TRIATLETA DE PIRACICABA COM ESCLEROSE MÚLTIPLA PERDE 33KG E MIRA IRON MAN

30/04/2013 

Atleta piracicabano perdeu 33 kg com a prática do triathlon em Piracicaba.
Correr, nadar e pedaladar foram fundamentais para recuperação da doença.
'Motivação e amigos no hospital fizeram o tempo passar rápido', diz analista.


Quando começou a praticar triathlon para perder peso, o analista Felipe Pedroso Sgrigneiro, de 29 anos, não imaginava que seria surpreendido pelo diagnóstico de Esclerose Múltipla e que a partir dali sua vida mudaria. Apesar da doença, a meta do atleta de Piracicaba (SP) é participar do Iron Man em 2014, prova composta por 3,8 quilômetros de natação, 180 de ciclismo e 42 de corrida.

Praticante do esporte desde 2012, Sgrigneiro perdeu 33 quilos e ganhou em qualidade de vida, segundo o atleta. Mas no início de abril deste ano, teve uma crise de esclerose e deu entrada no hospital com o braço esquerdo imóvel e sem conseguir andar pela paralisação na coluna. "Havia notado sintomas da doença anos antes, porém nunca nenhum médico havia descoberto o problema", disse o analista.


Animação no hospital

A motivação foi essencial para a superação do atleta. Ainda na ambulância, Sgrigneiro postava fotos nas redes sociais do que acontecia. Enquanto estava internado, as visitas dos amigos e da família e até a morfina, que seria tomada para amenizar a dor, eram retratadas pelo atleta com fotos tiradas pelo celular. O aniversário foi comemorado no hospital, com bolo e balões.

Para o atleta, ficar uma semana internado foi um ‘divisor de águas’. “Mudei meu modo de ver a vida, de tratar as pessoas. Se eu já era determinado, me tornei ainda mais”, afirmou Sgrigneiro.


Esporte será parte do tratamento da esclerose

“Eu pude escolher como seria meu período internado. Aquele era o meu caminho, eu tinha que passar por ali, então resolvi fazê-lo com alegria”, contou Sgrigneiro, que disse que tratou o hospital como um 'spa'.


Início no esporte

Antes de começar a correr, pedalar e nadar, Sgrigneiro pesava 114 quilos e foi com muita força de vontade que perdeu 33 quilos. “No começo, todo mundo tirava sarro de mim por eu ser pesado daquele jeito e estar correndo, mas depois que comecei, não consegui mais parar”, contou o atleta, que completou a São Silvestre em 2012 mesmo com um dos pés lesionado. Ele chegou a pesar 81 quilos, mas hoje a balança marca 88 quilos devido ao período de internação hospitalar.


Doença + esporte

Sgrigneiro terá que conviver com a esclerose pelo resto da vida. Além da medicação diária, ele agora precisa evitar o sol, pois o calor excessivo ‘acorda’ as lesões da doença.

De acordo com o analista, a vida de atleta levada por ele foi o que amenizou os efeitos que a esclerose poderia ter deixado após a crise. O atleta afirmou que, segundo os médicos, o esporte agora é necessário para evitar mais problemas relacionados à doença.

Liberado pelo médico para voltar a treinar nesta segunda-feira (29), Sgrigneiro segue uma rotina disciplinada de alimentação e exercícios. Pedala às 6h e corre à noite, para evitar o sol, além de alternar os dois treinos com a natação.




  Visitas e motivação ajudaram no tratamento do atleta no hospital, em Piracicaba.

CAFÉ MELHORA A SATISFAÇÃO, O HUMOR E EVITA DOENÇAS DEGENERATIVAS

Estimulante natural    29/04/2013



Muitos dos benefícios atribuídos ao café, como o efeito de estímulo intelectual e social, ainda não são compreendidos.
Pesquisas comprovam que o cérebro reage positivamente aos aromas da bebida.


O café é um alimento funcional e nutracêutico. Essa máxima já é aceita pela comunidade médico-científica por estar relacionado à prevenção de doenças físicas, mentais e degenerativas e à manutenção da saúde. Pesquisas comprovam que o café vai muito além da cafeína, contendo também diversos nutrientes: minerais – cálcio, potássio, zinco, ferro, magnésio –, aminoácidos, proteínas, lipídeos e ainda elementos antioxidantes, entre eles os ácidos clorogênicos.

O médico neurologista Jorge Moll Neto, presidente do Instituto D’Or Pesquisa e Ensino, desenvolve desde 2009 uma pesquisa sobre os efeitos do café no cérebro. A etapa inicial, intitulada 'Correlatos neurais da experiência olfativa e gustativa do café', contou com a participação de 30 voluntários e tem o apoio do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café. O objetivo é entender os efeitos sensoriais causados pelo aroma do café no cérebro, especificamente nos mecanismos de recompensa (prazer) e motivação. Moll constatou que o aroma do café tem um efeito poderoso sobre as regiões do cérebro que regulam a sensação de prazer, atenção e motivação.

Segundo o neurologista, o que motivou a pesquisa foi compreender os mecanismos que levam as pessoas a tomar e apreciar o café, a bebida mais consumida no mundo depois da água, sendo o Brasil o segundo maior consumidor depois dos EUA.

O café é riquíssimo em compostos químicos, muitos com efeitos biológicos ainda desconhecidos. Muitos dos benefícios atribuídos ao café – por exemplo, o efeito de estímulo intelectual e social – ainda não são compreendidos, e é por esse motivo que a neurociência e a medicina precisam estudá-lo — afirma.

Pesquisa
De acordo com Moll, os voluntários são submetidos a um exame de ressonância magnética. À máquina que realiza o exame, está acoplado um aparelho especialmente desenvolvido para apresentar os aromas: o olfatômetro, o qual através da abertura e fechamento de válvulas permite que diversos aromas de café sejam apresentados ao voluntário.

— Por meio de vários finos tubos que chegam próximos ao nariz dos voluntários, apresentamos diversos aromas de café de forma precisamente controlada. Verificamos que o aroma do café age em vários circuitos cerebrais. A primeira região que detectamos foi a da percepção olfativa 'genérica', chamada córtex olfativo, onde o cheiro é percebido — explica Moll.

Ele salienta que qualquer tipo de cheiro ativa essa região. O que chama atenção, no caso do café, é a potência com que o aroma da bebida evoca ativação em outras regiões do cérebro, envolvidas na experiência de recompensa ou prazer, assim como em mecanismos da atenção seletiva. O neurocientista compara o café, por exemplo, com o vinho ou com os perfumes. Segundo ele, o café é mais rico no perfil de aromas do que qualquer uma dessas substâncias.

