ENTENDA COMO A ARTRITE REUMATOIDE PODE AFETAR A CAPACIDADE DE EXECUTAR TAREFAS DO DIA A DIA

31/01/2012


Atividades simples, como digitação, tornam-se complicadas para quem sofre com AR.


Inflamação, se não tratada, pode resultar em problemas cardiovasculares.


Mãos, punhos, joelhos e pés. A artrite reumatoide (AR) impacta na vida do paciente, pois pode prejudicar desde atividades simples como levantar da cama, segurar um copo de água e até mesmo trabalhar. Estudos mostram que cerca de 66% dos pacientes perdem uma média de 39 dias por ano de trabalho, devido a essa enfermidade. Outros estudos indicam que de 20% a 30% dos que sofrem com AR tornam-se incapacitados profissionalmente em até três anos desde o início do problema.

Doença inflamatória crônica e progressiva que atinge articulações, resultado de uma disfunção do sistema imunológico, a artrite reumatoide, geralmente, começa nas articulações das mãos e dos punhos, de forma simétrica, podendo atingir outras partes do corpo. O surgimento dos sintomas costuma ser lento. A doença gera dor persistente, inchaço e perda da mobilidade das articulações.

— Quando não controlada, a artrite provoca fadiga e pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares, como infarto ou AVC — explica o reumatologista Boris Cruz.

O diagnóstico da AR é baseado na avaliação dos sintomas pelo médico. Exames complementares como de sangue, radiografias, ultrassom ou ressonância podem ser solicitados. Segundo Cruz, não existe cura para a doença. O tratamento inclui mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos e até cirurgia para os casos mais graves.


Entenda os impactos


:: Ombro

É a articulação de maior amplitude de movimento do corpo humano. Composto por três ossos, precisa ser flexível, pois dele depende a movimentação do braço e da mão. Também deve ser forte o bastante para executar movimentos como puxar e empurrar, que ficam prejudicados para quem tem AR.

:: Cotovelo

Também formado por três ossos, é ele que controla os movimentos de alongar e contrair dos braços. Tarefas simples, como escovar os dentes ou comer com talheres podem se tornar muito dolorosas se essa articulação for atingida pela AR.

:: Mão

Por meio da mão, o ser humano se expressa e executa atividades simples, porém de grande importância, como segurar objetos, digitar ou dirigir. Se a mão for atingida pela AR, o paciente terá grandes dificuldades em executar tarefas manuais, tornando-se dependente até mesmo para cuidar da higiene pessoal. 

:: Joelho

Essa é a maior articulação do corpo humano, formada por quatro ossos: fêmur, paleta, tíbia e fíbula. A dor e o inchaço causados pela AR dificultam o movimento de flexão e extensão. Sentar e levantar pode se tornar uma tarefa possível apenas com ajuda.

:: Pé

Composto por uma complexa estrutura que equilibra, estabiliza, absorve impactos, suporta o peso e movimenta o corpo, o pé permite movimentos como a caminhada ou a corrida. A locomoção fica prejudicada ou até impossibilitada em caso de AR. 

LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS PROMETEM DOAR TRATAMENTOS PARA ERRADICAR 10 DOENÇAS TROPICAIS

31/01/2012


Elefantíase, esquistossomose, mal de Chagas, doença do sono e lepra são alguns exemplos de enfermidades a serem combatidas.

Uma iniciativa internacional, da qual participam entidades públicas e privadas, foi lançada na segunda-feira para concentrar esforços na erradicação de 10 doenças tropicais que afetam aproximadamente 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Participam da iniciativa a Fundação Bill & Melinda Gates e vários representantes da indústria farmacêutica, que promete doar dezenas de milhões de doses de tratamentos.

As doações se concentrarão em nove das Doenças Tropicais Desatendidas, que atingem 90% das vítimas. A cada ano, essas doenças matam ou afetam severamente milhões de pessoas pobres que vivem nas regiões tropicais ou subtropicais. Entre as doenças tropicais desatendidas mais graves estão a filariose linfática, também conhecida como elefantíase, e a doença do sono, transmitida pela picada mortal de uma mosca.

No total, 13 grandes laboratórios farmacêuticos se comprometeram a apoiar a iniciativa. O Sanofi, por exemplo, promete apresentar um produto eficaz para erradicar a doença do sono em 2020, em parte com recursos da fundação de Bill Gates. O Novartis se concentrará na lepra. O Merck se dedicará a desenvolver medicamentos para curar a esquistossomose, que atinge 200 milhões de vítimas ao ano. O laboratório Bayer se comprometeu a combater o Mal de Chagas, uma doença que afeta 10 milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente na América Latina. A Fundação Bill & Melinda Gates doará 363 milhões de dólares ao ano durante cinco anos para ajudar nas pesquisas e na compra de medicamentos.

BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR PODE ESTAR LIGADO À NECESSIDADE DE ÓCULOS

29/01/2012


De acordo com o CBO, 30% das crianças brasileiras necessitam de óculos.

Pesquisa mostra que 51% das 365 crianças consultadas apresentam baixo rendimento em função dessa necessidade.

A falta de óculos na infância é um dos fatores responsáveis pelo baixo rendimento escolar. É o que indica uma pesquisa feita com alunos matriculados na 1ª e 2ª série do ensino fundamental das escolas públicas de Campinas. Dos 365 estudantes consultados, 51% apresentam baixo rendimento em função dessa necessidade.

Este é o resultado da avaliação de pais e professores no período de um ano — conta o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto.

Para ele, a análise reforça a conclusão do programa de alfabetização solidária apoiado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC): a maior causa da evasão escolar são os problemas de visão, que respondem por 22,9% dos casos. Segundo o especialista, oito em cada 10 participantes do programa nunca tinham passado por consulta oftalmológica.

Queiroz Neto explica que o exame oftalmológico é essencial na infância, uma vez que o olho está em desenvolvimento até os 7 anos. Conforme dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), 30% das crianças brasileiras necessitam de óculos.

Qualquer bloqueio sem tratamento adequado neste período pode se transformar em deficiência visual grave e até levar à perda irreparável da visão — alerta.


Olho preguiçoso


Não por acaso, um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 5% das crianças brasileiras são cegas de pelo menos um olho e 60% dos casos de cegueira são evitáveis.

O especialista destaca que a maior causa de cegueira monocular na infância é a ambliopia ou o olho preguiçoso, que atinge 4% das crianças no país. Acontece quando o desenvolvimento de um dos olhos fica comprometido. Estrabismo (olhos desalinhados), catarata congênita unilateral e diferença importante do grau de miopia, hipermetropia ou astigmatismo são as principais causas.

Quando diagnosticado antes dos cinco anos, o olho preguiçoso pode ser tratado com a oclusão do olho de melhor visão para forçar o desenvolvimento do outro. Isso porque a criança usa apenas o olho bom, deixando o outro mais fraco, explica Queiroz Neto.

Ele diz que o "fechamento" deste olho pode funcionar como suporte à cirurgia para alinhar os olhos nos casos mais avançados de estrabismo.Também é fundamental para restaurar a visão, após o implante de lente intraocular que corrige a catarata unilateral.


Estrabismo pode passar despercebido


O oftalmologista alerta que nem todo estrabismo pode ser percebido pelos pais. Há casos em que a doença é latente e só pode ser notada nos testes de motilidade ocular feitos no consultório. Dores de cabeça e torcicolo frequentes podem indicar necessidade de consultar um oftalmologista para diagnosticar desvio latente do olho.


