Visão dupla pode ser causada por trauma, AVC e até uso de droga; entenda.

 29/03/2021 

diplopia, conhecida popularmente como visão dupla, não é uma doença, mas, sim, um sintoma.

Ela ocorre quando uma pessoa enxerga uma única imagem como se fossem duas sobrepostas, ou seja, imagens não alinhadas —tanto na horizontal como na vertical. 

O problema desse sintoma, além de ser incômodo e dificultar a visão com profundidade, é que ele pode ser muito perigoso e trazer riscos não só para quem sente, mas também para quem está perto.

Imagine que você está dirigindo no trânsito e começa a ver dois carros na sua frente, sendo que na verdade só tem um, ou está cozinhando com uma única panela no fogo e, ao invés de uma, começar a ver duas. O estrago pode ser grande.

O funcionamento da visão e a diplopia 

"Os olhos são duas câmeras muito eficientes. Olhos saudáveis captam a imagem, convertem ela em sinal elétrico e levam para o cérebro. Então, imagens e luz são acomodadas pelas lentes, viajam dentro do olho nos meios transparentes, e a retina faz essa conversão de sinal, transforma o que era luz, imagem, cor, forma, profundidade em sinal elétrico, que é compreendido pelo cérebro. E ele registra isso no nível da nossa consciência e conecta com as informações prévias que a gente tem, a nossa memória visual", explica Eduardo Melani Rocha, professor do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMRP-USP (Facldade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo).

No entanto, quando esse sistema de mecanismo é abalado, há qualquer problema ocular ou outra doença relacionada, alguns sintomas podem surgir. Esse é o caso da diplopia, que é, principalmente, um sinal de alerta. 

Thaís Helena Moreira Passos, oftalmologista do Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e do Hospital Estadual Sumaré, ressalta que "se uma pessoa tem visão pior em um dos olhos, o cérebro tem a capacidade de escolher qual imagem é melhor, e 'filtrar' a imagem do outro olho, de forma que, dificilmente a pessoa vai ter visão dupla e, sim, monovisão, com supressão do olho com menor acuidade visual".


Pessoas com diplopia enxergam basicamente como a imagem acima

A diplopia ocorre quando os olhos enxergam normalmente, mas não conseguem trabalhar juntos por alguma razão. Dessa forma, as imagens captadas começam a ficar diferentes uma da outra, e o cérebro perde a capacidade de interpretação. 

Esse sintoma pode ter alterações perceptíveis, como estrabismo espontâneo, da mudança de conformação orbitária (com o olho mais fundo ou para fora) ou não apresentar nenhum aspecto visual. Isso vai depender das causas. 

Segundo os especialistas, ela atinge, principalmente, os adultos e, muitas vezes, melhora de forma espontânea. Há dois tipos de diplopia: a monocular, quando o sintoma se dá através de um olho só, e a binocular, quando atinge os dois olhos.

"Se essa visão dupla vem associada a sintomas como fraqueza muscular, náuseas, vômito, dificuldade para andar, falar, mastigar ou engolir, são sinais de mais atenção, porque muitas vezes (a diplopia) pode estar associada a causas neurológicas ou neuromusculares, e daí merece um atendimento mais rápido mesmo. Nesses casos precisa ser avaliado por um oftalmologista ou neurologista", explica Emerson Castro, oftalmologista do Hospital Sírio-Libanês (SP).

Causas da visão dupla Problemas oculares 

Os problemas e doenças oculares listados abaixo podem ser causadores da diplopia: 

Lente intraocular deslocada; 

Miopia; 

Astigmatismo - dependendo do grau; 

Ceratocone Catarata; 

Estrabismo; 

Olho torto; Alterações na retina.

Outra doença que pode causar diplopia é a orbitopatia de graves, que é uma alteração da órbita, provocada por uma doença da glândula tireoide, que leva a alterações dos músculos oculares. 

E, às vezes, a agressão é tanta que pode restringir a movimentação muscular. Além disso é importante entender que os músculos extrínsecos do olho, os que fazem os olhos virarem de um lado para o outro, precisam trabalhar sempre em conjunto e super alinhados. 

"Se tivermos qualquer problema nesses músculos ou na atividade conjunta, pode aparecer a visão dupla. Isso pode acontecer por um trauma, por exemplo, quando um músculo é roto durante um acidente, ou quando fica preso entre os ossos numa fratura de órbita ou até mesmo pelo uso de algumas substâncias como a toxina botulínica", destaca Thaís Helena, ressaltando a importância do cuidado na hora de escolher o profissional para aplicar o tão sonhado botox.


Contudo, na maioria dos casos, quando o sintoma não está relacionado a graves doenças, apenas relaxar a musculatura do olho, ou seja, descansar a visão, e olhar para longe já melhora o quadro. 


Tumores e AVC

Alguns tumores na órbita podem causar diplopia por deslocar um olho da posição habitual ou dificultar a movimentação dos músculos oculares. Nesses casos, o tratamento é mais difícil, porque o sintoma está diretamente associado ao tumor ou ao AVC, logo, a cura depende também da regressão da doença.

"Você pode dar óculos com prisma, que são lentes especiais para tentar desentortar esse olho, pode fazer cirurgia, você pode aplicar toxina botulínica (botox) no músculo do olho. Então o tratamento vai desde nada até cirurgia e toxina botulínica. Mas essas causas são mais complicadas, nem sempre conseguimos melhora do quadro", afirma Castro. 

Doenças preexistentes e neurológicas 

Os pacientes diabéticos também podem desenvolver uma alteração que entope os vasinhos que mexem com os nervos e, consequentemente, os músculos do olho. Hipertensão arterial e colesterol alto também podem fazer surgir esse sintoma. 

O professor Eduardo Rocha ressalta que, assim como todo o processamento da imagem é feito no cérebro, o mecanismo do controle de movimento (para montar a imagem) também, numa estrutura chamada tronco cerebral.

"É do tronco cerebral que saem os nervos que vão enervar os músculos do olho. 

Doenças vasculares, arteriosclerose, colesterol muito alto, infarto, derrame podem levar a má irrigação dessa região específica, e num determinado momento, o indivíduo ficar estrábico, com diplopia e com o músculo e o nervo funcionando mal, porque ele está mal irrigado de sangue e recebendo pouco nutriente", esclarece Rocha. 

Além disso, algumas doenças neurológicas também entram nesta lista. 