O café tem mais de 200 componentes que são liberados no ar (voláteis) e muitos desses podem ser percebidos pelo olfato — completa.

Futuro

A pesquisa pretende ainda descobrir se existem compostos químicos no café com efeitos mais seletivos, ou seja, se certos compostos estão associados a experiências subjetivas mais específicas e a regiões diferentes do cérebro.

O objetivo agora é a construção de um novo olfatômetro, permitindo apresentação de maior número de amostras com maior intensidade e precisão temporal. Certos cafés com diferentes concentrações de substâncias podem ter efeitos diferentes em relação à atividade cerebral — especula.


Doenças físicas
De acordo com estudos norte-americanos, o consumo de café pode diminuir as chances de acidentes cardiovasculares (infartos) e cerebrais ('derrame' ou AVC), de diabetes e hipertensão, além de diminuir incidência da osteoporose e de crises de asma, nesse caso devido ao efeito bronco dilatador da cafeína. A bebida melhora ainda a capacidade de atenção, memória e aprendizado.

É claro que cada indivíduo é único e reage de uma forma. Os horários mais recomendados para se tomar café são no café da manhã, depois do almoço e à tarde. Algumas pessoas não devem consumir café ao fim da tarde ou à noite, pois poderão ter insônia devido à cafeína. Em média, o consumo recomendado, de acordo com estudos epidemiológicos sobre os benefícios do café, é de três a seis xícaras ao dia — esclarece Moll.


Doenças mentais e degenerativas
O café também é conhecido por seus potentes antagonistas opióides, os quinídeos, formados na torra do café a partir dos ácidos clorogênicos. São pouco conhecidos outros efeitos no organismo humano dos quinídeos, que também possuem uma ação inibidora da recaptação da adenosina, atuando como cito protetor (ou seja, protegendo a célula de efeitos oxidantes). Por isso, os ácidos clorogênicos e os quinídeos formados na torra adequada do café podem até ser mais importantes que a cafeína na bebida e de grande ajuda na prevenção e controle de distúrbios como a depressão, o alcoolismo e o uso de drogas.

Estudos também comprovaram que o consumo de café pode prevenir doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, potencialmente devido ao seu efeito antioxidante.  

 

SAL ESCONDIDO NOS ALIMENTOS É UMA AMEAÇA Á SAÚDE

The New York Times   29/04/2013
200mg de sódio por dia são tudo que uma pessoa precisa para se manter saudável.
Estudo projeta que uma pequena redução estável de sódio na dieta poderia salvar até meio milhão de vidas nos Estados Unidos ao longo da próxima década.


Alguns séculos atrás, o sal era mais valioso do que o ouro, mas atualmente o condimento vem perdendo aprovação popular. Agora sabemos que seu componente principal, o sódio, pode elevar a pressão sanguínea, aumentando o risco de doenças do coração, derrames e pressão alta.

Um novo estudo, produzido por três importantes universidades, projeta que uma pequena redução estável de sódio na dieta poderia salvar até meio milhão de vidas nos Estados Unidos ao longo da próxima década. E uma redução mais rápida salvaria ainda mais vidas — praticamente 850 mil.

Os finlandeses já provam essa projeção. Conforme descrito no mês passado no The New England Journal of Medicine, desde o início dos anos 70, quando a Finlândia lançou uma campanha nacional para reduzir a ingestão de sal, o consumo diário caiu 3 mil miligramas (mg) para homens e mulheres, com um declínio que teve correspondência nas taxas de morte por AVC e doenças cardíacas coronárias, que caíram de 75% a 80%.

O sódio é essencial na dieta humana. Mas meros 200mg por dia são tudo que uma pessoa precisa para se manter saudável. O americano médio, no entanto, ingere 3,3 mil mg diariamente, principalmente do sal adicionado a alimentos preparados industrialmente ou em restaurantes.

O excesso de sódio na dieta faz o sangue reter água, sobrecarregando o coração e os vasos sanguíneos. O estudo, publicado na revista Hypertension, projeta que entre 280 mil e 500 mil vidas seriam salvas por uma redução de 40% na ingestão de sódio, cerca de 2,2 mil mg diários, ao longo de 10 anos. Uma redução instantânea para 1,5 mil mg poderia evitar entre 700 mil e 1,2 milhão de mortes em 10 anos.

Tais projeções, feitas com base em simulações e modelos computadorizados, foram feitas por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco, da Escola de Medicina de Harvard e da Universidade Simon Fraser, na Colúmbia Britânica (Canadá). Os pesquisadores usaram três métodos diferentes para avaliar os benefícios da redução do sódio e ficaram impressionados com a semelhança entre as projeções dos benefícios. 

Um método teve como base um estudo clínico controlado de redução de sódio entre homens e mulheres acompanhados durante um período de 10 a 15 anos. O segundo avaliou os riscos cardiovasculares baseando-se indiretamente nos efeitos na pressão sanguínea resultante da combinação de redução do sódio e terapia com medicamentos. E o terceiro se baseou nos estudos populacionais da diminuição de sódio e nas mortes decorrentes de doenças cardiovasculares, derrames e demais causas.

Não importa como a estudamos, a história é sempre a mesma. Sempre haverá enormes benefícios na redução do sódio — disse Pamela Coxson, matemática do Centro para Populações Vulneráveis da Universidade da Califórnia.

Kirsten Bibbins-Domingo, diretora do centro e principal autora do estudo, observa que à medida que o sódio é reduzido na dieta, o organismo começa a esperar que a comida tenha um gosto menos salgado, e esse passa a ser o sabor normal da comida.

Dietas com pouco sódio regulam nossas papilas gustativas em cerca de seis semanas — explica.




Saiba mais


O sal é apenas uma das fontes do sódio nos alimentos. Outras são glutamato de sódio, bicarbonato de sódio, fermento em pó, fosfato dissódico e demais componentes que tenham "sódio" no nome. Ainda assim, o sal — cloreto de sódio — é o principal agressor. Nos EUA, cerca de 80% do sal é introduzido pelas fábricas de alimentos e cozinhas de restaurantes. Dez tipos de alimento contribuem com mais de 40% do sódio consumido pelos americanos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.


Onde está o sódio



A principal fonte de sal não são os alimentos especificamente salgados, como pretzels ou anchovas. São os pães, principalmente por eles serem muito mais consumidos do que as outras principais fontes de sódio: frios, carnes curadas (secas), pizzas, aves (frequentemente infundidas com água salgada), sopas, sanduíches, queijos, massas, carnes e lanchinhos como salgadinhos e pipoca.