Problemas oculares mais comuns na infância


:: Miopia — Neste caso, a visão de longe é ruim porque as imagens são projetadas na frente da retina pelo sistema de foco do olho — córnea e cristalino.

:: Astigmatismo — Irregularidades no formato da córnea fazem com que as imagens sejam projetadas em mais de um plano e a visão fica distorcida.

:: Hipermetropia — As imagens são projetadas atrás da retina e a visão de perto fica fora de foco.

:: Em geral, os vícios de refração surgem a partir da idade de 3 anos, mas podem aparecer antes, principalmente quando os pais usam óculos.


Como a criança não tem noção de como enxerga o mundo, pais e professores devem ficar atentos aos sinais de problemas de visão. Queiroz Neto destaca os principais:

Até 2 anos


:: Lacrimejamento constante;

:: Fotofobia;

:: Menina dos olhos muito grande, com reflexo, cor acinzentada ou opaca;

:: Falta de interesse pelo ambiente e pessoas;

:: Olhos vermelhos e com secreção.


De 3 a 7 anos


:: Tomba a cabeça para um lado;

:: Dor de cabeça ou nos olhos frequente;

:: Assiste TV muito próxima da tela;

:: Olhos desviados para o nariz ou para fora;

:: Esfrega os olhos após esforço visual;

:: Fecha um dos olhos em locais ensolarados.

TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO EVITA QUEDAS FREQUENTES EM IDOSOS

30/01/2012


Bosu (meia bola) é um dos equipamentos que podem ser utilizados para melhorar o equilíbrio.


Cerca de 30% das pessoas com mais de 65 anos caem ao menos uma vez por ano.

É comum pessoas com mais de 65 anos sofrerem quedas frequentes. Cerca de 30% dos indivíduos nesta faixa etária caem, ao menos, uma vez por ano. Metade destes, de forma recorrente. Além de levar o idoso à dependência funcional, o tombo representa uma das principais causas de morte nesta idade. Por isso, evitar quedas frequentes é o intuito do treinamento proprioceptivo.

Esse tipo de treinamento é importante não apenas para idosos, mas para todas as pessoas que sofreram algum tipo de lesão ou cirurgia. Ele consiste em causar desequilíbrios ao corpo de forma organizada, para que haja uma resposta do sistema nervoso central.

Segundo o personal trainer David Marques, existem diversos equipamentos que podem ser usados para melhorar o equilíbrio. Balanços, bolas, aerostep, balance beam e bosu são alguns exemplos. Para exercitar o equilíbrio, é preciso iniciar com posições que reduzam gradualmente a área de apoio dos pés, ficando apoiado em um pé só: o indivíduo deve permanecer na posição de desequilíbrio de 10 a 30 segundos e repetir por três séries cada exercício.

Podemos usar materiais simples que todos nós temos em casa e que possam servir como bases instáveis, como almofadas, por exemplo. Inicialmente, todos os exercícios de equilíbrio devem ser realizados com um apoio, para evitar quedas. Além de todos os cuidados com a segurança, o treinamento deve ser supervisionado por um professor de educação física, que irá estruturar um programa de treinamento que determine a intensidade, controle todas as variáveis e respeite as particularidades de cada um — orienta o personal.

Marques explica que o equilíbrio corporal é fundamental no relacionamento do homem com o ambiente.

É uma complexa interação entre o sensorial e o motor, que previne quedas e fornece o equilíbrio. Quando ocorre uma alteração em um de seus componentes, como o proprioceptivo, surgem alterações que caracterizam o desequilíbrio e que podem afetar a qualidade de vida — finaliza.


Definição.


O termo "propriocepção" é usado para descrever todas as informações neurais originadas nos proprioceptores das articulações, músculos, tendões, cápsulas e ligamentos que são enviadas por meio de vias ao sistema nervoso central de modo consciente ou inconsciente. Os estímulos cerebrais se referem às relações biomecânicas dos tecidos articulares que podem influenciar o tônus muscular, programas de execução motora e coordenação, sinestesia, reflexos musculares, equilíbrio postural e estabilidade articular. 

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA,PARTICIPAM DE RODA DE CAPOEIRA

29 de janeiro de 2012


Fabiano foi um dos que trocou a corda verde pela corda amarela na manhã deste domingo (29), em batizado realizado pelo CEIR no Ginásio Poliesportivo Edmilson Jorge, do bairro Dirceu. A cor representa mais um passo no aprendizado e na quebra dos limites impostos pela deficiência.


Com os olhos fixos no capoeirista, Fabiano dos Santos, de 11 anos, sonha em reproduzir a ginga do mestre. Ele, que nasceu com paralisia cerebral, comemora os avanços conquistados desde que passou a participar das aulas no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR). “Eu gosto muito de jogar capoeira. Só perco quando tenho prova”, garante.


A dona de casa Nirinalva Mendes da Silva trouxe a família toda para assistir à apresentação do filho, Lyedson Matheus, de 4 anos. Sem esconder o orgulho, ela revela que o filho “melhorou muito desde que começou a fazer capoeira no CEIR. Antes, ele não segurava o pescoço e não tinha equilíbrio nenhum. Agora rola e dobra as pernas”. A conquista é motivo de emoção ainda maior quando a mãe lembra que o obstetra não acreditava na sobrevivência do menino após a constatação da doença no parto.

Para o educador físico do CEIR, Childerico Robson, o trabalho desenvolvido com as crianças é fruto de grande satisfação pessoal. “Me sinto realizado em saber que contribuí nem que seja um pouquinho para a melhoria de vida desses meninos e meninas”, frisou. Hoje, ele trabalha a capoeira como instrumento de reabilitação para 16 crianças que recebem tratamento no Centro.

A atividade deste domingo foi mais uma das iniciativas da instituição no sentido de integrar as pessoas com deficiência. Por esta razão, foi realizada junto com o batizado de capoeiristas do grupo Iê Berimbau, que trabalha com a reinserção social de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade da zona sudeste de Teresina.

Para a mãe do Gabriel, Eliane Ferreira, valeu a pena pegar uma carona de onde moram, na Vila do Avião, para ir ao Dirceu ver o filho provar que uma pessoa com deficiência pode jogar capoeira. “Em apenas 5 meses de treinamento ele já melhorou bastante. Antes caía muito e se machucava. Os médicos dizem que ele tem Distrofia Muscular. Hoje, ele quase não cai mais. É muito bom ver esse progresso”, pontuou.


PARCERIA PREVÊ MAIOR DISTRIBUIÇÃO DE VITAMINA A PARA PESSOAS COM ALTAS TAXAS DE DEFICIÊNCIA DO MICRONUTRIENTE

29/01/2012 


Carência de vitamina A pode causar graves problemas de visão.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a carência dessa vitamina afeta cerca de 190 milhões de crianças no mundo.


Fundamental para o sistema imunológico e responsável por controlar a manutenção das células do corpo, a vitamina A é o que move a parceria firmada entre a iniciativa sem fins lucrativos Sight and Life — voltada a melhorar a nutrição de populações vulneráveis em todo o mundo — e a organização humanitária independente Vitamin Angels. O intuito é aumentar a oferta dessa vitamina para populações com altas taxas de deficiência do micronutriente.

