Infecção urinária: Urologista alerta para outras doenças que podem acometer os idosos durante a pandemia...

27 de maio de 2020

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 10% dos homens e 20% das mulheres acima dos 65 anos apresentam o problema. Este número dobra em pessoas com mais de 80 anos.

Diante da situação de pandemia de Covid-19, o Ministério da Saúde orienta que a população siga algumas recomendações, entre elas o isolamento social. Apesar das atenções estarem voltadas ao coronavírus é importante estar atendo aos sintomas de outras doenças e infecções que demandam atendimento médico.

A infecção urinária baixa que afeta a bexiga, também chamada de cistite, é a doença bacteriana mais comum em todo o país e não tem restrição de idade, podendo afetar crianças, adultos ou idosos. No caso dos mais velhos, pode levar a algumas complicações mais sérias.

Para o urologista, Dr. Frederico Mascarenhas, com o passar da idade, a imunidade tende a ser mais baixa e, com isso, a proliferação de microrganismos tende a aumentar. “Muitos idosos sofrem transtornos urinários (incontinência, urgência miccional, idas constantes ao banheiro) por isso precisam usar fraldas geriátricas, o que favorece a proliferação bacteriana e fúngica na região genital. Isso pode aumentar a umidade local”, afirma.

Os sintomas mais comuns são: necessidade de urinar com frequência, ardor ao urinar, dores na bexiga e, em casos mais graves, febre e sangue ao urinar. Porém alguns idosos não apresentam os sintomas mais comuns da infecção e a família ou o cuidador precisam estar atentos. “Eles podem não apresentar esses sintomas e acabam ficando mais sonolentos ou mais agitados. Isso é indício de infecção”, alerta o urologista.

Em caso de suspeita, durante a pandemia, a recomendação é primeiro entrar em contato com o médico. Caso não exista essa possibilidade, é importante se direcionar a uma unidade de atendimento, adotando todos os cuidados recomendados como: uso de máscara, manter o distanciamento social de 2 metros (na sala de espera e dentro do consultório médico) e levar apenas um acompanhante (e se necessário).

O especialista também ressalta a importância de ingerir água diariamente e não deixar de ir ao banheiro quando sentir vontade de urinar. “A ingestão de água faz você ir mais vezes ao banheiro e assim você vai evitar que a bactéria permaneça mais tempo dentro do organismo”, orienta.

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Nanobiossensor
Pesquisadores da UFSCar de Sorocaba (SP) desenvolveram uma técnica para diagnosticar precocemente uma doença do sistema nervoso central, a esclerose múltipla, e distingui-la de outra assemelhada, a neuromielite óptica.
Em pessoas acometidas por essas enfermidades, o sistema imunológico produz anticorpos que atacam e danificam parte da camada da bainha de mielina, a capa protetora que envolve os neurônios e auxilia na transmissão dos impulsos nervosos. Com o tempo, surgem lesões permanentes em regiões do cérebro.
Para detectar herbicidas, metais pesados e outros poluentes, que também afetam o sistema nervoso, a equipe já havia desenvolvido um nanobiossensor - um sensor com dimensões nanoscópicas feito com materiais biológicos.
O que se confirmou agora é que o mesmo sensor permite observar a interação entre os anticorpos presentes nas amostras de pacientes depositadas em um microscópio eletrônico e os peptídeos que compõem a bainha de mielina.
"Com o microscópio de força atômica é possível detectar a presença de anticorpos específicos para cada uma dessas duas doenças no líquor e no soro sanguíneo. Se os anticorpos forem atraídos pelos peptídeos que depositamos no sensor durante o teste, é sinal de que o paciente tem a doença. O equipamento é muito sensível e capaz de identificar uma quantidade pequena desses anticorpos, ou seja, é capaz de diagnosticar ainda nas fases iniciais da doença," contou o pesquisador Fábio de Lima Leite.
Esclerose Múltipla e Neuromielite
A esclerose múltipla é diagnosticada clinicamente a partir de sintomas relatados pelo paciente e por exames de ressonância magnética, que identificam lesões em determinadas áreas do cérebro. Os dois equipamentos têm custo muito elevado, enquanto o nanobiossensor poderá ser muito barato.
"Foi necessário purificar o líquor e o soro para deixar só os anticorpos na amostra. Assim, foi possível detectar anticorpos específicos para a esclerose múltipla, como o anti-MBP85-99 [antiproteína básica de mielina]. Se esses anticorpos estão circulando nos pacientes, é provável que eles tenham esclerose múltipla. Nosso próximo objetivo no estudo é conseguir fazer um sensor que não precisa de amostras purificadas," disse Fábio.
A equipe também conseguiu identificar a neuromielite óptica em pacientes e distingui-los de pacientes acometidos pela esclerose múltipla. "Já existe um biomarcador específico para a doença. Portanto, foi possível detectar o anticorpo da aquaporina-4 em amostras de pacientes, utilizando o mesmo método usado para detectar a esclerose múltipla," contou a pesquisadora Ariana de Souza Moraes.
Atualmente, a neuromielite óptica pode ser identificada por uma metodologia conhecida como ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática, na sigla em inglês), de baixo custo e amplo alcance para a população. "Porém, essa plataforma não é tão sensível quanto o nanoimunossensor e não detecta a doença em estágios iniciais," disse Ariana.
Sensor detecta esclerose múltipla nos estágios iniciais da doença


Comunicamos o falecimento do Professor Emérito, Dr. Charles Peter Tilbery, Neurologista.(23/05/2020)

Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1969), mestrado em Medicina (Neurologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1983) e doutorado em Medicina (Neurologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1985). Era professor Titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Tinha experiência na área de Medicina, com ênfase em Neurologia, atuando principalmente nos seguintes temas: esclerose múltipla, multiple sclerosis, tratamento, fadiga e qualidade de vida