A boa notícia é que o mercado começa a ficar repleto de opções de alimentos com menos sódio, além de versões menos salgados de comidas que tradicionalmente contêm grande quantidade de sal. Vale a pena checar as tabelas de informações nutricionais (e, no caso das carnes frescas de aves e porco, a lista de ingredientes) e escolher produtos com menos sódio.


Opções menos salgadas



Análises feitas pelo Departamento de Agricultura do EUA e dados de fabricantes mostram uma faixa muito ampla do teor de sódio nos produtos comuns. Apenas 85g de peito de peru podem conter entre 450 e 1.050mg de sódio. Uma caneca de canja enlatada pode ter de 100 a 940mg de sódio. E um cheeseburger num fast-food pode conter entre 710 e 1.690mg de sódio.

Mesmo entre os lanches salgados, algumas escolhas podem ser melhores do que outras. Pode-se misturar amendoins levemente salgados com outros sem sal ou com frutas secas, por exemplo.


Alternativas caseiras




Para as refeições caseiras, há inúmeras ervas, especiarias e pimentas que podem realçar o sabor dos alimentos e diminuir a necessidade do sal. Ervas frescas dão mais sabor do que as secas, embora sejam mais caras. Pode-se plantar alecrim e tomilho em um beiral de janela ensolarado ou obter uma explosão de sabores combinando verduras picantes, como folhas de mostarda, na sua receita favorita.


Essencial, mas não em excesso


O Guia Alimentar para os Americanos, publicado pelo governo federal, recomenda um máximo de 2,3 mil mg de sódio por dia — a quantidade encontrada em uma colher de chá de sal — para pessoas saudáveis. O Guia e a Associação Americana do Coração recomendam um limite ainda mais baixo — 1,5 mil mg diários — para cerca de 60% dos americanos adultos: são aqueles que já têm alguma doença afetada pelo sódio, entre eles os negros (que são mais propensos à pressão alta) e pessoas com 51 anos ou mais.


FLIPERAMA HOSPITALAR

27 de abril de 2013


Com uso de videogame interativo que trabalha os movimentos do jogador, fisioterapeutas elevam a qualidade de vida dos pacientes.



Nos últimos três meses, o Hospital Unimed de Criciúma (SC) utiliza um novo tipo de tratamento. Os fisioterapeutas Moisés Moraes Antunes e Morgana Lima Sombrio levaram o videogame para o ambiente hospitalar, ajudando pacientes de todas as idades. Instalado em um móvel com rodinhas, o console viaja de quarto em quarto para sessões de cerca de 30 minutos, possibilitando um tratamento eficiente e divertido.

Os jogos interativos permitem que o paciente se exercite e também se divirta ao executar os movimentos que seriam monótonos com a fisioterapia tradicional. As sessões são acompanhadas pelos fisioterapeutas, que cuidam para que a pessoa se movimente na medida certa, sem exceder seus limites.

Para o paciente crônico, que está há três, quatro semanas no hospital, tudo é muito chato. A comida não tem sabor, o quarto não tem graça. Para isso, uma estratégia que procuramos na fisioterapia é o videogame – aponta o fisioterapeuta.

Antunes conta que os movimentos das sessões com o videogame também ajudam no pós-operatório de diversos pacientes, que precisam estar ativos e saudáveis para receber alta.

Tratamento tira o foco da dor

No momento, três pacientes fazem o tratamento. Um deles é Cleverton Griz, 50 anos, hospitalizado há seis meses devido a uma hérnia de disco. Para Griz, que toma medicação forte a cada quatro horas para suportar a dor crônica, as sessões com o videogame representam uma abençoada distração.

Consigo ficar 50 minutos sem focar na dor. O jogo me motiva, às vezes faço um movimento de alongamento que não faria na cama. Dá para ver que realmente funciona – conta Cleverton, fã do jogo de tênis, um dos cinco usados no tratamento (os outros são golfe, beisebol, boxe e boliche).

Além de estar mais animado e motivado para se movimentar, Griz parou de utilizar os antidepressivos que o auxiliavam no tratamento.
 

 Como os videogames ajudam a fisioterapia

> Novidade: permite que o paciente faça os movimentos necessários, mas de um modo mais interessante do que na fisioterapia convencional.
> Motivação: ainda que dispute contra um adversário virtual, o paciente se sente motivado a vencer e mais disposto a cumprir metas e a superar desafios.
> Bem-estar: no jogo, a pessoa se distrai, sente-se entretida e motivada, o que libera endorfinas e proporciona uma sensação prazerosa e de relaxamento.
> Sem rotina: as longas internações e doenças crônicas afetam o estado emocional do paciente, o que pode causar depressão. Um tratamento que envolva descontração ameniza o clima e a rotina associados à doença, dá ânimo e acelera a recuperação.

CAMPANHA ALERTA SOBRE HIPENTERSÃO EM CRIANÇAS E ADOLECENTES

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão    26/04/2013 


Obesidade infantil é um dos fatores de risco para desenvolver pressão alta.
De 6% a 8% dos jovens brasielros sofrem da doença, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.


A hipertensão na criança e no adolescente será o foco da campanha que a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) desenvolve este ano, com atividades em todos todos os estados e no Distrito Federal, no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado nesta sexta-feira, dia 26. De acordo com dados da SBC, de 6% a 8% das crianças e adolescentes brasileiros na faixa de 7 a 20 anos, têm a doença, que pode causar problemas cardíacos, renais e mesmo cerebrais. Todos os anos, cerca de 300 mil brasileiros morrem em decorrência de doenças cardiovasculares resultantes da chamada pressão alta. 

Para o coordenador da campanha e diretor da SBC, Carlos Alberto Machado, a maior preocupação é que não existe entre os brasileiros a cultura de medir a pressão arterial durante a infância e a adolescência. Entre os pequenos hipertensos, o fator genético é potencializado, na maioria dos casos, pela combinação perversa entre obesidade e sedentarismo.

— É importante mudar o estilo de vida dessas crianças. É muito mais fácil mudar o estilo de uma criança do que de um adulto — disse o médico.

Sonia Regina Zimabro, diretora da Regional da Baixada Fluminense da SBC, classificou a hipertensão como "assassina silenciosa" porque não tem sintomas e os pais, geralmente, só levam a criança ao médico quando ela tem febre. 

— Acima de 3 anos de idade, quando as vacinas já foram dadas, os pais praticamente não levam mais os filhos ao pediatra como rotina. A obesidade infantil está na nossa frente. Hoje temos crianças com 5 anos que já estão obesas. Uma pressão de 12 por 8 pode ser elevada se a criança tiver obesidade — informou.

Para Sonia, a vida sedentária das crianças — cada vez mais recolhidas dentro de casa sem fazer exercício —, o tabagismo, que começa na adolescência, e a alimentação inadequada são fatores que causam a elevação da pressão nessas faixas de idade. 