A parceria fortalecerá nossa capacidade de melhorar principalmente a vida de crianças de seis a 59 meses, que enfrentam a deficiência de vitamina A e são parte de famílias em situação de extrema pobreza, ao alinhar as forças de ambas as organizações — acredita Howard Schiffer presidente e fundador da Vitamin Angels.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a deficiência desse micronutriente afeta cerca de 190 milhões de crianças no mundo. Nesses casos, a falta da vitamina pode levar à xeroftalmia, uma doença ocular, cuja evolução causa cegueira. Além disso, o mal enfraquece as defesas do organismo e aumenta o risco de doenças infecciosas que, em certas circunstâncias, podem provocar a mortalidade infantil.

Ao fortalecer o trabalho desenvolvido em conjunto com a Vitamin Angles, a Sight and Life mobiliza as comunidades e governos e estimula a criação de parcerias público-privadas para combater, em particular, a deficiência de vitamina A, e aumentar a qualidade de vida de milhões de crianças e mulheres — comenta Klaus Kraemer, diretor da Sight and Life. 

TRABALHAR DEMAIS ELEVA RISCO DE DEPRESSÃO,DIZ ESTUDO

27/01/2012

 

De todos os participantes do estudo, os que trabalhavam mais de 11 horas diárias tinham mais chances de sofrer da doença.

Trabalhar demais não aumenta só o cansaço, mas também o risco de desenvolver depressão. A conclusão foi obtida em estudo feito por pesquisadores britânicos e publicado na PLoS ONE.

Os pesquisadores recrutaram mais de 2.000 trabalhadores, entre 35 e 55 anos, de cargos diferentes. Eles foram acompanhados por seis anos e os cientistas notaram uma associação clara entre o excesso de horas trabalhadas e a depressão.
Os que trabalhavam mais de 11 horas diárias tinham mais chances de sofrer da doença. Em seguida, apareciam como grupos de risco as mulheres, os jovens e os mal-remunerados.


Desafio e remuneração


Ao logo do estudo, 66 participantes experimentaram episódios graves de depressão, especialmente os que trabalhavam mais do que oito horas por dia.
No entanto, homens com empregos desafiadores e bons salários apresentaram níveis de depressão menores em relação aos outros grupos, mesmo passando bastante tempo na empresa. Segundo os pesquisadores, gostar do que se faz e ter o apoio de subordinados para realizar o trabalho têm efeito protetor para eles.
Já entre as mulheres ter um bom cargo não protege da depressão, provavelmente porque elas possuem mais responsabilidades que os homens fora do trabalho.
Com relação aos mais jovens, os pesquisadores especulam que o alto nível de depressão tenha relação com o fato de terem que se dedicar à carreira ao mesmo tempo em que têm de enfrentar desafios na vida pessoal e financeira.

DIAGNÓSTICO PELAS UNHAS

28 de janeiro de 2012


Análise das pontas dos dedos pode indicar de falta de vitaminas até doenças mais graves.

Elas revelam muito mais do que a personalidade do dono. Um exame das unhas e de suas lesões feito por especialistas pode gerar um verdadeiro arsenal de informações sobre hábitos errados e até doenças sistêmicas que repercutem na estrutura de queratina responsável por proteger a ponta dos dedos. De organização semelhante à da pele, é mesmo lógico que ela exiba sinais do organismo humano.

Segundo o dermatologista Aloísio Gamonal, os médicos podem extrair informações confiáveis das unhas. As unhas saudáveis são aquelas de cor rosada, lâminas finas e flexíveis e formato convexo. Todo o resto representa algum tipo de problema, que precisa ser avaliado por um dermatologista. A forma e a textura também fornecem indicações.

De acordo com a médica Ana Cláudia Soares, uma análise clínica das unhas pode sugerir problemas, mas é imprescindível seguir a investigação com exames. A alimentação tem influência direta sobre a saúde das unhas e refletem o status nutricional. Se a unha não estiver lisa, brilhante e transparente e não for possível enxergar a meia-lua da cutícula, isso é uma indicação de que algo não vai bem. Alterações na coloração, como opacidade, podem sugerir micoses, psoríase e até melanomas.

Cuidados básicos

NO SALÃO (E EM CASA)

> Use material individual para corte e limpeza e nunca o empreste a ninguém. Se fizer a unha com manicures, use apenas ferramentas esterilizadas.

> Evite retirar as cutículas. Elas funcionam como barreira protetora para a entrada de germes.

> Ao cortar as unhas, adote um formato quadrado e não as deixe compridas nem curtas, mas sempre retas.

> Evite usar acetona para remover esmaltes antigos, pois, por ser um solvente, ela agride quimicamente o enxofre das unhas. Dê preferência ao óleo de banana.

> Evite usar objetos pontiagudos para limpar sob as unhas, o que pode provocar seu descolamento.

Encravaram. E aí?

> Ao primeiro sinal de inflamação ou dor na região em volta das unhas, limpe o local e aplique um produto à base de antibiótico (neomicina ou garamicina, por exemplo) duas vezes ao dia, até melhorar. Não tente ficar cortando as laterais na tentativa de “desencravar”, porque isso só vai piorar o processo. Nesses dias, evite atividades físicas que machuquem ainda mais a região.

> Se não melhorar em uma semana, procure seu médico ou um dermatologista para uma melhor avaliação. A cirurgia só é indicada em casos mais avançados.

> Para evitar unhas encravadas, faça sempre um corte reto, nunca arredondado, principalmente nas unhas dos pés. O corte errado é a principal causa de unhas encravadas. A segunda é o uso de calçados apertados, sobretudo de bico fino.

FONTE:http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3645208.xml&template=3898.dwt&edition=18875&section=1028

UMA DOENÇA NEUROLÓGICA

28 de janeiro de 2012


VÍCIO

A maioria das pessoas costuma tomar um drinque ou outro em ocasiões sociais. Mas entre 5% e 10% da população não sabe a hora de parar e, independentemente da situação, sente uma vontade irresistível de beber. Embora ainda não se saibam as causas primárias do alcoolismo, pela primeira vez pesquisadores conseguiram mostrar que o cérebro dos alcoolistas se comporta de uma maneira diferente, proporcionando uma sensação de bem-estar mais intensa e prolongada.

Em qualquer dosagem maior que 0,02g por 100ml no sangue – equivalente a meia lata de cerveja –, o álcool provoca reações no sistema nervoso central. No cérebro, a bebida libera neurotransmissores na região relacionada à recompensa, trazendo sensações agradáveis. Agora, uma equipe de neurocientistas do Instituto de Pesquisas Ernest Gallo, da Universidade da Califórnia, descobriu como isso acontece.

A principal autora da pesquisa, Jennifer Mitchell, explica que, na superfície dos neurônios, existem grandes moléculas que funcionam como receptoras de opioide. Quando uma pessoa bebe, estes receptores liberam endorfina em um agrupamento de neurônios chamado nucleus accumbens, que faz parte do sistema de recompensa do cérebro, fundamental para atribuir prazer a atividades como se alimentar.

Segundo os neurocientistas, essa é a primeira vez que os padrões são observados em seres humanos.

COMO DESCOBRIR O SEXO DO BEBÊ NO INÍCIO DA GRAVIDEZ

22.01.2012


A gestação de uma mulher é cercada de mistério até a altura da 15ª semana, em média, quando a ansiosa questão “é menino ou menina?” já pode ser respondida através de um exame ultrassom. Mas um novo método totalmente inofensivo parece ser capaz de descobrir o sexo do bebê ainda antes da quinta semana de gravidez.