Isso porque elas podem desestruturar a função neurológica dos nervos que enviam as informações para a movimentação ocular, como acontece na esclerose múltipla.

Outra situação que também pode causar esse sintoma é a miastenia gravis, uma doença autoimune causada por uma disfunção do sistema imunológico, em que a comunicação entre os nervos e os músculos é afetada causando fraqueza muscular. Entre outras coisas, essa doença tem como consequência deixar as pálpebras caídas e fracas e a diplopia. Nesses casos, a doença preexistente precisa ser tratada para melhorar o sintoma. 

Uso de drogas.


O uso de drogas também pode resultar em diplopia. A recomendação dos especialistas é parar completamente de usar para que os efeitos colaterais desapareçam. 


Os oftalmologistas afirmam que a diplopia é um sinalizador de que algo pode estar errado com a saúde. Portanto, se você está com visão dupla, procure um médico o mais rápido possível para começar uma investigação. 

FONTE:https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/29/visao-dupla-pode-ser-causada-por-trauma-avc-e-ate-uso-de-droga-entenda.htm

Cristo Redentor iluminado de verde alerta para DOENÇA RARA confundida com ESCLEROSE MÚLTIPLA.

28, Mar, 2021

Ação faz parte da campanha Março Verde, em alusão ao dia Internacional de conscientização da Neuromielite Óptica (NMO).

A iluminação de pontos históricos na cor verde para mostrar as dificuldades enfrentadas pelos pacientes também ocorre, simultaneamente, em outros pontos espalhados pelo Brasil.

Nesse sábado (27), o Cristo Redentor, um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro (RJ) e do país, foi iluminado na cor verde. 

A iniciativa da CDD - Associação Crônicos do Dia a Dia, em parceria com a NMO Brasil, teve o objetivo de alertar o público sobre a importância da conscientização sobre a Neuromielite Óptica, doença inflamatória rara, crônica e grave, do sistema nervoso central, que acomete principalmente os nervos ópticos e a medula espinhal. 

A iluminação de pontos históricos na cor verde para mostrar as dificuldades enfrentadas pelos pacientes também ocorre, simultaneamente, em outros pontos espalhados pelo Brasil: 

Congresso Nacional, Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida (Brasília),Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, Câmara dos Vereadores de Niterói (RJ) e Museu de Arte Contemporânea de Niterói.


De causa desconhecida, a Neuromielite Óptica (NMO), também chamada como Síndrome de Devic, é uma doença neurológica rara. A condição pode afetar pessoas de qualquer faixa etária, sendo mais comum mulheres de meia idade em fase produtiva. 


Os sintomas mais frequentes são: fraqueza, dormência nos braços e pernas, fadiga excessiva, dificuldade para andar, alteração de sensibilidade, disfunção do controle da urina e do intestino, podendo evoluir para paralisia total dos membros e até levar à morte. 

Com algumas similaridades, enquanto a Esclerose Múltipla (EM) é uma doença de predomínio em caucasianos, a Neuromielite Óptica acomete mais afrodescendentes e descendentes de asiáticos. Por isso, os países do hemisfério Norte têm mais EM e menos NMO

No Brasil, por conta da miscigenação étnica, há mais casos de NMO em comparação ao resto do mundo.

FONTE:https://www.jb.com.br/rio/2021/03/1029229-cristo-redentor-iluminado-de-verde-alerta-para-doenca-rara-confundida-com-esclerose-multipla.html


Por que as mulheres têm mais doenças oculares do que homens?

Sexta, 26 de Março de 2021

Março é o mês para celebrar as mulheres e suas conquistas, mas também é a oportunidade para falar sobre saúde, incluindo os cuidados com os olhos. 

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), estudos indicam que as mulheres em todas as regiões do mundo e de todas as idades têm um risco significantemente maior de deficiência visual do que os homens, principalmente por causa de sua expectativa de vida maior e, nas sociedades mais pobres, por causa da falta de acesso aos serviços médicos. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que duas a cada três pessoas cegas no mundo são mulheres, ou seja, 27 milhões de deficientes visuais totais.

Os motivos para esse problema são variados, como aponta a OMS: questões socioeconômicas, como as diferenças educacionais (falta de informações sobre tratamentos e a cirurgia de catarata, por exemplo), e a disparidade financeira, obstáculo para a aquisição de medicamentos, lentes corretivas e o acesso a unidades de saúde, muitas vezes distantes do local de residência.

Os problemas oculares que afetam mais mulheres do que homens são diversos, como a degeneração macular relacionada à idade, retinopatia diabética, olho seco, glaucoma, catarata, doenças neuroftalmológicas, doenças oculares inflamatórias e as relacionadas ao fluxo sanguíneo na região dos olhos.             

Apesar de estudadas, são pouco conhecidas as causas biológicas para a maior suscetibilidade feminina a essas doenças, o que dificulta a implementação de formas para reduzir as disparidades de gênero quando o assunto é saúde ocular. O que é notório é que a interação entre hormônios sexuais, genética, fatores ambientais e o sistema imunológico está ligada à ocorrência de afecções sistêmicas – tais como a esclerose múltipla, doenças reumáticas, diabetes e hipertensão –, que podem acarretar consequências graves à visão.         

A maior expectativa de vida da mulher, que tem crescido sistematicamente, também é um fator a ser considerado. Problemas como a degeneração macular relacionada à idade e a síndrome do olho seco são mais presentes em mulheres, especialmente após a menopausa, com as alterações hormonais. Por isso, é fundamental as mulheres realizarem consultas preventivamente e ao menor sinal de alterações na visão.     

Para as gestantes – A gravidez traz um período de mudanças emocionais, físicas e psicológicas nas mulheres. E com a visão não é diferente. A retenção de líquido no organismo originada pela gestação, causa tanto o inchaço nos pés, como também pode alterar o formato e a espessura da córnea e do cristalino, ocasionando mudanças refracionais, ou seja, de grau de visão. Também são comuns sintomas como coceira, fotofobia, embaçamento, pontos brilhantes ou manchas escuras na visão, e olho seco. 

A pré-eclâmpsia — aumento da pressão arterial que eventualmente ocorre a partir da 20ª semana em aproximadamente 5% das grávidas — e o diabetes gestacional também podem acarretar em perdas graves de visão. O quadro geralmente regride logo após o parto, mas existe a possibilidade de sequelas.