Ela disse que estão sendo registrados casos de lesões em órgãos como coração, cérebro e rim, além da visão e de vasos de membros inferiores, provocadas pela alteração dos níveis de pressão. 

—Temos que tratar quem tem fatores de risco e fazer também a prevenção. Se essa criança tiver uma hereditariedade de hipertensos, ela deve desenvolver a doença ao longo da vida. E é preciso alertar também as adolescentes que estão engravidando. A gravidez pode ser um risco para quem tem histórico familiar de hipertensão — esclareceu a médica que defendeu a inclusão da aferição da pressão arterial nos exames admissionais dos alunos nas escolas. Hábitos como dormir bem, praticar atividades físicas e se alimentar de maneira saudável, segundo ele, fazem parte do tratamento indicado para hipertensos e também como forma de prevenir o problema.

A Diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou uma cartilha em seu portal, com orientações. Ela pode ser acessada no site da SBC.

A cartilha esclarece que a hipertensão não apresenta sintomas na maioria das vezes, mas quem tem tonturas, falta de ar, palpitações, enjoos e náuseas, dor de cabeça frequente, cansaço inexplicável ou alterações na visão deve procurar um atendimento especializado. 

— O tratamento e acompanhamento da pressão alta são feitos por toda a vida — lembrou o diretor.

Para os profissionais de saúde, a SBC gravou uma aula para mostrar como é medida de forma correta a pressão arterial de uma criança. Segundo Machado, a pressão arterial medida precisa ser comparada com uma tabela que inclui idade, estatura e sexo, para que o diagnóstico seja feito. Com a campanha, a instituição espera que a hipertensão em crianças passe a ser identificada e combatida precocemente.

No caso de adultos, a cardiologista Maria Cláudia Irigoyen explica:

– 14 por 9 seria o limite daquilo que a gente pode aceitar como pressão normal. Embora a gente diga que a pressão ideal seja 12 por 8, se aceita até 14 por 9, pois ainda está dentro de uma faixa de normalidade. A partir daí sim, nós temos de tomar cuidado, tomar providências.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que mais de um terço das pessoas no mundo tem pressão alta. Em 2008, 40% dos adultos com 25 anos ou mais sofriam de hipertensão. No mesmo ano, 17,3 milhões de pessoas morreram apenas em razão de doenças cardiovasculares — cerca de 80% dos óbitos provocados por doenças não transmissíveis são registrados em países de baixa e média renda.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/04/campanha-alerta-sobre-hipertensao-em-criancas-e-adolescentes-4119135.html




 

MP ABRE 7 INQUÉRITOS PARA INVESTIGAR FALTA DE REMÉDIOS EM MT

26/04/2013

Sete inquéritos foram instaurados pela Promotoria de Defesa da Cidadania e do Consumidor esta semana para apurar as faltas constantes de medicamentos comuns e de alto custo nas unidades de saúde do Estado. 

Na lista estão dezenas de remédios não encontrados há até seis meses pelos pacientes, principalmente antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos. Além de outros não comprados há mais de um ano. 

Em uma das portarias editadas (18/2013) para formalizar o início das investigações, o promotor Alexandre de Matos Guedes cita diversos medicamentos, alguns populares no tratamento de uma série de doenças. 

Entre os não encontrados desde dezembro de 2012 está, por exemplo, o Carbamazeina, prescrito para paciente com epilepsia, distúrbios maníaco-depressivos (bipolares), síndrome de abstinência alcoólica, neuralgia idopática do trigêmio e trigemial em decorrência de Esclerose Múltipla, além de outras. 

A cada denúncia recebida, informa o promotor, uma assistente social da promotoria visita a farmácia do Estado e o departamento de compras da Secretaria Estadual de Saúde (SES) para confirmar a falta do medicamento. 

Além dos remédios comuns, há os casos de produtos caros, prescritos em situações mais esporádicas, que mesmo assim também deveriam constar no estoque. Esse é o caso do Rituximad 600 mg, que custa R$ 9 mil, usado pela senhora Roseli Pereira Gomes. Ela relata que sofre de uma enfermidade denominada “linfoma folicular”. A saúde pública não teria esse medicamento há mais de um ano, desde março de 2012. 

O promotor Alexandre Guedes denuncia que há anos o governo do Estado se mostra incompetente para fazer as comprar de medicamentos. Ele observa que uma organização social de saúde(OSS) foi contratada para gerenciar a farmácia, mas a entidade não é responsável pela aquisição, cuja tarefa permanece com a SES. 

Conforme Guedes, o setor vem se mostrando incompetente e ineficiente, causando prejuízos à saúde da população. “Alguém tem que ser responsabilizado por isso”, completou, observando que no momento a responsabilidade não poderia recair sobre o secretário, Mauri Rodrigues de Lima, que acabou se assumir o cargo. Entretanto, sugere, poderia substituir os funcionários do setor. 

A SES informou, por meio da assessoria de imprensa, que com o objetivo de solucionar a questão da falta de remédios está aberto um processo de licitação para uma grande compra de medicamentos. 


GOVERNO QUER TRIPLICAR PARTICIPAÇÃO NACIONAL NOS MEDICAMENTOS FORNECIDOS PELO SUS

25/04/2013

O Ministério da Saúde vai investir R$ 35 bilhões na aquisição de medicamentos até 2016. Um total de 14 empresas privadas e 6 laboratórios públicos firmaram parcerias para a produção nacional de 14 biossimilares para doenças como hemofilia, Esclerose Múltipla, artrite reumatoide e diabetes. Atualmente, 8 biológicos estão com patentes vencidas ou prestes a vencer, o que o Ministério avalia como uma boa oportunidade para o setor. O governo espera que estes produtos terão fabricação 100% nacional até 2017.
 

O Brasil produz hoje via Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) 15% do que oferta no SUS. A meta é produzir 35% até 2015. Só com os biológicos fabricados no país atualmente (9 medicamentos e 5 vacinas), o Ministério da Saúde espera economizar R$ 1 bilhão nas compras - o equivalente à 1/3 da economia que obterá com medicamentos frutos das 64 PDPs travadas atualmente (R$ 2,8 bilhões).

Dois biossimilares frutos dessas parcerias, produzidos 100% no Brasil já estão disponíveis para o SUS: o relaxante muscular toxina botulímica e a vacina H1N1. 
 
Além disso, o imunossupressor nacional Etanercepte, contra artrite reumatoide, já conseguiu o primeiro registro na Anvisa. Os demais devem estar disponíveis na rede pública até 2017. No total, mais de 1 milhão de usuários do SUS são beneficiados c/esses medicamentos. O Ministério da Saúde tem assinadas 64 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) via transferência de tecnologia no Brasil, que envolvem 15 laboratórios nacionais e cerca de 40 farmacêuticas privadas.

