02 de Abril de 2013
A secreção menor de melatonina, hormônio que favorece o sono, está
vinculada a um risco maior de diabetes em adultos (tipo 2), destacou
nesta terça-feira um estudo publicado no Journal of the American Medical
Association (JAMA).
"É a primeira vez que se constata um vínculo entre a secreção noturna
de melatonina e o risco de diabetes tipo 2", destacou o doutor Ciaran
McMullan, pesquisador do Brigham and Women's hospital de Boston, um dos
autores do estudo.
"Espero que este estudo leve a outras pesquisas para examinar os
efeitos da secreção de melatonina sobre o organismo e o papel deste
hormônio no metabolismo da glicose e no risco de diabetes", acrescentou.
Os níveis de melatonina, produzida pelo cérebro durante o sono, estão
em seu nível mais elevado durante a noite, o que permite regular o
ritmo biológico.
Para este estudo, os cientistas identificaram 370 mulheres da mesma
raça e idade, que desenvolveram diabetes tipo 2, e outras 370 de um
grupo de controle sem qualquer sintoma da doença. Eles descobriram que
os participantes diabéticos tinham baixo nível de melatonina durante a
noite em comparação com o grupo sadio.
Segundo estes especialistas, níveis baixos de melatonina à noite
dobram o risco de desenvolver diabetes em comparação com níveis
elevados.
O vínculo foi confirmado depois de se levar em conta outros fatores
de controle que favorecem a diabetes, como obesidade, histórico familiar
ou estilo de vida, como a dieta alimentar, a prática de exercícios
físicos, o tabagismo ou a duração do sono.
Nenhum comentário:
Postar um comentário