Essa hipertensão arterial pode levar ao comprometimento dos vasos sanguíneos da retina, com surgimento de hemorragias, edema e consequentes sintomas de fotopsias (pontos brilhantes na visão), manchas escuras, visão embaçada e visão dupla. Trata-se de um problema grave, cuja detecção precoce e tratamento são fundamentais para evitar a progressão para a forma mais grave da doença (eclâmpsia), que pode causar epilepsia e ameaçar a vida da mãe e do bebê. O acompanhamento oftalmológico durante o pré-natal é fundamental, principalmente para as mulheres que já tenham condições pré-existentes, como tumores, diabetes, glaucomas ou mesmo uveítes.

Cuidados – Não importa a idade ou fase da vida. Além de consultas anuais ao oftalmologista, manter um estilo de vida saudável é o caminho para preservar a saúde dos olhos. Não fumar, manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e usar óculos com proteção ultravioleta é o que recomendo às mulheres para preservarem a visão.


*Mônica Mayoral é Oftalmologista do DayHORC, tem Graduação pela Universidade Federal da Bahia (2002), Especialização em Glaucoma e Catarata no Complexo Hospitalar Padre Bento - Guarulhos (SP) e Especialização em ultrassom e neuro-oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo.


FONTE:https://www.bahianoticias.com.br/saude/artigo/780-por-que-as-mulheres-tem-mais-doencas-oculares-do-que-homensa.html

Doentes com esclerose múltipla sem prioridade na vacina da Covid-19...

Portadores desta doença muito incapacitante querem ser incluídos na lista de prioritários na vacinação.

A Covid-19 foi embora há quase seis meses, mas as sequelas ainda afetam a vida de Bruno Alves. Aos 31 anos, portador de Esclerose Múltipla (EM) há 12, o profissional de Marketing Digital, residente em Rendufe, Amares, é um dos defensores da inclusão de doentes com EM na fase prioritária da vacinação. 


"Não tenho dúvidas de que as sequelas se devem ao facto de ser esclerosado e acredito que vacinar já os portadores da doença pode evitar que o estado destes doentes piore com a infeção", frisa.


Tal como Bruno, João Correia também tem 31 anos e há nove que aprende, todos os dias, a lidar com a doença incapacitante, que já o deixou surdo, mudo e sem caminhar. 

Com a medicação atual, João, ligado ao setor têxtil, agora desempregado "devido à doença", consegue ter uma vida "mais ou menos normal", mas não entende como é que os doentes com EM, "uma doença incapacitante, que baixa para níveis reduzidíssimos o sistema imunitário", não estão "incluídos na primeira ou segunda fase de vacinação contra a Covid-19".


"Não basta vacinar os maiores de 55 ou 65 anos, é urgente vacinar os doentes em geral", defende João Correia, que lançou uma petição na internet pela inclusão prioritária destes doentes na vacinação.

 "Estima-se que em Portugal existam entre cinco a oito mil doentes com EM e, devido à medicação imunossupressora que fazemos, corremos riscos muito elevados de infeção, mas uma vez mais fomos esquecidos pelo Ministério da Saúde", acusa. Questionada pelo CM, a Direção-Geral de Saúde, entidade responsável pelo plano de vacinação, refere que "estas doenças estão a ser consideradas para inclusão na Fase 2".

FONTE:https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/doentes-com-esclerose-multipla-sem-prioridade-na-vacina-da-covid-19

Federação apresenta proposta para criação do Estatuto do Doente Crónico.

 Março 21, 2021

A Federação Nacional de Associações de Doenças Crónicas (FENDOC) vai apresentar no próximo dia 24 de março, pelas 12h00, numa reunião online, uma proposta para a criação de um estatuto do doente crónico. O documento foi criado e subscrito por dez associações que representam cerca de 3.500.000 doentes em Portugal.


O estatuto do doente crónico, que será apresentado, tem como objetivo garantir que todas as doenças crónicas têm o mesmo tratamento de base, bem como igualdade de direitos naquilo que é transversal a todas as doenças crónicas.

As necessidades específicas de cada doença continuam a ser elencadas e negociadas pelas associações que a representam.


Carlos Oliveira, presidente da FENDOC e da ADEXO destaca: “Perante as diferenças existentes no apoio que estes doentes recebem, é urgente a criação de um quadro legal consubstanciado no Estatuto do Doente Crónico que enuncie todas as doenças crónicas existentes em Portugal. 

Prioritário é também um tratamento integrado e contínuo da doença crónica inserido num plano de saúde que vingue para além de cada legislatura e em parceria permanente entre os médicos de Medicina Geral e Familiar e as diferentes especialidades médicas”.

As Associações que subscreveram o documento são as seguintes: Associação de Doentes Obesos e Ex Obesos de Portugal (ADEXO); Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR); Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA); Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL); Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP); Associação Portuguesa de Fibromialgia (APJOF); Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN); PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase; SOS Hepatites Portugal e Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM).


A FENDOC em representação destas associações estabeleceu como prioridades a:

Definição da doença crónica;

Definição dos níveis da doença;

Atualização da lista das doenças crónicas existentes em Portugal;

Criação da base legal que permitirá o reconhecimento e a proteção da “Pessoa com Doença Crónica”, através de um regime jurídico-legal.


A apresentação do estatuto do doente crónico, bem como os seus objetivos e prioridades, será feita pelo presidente da FENDOC – Carlos Oliveira, no dia 24 de Março de 2021, pelas 12 horas.


Para assistir à apresentação da proposta em direto, basta aceder ao seguinte link da reunião via Zoom.


De acordo com a Comissão Europeia, as doenças crónicas são a causa de 86% de todas as mortes na União Europeia e entre 70 a 80% dos orçamentos de cuidados de Saúde são gastos com estas patologias.


Segundo o Plano Nacional de Saúde, as doenças crónicas incapacitantes abrangem entre 40 a 45% do total das doenças sinalizadas em Portugal e com tendência a crescer exponencialmente.


No último século, a globalização, a modificação dos hábitos alimentares, dos padrões de saúde e doença das populações bem como os êxitos alcançados pela medicina no controlo da mortalidade colocaram a doença crónica como predominante, sendo considerada atualmente como o principal fator responsável pela mortalidade e pela morbilidade na Europa. 