O Governo Federal responde por cerca de 60% das compras de biológicos no país. De alto custo, estes itens consomem 43% dos gastos do Ministério da Saúde com medicamentos, apesar de representarem 5% da quantidade adquirida. " A produção nacional gera economia de recursos para o Ministério da Saúde, que é revertida para a ampliação da compra de novos medicamentos para o SUS, aumentando o acesso da população" , explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Segundo o Governo, foram feitos uma série de arranjos desde o ano passado para viabilizar a infraestrutura, a regulamentação e o aparato jurídico necessários para a produção nacional. Entre as ações, estão parcerias entre laboratórios privados, nacionais ou internacionais, que detêm as patentes do medicamento original, para transferir a tecnologia para laboratórios públicos até que eles ganhem independência para produzir o medicamento. Em troca, o governo garante a compra do item produzido internamente durante todo o período de transferência de tecnologia, estipulado em, no máximo 5 anos.

A produção dos medicamentos deve envolver desde a elaboração do princípio ativo até a embalagem do produto. É a chamada produção verticalizada. Nos últimos anos, a importação de remédios tem superado a de princípios ativos, sobretudo por conta dos altos custos dos produtos para tratamentos complexos. Hoje, os princípios ativos importados equivalem a 70% do mercado nacional, enquanto os medicamentos prontos importados equivalem entre 10% e 20% do mercado.

Foi regulamentada em 2012 lei que criou margem de preferência de até 25% nas licitações para empresas que produzam no Brasil. No âmbito do registro de medicamentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) passam a cumprir, a partir deste ano, prazos mais curtos para registro de medicamentos prioritários ao SUS. Ficou estabelecido prazo de até 9 meses e a Anvisa criou uma gerência só para análise de registro de biológicos. Também foram criadas de linhas de crédito para empresas que investem em biossimilares e equipamentos - um total de R$ 7 bilhões, financiados pelo BNDES, Finep e Ministério da Saúde.

O órgão disponibilizou R$ 1 bilhão até 2015 para investimento na infraestrutura e no capital humano dos laboratórios públicos nacionais. Em 2012, ao todo 14 laboratórios públicos apresentaram 67 projetos e receberam um total de R$ 242 milhões de investimento do ministério.
 
Fonte: Agência Brasil


DIABETES PODE ACARRETAR PROBLEMAS CARDÍACOS

Coração    25/04/2013


Aproximadamente metade dos brasileiros com diabetes não sabem que têm a doença.
Fatores de risco no organismo do diabético podem levar ao surgimento da arterosclerose e neutralizar sinais de infarto.


Estima-se que 12 milhões de brasileiros sejam diabéticos. Apesar disso, de acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente metade desse número não sabe que possui a doença, caracterizada pelos altos níveis de açúcar no sangue. A falta de conhecimento sobre esse fator é de grande periculosidade para a saúde do corpo e, principalmente, do coração. 

O infarto agudo do miocárdio, quando ocorre em diabéticos, tem seus sintomas reduzidos a sensações de mal-estar, sudorese, náuseas e vômitos. A dor no peito, principal sinal de infarto, muitas vezes não se manifesta nesse quadro. 

– Além da neutralização dos sinais de infarto, as pessoas com diabetes normalmente carregam consigo outras doenças como hipertensão arterial, colesterol e obesidade ou peso acima do ideal. Esse conjunto proporciona um cenário de difícil funcionamento para o coração, colaborando para o acontecimento de um infarto – explica Marcelo Queiroga, presidente da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista). 

Os fatores de risco presentes no organismo do diabético podem levar ao desenvolvimento da aterosclerose, que é a formação de placas de gordura nas paredes das artérias, causando a obstrução da passagem sanguínea que leva oxigênio e nutrientes ao coração, ocasionando a angina e, no caso do rompimento de uma dessas placas, o infarto agudo do miocárdio. 

– Os estudos sugerem que o bom controle da glicemia nos diabéticos é fundamental para prevenir a doença aterosclerótica. Além disso, não podemos esquecer que a prevenção e o controle dos outros fatores de risco são de extrema importância para a saúde do coração – enfatiza Marcelo Cantarelli, cardiologista intervencionista e coordenador da Campanha Coração Alerta da SBHCI. 

Sabendo-se que o diabetes muitas vezes tem sua ocorrência devido a fatores genéticos, os médicos alertam aqueles que possuem diabéticos na família a fim de desenvolver hábitos de vida saudáveis. 

– Para ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue, os diabéticos devem procurar realizar uma dieta balanceada, rica em legumes, verduras e frutas, grãos integrais e derivados do leite desnatado. Além disso, a prática de atividades físicas ajuda a manter o peso ideal – finaliza Queiroga.

FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/04/diabetes-pode-acarretar-problemas-cardiacos-4117877.html

 

VACINAÇÃO, CONTRA A GRIPE É PRORROGADA ATÉ 10 DE MAIO

Mudança no prazo    24/04/2013


A expectativa é de que 80% do público-alvo seja protegido.


A campanha de vacinação contra a gripe, marcada para terminar no dia 26 de abril, foi prorrogada até 10 de maio, de acordo com o Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, mais de 1,6 milhão de pessoas já foram imunizadas, número que representa mais de 60% da meta de abrangência do grupo de risco. A expectativa da Secretaria Estadual da Saúde é de que, até o final da Campanha, pelo menos 80% deste grupo esteja vacinado. 

A positiva adesão dos gaúchos à campanha neste ano pode ser simbolizada pelas cidades de Tupanci do Sul, Parobé e Xangri-lá, que já bateram a sua meta de vacinação, imunizando o grupo de risco em sua totalidade. Outros 56 municípios já alcançaram 80% da meta, número considerado bastante satisfatório pela Secretaria para o período da campanha.

Na outra ponta da tabela está a cidade de Amaral Ferrador, que imunizou apenas 22% da meta do seu grupo de risco. Além deste, outros 21 municípios ainda não alcançaram 40% da meta.

O prazo maior dado pelo Ministério da Saúde foi necessário devido à baixa adesão no país. Com exceção dos três Estados do Sul - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - as demais regiões registraram índices de imunização abaixo do esperado. 


Em Porto Alegre, até o final da tarde desta quarta, 266.551 pessoas foram vacinadas, o que representa pouco mais da metade da meta. No Centro de Saúde da Vila dos Comerciários, no bairro Santa Tereza, a fila em busca da vacina da gripe mostra que a população está atenta à importância da prevenção. 