Nem todos dão muita importância em saber o gênero do feto antes do nascimento, mas esse conhecimento é importante devido ao risco de distrofias musculares. São doenças genéticas associadas ao cromossomo X, ou seja, basta saber se é menino ou menina para tomar precauções. 

As distrofias podem trazer sérias limitações(tais como necessidade de cadeira de rodas e risco de problemas cardíacos) ao bebê que vai nascer. Quando a doença é identificada no gene das mães, a maioria dos casais prefere abortar o feto (nos países em que isso é legal), o que é mais difícil se ela tiver que esperar as mais de onze semanas para ter certeza do sexo da criança. 

Por essa razão, médicos de um hospital feminino em Seul (Coreia do Sul) descobriram um jeito de encontrar cromossomos Y (garantindo que o bebê será menina e livre do risco de distrofia muscular) no feto. Eles analisaram o gene PDE9A, que se encontra no sangue das mulheres grávidas, e descobriram que a partir dele é possível rastrear cromossomos Y no feto desde o início da gestação.

Em 203 mulheres analisadas, o teste apresentou 100% de precisão em determinar o sexo do bebê, no máximo até a quinta semana de gestação. [NewScientist]

ANVISA SUSPENDE 156 LOTES DE IMPLANTES ORTOPÉDICOS

27/01/2012



Empresa diz que já recolheu os produtos, mas alega ausência de risco sanitário.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no Diário Oficial da União dessa quinta-feira determina, como medida de interesse sanitário, a suspensão, em todo o país, da distribuição, comercialização e implantes de 156 produtos ortopédicos.

A publicação determina ainda que a empresa promova o recolhimento do remanescente existente no mercado de lotes dos produtos identificados na resolução. Entre os produtos, fabricados por Biomecânica Indústria e Comércio de Produtos Ortopédicos Ltda, que fica no município de Jaú, em São Paulo, estão próteses de fêmur, tíbia, cabeça do fêmur e outros materiais utilizados em procedimentos ortopédicos.

A Anvisa informou que resultados de análises do Programa de Monitoramento Qualidade de Implantes Ortopédicos, iniciado em 2010, indicaram a necessidade de uma inspeção fiscal à empresa fabricante dos produtos e de análise em laboratório dos implantes coletados. Segundo a agência, o resultado da análise laboratorial motivou a ação cautelar. A Anvisa vai publicar um alerta dirigido aos profissionais médicos com orientações técnicas.

De acordo com a diretoria da empresa, os produtos investigados pela agência correspondem a menos de 0,05% dos produtos suspensos — e já foram retirados. "A exigência citada na resolução é uma medida preventiva da Anvisa, não repercutindo ao público usuário, uma vez que todos os produtos já haviam sido recolhidos anteriormente", diz a nota divulgada pela fabricante.

Em relação a ausência de risco sanitário, a empresa esclareceu que entre a inspeção ocorrida nos dias 9 e 10 de novembro de 2011 e a publicação da presente resolução decorreram-se 75 dias, "ou seja, caso existisse risco iminente à saúde pública a ação da Anvisa seria imediata".


 

NOVOS CASOS DE HANSENÍASE CAEM 15% EM UM ANO NO PAÍS

26/01/2012


Doença atinge pele e nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz.

O tratamento da doença, que tem cura, é gratuito e pode ser realizado em qualquer unidade de saúde do SUS.



O Brasil registrou uma queda de 15% no índice de novos casos de hanseníase entre 2010 e 2011. Entre menores de 15 anos, este percentual baixou 11%. Os dados preliminares mostram que, no ano passado, 30.298 novos casos foram detectados, o que corresponde a 15,88 ocorrências por 100 mil habitantes. Destes, 2.192 foram registrados em menores de 15 anos. Em 2010, o número geral foi de 18,22 por 100 mil habitantes, correspondendo a 34.894 novos casos da doença no país, sendo 2.461 na população menor de 15 anos.

Estamos obtendo um avanço sustentado no combate à hanseníase. Queremos ampliar esse esforço para obter a eliminação da doença como problema de saúde pública no país — afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Ele explica que a meta do Plano de Eliminação da Hanseníase, estabelecido no ano passado, é reduzir para um o número de casos da doença para cada grupo de 10 mil habitantes até 2015. Além disso, o SUS trabalha para diminuir em 26,9% o índice em menores de 15 anos, aumentar o percentual de cura (90% dos casos novos) e examinar 80% dos contatos intradomiciliares dos novos casos da doença.

O alcance das metas prevê um esforço conjunto para a interrupção da cadeia de transmissão da endemia, com ações de vigilância em saúde e atenção aos pacientes — explica Barbosa.

O secretário reforça que o Ministério da Saúde tem incentivado a mobilização dos municípios prioritários. Ao todo, 97% deles - o que corresponde a 245 municípios - receberão recursos adicionais, que somam R$ 16 milhões. A previsão é que estes recursos comecem a ser liberados ainda neste mês. Em contrapartida, as secretarias municipais de saúde devem desenvolver ações como busca ativa de casos novos, tratamento e acompanhamento de portadores da doença, prevenção de incapacidades e reabilitação e vigilância dos contatos no domicílio dos pacientes. A estratégia está inserida no programa do governo federal Brasil Sem Miséria.

— É fundamental que todos os municípios brasileiros ofereçam o serviço de diagnóstico, tratamento e atenção integral às pessoas acometidas pela hanseníase. No último ano, conseguimos um aumento de 290 unidades de saúde aptas a oferecer assistência a portadores da doença, passando de 9.155 para 9.445 unidades — garante o secretário.


A doença

A hanseníase é uma doença infecciosa e atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. Ao perceber algum sinal, é importante que a pessoa com suspeita da doença não se automedique e procure imediatamente um serviço de saúde mais próximo.

É preciso observar manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo. Também é importante ficar atento às áreas da pele que não coçam, mas que causam a sensação de formigamento e ficam dormentes com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque.


Tratamento

Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. A doença pode causar incapacidades físicas, evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Gratuito e eficaz, o tratamento pode durar de seis a 12 meses.

Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e uma vez por mês no serviço de saúde. Exercícios para prevenir as incapacidades físicas, além de orientações da equipe de saúde, também fazem parte do tratamento.

CONHEÇA OS SINTOMAS DO AVC

26/01/2012 


Hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo são fatores de risco para ocorrência de derrame.

Um acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, acontece quando as artérias que irrigam o cérebro sofrem uma obstrução. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes vasculares cerebrais são a segunda principal causa de óbito no mundo — cerca de 7 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência do problema.

De acordo com o médico Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia do HCor, aproximadamente 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos, ou seja, ocorrem quando há um entupimento nas artérias que levam sangue ao cérebro. A obstrução é geralmente causada por coágulos sanguíneos formados na parede das artérias doentes ou por pedaços de coágulos desprendidos dessas artérias ou do interior da cavidade cardíaca. Dependendo da região cerebral atingida, o paciente sofrerá sequelas maiores ou menores, podendo até mesmo chegar a óbito.

Em 20% dos casos, o AVC é hemorrágico, quando a lesão cerebral ocorre por um derramamento de sangue no interior do cérebro. O especialista explica que em qualquer tipo de acidente vascular cerebral morrem células nervosas.