Perante esta conjuntura torna-se assim, imperioso e urgente a criação do “Estatuto do Doente Crónico” que permita que todos os portadores possam ser tratados com uma base de equidade acrescida das especificidades de cada doença.


Fonte: Federação Nacional de Associações de Doenças Crónicas

https://www.bairradainformacao.pt/2021/03/21/federacao-apresenta-proposta-para-criacao-do-estatuto-do-doente-cronico/FONTE: 

Pacientes com esclerose múltipla denunciam falta de medicamento para controlar doença.

19/03/2021

Remédio não está disponível para compra no Brasil e custa cerca de R$ 9 mil no exterior.

Há mais de dois meses, pacientes com esclerose múltipla (doença neurológica progressiva e sem cura) aguardam pela volta de fornecimento do cloridrato de fingolimode, medicamento fundamental para a manutenção da qualidade de vida dessas pessoas.

Fornecimento do cloridrato de fingolimode estava interrompido em todo o país.

Trata-se de um remédio de alto custo, importado e fornecido pelo SUS. Ele não está disponível para a compra no Brasil e, no exterior, uma caixa com 30 comprimidos, que dura um mês, custa cerca de R$ 9 mil.

Diagnosticada com a doença há 14 anos, Gislene Machado Souto é um dos nove pacientes de Montes Claros, no Norte de Minas, que precisam do cloridrato de fingolimode. Ela conta que teve sintomas devido à falta do medicamento. “Cansaço, anestesiamento do corpo, dores, muita piora da visão”, diz.

O fornecimento do remédio especial estava interrompido em todo o país. O Ministério da Saúde afirmou à Itatiaia que, além do medicamento usado por Gislene, fornece a cada três meses às secretarias de estado de Saúde outros quatro para o tratamento da esclerose múltipla.

De acordo com o ministério, cabe às secretarias estaduais a programação, armazenamento, distribuição e dispensação desses produtos. Além disso, a pasta afirmou que apenas o cloridrato de fingolimode 0,5 mg estava em falta, pelo fato de a exclusividade de patente dele ser anulada pela Justiça às vésperas da assinatura de novos contratos com a farmacêutica que o produz.

Com isso, a aquisição do remédio foi feita por pregão eletrônico em 19 de janeiro deste ano e as entregas já começaram a ser feitas. Para a Secretaria de Saúde de Minas, foram 21.952 caixas no dia 1º de março. O ministério também informou que nos próximos dias mais 33. 684 unidades serão entregues ao estado.

Conforme a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, a primeira remessa chegou à cidade nessa quinta-feira (18) e, nesta sexta (19), chegarão mais caixas. Segundo a prefeitura, elas já começam a ser distribuídas no mesmo dia na Farmácia de Todos.

FONTE:https://www.itatiaia.com.br/noticia/pacientes-com-esclerose-multipla-denunciam-falta-de-medicamento-para-controlar-doenca

Vacina da gripe: o que muda em 2021.

 17 mar 2021 

Ministério da Saúde definiu o público-alvo da campanha de 2021  

A campanha de vacinação contra a gripe acontecerá junto com a da Covid-19. Saiba quem deve tomar e quais são os cuidados necessários em um ano de pandemia 


Além da Covid-19, as ações de imunização para outras infecções continuam no Brasil. No dia 12 de abril de 2021, começa a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe — e há inclusive orientações específica por causa do coronavírus, como falaremos mais adiante. Ela deve se estender até o 9 de julho. 

Conforme definido no informe técnico do Ministério da Saúde, o objetivo é vacinar pelo menos 90% do público-alvo, que totaliza mais de 79,7 milhões de pessoas, até 9 de julho de 2021. Em 2020, a ação chegou superar essa meta, atingindo 95,7% do grupo prioritário. 


Veja abaixo o que você precisa saber sobre a campanha de vacinação da gripe de 2021: 


Quem deve tomar a vacina da gripe? 


No ano passado, adultos de 55 a 59 anos foram incluídos entre o público-alvo. Mas, em 2021, eles deixaram de integrar os grupos prioritários. As doses serão oferecidas para idosos com mais de 60 anos e a outras turmas. Confira a lista completa de quem que pode se vacinar gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS): 


Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade

Gestantes e puérperas

Povos indígenas

Trabalhadores da saúde

Idosos com 60 anos ou mais

Professores das escolas públicas e privadas

Indivíduos com deficiência permanente

Profissionais das forças de segurança e salvamento (bombeiros, policiais…)

Forças armadas

Caminhoneiros 

Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário

Trabalhadores portuários

Funcionários do sistema prisional

Jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas

População privada de liberdade

Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (leia mais abaixo) 


Diabetes

Obesidade

Doenças respiratórias crônicas (asma, DPOC, fibrose cística…)

Doenças cardíacas crônicas (hipertensão, insuficiência cardíaca…) 

Doenças hepáticas crônicas (hepatites, cirrose…)

Doenças neurológicas crônicas (AVC, paralisia cerebral, esclerose múltipla…)

Imunossupressão (pessoas com o sistema imunológico prejudicado por enfermidades ou medicamentos)

Indivíduos transplantados 

Portadores de trissomias (Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter…) 


Em campanhas anteriores, as vacinas que sobraram foram distribuídas para o resto da população. Fique de olho no noticiário. 


A aplicação em geral é feita com só uma dose. Porém, para as crianças, serão duas picadas, com intervalo mínimo de quatro semanas. Se essa for a primeira imunização dos pequenos, as duas são dadas  juntas.


Quais as fases da campanha e em que ordem a vacina será distribuída? 


Todo esse pessoal será atendido de forma escalonada. A vacinação contra a gripe será dividida em três etapas, com datas recomendadas pelo Ministério da Saúde. Cidades e estados têm liberdade para fazer ajustes, de acordo com a situação local. 


A partir do dia 12 de abril: crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores de saúde

A partir do dia 11 de maio: idosos com 60 anos ou mais e professores 

Do dia 9 de junho e até o 9 de julho: pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e do exército, funcionários do sistema prisional, jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade 


Haverá ainda um Dia D — um sábado em que postos de saúde e vários outros locais (shoppings, parques, estações de metrô etc) aplicam a vacina da gripe, para turbinar a campanha de imunização. Essa data não foi estabelecida: o informe técnico afirma que estados e municípios têm liberdade para defini-la de acordo com seus critérios. 


E quem não faz parte do público-alvo? 


