que a gengiva aparece mais do que deveria. Como tem o efeito de paralisar músculos, o botox, como é mais conhecido, reduz inflamações e pode melhorar a estética.

Usada há pelo menos 20 anos no tratamento das doenças caracterizadas pelo excesso de contração muscular, como bruxismo, a toxina botulínica atua nos nervos. Quando injetada em músculos, bloqueia a liberação da substância responsável pela contração. A diminuição da dor é um reflexo do relaxamento muscular.

A dentista Daniela Nodari, especialista em periodontia e implantodontia, diz que a toxina botulínica tem se revelado uma alternativa eficaz principalmente no controle das dores e da disfunção temporomandibular (DTM). O termo é utilizado para definir um grupo de doenças que acometem os músculos mastigatórios e estruturas adjacentes e pode resultar em dores musculares, de ouvido, limitação da abertura da boca e da função mastigatória, bruxismo e enxaquecas.

– Medicamentos anti-inflamatórios ou relaxantes musculares usados para eliminar dores de DTM não têm ação específica nos músculos mastigatórios como a toxina botulínica e apresentam efeitos colaterais indesejados – avalia Daniela.

O efeito da toxina se inicia em torno de uma semana após a aplicação e promove relaxamento do músculo e diminuição da contratilidade excessiva por um período de seis a oito meses. Ou seja, as injeções de botox têm de ser reaplicadas nos músculos mastigatórios para continuar gerando relaxamento e reduzindo a dor.

Os efeitos colaterais são raros e, quando aparecem, são transitórios. O paciente não fica com assimetria facial ou com dificuldade de falar ou abrir a boca. Essa terapia é contraindicada para gestantes ou mães em fase de amamentação.

Pernas biónicas devolvem andar a paraplégicos


Matéria publicada em: 15/07/2010

A empresa da Nova Zelândia Rex Bionics desenvolveu umas pernas robóticas que permitem a paraplégicos caminhar ou até mesmo subir degraus. Veja o vídeo
Espera-se que no próximo ano as Rex, nome dado às pernas robóticas, possam ser comercializadas em todo mundo. Para já, só se encontram à venda na Nova Zelândia e custam cerca de 118 mil euros.





Os neozelandeses Little Richard e Robert Irving fundaram a empresa Rex Bionic e usaram a experiência pessoal para criarem uma alternativa à cadeira de rodas.
"Ambas as nossas mães estão em cadeiras de rodas por isso estamos cientes de alguns dos obstáculos e problemas de acesso que enfrentam os utilizadores de cadeiras de rodas", disse Little Irving em declarações à FOXNews.
A motivação que levou à invenção das Rex aconteceu quando diagnosticaram esclerose múltipla a Little Irving.
Os utilizadores desta alternativa poderão controlar todos os  movimentos através de controles de mão.
Um dos primeiros a testar estas pernas robóticas foi Hayden Allen, que ficou numa cadeira de rodas após uma lesão na medula espinal, há cinco anos. 
"Nunca vou esquecer o gosto de ver os meus pés a andar debaixo de mim, na primeira vez que usei a Rex", disse Hayden à FOXNews

FONTE: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=1619102

Os genes da dúvida

Matéria Publicada em: 04/07/2010 


Exames que podem traçar o destino da saúde humana reativam no meio científico a discussão ética sobre o tema e provocam dois efeitos antagônicos % u 2014 a perspectiva de terapias mais eficientes contra o câncer e o preconceito social.




Imagine poder descobrir se daqui a 10 anos você vai ter algum tipo de câncer, diabetes ou mal de Alzheimer. Fazer um teste(1)genético para detectar alguma doença parecia uma ideia de ficção científica, mas está cada vez mais perto da realidade. Com a sentença de um resultado positivo, além do susto inicial e da força de vontade para enfrentar um longo caminho de prevenção, podem chegar outras consequências. Para começar, o empregador pode não querer arcar com os custos de um funcionário com pouca saúde ou a companhia de seguros aumentaria em dobro um plano para um doente em potencial. A inovação da medicina causa polêmica entre especialistas e deve trazer à tona uma nova forma de discriminação.

Com apenas US$ 30 dólares, é possível escolher um kit genético na farmácia e fazer o teste em casa. Essa é a proposta da empresa farmacêutica americana Walgreens. O processo é simples, basta o comprador seguir as instruções da bula para coletar uma amostra da saliva, colocar o material em um envelope padrão e enviá-lo para um dos laboratórios da companhia para análise. O exame promete revelar se as pessoas têm predisposições para diversas doenças. O produto ainda não chegou às prateleiras porque foi barrado pelo órgão regulador do governo norte-americano, o Food and Drug Administration (FDA).

Para o especialista em discriminação genética, doutor em ciências da saúde e professor da Universidade de Brasília (UnB) Cristiano Guedes, o acesso ao teste não é sinônimo de segurança, muito menos de garantias de prevenção ou tratamento. “Os exames sem respaldo do atendimento e do aconselhamento médico não fazem sentido. A informação nem sempre é bem-vinda. Ela pode ser uma sentença, principalmente quando não se tem tratamento para a doença e isso pode causar preocupações, depressão e mudar a vida de alguém”, analisa o pesquisador.


Complicações

O fácil acesso ao exame genético também pode desencadear uma série de preconceitos. Na hora de arrumar um emprego, o candidato pode ter que apresentar não apenas o histórico médico como o futuro. Um seguro de saúde pode sair muito mais caro para o recém-nascido que pode ter diabetes em 30 anos. “Acreditar muito na profecia genética pode enterrar muitas carreiras. Existe o caso, por exemplo, do jogador Lassana Diarra, que foi afastado da seleção francesa antes da Copa do Mundo, depois que um exame apontou uma anemia falciforme. É uma má-formação genética, mas sem dados concretos e isso acabou com o sonho dele de jogar no mundial”, explica Cristiano.