Pavanello alerta que para prevenir a ocorrência de um AVC é preciso controlar os fatores de risco, que incluem hipertensão arterial, diabetes, aumento do colesterol, aumento do triglicérides e tabagismo.


Sintomas do derrame


::
Diminuição ou perda súbita de força na face, braço ou perna de um lado do corpo;

:: Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular frases e se expressar ou para compreender a linguagem;

:: Perda súbita de visão em um ou nos dois olhos;

:: Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;

:: Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. 

É SÓ TRISTEZA OU SERÁ DEPRESSÃO?

26/01/2012 


Sem o diagnóstico específico, tristeza e depressão se confundem.

Depressão é a segunda causa de incapacidade no trabalho. Até 2020, deve ser a primeira.

A tristeza é uma emoção natural aos seres humanos e se manifesta normalmente diante de situações que envolvem principalmente perda, desamparo, frustração, fracasso ou rejeição. Por outro lado, a depressão tem características neuroquímicas importantes e não depende de um evento gatilho para se manifestar. Frequente em vários países, de 3% a 11% da população pode apresentar esse transtorno anualmente.

Infelizmente, muitas pessoas não buscam tratamento para depressão por confundi-la com uma tristeza profunda. As pessoas precisam entender que depressão é uma doença que requer tratamento especializado — afirma o psicólogo clínico e doutor em neurociência e comportamento, Julio Peres.

Segundo Peres, a depressão é a segunda causa de incapacidade no trabalho e a projeção é que, até 2020, seja a primeira da lista. A causa da depressão é tida como multifatorial, isto é: converge vários fatores como o estilo de vida, o tipo de personalidade, a história pessoal e a predisposição genética. Há quem apresente sintomas depressivos na infância ou na adolescência. Outros manifestam o problema após uma sequência de eventos traumáticos na idade adulta.


Tipos de depressão

No diagnóstico da depressão são considerados sintomas psíquicos, como tristeza, angústia, autodesvalorização, culpa, diminuição da capacidade de experimentar prazer nas atividades antes consideradas agradáveis, sensação de perda de energia, dificuldade de se concentrar ou de tomar decisões; fisiológicos, ou seja, alterações do sono, alterações do apetite, redução do interesse sexual; e evidências comportamentais, como retraimento e isolamento social, crises de choro, comportamentos suicidas, lentificação ou agitação motora expressivas.

Também há que se levar em conta se os sintomas são primários ou secundários a traumas psicológicos, doenças, uso de drogas e medicamentos. Fatores hormonais — como o funcionamento precário da tireoide ou desbalanceamento de outros hormônios — são outras variáveis que podem levar a um falso diagnóstico.

Um episódio depressivo pode durar em média 20 semanas e a psicoterapia pode ser um dos caminhos para o tratamento. Conforme o indivíduo verbaliza suas angústias ao psicólogo, ele passa a ouvir a si mesmo de uma maneira diferenciada e a organização mental se configura — explica o especialista.


Como identificar

De acordo com Peres, o paciente pode ser considerado em depressão quando apresenta cinco ou mais dos seguintes sintomas por duas semanas (todos os dias ou quase todos os dias):

:: Interesse ou prazer acentuadamente reduzidos.

:: Humor deprimido (tristeza).

:: Perda ou ganho significativo de peso (apetite) sem estar em dieta.

:: Insônia ou hipersonia.

:: Agitação ou retardo psicomotor.

:: Fadiga ou perda de energia.

:: Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva.

:: Capacidade reduzida de pensar ou concentrar-se.

:: Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida.

DOENÇAS DERMATOLÓGICAS DE PELO AO MENOS UM TERÇO DOS PACIENTES TÊM ORIGEM PSICOLÓGICA

25/01/2012 


Estresse justificaria a não eficácia de cosméticos prescritos por dermatologistas.

Médica considera necessária uma abordagem mais holística no tratamento.


Uma descamação que não se resolve com os cremes prescritos pelo dermatologista, a acne persistente, furúnculos que ocasionalmente surgem nos momentos mais inoportunos, manchas que aparecem da noite para o dia. Para um terço dos pacientes de dermatologia, segundo dados de um estudo realizado pela Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro, esses e outros problemas da pele estão diretamente relacionados ao estresse psicológico.

De acordo com a dermatologista e coordenadora do Ambulatório de Psoríase do Hospital Universitário de Brasília, Gladys Aires Martins, em situações de estresse, alterações hormonais, em especial nos níveis de cortisol circulantes, podem prejudicar o equilíbrio da pele, chamado de homeostase cutânea.

Pesquisas recentes têm demonstrado estreitas ligações entre as fibras nervosas periféricas cutâneas e o sistema nervoso central, o que leva à liberação de neurotransmissores, como as endorfinas e outros, que vão mediar sinais e sintomas na pele, de origem psicogênica — explica.

A lógica desse diálogo entre a pele e as emoções é alvo de estudos há mais de um século e aflige milhões de pacientes, que, em geral, nem desconfiam dessa ligação. Como as psicodermatoses podem se manifestar de diversas maneiras — acne, psoríase, vitiligo, pruridos, alopecia, caspa, entre outros — a ligação fica complicada até mesmo para a classe médica.

Quantas vezes seu médico indagou sobre como anda sua vida, suas emoções? De acordo com o dermatologista Marcelo Vianna, de fato, nem sempre o médico toca nessas questões, o que acaba prejudicando o tratamento.

Nossa formação é escassa nesse sentido. Mas, em alguns casos, precisamos de uma abordagem mais holística, ou seja, avaliar o todo para tratar a parte. Em alguns momentos, solicito auxílio de terapeutas especializados em pacientes com doenças dermatológicas, para um trabalho em conjunto.

Em um estudo publicado no The Journal of Investigative Dermatology, o estresse psicológico demonstrou ser muito mais danoso à pele que o estresse físico. Os pesquisados foram divididos em três grupos: um se submeteria a uma falsa entrevista de emprego, ou à privação de sono por 42 horas, e outro a três sessões de esteira ergométrica por dia. Todos tiveram seus níveis de hormônios e de células do sistema imunológico da pele medidos ao fim dos testes. O resultado foi que os voluntários expostos ao estresse psicológico apresentaram alterações significativas, que poderiam desencadear problemas de pele. Já o estresse físico não provocou nenhuma alteração negativa.



CUIDADO COM A COQUELUCHE

25/01/2012


Em caso de internação, doente deve ficar isolado enquanto durar a fase de transmissã.

Doença contagiosa que estava praticamente erradicada volta a preocupar pais em todo o mundo.


Altamente contagiosa, a coqueluche é uma infecção causada por bactéria que compromete o aparelho respiratório. Crises de tosse (cinco a 10 tossidas) em uma única respiração, vômitos pós-tosse, coriza e febre são os principais sintomas da doença, transmitida ao falar, tossir ou espirrar. Segundo o Ministério da Saúde, a incidência da doença no Brasil era de 0,3 para cada 100 mil habitantes em 2010 e subiu para 0,8 em 2011.

Controlada até os anos 80 e 90, também chamada de “tosse comprida”, a coqueluche ressurge em vários países. Ao contrário do sarampo e da varicela, a doença pode ocorrer mais de uma vez na vida porque a proteção conferida pela vacina diminui após 10 anos. Estudos científicos mostram que os adultos em contato com a criança são os principais responsáveis pela transmissão da doença, principalmente aos bebês menores de um ano, fase em que o esquema vacinal está incompleto.