O governo prioriza certos grupos por uma questão financeira. Mas pessoas fora dessas turmas também se beneficiam da vacinação contra a gripe.  

Em um sistema sobrecarregado pela Covid-19, proteger-se do vírus Influenza evita idas desnecessárias ao hospital. Fora que essa doença pode ser letal.


 Se for possível, recomenda-se buscar a injeção em clínicas privadas. 


O que vai dentro da vacina? 


Todo ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga quais são os tipos de vírus Influenza que estão circulando pelo mundo para definir as cepas que a vacina daquele período vai combater. É por isso que o imunizante precisa ser dado anualmente. 


São produzidas uma versão para o hemisfério Norte do planeta e outra para o Sul – onde está o Brasil. As cepas contempladas na vacina trivalente da gripe de 2021 do nosso país são: 


● A/Victoria/2570/2019 (H1N1) pdm09;

● A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2);

● B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria) 


Esse é o imunizante disponível na rede pública. Já nas clínicas particulares, também dá para encontrar a vacina tetravalente. Além de resguardar contra as três cepas citadas acima, ele ainda evita a do tipo B/Phuket/3073/2013 (B/Phuket/3073/2013, tipo selvagem).


 A vacina tem contraindicações? 


As únicas pessoas que não devem recebê-la são bebês menores de 6 meses e indivíduos com histórico de choque anafilático após doses anteriores. 


Recomenda-se que quem estiver com uma infecção que cause febre, por mais leve que seja, espere-a passar para receber a injeção. Isso para que uma eventual febre baixa disparada pela vacina não seja confundida com a doença. 


Mas que fique claro: as doses não podem causar a gripe, porque são produzidas a partir de vírus inativados. Suas reações adversas, quando surgem, são leves e muito bem toleradas. 


Caso você tenha desenvolvido síndrome de Guillain-Barré até 30 dias depois da vacinação do ano passado, procure um médico para ele avaliar seu quadro e verificar se é melhor levar a picada ou não. 


Ah, e quem possui alergia a ovo pode ir ao posto de saúde normalmente. O Ministério da Saúde orienta apenas que, se sua reação alérgica for muito intensa a esse alimento, a administração ocorra em ambiente adequado para tratar possíveis manifestações alérgicas graves. 


Posso tomar a vacina se eu já peguei o coronavírus? 


Não existe nenhuma evidência de que o Sars-CoV-2 influencie na eficácia ou na segurança da vacina contra a gripe. Se você já se curou da Covid-19, pode se imunizar tranquilamente. 


Agora, o ideal é que pessoas que estejam infectadas com o coronavírus naquele momento (ou com suspeita) aguardem a recuperação clínica total — com pelo menos quatro semanas de distância do início dos sintomas — antes de buscar a dose contra o vírus Influenza. 


Isso para não haver confusão entre os sintomas da Covid-19 e alguma reação da vacina. E também para proteger pessoas que estão aplicando e recebendo as doses. 


Posso tomar a vacina da gripe junto com a da Covid-19? 


Devido à falta de estudos investigando os efeitos das interações entre os dois imunizantes, por ora o Ministério da Saúde sugere que não sejam aplicados simultaneamente. 


A orientação do governo é que, caso a data de receber as duas vacinas coincida, a do Sars-CoV-2 seja priorizada e o paciente agende o dia de receber a da gripe com um intervalo mínimo de duas semanas. Esse agendamento ficará por conta da gestão de cada cidade. 


Por outro lado, não há qualquer restrição em receber a vacina da gripe junto a outros imunizantes que não o da Covid-19. 


Quais os cuidados na hora de se vacinar 


Como estamos passando pela pandemia, não dá para se descuidar: não se esqueça da máscara, fique distante dos outros na fila e higienize as mãos constantemente. 


Em 2020, diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS) organizaram formas de vacinar a população com o mínimo de contato possível, através de um sistema drive-thru – a aplicação era feita dentro do carro do paciente – ou usando um local à parte, fora do posto de saúde. 


Neste ano, o Ministério da Saúde pediu às secretarias estaduais e municipais que disponibilizassem um sistema de agendamento de horários para evitar a formação de aglomerações. 


Outras formas de prevenir a gripe 


A vacina é a forma mais importante de se proteger. Entretanto, dá para reforçar essa defesa aderindo a algumas medidas: 


● Higienize as mãos com água e sabão ou álcool gel

● Cubra a boca e o nariz com o braço quando espirrar

● Não compartilhe objetos de uso pessoal

● Evite locais fechados e sem ventilação 

FONTE:https://saude.abril.com.br/medicina/vacina-da-gripe-o-que-muda-em-2021/

Pedra nos rins: quais as causas, sintomas e como tratar.

15 Março 2021

Uma dor intensa, que vai e volta, começando nas costas e irradiando para o abdômen. Esse é o mais comum sintoma de que a pessoa pode ter um cálculo renal . 

A estimativa é que um em cada dez brasileiros sofra do problema, que se torna 30% mais comum no verão, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).


Conforme a gravidade do quadro do paciente, uma cirurgia pode ser necessária para a remoção das pedras formadas pelo acúmulo de cálcio, ácido úrico, oxalato ou cistina dentro dos rins ou dos canais urinários.


De acordo com o membro do departamento de Endourologia e Calculose da SBU, Fábio Sepúlveda, em entrevista para o Portal da Urologia, os cálculos renais são mais frequentes em homens e na faixa dos 20 aos 35 anos. Em uma campanha realizada em janeiro de 2021, a SBU destacou que 20% dos pacientes podem ter reincidência, índice que pode ser reduzido com a adoção de medidas preventivas.

O que causa pedras nos rins?


Existem quatro tipos de cálculos renais: 

os de cálcio, mais comuns; os de cistina, que afetam pessoas com cistinúria, uma doença renal crônica; os de estruvita, que são os que mais crescem, podendo bloquear o local onde estiver alojado e os cálculos de ácido úrico, mais comuns em pacientes do sexo masculino.


O Ministério da Saúde elenca entre as causas mais frequentes da formação de pedras nos rins a predisposição genética; o volume insuficiente de urina ou urina supersaturada de sais; o sedentarismo; a obesidade; a baixa ingestão de líquidos; as alterações anatômicas; a imobilização prolongada; o clima quente e a exposição ao calor ou ao ar condicionado.