O comerciário Fredi Rocha Gil, 40 anos, levou o pequeno Rafael, de oito meses, para tomar a dose. Antes de entrar na sala, o pai procurava distrair o menino andando de um lado para outro do corredor.

- Esta parte sempre fica comigo. Temos que nos prevenir, pois este ano o vírus pode ser ainda mais forte - comentou.


A campanha do Estado


Quando



Até 10 de maio, em cerca de 1,8 mil postos de saúde do Estado



Número de doses


O Rio Grande do Sul recebeu cerca de 3,185 milhões de doses da vacina. Ela aumenta a proteção contra três tipos de vírus de gripe (dois deles chamados de Influenza A, incluindo o H1N1, e uma cepa da Influenza B)



Grupo de risco


Pessoas acima dos 60 anos
Crianças maiores de seis meses e menores de dois anos
Gestantes (e mulheres que tenham dado à luz até 45 dias antes do início da campanha)
Portadores de doenças crônicas que tenham recomendação médica
Profissionais da saúde e indígenas aldeados
População privada de liberdade



Contraindicações


Não devem ser vacinadas pessoas com alergia grave a ovos ou que tiveram reação severa à vacina, pessoas com síndrome de Guillain-Barré (doença do sistema nervoso) ocorrida após receberem a vacina da gripe (a não ser que a gripe em si represente risco sério à saúde), e bebês com menos de seis meses


Além disso, quem estiver moderada ou seriamente doente e com febre deve esperar a recuperação total antes de receber a vacina da gripe


FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/04/vacinacao-contra-a-gripe-e-prorrogada-ate-10-de-maio-4116832.html


DOSE CONTRA HPV DEVE SER INCORPORADA AO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO EM 2014 AFIRMA MINISTRO DA SAÚDE

Prevenção   24/04/2013

Atualmente, a vacina é aplicada nas escolas da rede pública apenas no Distrito Federal.

 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira que a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) deve ser incorporada ao calendário nacional de vacinação em 2014.


Atualmente, a dose é aplicada nas escolas da rede pública apenas pelo governo do Distrito Federal em meninas de 11 a 13 anos. A imunização também pode ser feita em laboratórios particulares.

Durante audiência pública no Senado, Padilha explicou que a pasta negocia com dois produtores mundiais da vacina uma dose que proteja, principalmente, contra os subtipos do HPV que atingem as brasileiras.

Aguardamos uma proposta de vacina mais ampla. Queremos essa tecnologia para nós. Está em negociação. Vai ter que ter transferência de tecnologia — disse.

HOMEOPATIA, QUANDO O FOCO ESTÁ NA PESSOA E NÃO NA DOENÇA

Visão holística   23/04/2013


Pacientes que sofrem de diabetes ou câncer não devem trocar a alopatia por remédios homeopáticos por decisão própria.
Além de encontrar a cura para doenças físicas, a homeopatia pode tratar problemas emocionais.


Problemas gastrointestinais, ginecológicos, dermatológicos e respiratórios são algumas das patologias que a homeopatia pode tratar sempre com um foco holístico no paciente. Analisando a pessoa em um todo integrado ao seu meio, esse sistema medicinal se baseia em quatro princípios: lei dos semelhantes, experimentação na pessoa sadia, doses infinitesimais e medicamento único. O tratamento homeopático produz efeitos parecidos com os sintomas da doença que o paciente apresenta e o seu principal objetivo é induzir uma reação do sistema de defesa do organismo para curar a doença.

De acordo com a farmacêutica homeopata Adriana Márcia Gonçalves, a homeopatia está mais preocupada com o doente e com as transformações que ele sente, além dos sintomas que normalmente aparecem muito antes da doença se instalar.

A pessoa que está com a doença é mais importante do que a doença que ela tem, pois o que mais importa para o médico homeopata é analisar os sintomas, estimular o sistema imunológico e restaurar o equilíbrio energético do paciente. Dessa forma fica mais fácil tratar qualquer patologia — explica.

Além de encontrar a cura para doenças físicas, a homeopatia também pode tratar problemas emocionais, como a depressão.

A maioria dos pacientes observam que logo no início do tratamento homeopático os sintomas da doença parecem agravar e isso pode ocorrer, pois o medicamento homeopático provoca no organismo uma doença artificial semelhante à doença natural, com o objetivo de estimular o organismo a corrigir o desequilíbrio — afirma a farmacêutica.

Apesar dos benefícios da homeopatia para a saúde, Adriana alerta o paciente para que não troque a terapia convencional pela homeopatia.

Pacientes que sofrem de diabetes ou câncer não devem trocar a alopatia por remédios homeopáticos por decisão própria. O que pode ser feito é acrescentar junto ao tratamento convencional o tratamento homeopático e isso deve ser feito com a aprovação do especialista responsável — ressalta.


Homeopatia, um pouco de história
Os princípios homeopáticos foram determinados por Samuel Hahnemann no final do século 18 e foram baseados na cura pelo semelhante (Similia Similibus Curantur), que consistem em formulações medicinais compostas de minerais, vegetais e animais. Esses medicamentos apresentam os sintomas da doença, com a intenção de estimular os mecanismos de defesa do organismo do paciente. A preparação é feita através de diluições e por outro processo conhecido como dinamização, ou seja, medicamentos preparados a partir de substâncias que são submetidas a triturações sucessivas ou diluições seguidas de sucussão.

No Brasil a homeopatia teve destaque em 1849, ano de fundação do Instituto Homeopático do Brasil. Porém, só em 1980 é que a técnica foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e, em 1990, passou a constar do Conselho de Especialidades Médicas da Associação Médica Brasileira, deixando assim de fazer parte das terapias alternativas.


Consultando um homeopata
O homeopata deve ser procurado antes que você tenha qualquer problema, para que o especialista faça um levantamento detalhado de sua saúde. A partir daí ele terá um parâmetro para, no futuro, poder comparar seu estado de saúde sadio com o de quando surgir algum problema. Mas normalmente o médico homeopata só é procurado quando a doença já esta avançada e tratamento convencional não esta surtindo efeito.

As consultas com o homeopata devem ser contínuas, pois quando o paciente inicia os remédios o especialista precisa perceber as alterações de cada sintoma. Dessa forma, o médico poderá avaliar se está no caminho da cura — aconselha a homeopata.

A dica para que o tratamento de homeopatia funcione é fazer anotações sobre as alterações de sintomas e do seu estado de saúde. Depois, quando for à consulta, relate tudo o que você anotou. Assim fica mais fácil para o médico acompanhar o estado da sua saúde.  

