29 de junho de 2013
SÍNDROME COMUM, O OLHO SECO CAUSA MUITO DESCONFORTO.
Foi na hora de assistir à novela que Zilma Royers teve pela primeira vez
aquela sensação de ardor no olhos. A partir daí, o desconforto
tornou-se rotina na vida da dona de casa, e tarefas antes prazerosas,
como bordar, passaram a ser sinônimo de aflição. Nos dias frios, ligar o
aquecedor era impensável. Bastava apertar o botão do controle e, em
alguns minutos, ele começava a sentir a coceira irritante. Para Zilma, a
vermelhidão, a coceira e a secura nos olhos tinham relação com os
óculos. Procurou um oftalmologista e descobriu que o problema era outro.
Foi diagnosticada com a síndrome do olho seco.
– No começo, fiquei bastante assustada, mas depois fui orientada pela minha oftalmologista e descobri que a situação não era tão grave assim – diz ela.
Segundo o presidente científico da Associação Brasileira dos Portadores de Olho Seco (Apos), o oftalmologista José Álvaro Pereira Gomes, estima-se que cerca de 15% a 20% dos brasileiros tenham a síndrome. Entre as causas, a diminuição da quantidade de lágrimas produzidas é a mais comum. Outro motivo para o surgimento da doença é a evaporação natural da lágrima, geralmente ocasionada pela baixa qualidade da produção do líquido pelas glândulas lacrimais.
As sensações de secura e coceira nos olhos, acompanhadas da aparência de vermelhidão, estão entre os sintomas mais comuns. O inverno no Sul também pode ser considerado um vilão. Acostumados às mudanças abruptas de temperatura, os gaúchos recorrem a aquecedores e aparelhos de ar-condicionado. Zilma sabe o incômodo que esses equipamentos podem causar aos portadores da síndrome:
– Ligar o ar-condicionado ou o aquecedor nunca é uma boa ideia. A irritação fica cada vez pior até se tornar horrível.
Para quem gosta de ficar horas na frente do computador, a dica é: não deixe de piscar.
– Normalmente, piscamos cerca de 18 a 23 vezes por minuto, já na frente do computador esse número chega a oito vezes. Piscar é essencial para a lubrificação dos olhos – diz a doutora em oftalmologia Rosane Ferreira
- Diagnóstico é rápido e preciso
A professora Cleivania Almeida sofre com a síndrome desde 2000. Com o agravamento do caso, passou por quatro intervenções cirúrgicas e algumas tentativas de tratamentos alternativos. Ainda hoje, a profissional se sente prejudicada pela síndrome.
– Lido com pó de giz e constantemente fico com as vistas irritadas. Às vezes, tudo incomoda. Além da irritação, tenho fotofobia. No outono e inverno, esses sintomas se agravam – conta Cleivania, que se tornou presidente executiva da Apos.
Na primeira aparição de um desses sintomas, a indicação é procurar um oftalmologista. O diagnóstico é rápido e preciso. Após um questionário e exames oftalmológicos específicos, o paciente já pode saber a causa da desconfortável sensação de “areia” nos olhos. Na grande parte dos casos, o tratamento baseia-se na reposição da lágrima com o uso de colírios específicos. Em situações mais graves, são recomendadas cirurgias.
– No começo, fiquei bastante assustada, mas depois fui orientada pela minha oftalmologista e descobri que a situação não era tão grave assim – diz ela.
Segundo o presidente científico da Associação Brasileira dos Portadores de Olho Seco (Apos), o oftalmologista José Álvaro Pereira Gomes, estima-se que cerca de 15% a 20% dos brasileiros tenham a síndrome. Entre as causas, a diminuição da quantidade de lágrimas produzidas é a mais comum. Outro motivo para o surgimento da doença é a evaporação natural da lágrima, geralmente ocasionada pela baixa qualidade da produção do líquido pelas glândulas lacrimais.
As sensações de secura e coceira nos olhos, acompanhadas da aparência de vermelhidão, estão entre os sintomas mais comuns. O inverno no Sul também pode ser considerado um vilão. Acostumados às mudanças abruptas de temperatura, os gaúchos recorrem a aquecedores e aparelhos de ar-condicionado. Zilma sabe o incômodo que esses equipamentos podem causar aos portadores da síndrome:
– Ligar o ar-condicionado ou o aquecedor nunca é uma boa ideia. A irritação fica cada vez pior até se tornar horrível.
Para quem gosta de ficar horas na frente do computador, a dica é: não deixe de piscar.
– Normalmente, piscamos cerca de 18 a 23 vezes por minuto, já na frente do computador esse número chega a oito vezes. Piscar é essencial para a lubrificação dos olhos – diz a doutora em oftalmologia Rosane Ferreira
- Diagnóstico é rápido e preciso
A professora Cleivania Almeida sofre com a síndrome desde 2000. Com o agravamento do caso, passou por quatro intervenções cirúrgicas e algumas tentativas de tratamentos alternativos. Ainda hoje, a profissional se sente prejudicada pela síndrome.
– Lido com pó de giz e constantemente fico com as vistas irritadas. Às vezes, tudo incomoda. Além da irritação, tenho fotofobia. No outono e inverno, esses sintomas se agravam – conta Cleivania, que se tornou presidente executiva da Apos.
Na primeira aparição de um desses sintomas, a indicação é procurar um oftalmologista. O diagnóstico é rápido e preciso. Após um questionário e exames oftalmológicos específicos, o paciente já pode saber a causa da desconfortável sensação de “areia” nos olhos. Na grande parte dos casos, o tratamento baseia-se na reposição da lágrima com o uso de colírios específicos. Em situações mais graves, são recomendadas cirurgias.
NÃO SEJA MAIS UM
Para os oftalmologistas Flávio Antônio Romani e Rosane Ferreira, uma série de cuidados diminuem as chances de adquirir a síndrome do olho seco:
Para os oftalmologistas Flávio Antônio Romani e Rosane Ferreira, uma série de cuidados diminuem as chances de adquirir a síndrome do olho seco:
ESCOLHA OS AMBIENTES
- Prefira lugares mais úmidos. Ambientes com baixa umidade relativa do ar são favoráveis aos sintomas da síndrome.
FAÇA PAUSAS
- Não fique muito tempo na frente da tela de computadores o videogames. É natural que ao concentrar-se durante muito tempo num ponto, se deixe de piscar. O ideal é que se pisque mais de 20 vezes por minuto.
BEBA ÁGUA
- Procure hidratar-se. A lubrificação dos olhos depende da produção de lágrimas pelas glândulas lacrimais. Uma boa hidratação auxilia nessa produção.
ATENÇÃO ÀS CAUSAS
- Para o oftalmologista José Álvaro Pereira Gomes, portadores de doenças reumatológicas têm tendência à síndrome do olho seco. Isso porque essas pessoas podem ter as glândulas lacrimais inflamadas mais facilmente, ocasionando problemas na produção das lágrimas.
- Antidepressivos, antialérgicos, anti-hipertensivos e remédios para o tratamento do Parkinson também são responsáveis por diminuir a produção de lágrimas.
- Mulheres acima da faixa dos 40 anos também correm o risco de adquirir a síndrome. Isso deve-se a fatores hormonais que podem diminuir a capacidade de produção das glândulas lacrimais.
- A maior parte dos casos pode ser controlada com medicação, mas não há cura.
FONTE:http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a4184691.xml&template=3898.dwt&edition=22264§ion=1028