Condições prévias como resistência à insulina; hiperparatireodismo - transtorno hormonal relacionado ao metabolismo do cálcio - ou as doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn, também são fatores de risco para cálculos renais. 

A Sociedade Brasileira de Nefrologia acrescenta que a alimentação inadequada com consumo excessivo de proteínas e de sal também favorece o aparecimento das pedras.


Sintomas além da dor


Quando se fala em pedras nos rins, imediatamente associa-se à dor intensa. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que, em poucos casos, não há sintomas ou há pouca dor durante a passagem da pedra pelo canal que leva a urina do rim para a bexiga.


Portanto, no momento do diagnóstico da doença também são avaliados outros sinais, como náuseas e vômitos; suspensão ou diminuição do fluxo urinário; necessidade de urinar com mais frequência; infecções urinárias; ardência ao urinar e febre. Se a pessoa perceber que há sangue na urina, deve procurar atendimento médico imediatamente.



Como diagnosticar e tratar os cálculos renais


As diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia orientam que, diante dos sintomas, o médico pode solicitar a ultrassonografia de abdômen total, exames de sangue e de urina, que também fornecem indicadores para o diagnóstico de pedras nos rins ou para determinar as medidas preventivas necessárias ao paciente.


O tratamento clínico é feito com uso de analgésicos, respeitando a prescrição médica e com o aumento na ingestão de água, para forçar a eliminação espontânea das pedras.


Se o cálculo for grande ou estiver obstruindo a passagem da urina, a alternativa é a intervenção cirúrgica. Existem dois procedimentos possíveis: em um, é feito um corte nas costas para remover a pedra. No outro, o médico insere um cateter na uretra do paciente até chegar à pedra, que é implodida. Desta forma, com o tamanho reduzido, os cálculos serão eliminados naturalmente.


Beber água é método de prevenção


A Sociedade Brasileira de Urologia reforça que melhorar os hábitos e a qualidade de vida atua diretamente para evitar o aparecimento ou novo episódio de pedras nos rins. 

A prioridade é beber água, geralmente, pelo menos dois litros por dia. A quantidade é orientada pelo médico de acordo com a realidade do paciente. Sucos de frutas cítricas são opções que protegem o corpo.


Em contrapartida, a SBU ressalta que não são indicados café; chás; bebidas alcóolicas; refrigerantes, sobretudo à base de cola. O consumo frequente destes líquidos pode levar à formação de cálculos.


A atenção ao consumo de cálcio é importante, especialmente se a substância for a principal formadora do cálculo no paciente. Deve-se evitar o uso indiscriminado de medicamentos e de vitaminas C e D, que são fatores de risco para o surgimento das pedras.


As orientações incluem ainda diminuir o consumo de sal de proteína animal, especialmente as de carnes não brancas, miúdos e mariscos. Contra o sedentarismo e o sobrepeso, a recomendação é praticar uma atividade física, que traz benefícios para vários aspectos da saúde.

FONTE:https://www.segs.com.br/saude/280056-pedra-nos-rins-quais-as-causas-sintomas-e-como-tratar

ORIENTAÇÕES Dr.ALESSANDRO FINKELSZTEJN , Vacina COVID 19.



ALESSANDRO FINKELSZTEJN



VÍDEO ORIENTACÃO VACINA COVID PARA PORTADORES DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

Orientação Vacina COVID 19 aos usuários de Imunoglobulina.

COVID 19 : Quem faz tratamento com imunobiológicos endovenosos devem manter seus tratamentos ?

 

Cientistas revelam por que nosso cérebro envelhece e perde funções cognitivas.

 10.03.2021

Cientistas descobriram que a causa principal do envelhecimento do cérebro e do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas é a perda da substância mielina.

Os autores do estudo também identificaram o gene responsável pela produção da mielina, o que permitiria no futuro criar um remédio para rejuvenescimento cerebral.


A mielina é uma substância que forma a capa das fibras nervosas. Quando a bainha de mielina fica danificada, isso afeta negativamente a eficácia e velocidade dos processos neurais, o que leva à diminuição das funções cognitivas e ao desenvolvimento de certas doenças neurodegenerativas, como esclerose múltipla e doença de Alzheimer.


Um grupo internacional de neurocientistas descobriu que as células que controlam a recuperação da mielina se tornam menos eficazes com a idade e identificaram o gene principal cuja deterioração da expressão com a idade reduz a capacidade das células de substituir a mielina perdida, segundo estudo publicado na revista Aging Cell.


"A característica principal do envelhecimento do cérebro é a perda progressiva de substância branca e mielina, o que leva a consequências devastadoras para a função cerebral e ao declínio cognitivo", disse o chefe do estudo Arthur Butt, do Instituto de Ciências Biomédicas e Biomoleculares da Universidade de Portsmouth, Reino Unido.


Os oligodendrócitos, as células cerebrais que produzem mielina, devem ser substituídos ao longo da vida por células-tronco, que são os precursores dos oligodendrócitos. No entanto, esse processo fica mais lento com a idade, sendo que a causa disso permanecia desconhecida até agora.

Fibras nervosas no corpo caloso conectando os hemisférios esquerdo e direito do cérebro

Comparando os genomas de ratos jovens e velhos, os cientistas determinaram quais processos são interrompidos com a idade. Os pesquisadores descobriram por que a reposição de oligodendrócitos e da mielina que eles produzem diminui no cérebro envelhecido.


"Identificamos o gene GPR17 ligado a esses precursores específicos como o mais vulnerável no envelhecimento do cérebro, e descobrimos que a perda do GPR17 está ligada à redução da capacidade desses precursores de trabalharem ativamente para substituir a mielina perdida", afirmou a dra. Andrea Rivera do Instituto de Anatomia Humana da Universidade de Pádua, Itália.


Os cientistas destacam que seu estudo é apenas o início de uma grande pesquisa para encontrar maneiras de "rejuvenescer" as células precursoras dos oligodendrócitos para que estas possam recuperar eficazmente a substância branca perdida.

FONTE:https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2021031017100814-cientistas-revelam-por-que-nosso-cerebro-envelhece-e-perde-funcoes-cognitivas/


Imposto De Renda 2021: Tenho Que Declarar?

 9 mar, 2021

A Receita Federal já abriu o período de entrega da declaração do Imposto de Renda de 2021, cujo prazo se encerra no dia 30 de abril. Junto com o imposto, também vem as dúvidas se devemos ou não declarar.