Até os sete anos, os pequenos devem ser vacinadas gratuitamente nos postos de saúde. As três primeiras doses, injetáveis, são dadas aos bebês quando eles completam dois, quatro e seis meses. Depois, é necessário nova dose entre 15 e 18 meses de idade. A última é ministrada entre quatro e seis anos. A vacinação incompleta é a principal causa de complicações, como pneumonia e insuficiência respiratória, responsáveis por internações e que podem provocar paradas respiratórias, capazes de deixar sequelas mentais e motoras por causa da falta de oxigenação no cérebro.

Durante o tratamento, com antibiótico ou internação, o doente deve ficar afastado de outras pessoas e em ambientes arejados enquanto durar a fase de transmissão da doença (cinco dias desde o início do tratamento com antibiótico). A injestão de líquidos é recomendada para evitar desidratação. Talheres, pratos e copos devem ser separados para uso exclusivo de quem está doente.

Joinville já registrou cinco casos em janeiro

Bem conhecida por quem tem mais de 40 anos, a coqueluche tem preocupado principalmente pais de crianças pequenas em Joinville. Em 2010, Santa Catarina estava entre os 15 Estados com mais casos da doença — 19 confirmados. Em 2011, o número saltou para 38. Destes, 13 foram registrados em Joinville — 12 doentes eram crianças. Neste começo de ano, já há registros de crianças contaminadas pela bactéria Bordetella pertussis na cidade. Apenas no Centro Hospitalar Unimed, foram cinco notificações ao Ministério da Saúde.

Apesar de não haver motivos para alarme, já que a doença não tem grau alto de mortalidade, os números de Joinville estão bem acima da média brasileira. A taxa de incidência de coqueluche em Joinville no passado ficou de 2,5 casos para cada 100 mil habitantes. Já no público infantil, foi de 1,7 para cada mil crianças.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Joinville, Tadiana Alves Moreira, explica que a incidência nos bebês tem a ver com a falta de vacinação. São crianças menores de seis meses, que não completaram idade para estarem imunizadas com as três doses; ou as mães não chegam a completar o ciclo vacinal dos bebês. Para a coordenadora, o número reduzido de ocorrências — em relação à proporção da população — se deve à cobertura vacinal, que em Joinville chega a 95%. O calendário de vacinas, fornecidas gratuitamente pelo SUS para crianças, prevê cinco doses até os sete anos de idade.

MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO MUNDIAL CONSIDERA ESTAR ACIMA DO PESAO

24/01/2012


74% dos entrevistados disseram que fazem diet. 

No Brasil, 12% dos entrevistados tomam medicamentos para emagrecer.


Mais da metade da população mundial, ou 53% das pessoas, considera-se acima do peso. Moradores da América Latina superam essa média global, já que 58% dos entrevistados dizem estar acima do peso ideal.

Os resultados integram uma pesquisa sobre tendências de alimentação realizada pela Nielsen em 56 países, incluindo o Brasil. Foram entrevistadas 25 mil pessoas. De acordo com a pesquisa, 74% dos entrevistados declararam mudar hábitos alimentares e fazer dieta para perder peso, seguido da prática de exercícios físicos (61%). Além disso, 52% dos entrevistados não entende nada ou quase nada do que vem descrito nos rótulos das embalagens.

Entendemos que isso é um alerta para os fabricantes. É de senso comum, por exemplo, que chocolate engorda, porém quase não se fala sobre os benefícios do cacau para o coração — diz Claudio Czarnobai, analista da Nielsen.

A pesquisa demonstra que 8% dos entrevistados da América Latina afirmam usar remédios para perder peso. Os brasileiros, no entanto, superam esse índice: 12% dizem tomar medicamentos.

Muitas pessoas não ficam satisfeitas em perder só o peso necessário para ser saudável e acabam tomando medicamentos sem necessidade — alerta Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso). 


ESTRESSE LEVA Á FADIGA ADRENAL. ENTENDA O PROBLEMA

24/01/2012


Glândula supra-renal é a primeira a sofrer com os efeitos do estresse.


Disfunção afeta o funcionamento da glândula supra-renal e pode ser facilmente confundida com depressão, anemia, labirintite e outros problemas.


 Você vai dormir mais cedo, mas acorda cansado mesmo assim. Tira uma folga na segunda-feira para prolongar o fim de semana e quando volta do passeio parece que nem saiu. São sensações características do mau funcionamento da glândula supra-renal. Descoberta há cerca de 10 anos, a fadiga adrenal é considerada a síndrome do século XXI.

O cardiologista Marcos Antônio Natividade, pós-graduado em terapia ortomolecular e mestre em fisiologia do envelhecimento, explica que a supra-renal é a primeira glândula a ser atingida pelo estresse. Ela é responsável por defender o corpo de traumas físicos, incluindo frio, calor e fome.

Quando a glândula supra-renal está funcionando mal e não está secretando os hormônios que deveria, além do cansaço excessivo, ocorrem infecções e gripes frequentes, ansiedade, irritabilidade, alterações do sono, baixa libido e ereções não mantidas, tonturas, baixa concentração e memória, apatia, compulsão por doces, salgados, cafeinados e frituras, depressão e medo sem causa aparente — enumera o médico.

Ainda pouco conhecida, a fadiga adrenal, muitas vezes, é confundida com depressão, pânico, fibromialgia, labirintite, anemia ou palpitações. De acordo com Natividade, quando diagnosticada a disfunção, deve ser feita uma reposição com hormônios biodênticos, que são iguais aos secretados pela glândula supra-renal. Se não tratado, o problema pode desencadear doenças como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e osteoporose.

Excesso de trabalho, má alimentação, sedentarismo e aborrecimentos são causas que podem induzir à fadiga adrenal. A prevenção está na já conhecida fórmula alimentação saudável aliada a exercícios físicos, além de reservar momentos para o descanso.

Comer castanhas, verduras, frutas, alimentos integrais e peixes, fazer atividade física três vezes por semana, descansar no mínimo dois finais de semana por mês e tirar 30 dias de férias por ano. Isso é fundamental para se viver com saúde e bem-estar — recomenda o especialista.

É POSSÍVEL CONTROLAR A BEXIGA HIPERATIVA NOS PORTADORES DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

24/01/2012


BOTOX® tem se mostrado um tratamento eficaz, minimamente invasivo, com taxa de sucesso em aproximadamente 80% dos pacientes, além de evitar complicações renais sérias. 

Apesar da imensa complexidade que envolve a Esclerose Múltipla como patologia e seu impacto em alterações na fala e na questão motora, outra síndrome que pode acometer até 96%[1] destes pacientes, é a bexiga hiperativa. Mas, o tratamento com BOTOX® tem representado uma alternativa eficiente com uma taxa de sucesso em torno de 80% dos casos, além de um baixo índice de efeitos adversos². 

A bexiga hiperativa neurogênica tem origem em problemas neurológicos, como a Esclerose Múltipla, e geralmente ocorre porque tais doenças provocam perda do controle de funcionamento da bexiga e dos esfíncteres. Além do impacto na qualidade de vida das pessoas, nos casos mais graves, pode causar a perda da função renal. 