 

SUBSTÂNCIA NO HÁLITO INDICA GRAVIDADE DE ISSUFICIÊNCIA CARDÍACA

22/04/2013   Com informações da Agência USP


Os pesquisadores tiveram que desenvolver um aparelho especial para coletar o hálito do paciente de forma a preservá-lo para análise dos gases presentes.[Imagem: Ag.USP].


Uma importante descoberta pode contribuir para o avanço do tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca.

Um estudo realizado no Instituto do Coração (Incor), pela Faculdade de Medicina e pelo Instituto de Química da USP, identificou uma substância produzida pelo corpo humano capaz de funcionar como uma espécie de marcador de gravidade da doença.

A substância é a acetona, que exala um odor característico.

A partir de uma observação clínica, na qual foi constatado um odor exalado pelos pacientes com insuficiência cardíaca, os médicos Fabiana Goulart Marcondes Braga e Fernando Bacal elaboraram um estudo para verificar uma possível relação entre o odor exalado pelo hálito dos pacientes e a enfermidade.

"Entrávamos no quarto de um paciente com estágio avançado da doença e percebíamos que havia um cheiro diferente. Porém, o paciente que vinha ao consultório, com a mesma doença mas em estágio menos grave, não exalava o mesmo odor. Não se tratava de mau-hálito, mas um cheiro meio adocicado, e a partir disso fomos buscar o que poderia ser," conta Fabiana.

Os pesquisadores tiveram que desenvolver um aparelho especial para coletar o hálito do paciente de forma a preservá-lo para análise dos gases presentes.

A análise química das amostras apontou que, entre os pacientes que apresentavam a doença cardíaca, o nível de uma substância chamada acetona era muito maior do que entre os saudáveis.

E no grupo de pessoas que chegava na emergência com um estágio mais grave de insuficiência cardíaca, o nível da mesma substância era maior em comparação com quem estava no ambulatório, com a doença estabilizada.

O nível de acetona exalado pelos pacientes cardíacos graves é cerca de 10 vezes maior do que nas pessoas saudáveis.

"Dessa forma conseguimos, por intermédio dessa mesma substância, definir níveis de produção pelo corpo de acordo com o estágio de insuficiência cardíaca. Além do objetivo de identificar qual era a substância, conseguimos verificar que ela era um marcador de gravidade da doença," relata Fabiana.

 

PILATES É IMPORTANTE ALIADO NO COMBATE DA HÉRNIA DE DISCO

Postura saudável   19/04/2013
Pilates é baseado em seis princípios: respiração, centro de força (power house), concentração, controle, precisão e fluidez.
Não há nenhuma restrição quanto à prática regular dos exercícios por quem sofre com o problema.


A dor lombar é um dos problemas mais comuns da sociedade moderna e é objeto de atenção entre especialistas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a incidência de lesões no tronco é muito alta no país e, em geral, de 60 a 80% da população já sofre ou sofrerá de dores na coluna em algum momento da vida. Mas os sintomas, como dores no braço, na perna, formigamento nos pés ou nas mãos, dormência nos braços ou nas pernas, diminuição de força e atrofia de musculatura, podem ser minimizados com exercícios físicos que buscam fortalecer, equilibrar e alongar a musculatura da coluna vertebral, como o Pilates.

Dos cerca de 5,5 milhões de brasileiros que possuem hérnia de disco, doença degenerativa da coluna vertebral, muitos têm recorrido ao método como auxílio na reabilitação. Bastante eficaz no tratamento, tanto a longo como em curto prazo, o Pilates atua em todas as fases da hérnia de disco, proporcionando em cada uma delas a melhora dos sintomas do paciente e evitando a reincidência da doença.

Segundo o fisioterapeuta e professor de Pilates Vinicius Zacarias, durante as aulas são realizados exercícios que seguem os princípios básicos do método, como a contração dos músculos abdominais associado à respiração, que proporcionam a estabilização da coluna lombar e, consequentemente, a diminuição da dor. Não é à toa que a técnica cada vez mais cresce no Brasil e vem sendo utilizada não só como condicionamento físico, mas também com fim terapêutico.

O Pilates é um condicionamento tanto físico quanto mental e, por ser completo, abrange o nosso corpo de maneira uniforme. Isso acaba por fortalecer, equilibrar e alongar a musculatura da coluna vertebral, trazendo um maior alinhamento e, em determinados casos, trazendo até uma diminuição das tensões existentes. Isso gera um alívio de pinçamentos e compressões dos discos, o que estimula a circulação na região — explica o professor.

E não há nenhuma restrição quanto à prática regular dos exercícios por quem sofre com a hérnia de disco, seja na fase aguda, subaguda ou crônica desde que sejam orientados por um profissional qualificado. Na fase inicial da doença, ele é geralmente associado a outras técnicas fisioterapêuticas como, por exemplo, a osteopatia e a reeducação postural global (RPG). Na fase subaguda são feitos exercícios com a coluna lombar apoiada no chão ou nos aparelhos, como o reformer e o cadillac, e, progressivamente, incluem-se os exercícios evitando as rotações de tronco e o esforço da musculatura tônica.

Já na fase crônica, o método Pilates é de grande importância para tratar as compensações, os encurtamentos musculares, as hipomobilidades, trabalhar a postura e o equilíbrio. Inicialmente o aluno passa por uma avaliação postural e por uma anamnese, onde serão detectados os desvios posturais, desequilíbrios musculares e as dores relatadas pelo próprio aluno. A partir daí é que será montado um programa de treinamento específico para este aluno, com objetivos pré-determinados e sempre respeitando as restrições ou limitações de cada um.


Mente e Corpo em Equilíbrio
O Pilates enfatiza muito o controle da mente sobre o corpo, bem como a suavidade, precisão e harmonia com que os movimentos devem ser realizados. Ele é baseado em seis princípios: respiração, centro de força (power house), concentração, controle, precisão e fluidez.
• Respiração
A respiração deve ser sempre coordenada com o movimento e, se adequada, favorece a organização do tronco, a sustentação lombo-pélvica e o relaxamento da musculatura inspiratória acessória dos ombros e do pescoço.


• Centro de Força (Power House)
É um conjunto de músculos responsáveis pela sustentação da coluna e dos órgãos internos. O fortalecimento desta musculatura proporciona a estabilização do tronco e um alinhamento biomecânico com menor gasto energético.


• Concentração
É a mente que guia o corpo. Deve-se dar atenção e importância a todas as partes do corpo para que o movimento seja realizado com a maior eficiência possível. É a transformação de um pensamento em movimento.

• Controle
É o melhor recrutamento da musculatura desejada. Visa um padrão suave e harmônico de movimento. O aprendizado motor dos movimentos também faz parte dos objetivos e benefícios do Pilates e está diretamente relacionado com o princípio da concentração.