VEJAVÍDEO.



É bom estar ciente de que nem todos os contribuintes são obrigados a pagar, pois uma parcela são isentos. Por isso, separamos para você uma lista de condições necessárias para a declaração.


Se você, contribuinte, não se enquadra em nenhuma das situações abaixo, não será obrigado a declarar o IR 2021.


Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda 2021?

Quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2020.

Recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil em 2020;

Quem obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, mercado futuro ou assemelhados;

Quem teve receita em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural em 2020;

Teve receita em atividade rural superior a R$ 142.798,50/ano ou pretenda pensar prejuízos de anos anteriormente no lucro auferido em 2020;

Quem passou para a condição de residente no Brasil em 2020;

Quem recebeu Auxílio Emergencial em 2020 junto com rendimentos tributáveis superiores a R$ 22.847,76.


Doenças graves

Os valores recebidos de aposentadoria ou pensão para portadoras de doenças graves também são isentos de imposto de renda.


Contudo, é bom ressaltar que se estas pessoas receberem outros rendimentos, estes serão tributáveis normalmente, de acordo com a lista anterior.


Lista de doenças graves


Alienação Mental

Cardiopatia Grave

Cegueira (inclusive monocular)

Contaminação por Radiação

Doença de Paget em estados avançados (Osteíte Deformante)

Doença de Parkinson

Esclerose Múltipla

Espondiloartrose Anquilosante

Fibrose Cística (Mucoviscidose)

Hanseníase

Nefropatia Grave

Hepatopatia Grave

Neoplasia Maligna

Paralisia Irreversível e Incapacitante

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids)

Tuberculose Ativa


Um laudo pericial comprovando a doença deve ser omitido caso o contribuinte se enquadre na condição de isento.


Idade

Aposentados e pensionistas com idade superior aos 65 anos que tiveram renda mensal inferior a R$ 3.807,96 em 2020, estão isentos de declaração do Imposto de Renda 2021.


Mas, assim como no caso de doenças graves, somente os rendimentos provenientes de pensão e aposentadoria são enquadrados nesse benefício. Os demais rendimentos, se houver, deverão ser declarados se estiverem em uma das condições listadas acima.


Como declarar a isenção

A declaração de isenção do Imposto de Renda 2021 não é obrigatória, porém, evita que os dados do contribuinte caiam na malha fina ou gerem dúvidas.


Para ter acesso ao formulário é necessário acessar a página da Receita Federal e procurar pela opção “DAI” (Declaração Anual de Isento). 


Veja o modelo abaixo:



Declaração de isenção do Imposto de Renda


FONTE:https://www.afolhahoje.com/imposto-de-renda-2021-tenho-que-declarar/

Mitos médicos, tudo sobre ESCLEROSE MÚLTIPLA.

1 de março de 2021 

Para marcar o início do Mês da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a edição desta semana do Medical Myths enfocará os mitos que cercam essa condição comumente mal compreendida.


A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica que afeta o cérebro e a medula espinhal. É uma condição vitalícia que causa deficiências neurológicas e uma ampla gama de sintomas.


É imunomediada e a maioria dos especialistas acredita que seja uma doença auto-imune. 

Em uma pessoa com EM, o sistema imunológico ataca a mielina, a substância protetora da bainha que cobre as fibras nervosas. Isso causa problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.


Os sintomas podem afetar qualquer parte do corpo e incluem:


dormência e formigamento

problemas de visão

espasmos musculares e fraqueza

fadiga

ansiedade e depressão

dor

problemas de mobilidade

dificuldade em falar e engolir


Em alguns casos, a doença piora lentamente com o tempo, e os médicos chamam essa condição de EM progressiva primária. 


Outras pessoas experimentam “ataques” ou exacerbações , durante as quais os sintomas pioram ou surgem novos sintomas. Isso é conhecido como EM recorrente-remitente.


Para algumas pessoas, a EM recorrente-remitente piora gradualmente. O nome dessa condição é EM progressiva secundária .


Até o momento, não está claro por que algumas pessoas desenvolvem EM e outras não, mas fatores ambientais e genéticos podem desempenhar um papel. Como não está totalmente claro por que a EM ocorre, não é surpresa que os mitos tenham surgido e persistido.


Neste artigo, abordamos nove dos mitos e equívocos mais comuns sobre a esclerose múltipla.


1. Todo mundo com EM eventualmente precisa de uma cadeira de rodas


Isso é um mito. Na realidade, a Sociedade de Esclerose Múltipla explica: “A maioria das pessoas com esclerose múltipla não usa cadeira de rodas”.


Quinze anos após o diagnóstico de EM, apenas 20% das pessoas precisam de uma cadeira de rodas, muletas ou bengala para andar, relata o neurologista Dr. Loren A. Rolak em um artigo de pesquisa.


A MS Society também observa: “Se o seu MS começar a afetar sua mobilidade, a decisão de começar a usar uma bengala, scooter ou cadeira de rodas pode ser difícil. Mas assim que começar a usar um, você poderá descobrir - como muitas pessoas com EM - o quão úteis eles são e como podem ajudá-lo a manter sua independência. ”


2. Pessoas com EM não podem trabalhar


Isso é um mito. Pessoas com EM são membros valiosos da força de trabalho.


É verdade que algumas pessoas com EM enfrentam desafios e podem precisar mudar de carreira, mas isso não é inevitável para todos. Sobre este ponto, o relatório da National Multiple Sclerosis Society , “Pessoas que vivem com EM muitas vezes continuam trabalhando muito depois de seu diagnóstico”.


Eles também reconhecem, no entanto, que “Algumas pessoas com EM decidem deixar seus empregos quando são diagnosticadas pela primeira vez ou experimentam sua primeira exacerbação importante, muitas vezes por sugestão de sua família ou médico”.


A National Multiple Sclerosis Society explica que essa decisão, em alguns casos, pode ser tomada muito rapidamente “e em um momento em que os sintomas podem influenciar o julgamento. Terapias modificadoras de doenças, novas tecnologias, melhor gerenciamento de sintomas, proteções legais de emprego e recursos comunitários podem ajudá-lo a permanecer na força de trabalho. ”


Na verdade, ter um trabalho regular pode beneficiar as pessoas com EM, como explicam os autores de um estudo :


“Além de fornecer segurança financeira, o emprego pode contribuir significativamente para o bem-estar físico e mental das pessoas com EM, fornecendo uma fonte de apoio e interação social, e um senso de identidade e propósito.”