Nos Estados Unidos, uma lei, aprovada em 2008 protege o cidadão americano de sofrer algum tipo de discriminação baseada em informações genéticas, principalmente por parte de empregadores e por companhias de seguro de saúde. Para a especialista Karen H. Rothenberg, professora do Departamento de Direito da Universidade de Maryland, uma reforma na legislação pode servir como uma proteção para outros países, como o Brasil.

“Com o aumento do interesse pela informação e testes genéticos, o primeiro passo é garantir a proteção jurídica. Acredito que vamos ter uma questão de existencialismo onde o grande desafio será ver como as famílias e a comunidade vão colocar essa informação sobre a saúde delas em seu ambiente”, disse a pesquisadora ao Correio, por e-mail.

1 - Expectativa
A indústria farmacêutica também deve lançar no mercado testes genéticos para descobrir incompatibilidade com substâncias como cafeína, medicamentos que combatem o colesterol, anticoagulante varfarina e tamoxifeno utilizado para combater o câncer de mama. A grande polêmica é sobre um exame para casais poderem descobrir se eles são portadores ou não de 23 variações genéticas que predispõem os filhos a doenças hereditárias, como a talassemia (um tipo de anemia) ou a ter os rins policísticos; predisposição a leucemia, esclerose múltipla e doenças cardiovasculares. 


Prevenção polêmica de doenças


No Brasil, um projeto de lei(1) que discorre sobre o tema (o de n° 4610) — elaborado em 1998 — ainda tramita no Congresso Nacional. O texto passou por diversas comissões, foi modificado e agora espera para ser votado em plenário. “Esse assunto é pouco explorado no nosso país. É preciso ter clareza e responsabilidade quando o tema é genético. A ciência pode disponibilizar a tecnologia e ajudar a prevenir doenças, mas se os resultados forem deturpados, o benefício é nulo”, comenta o professor Cristiano Guedes.

Na ficha médica de Virgínia Duarte de Aguiar, 38 anos, há várias histórias de câncer de mama na família, como ocorreu com a avó, a mãe e a tia. Dois tios também lutaram contra a neoplasia, no intestino e na pele. Mesmo que ainda não tenha atingido a idade recomendada, 40 anos, para fazer um exame de mamografia, ela teve a primeira experiência esse ano. “Geralmente, quando conto o meu histórico aos médicos, eles se preocupam. Sigo as recomendações e faço a prevenção. Mas procuro não me fixar muito nisso, senão a gente enlouquece, sabe? Tento levar um vida normal, não ficar muito encucada, mesmo porque, a cada dia que passa, vejo que essa é uma doença muito emocional”, conta a funcionária pública.

O teste genético pode criar uma demanda pela necessidade de saber o futuro e uma grande expectativa que pode pautar a vida de todos, segundo a antropóloga do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, Débora Diniz (Anis). “É óbvio que todos nós vamos morrer, mas uma má formação genética se torna sentença. Essa pode ser uma das formas mais perversas de discriminação porque seremos definidos por nossos genes e não deve ser assim. E o pior: não temos dispositivos para colocar um freio nisso”, comenta a especialista.

Para os especialistas, apenas o DNA não pode definir o destino de cada um. “Você não é fruto do genótipo, o ambiente onde você vive, a sua alimentação e estilo de vida também podem influenciar. Você pode se aproveitar de um diagnóstico, porém não existem garantias”, comenta Cristiano.

Se tivesse acesso a um teste genético que indicasse se ela teria um câncer ou não no futuro, Virgínia faria sem hesitar. “Gostaria de saber, me preparar. De repente, mudar o ritmo de vida, participar de algum estudo científico. Fico impressionada como a medicina evolui e, quem sabe, eles não encontrarão a cura ou alguma forma de prevenção com esses testes”, indaga a funcionária pública.

Com apenas 27 anos, Ana Paula Faria viu mãe e uma tia sofrerem com câncer de mama e a avó com um de intestino. Assim como Vírginia, ela também gostaria de fazer o teste, mas com algumas ressalvas. “Só faria um exame se ele tivesse um respaldo científico muito forte e se a minha médica aprovasse. Ele pode ter uma probabilidade funcional e isso me impulsionaria a criar formas de evitar a doença”, comenta a técnica de laboratório.

1 - Discriminação
O projeto de lei n° 4.610, que ainda espera na fila de votação em plenário, na Câmara dos Deputados, define os crimes resultantes de discriminação. O texto alerta que a realização de testes genéticos só é permitida com finalidades médicas ou para pesquisa com o aconselhamento de um profissional habilitado. A pena para quem “negar cobertura por seguro de qualquer natureza com base na informações genéticas” é de detenção de três meses a um ano e multa. 

VIDEOGAME AUXILIA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS

MATÉRIA DIVULGADA EM: 03/07/2010


MÉTODO BASTANTE INTERESSANTE, MESMO SEM COMPROVAÇÃO AINDA DA EFICÁCIA, PODE-SE DIZER QUE TORNA AS SESSÕES DE FISIOTERAPIA MUITO MAIS PRAZEIROSAS..


VALE A PENA CONFERIR!







FONTE: http://mediacenter.clicrbs.com.br/rbstvrs-player/45/player/123104/videogame-auxilia-no-tratamento-de-doencas/1/index.htm