Recentemente, BOTOX® (toxina botulínica tipo A) foi aprovado nos Estados Unidos para o tratamento da bexiga hiperativa, sendo que a ANVISA já havia aprovado seu uso no Brasil em 2009. BOTOX®, marca comercializada pela Allergan, é a única toxina botulínica aprovada no país para esta indicação e, hoje, representa um grande avanço para o tratamento da doença. 

“A toxina botulínica tipo A não trata as causas da doença, mas auxilia para que os sintomas sejam amenizados e com isso o paciente possa readquirir a sua qualidade de vida, ou seja, ter menos limitações em suas atividades ditadas pelos problemas urinários. Além disso, é importante ressaltar a importância do trabalho multidisciplinar, que tem como objetivo principal o bem-estar do paciente como um todo”, explica José Carlos Truzzi, Doutor em Urologia pela Universidade Federal de São Paulo. 

Com resultados muito favoráveis, o BOTOX® é injetado diretamente no músculo da bexiga, o que acaba causando um relaxamento do órgão e impede as contrações involuntárias, consequentemente, a perda de urina. A ação dura de 6 a 9 meses e a substância pode ser reaplicada após este período. Por ter ação local, os efeitos colaterais comuns aos medicamentos orais são evitados. 

BOTOX® (toxina botulínica do tipo A)-A aplicação do BOTOX® ficou famosa no mundo todo pela indicação cosmética, no tratamento das rugas de expressão. No entanto, a substância foi descoberta para o tratamento terapêutico e aprovada em 1989 (pelo FDA, nos Estados Unidos), como uma alternativa para tratar o estrabismo. 

No Brasil, a primeira toxina botulínica a ser aprovada foi o BOTOX®, em 1992 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para fins terapêuticos. Hoje, BOTOX® possui nove indicações aprovadas no país: distonia, estrabismo, blefaroespasmo, espasmo hemifacial, linhas faciais hipercinéticas, espasticidade, hiperidrose, bexiga hiperativa e migrânea crônica, popularmente conhecida como enxaqueca crônica. 

ENTENDA A FIBROSE CÍSTICA,DOENÇA QUE TROUXE GÊMEAS ARGENTINAS A PORTO ALEGRE PARA TRANSPLANTE DE PULMÃO

23/01/2012


Mesmo após o transplante, Maribel mantém a rotina de registrar seu dia a dia em um diário.


Brasil é o único país da América Latina que realiza o transplante de pulmão entre doadores vivos.


Com lágrimas nos olhos, os argentinos Mariana e Ernesto Oviedo são um misto de alívio e de preocupação. Internados na UTI do Pavilhão Pereira Filho da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, o casal se recupera de um transplante que retirou metade de cada um de seus pulmões na última quarta-feira. A cirurgia serviu para salvar a vida de uma das filhas gêmeas de 19 anos, Maribel, debilitada por uma doença genética chamada fibrose cística.

A outra garota, Marisol — que também nasceu com o problema —, ainda não encontrou doador compatível e está em tratamento no mesmo hospital para reduzir anticorpos e tentar o transplante com algum parente. Caso não consiga, seguirá na fila de transplantes cadavéricos no país vizinho.

A família virou símbolo na Argentina pela luta para aprovar uma lei que permita esse tipo de operação. Lá, somente é permitido o procedimento entre doadores não cadavéricos no caso de rins e fígado.

Não há médicos que realizem o transplante de pulmões intervivos na Argentina porque inexiste um plano de saúde que o reconheça. Somos o único país da América Latina que faz essa cirurgia — diz José Camargo, diretor do Centro de Transplantes da Santa Casa e responsável pelo transplante, considerado de alta complexidade.

Com os longos cabelos loiros presos por uma trança e sentada na cama da UTI, a mãe das gêmeas, Mariana, 38 anos, nem parece ter enfrentado uma cirurgia que durou cerca de seis horas. Se diz privilegiada por ter conseguido ajudar. Fica emocionada ao falar dos dois outros filhos, que morreram com a mesma doença, mas que não teve oportunidade de salvar (um morreu aos cinco meses, em 2005, e o outro quando estava com nove anos, em 2008).

Se soubéssemos que éramos compatíveis, teríamos tentado salvá-lo dessa forma. Mas não achamos doadores — consola-se.

Ernesto salienta a importância da ajuda da comunidade local, do governo argentino e do Sistema de Obras Sociais (espécie de plano de saúde público argentino), que arcaram com as despesas médicas.

O atendimento que recebi aqui em Porto Alegre não se compara com nada que recebemos no nosso país. Nunca imaginei ter esse tratamento aqui. Só tenho a agradecer a todos os que estão realizando esse verdadeiro ato de amor — emociona-se o pai.

O que é a doença
:: Fibrose cística, ou mucoviscidose, é uma doença genética que se manifesta em ambos os sexos. O gene defeituoso é transmitido pelo pai e pela mãe (embora nenhum dos dois manifeste a doença) e é responsável pela alteração no transporte de íons através das membranas das células. Isso compromete o funcionamento das glândulas exócrinas que produzem substâncias mais espessas e de difícil eliminação.

:: A doença afeta os aparelhos digestivo (sobretudo o pâncreas) e respiratório, além das glândulas sudoríparas. O paciente tem má absorção de nutriente e não ganha peso. Também apresenta sintomas como tosse com secreção produtiva, pneumonias de repetição e bronquite crônica.

:: O Brasil é o único país da América Latina que realiza o transplante de pulmão entre doadores vivos, indicado principalmente nos casos de fibrose cística, uma doença que mata um terço dos pacientes entre o fim da infância e o início da puberdade, e que tem no transplante a única esperança.

Saiba mais
:: Não é apenas pela recuperação de Maribel e pela obtenção de doadores compatíveis para Marisol que a família Oviedo luta. Após a alta no hospital, que deve ocorrer nos próximos dias, o casal, as gêmeas e os dois parentes — possíveis doadores — que vieram ao Brasil estão procurando um local para se hospedar em Porto Alegre, onde deverão ficar mais dois meses em função da recuperação e tratamento. Por recomendação médica, é preciso que as garotas transplantadas fiquem isoladas.

No Facebook

 
:: Acompanhe a comunidade Marisol y Maribel no Facebook 


 Na fila de espera por um pulmão, Marisol relata seu cotidiano na internet.



OFTALMOLOGISTA RECOMENDA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA PARA RETARDAR OU ATENUAR DOENÇAS OCULARES

21/01/2012


Acrescentar mais peixe à dieta pode ajudar a prevenir doenças oculares.

Especialista dá dicas de alimentos e mostra como preparar a "salada para enxergar bem".

Já ouviu falar que cenoura faz bem para os olhos, não é? Pois não é só ela. Frutas de várias cores e verduras de tonalidade verde-escuro, como espinafre, couve e brócolis, contêm antioxidantes que protegem os olhos, reduzindo os danos provocados pelos radicais livres, o que ajuda a adiar doenças como degeneração macular, catarata e olho seco. Ovos, milho verde, mamão, laranja e kiwi também contêm luteína, substância fundamental no combate à degeneração macular relacionada à idade. Além, é claro, de cenoura e abóbora, ricas em vitamina A e vitamina C.