3. Apenas adultos mais velhos desenvolvem EM


Na verdade, a maioria das pessoas com EM apresenta seus primeiros sintomas entre as idades de 20 e 40 anos .


Embora possa aparecer em qualquer idade, o desenvolvimento de EM após os 50 anos é considerado relativamente raro.


No entanto, como explicam os autores de um estudo , distinguir a EM de início tardio de outras condições associadas ao avanço da idade pode ser desafiador, portanto, a condição pode ser mais comum do que algumas estimativas sugerem


4. Pessoas com EM não devem se exercitar


Isso não é verdade. O exercício pode ajudar com os sintomas e melhorar o equilíbrio e a força.


Este mito é generalizado. Como observam os pesquisadores por trás de algumas recomendações , as pessoas com EM geralmente começam a fazer menos atividade física porque temem que isso possa piorar seus sintomas. Mas a equipe conclui:


“O exercício deve ser considerado um meio seguro e eficaz de reabilitação em pacientes com esclerose múltipla. As evidências existentes mostram que um programa de exercícios supervisionado e individualizado pode melhorar o condicionamento físico, a capacidade funcional e a qualidade de vida, bem como deficiências modificáveis ​​em pacientes com esclerose múltipla. ”


No ano passado, a National Multiple Sclerosis Society, em colaboração com uma equipe de especialistas, publicou um guia completo de atividade física para pessoas com EM. Entre outras recomendações, eles escrevem:


“Os profissionais de saúde devem incentivar [pelo menos] 150 minutos por semana de exercícios e / ou [pelo menos] 150 minutos por semana de atividade física de estilo de vida. [...] O progresso em direção a essas metas deve ser gradual, com base nas habilidades, preferências e segurança da pessoa. ”


É importante falar com um médico antes de iniciar um novo regime de exercícios.


5. Se meus sintomas forem menores, não preciso de medicação


Atualmente, os especialistas afirmam que, mesmo que os sintomas da EM sejam relativamente menores, é importante receber tratamento.


Durante as fases iniciais da doença, seus sintomas podem não causar muitos problemas, mas o tratamento precoce e o acompanhamento de longo prazo podem retardar a progressão da doença.


Por exemplo, um estudo publicado em 2016 investigou os efeitos de iniciar o tratamento de MS precocemente. Os autores concluíram que “o início precoce do tratamento foi associado a um melhor resultado clínico”.


6. Pessoas com EM não devem engravidar


Outro mito comum é que a esclerose múltipla pode dificultar os esforços para engravidar e causar problemas durante a gravidez. Isso não é verdade. A Multiple Sclerosis Trust explica:


“Uma gravidez não é automaticamente de alto risco apenas porque a mãe tem esclerose múltipla. [...] Se você tem EM, você não tem mais probabilidade de sofrer um aborto ou parto [anormalidades] em seu bebê do que uma mulher que não tem EM. ”


Pessoas com EM recorrente-remitente têm menos probabilidade de ter uma recaída durante a gravidez do que normalmente. O risco de recaída aumenta novamente nos 6 meses após o parto.


Em 2019, a Association of British Neurologists publicou um consenso sobre as diretrizes para a gravidez em pessoas com EM, desde o aconselhamento pré-gestacional até o aconselhamento pós-parto.


Eles reconhecem que “Ter EM não afeta a fertilidade ou o risco de aborto espontâneo” e que “A gravidez não aumenta o risco de agravar a deficiência a longo prazo”.


Os autores também recomendam que as pessoas com EM “não devam adiar o tratamento com drogas modificadoras da doença porque desejam ter filhos no futuro”


7. Eu tenho EM, então meus filhos também terão


Embora haja um componente genético para a EM, ela não passa diretamente de pai para filho de uma forma previsível.


Estudos mostraram que, se um gêmeo idêntico desenvolver EM, há uma chance de 20 a 40% de que o outro gêmeo também o faça. Em gêmeos não idênticos, o risco é de 3 a 5%. Isso mostra que, embora os genes estejam envolvidos, há mais coisas nessa história.


Até agora, os cientistas identificaram mais de 200 regiões de genes que contribuem para a suscetibilidade à MS.


De acordo com a Sociedade de Esclerose Múltipla, 1 em cada 67 crianças que têm pais com esclerose múltipla desenvolve a doença. Isso é comparado com um risco de cerca de 1 em 500 para crianças cujos pais não têm EM.


Portanto, embora o risco aumente, herdar a EM não é de forma alguma uma conclusão precipitada


8. Pessoas com EM devem evitar todas as fontes de estresse e ansiedade


É verdade que eventos estressantes da vida podem piorar os sintomas da EM para algumas pessoas. Também é verdade que as pessoas com EM são mais propensas a sentir ansiedade.


No entanto, é impossível evitar totalmente o estresse e a ansiedade.


A MS Society recomenda encontrar maneiras de gerenciar o estresse de forma mais eficaz. E como os autores de uma brochura produzida pela National Multiple Sclerosis Society observam:


“O estresse não pode ser - e não deve ser - totalmente evitado. O desafio é aprender a reduzir sua intensidade e usá-la para trabalhar a nosso favor, e não contra nós. ”


Um mito semelhante é que eventos estressantes na vida podem aumentar o risco de desenvolver EM. Não há evidências de que isso seja verdade.


9. MS é sempre fatal


Embora a esclerose múltipla seja uma condição vitalícia, não é fatal. De acordo com um estudo, ter EM reduz a expectativa de vida de uma pessoa em cerca de 7 anos .


O mesmo estudo descobriu que “a sobrevivência foi mais curta na primeira coorte de nascimentos para ambas as populações”. A partir disso, eles concluem que a expectativa de vida média das pessoas com EM pode estar aumentando lentamente.


À medida que os cientistas continuam investigando esta doença e pesquisando e desenvolvendo novos tratamentos, é provável que a EM tenha um efeito cada vez mais reduzido na expectativa de vida de uma pessoa.

FOI USADO TRADUTOR GOOGLE NESSA POSTAGEM.


FONTE:https://www.medicalnewstoday.com/articles/medical-myths-all-about-multiple-sclerosis#9.-MS-is-always-fatal