• Precisão
Diz respeito ao refinamento do controle e equilíbrio dos diferentes músculos envolvidos num movimento, sem gasto desnecessário de energia a partir de contrações inadequadas, sejam elas exageradas ou deficientes.


• Fluidez
A fluidez e leveza dos movimentos permitem a utilização apenas da energia necessária para o movimento, sem desperdício. Os movimentos não têm início, meio ou fim. Desta forma, o organismo aproveita a fase concêntrica e excêntrica dos exercícios, resultando num treino equilibrado e funcional e protegendo os tecidos de possíveis desgastes prematuros.  

 

CAMPANHA DIVULGA TRATAMENTO PARA LÁBIO LEPORINO

Existe tratamento   19/04/2013 


Campanha pretende aumentar em 20% o número de cirurgias corretivas no Brasil.
Hoje apenas a metade das crianças que nascem com o problema passa pelo procedimento cirúrgico.


A organização não governamental Smile Train lançou uma campanha de divulgação sobre tratamento de fissuras labiopalatais (também conhecidas como lábio leporino) em crianças. A ação está ocorrendo em todo o país por meio do site da ONG, das redes sociais e por meio de parceiros. 

O problema ocorre quanto o desenvolvimento do bebê é incompleto durante a gestação e ele permanece com uma abertura no lábio ou no palato (céu da boca). A fissura também pode ocorrer simultaneamente no lábio e no palato. 

Os objetivos da campanha são fazer com que as pessoas saibam que existe tratamento para a fissura e aumentar em 20% o número de cirurgias corretivas no Brasil. Aproximadamente 4 mil crianças nascem por ano no país com esse problema, porém apenas a metade consegue passar pelo procedimento cirúrgico. 

Segundo a gerente do programa Smile Train Brasil, Mariane Góes, a expansão dessa campanha é “fundamental para proporcionar às pessoas que sofrem com fissura labiopalatal as mesmas oportunidades de uma pessoa sem esse problema”. 

No Brasil desde 1999, a Smile Train auxilia na realização de cirurgias gratuitas para tratamento de fissuras labiopalatais e também monitora o resultado pelo acompanhamento de especialista de diversas áreas – como fonoaudiólogos, dentistas, ortodontistas e otorrinolaringologista. 

A ONG alcançou no ano passado o total de 13,5 mil cirurgias em parceria com cirurgiões e hospitais espalhados pelos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/04/campanha-divulga-tratamento-para-labio-leporino-4111909.html

 

BEBÊ GENETICAMENTE SELECIONADA CURA DOENÇA DA IRMÂ

19/04/2013


As irmãs Maria Vitória e Maria Clara Reginato Cunha apenas quatro dias após o nascimento da caçula, em 2012.
Embrião de Maria Clara foi selecionado para não carregar genes doentes e ser compatível com a irmã, Maria Vitória, que sofria de uma condição genética rara. Assim, seria possível realizar um transplante de medula entre as duas.


Maria Vitória, de seis anos, sofria de talassemia major, uma doença crônica e rara no sangue que pode levar à morte. Por causa disso, desde a menina era submetida a transfusões sanguíneas a cada três semanas e tomava uma medicação diária para reduzir a quantidade de ferro no organismo. Depois de procurar mais de 30 médicos em busca de uma solução para a doença da filha, os pais de Maria Vitória decidiram passar pela fertilização in vitro para selecionar um embrião que pudesse ajudar na cura dela. Em fevereiro de 2012, nasceu Maria Clara, o primeiro bebê brasileiro a ser selecionado geneticamente em laboratório para não carregar genes doentes e ser totalmente compatível com a irmã. No último mês, a irmã mais velha recebeu o transplante de medula óssea a partir de células-tronco de Maria Clara — e, segundo os médicos envolvidos no caso, é possível considerar que Maria Vitória está curada e, portanto, livre das transfusões de sangue.

A talessemia é uma doença genética hereditária. Para que uma pessoa tenha o problema, precisa herdar os genes tanto do pai quanto da mãe. A condição se caracteriza pela diminuição da síntese de hemoglobinas, que são as responsáveis por carregar o oxigênio presente nos glóbulos vermelhos. Uma vez que se trata da diminuição de hemoglobina, a talessemia é um tipo de anemia. Ela pode ser menor, ou seja, uma doença mais discreta com sintomas fracos ou até assintomática, ou major. Nesse caso, o mais grave, há duas soluções para o paciente: transfusão de sangue frequente por toda a vida ou transplante de medula, que faz com que a pessoa com a doença não apresente mais o gene responsável pelo problema e passe a sintetizar a hemoglobina normalmente. Foi o que aconteceu com Matria Vitória.

O procedimento — Na prática, o procedimento funcionou assim: o tratamento de fertilização in vitro feito pelos pais de Maria Vitória resultou em dez embriões, que tiveram suas células analisadas. Desses, dois eram saudáveis e totalmente compatíveis com a menina. Eles foram implantados no útero da mãe, Jênyce Reginato da Cunha, mas apenas um sobreviveu. Foi aí que nasceu Maria Clara.
No parto, os médicos colheram as células-tronco do cordão umbilical de Maria Clara. Como a quantidade não era suficiente para o transplante, foi necessário esperar que o bebê completasse um ano de idade para coletar um número maior de células da medula ósseas. Maria Vitória foi internada em março deste ano no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para dar início ao condicionamento: recebeu altas doses de quimioterapia para destruir as células da sua medula óssea e deixar o sistema imunológico zerado. No dia 18 de março, Maria Clara foi submetida à coleta das células da medula óssea. Em seguida, essas células foram infundidas em Maria Vitória — primeiro as do sangue do cordão e, depois, as da medula óssea da irmã.


Espera — Segundo o hematologista Vanderson Rocha, responsável pelo transplante, durante os 15 primeiros dias a medula de Maria Vitória continuava zerada. Essa foi a fase mais crítica, pois o corpo não produzia nenhuma defesa e a menina ainda precisava receber transfusões. Depois desse período, a medula óssea da criança voltou a fabricar as células e, desde então, ela não precisou mais receber transfusões de sangue. “Ela voltou a produzir células como uma pessoa normal. Ela tem uma medula nova. O resultado é muito bom e podemos considerar que a Maria Vitória está curada”, diz Rocha.

Segundo o médico, as chances de complicações pós-transplante existem, mas são muito baixas. 

“Acontece em menos de 5% dos casos. Ainda assim, o transplante é a melhor opção. A Maria Vitória estava começando a ter problemas no fígado por conta do ferro”, afirmou, acrescentando que há cerca de cem casos de transplantes registrados na Europa para curar talassemia, todos com sucesso.