A receita é do oftalmologista Renato Neves. Segundo ele, uma dieta bem equilibrada pode retardar ou atenuar doenças oculares, assim como parar de fumar e abandonar o sedentarismo.
O ideal é acrescentar mais peixes à dieta, principalmente aqueles ricos em ômega 3, como salmão, atum, sardinha e bacalhau. Habituar-se a comer mais frutas e saladas também é importante, já que aumentar a ingestão de vitaminas, minerais, proteínas saudáveis e luteína também traz vários benefícios para a saúde ocular — recomenda.

Na opinião do médico, além de incluir mais castanhas, linhaça e óleo de canola às receitas — que evitam a síndrome do olho seco, muito frequente nas grandes cidades e na terceira idade — também se deve reduzir a ingestão de sódio.

O excesso de sódio na dieta é um grande vilão da saúde, favorecendo o desenvolvimento de catarata na terceira idade. Vale a pena prestar atenção nas informações das embalagens e dar preferência a alimentos com sódio reduzido — orienta.


Salada para ver melhor
O oftalmologista Renato Neves não fica só na teoria. Ele dá a receita da "Salada para enxergar bem". Tome nota dos ingredientes:

:::: um salmão ou atum grelhado;
 um maço de espinafre cortado;

::seis folhas frescas de alface romana;

:: duas cenouras raladas;

:: uma berinjela pequena levemente cozida e cortada em cubos;

:: um maço de brócolis;

:: cubinhos de pimentões amarelo, verde e vermelho, sem pele;

:: seis couves de Bruxelas;

:: sementes de linhaça dourada;

:: castanhas do Pará trituradas.

A dica do médico é temperar com o "Molho caesar ocular", preparado com óleo de canola, suco de limão, vinagre de maçã, mostarda de Dijon, um filé de anchova ralado, uma gema de ovo e queijo parmesão.

PILATES AJUDA PESSOAS COM SINTOMAS AVANÇADOS DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

20/01/2012

Pilates pode ajudar na reabilitação de Esclerose Múltipla mesmo em pacientes que estão com sintomas avançados da doença, mostra uma pesquisa realizada na Universidade Queen Margaret, na Escócia.
O método pilates, já utilizado no Brasil em alguns casos de esclerose, foi testado na universidade escocesa para a reabilitação de pessoas que estão em cadeira de rodas devido à doença. A Esclerose Multipla afeta, entre outras coisas, a força muscular e o equilíbrio, fazendo com que o doente perca mobilidade.

No estudo, a postura e a intensidade das dores e da fadiga (sintomas da doença) foram medidas em 15 cadeirantes antes e depois de começarem seu tratamento com pilates. Outras oito pessoas com sintomas parecidos também foram acompanhadas durante o período, porém sem participar das aulas.

Ao final de 12 semanas, foi possível observar uma melhora nas dores no ombro e no pescoço das pessoas que tiveram aulas de pilates.

Os resultados foram publicados na revista "Research Matters", editada pela Sociedade de Esclerose Múltipla de Londres. Os pesquisadores lembram que ainda são necessários estudos com maior número de participantes para validar os resultados.

NO BRASIL

Entre os benefícios da prática, a fisioterapeuta Andrea Lotufo, do centro de reabilitação do Hospital Albert Einstein cita a melhora da força, da postura e do equilíbrio.

Porém ela lembra que, se a pessoa faz exercícios inadequados para sua condição, ela pode sentir uma grande fadiga, própria da doença e mais forte do que um cansaço normal de quem vai a academia.

A instrutora de pilates Régia Guimarães, 47, atende alunos com Esclerose Múltipla há cinco anos. Ela diz que o pilates, por ser originalmente um trabalho individual, permite que o instrutor conheça a pessoa e consiga perceber quais os exercícios mais adequados para suas necessidades.

Ela também destaca o uso dos aparelhos como uma forma de fazer com que seus alunos se sintam mais acolhidos: "Uma pessoa que não consegue ficar de pé, por exemplo, pode fazer exercícios na cama que simulem o caminhar em um ambiente seguro".

Uma de suas alunas, Wilma Vieira, 52, descobriu que tinha Esclerose Múltipla há sete anos. Tudo começou com um formigamento no rosto e nos pés que parecia não ter grande importância. Teve dificuldade para acreditar que sofria da doença quando a médica deu o diagnóstico: "Esclerosada, eu? Mas como, se minha memória é boa?".

A razão do estranhamento foi em parte pelo nome da doença, que leva muitas pessoas a relacionar Esclerose Múltipla e velhice. Entrou em depressão quando soube que a doença não tinha cura e sua possível piora não podia ser totalmente descartada.

Wilma passou a tomar medicamentos intravenosos três vezes por semana. Ela conta que esses medicamentos têm efeitos colaterais, entre eles deixar a musculatura rígida e provocar dor nas articulações. Mas são fundamentais para controlar os surtos e a piora de sua saúde.

Antes de praticar pilates, ela tentou outras atividades físicas, como fisioterapia e ioga, sem o mesmo resultado positivo.

Encontrar uma professora que já havia trabalhado com pessoas com Esclerose Múltipla foi o que a motivou a começar. Praticante há dois anos, diz que o maior benefício é a diminuição das dores nas articulações que os alongamentos proporcionam.

O que ela mais gosta é de estar deitada e ser alongada por elásticos. Dessa forma, consegue sentir sua flexibilidade aumentando.

A ESCLEROSE MÚLTIPLA

A Esclerose Múltipla é uma doença crônica autoimune do sistema nervoso. Acontece quando o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina, capa que cobre os neurônios, comprometendo a transmissão de impulsos elétricos.

As principais dificuldades ocasionadas pela doença são a perda parcial da visão, da sensibilidade, da força e do equilíbrio. A doença se manifesta a partir de crises, chamadas surtos, em que os sintomas da doença ficam mais agudos e deixam sequelas.

É importante que a pessoa que tem Esclerose Múltipla realize exercícios físicos. Como cada pessoa desenvolve esses sintomas de maneira única, em velocidades e ocorrência de surtos diferentes, é preciso consultar um especialista, como um fisiatra, para indicar qual a prática mais adequada para cada um.

O neurologista Charles Pulbery, membro da Academia Brasileira de Neurologia, diz que a técnica não atua na doença propriamente dita. "Ela é muito útil, mas como um tratamento reabilitador e conservador. Não trará cura para a doença."

ESSA MATÉRIA FOI-ME ENVIADA GENTILMENTE POR NOSSA AMIGA  Katia Ayres.

PESQUISADORES DESENVOLVEM TRATAMENTO CONTRA DOENÇA NOS OSSOS APLICANDO CÉLULAS-TRONCO


Sáb 21/01/12



Pesquisadores da Bahia desenvolveram um tratamento contra doenças nos ossos com a aplicação de células–tronco. 

A pesquisa é do Hospital das Clínicas da Universidade da Bahia.

O novo tratamento já beneficiou 60 pessoas de vários estados. Os médicos retiram do osso da bacia do próprio paciente, células-tronco mesenquimais, que se transformam facilmente em tecidos diferentes e injetam nas áreas atingidas, principalmente no fêmur. 

A técnica é eficaz na maioria dos casos de necrose em estágio inicial. "O grau de eficácia está em torno de 93% a 95% dos pacientes que se submetem a este tratamento. Eles praticamente abandonam a bengala 30 dias depois, a dor desaparece 48 horas depois e eles retomam a marcha próximo do normal", garante Gildásio Daltro, ortopedista coordenador da pesquisa.

FONTE:http://montesclaros.com/noticias.asp?codigo=57320
  
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