#UnidosSomosMaisFortes
07/04/2016
Conforme a secretaria da Saúde gaúcha, o caso entrará para a estatística de óbitos paranaense.
Mais uma morte por gripe A (H1N1) foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde na tarde desta quinta-feira.
É o caso de um homem que mora no Paraná e morreu em Vacaria. De acordo com a pasta, o vírus foi contraído fora do Estado, onde a vítima morava, por isso o óbito entrará para a estatística paranaense.
Também nesta quinta, foi confirmada a morte de uma mulher de 47 anos, moradora de Arroio do Sal, no Litoral Norte. Ela estava dentro do grupo de risco em função de problemas pulmonares, tabagismo e obesidade e foi internada em um hospital de Torres. Ela morreu na segunda-feira.
Porto Alegre registrou os dois primeiros casos do ano: uma criança de sete anos, que morreu no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas e um homem de 35 anos que estava internado no Grupo Hospitalar Conceição. Ambos faziam parte do grupo de risco.
A terceira morte confirmada foi de um homem de 64 anos, morador de Flores da Cunha, na Serra, que estava internado em um hospital privado de Caxias do Sul. Além de ser idoso, a vítima era cardiopata e tinha diabetes.
Ao todo, foram confirmados 10 casos de H1N1 até o momento e quatro óbitos. Em 2015, não houve registro de morte por H1N1, entretanto, foram seis óbitos por H3N2 e dois por Influenza B. Os dados ainda não estão consolidados pela Secretaria.
A campanha de vacinação começa no dia 25 para idosos, crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas, obesidade, diabetes, asma, hipertensão, HIV, pacientes com câncer e transplantados, profissionais da área de saúde, indígenas, detentos e funcionários do sistema carcerário.
Secretário afirma que pode faltar vacina
Questionado sobre uma possível falta de vacina na rede pública, o secretário da Saúde do Estado, João Gabbardo dos Reis, afirmou que isso pode ocorrer num primeiro momento:
— Com todas essas notícias e esse pânico criado, estamos esperando imensas filas e uma procura muito grande.
Sobre a antecipação da distribuição das doses, o secretário afirma que poderá ser estudada caso o Ministério da Saúde adiante a entrega, prevista para o dia 15.
Quanto ao Tamiflu, medicamento usado no tratamento da Influenza, Gabbardo garante que o estoque do Estado é suficiente, mas que só deve ser usado seguindo o protocolo correto.
TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE GRIPE A
COMO É TRANSMITIDA?
O contágio ocorre por meio de espirros, tosse e contato direto com pessoas ou locais e objetos contaminados (aperto de mão ou utilização de talheres, por exemplo). Evite locais fechados e lave as mãos com frequência.
DIANTE DE QUAIS SINTOMAS O PACIENTE DEVE BUSCAR ATENDIMENTO?
Os sinais do resfriado e da gripe podem ser muito parecidos. Geralmente, a gripe causa sintomas mais severos, como dores musculares, febre alta, dificuldade para respirar e cansaço – em situações assim, o paciente deve procurar um médico em até 24 horas. Há risco de a gripe evoluir para uma pneumonia. Indivíduos pertencentes ao grupo de risco precisam tomar ainda mais cuidado.
QUANDO SE DEVE TOMAR TAMIFLU?
O medicamento antiviral deve ser administrado nas primeiras 48 horas a partir do surgimento dos sintomas, período em que é mais eficaz. É necessário apresentar uma prescrição médica no sistema público de saúde ou nas farmácias.
QUE ATITUDES LOCAIS DE GRANDE AGLOMERAÇÃO, COMO ESCOLAS, DEVEM TOMAR?
Ter recipientes de álcool gel para estimular a higienização das mãos e educar os frequentadores sobre atitudes de prevenção, como lavar as mãos e proteger a boca ao tossir.
A VACINA DA GRIPE A PROTEGE CONTRA TODOS OS TIPOS DE GRIPE?
A gripe é causada pelo vírus influenza. Os tipos mais preocupantes no momento são o influenza A (H1N1 e H3N2) e o influenza B, aos quais a vacina se destina. Não há proteção contra outros tipos de vírus. O paciente, que tomar a dose contra a gripe A poderá desenvolver outros tipos de infecções respiratórias, como resfriados.
DEPOIS DA APLICAÇÃO, QUANDO A DOSE COMEÇA FAZER EFEITO?
Dentro de 15 dias, em média.
ATÉ QUANDO DURA A IMUNIZAÇÃO?
Depende de cada pessoa, variando entre seis e 12 meses. Idosos perdem imunidade mais rapidamente.
A VACINA TOMADA EM 2015 PODE PROTEGER O PACIENTE TAMBÉM NESTE ANO?
Perdem-se anticorpos ao longo de um ano, mas quem tomou a dose no ano passado ainda pode ter retido alguma parcela de imunidade. O ideal é fazer a vacina anualmente porque os tipos de vírus influenza circulantes podem não ser os mesmos de um ano para outro.
POR QUE É PRECISO TOMAR TODO ANO?
Porque os vírus mudam.
QUAL A MELHOR DATA PARA TOMAR A VACINA?
Antes dos meses frios, assim que disponível.
A VACINA TEM CONTRAINDICAÇÕES?
Alérgicos à proteína do ovo não devem tomá-la.
QUAIS OS RISCOS PARA AS GRÁVIDAS?
As gestantes estão no grupo de risco. A gripe pode causar complicações importantes para elas e também para os bebês – há inclusive o risco de perda do feto. É fundamental que elas recebam a imunização.
QUEM DEVE TOMAR A VACINA?
Idosos, crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, mulheres no período de 45 dias do pós-parto, pessoas com doenças crônicas (respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas, neurológicas), obesidade, diabetes, asma, hipertensão e HIV, pacientes com câncer e transplantados, profissionais da área de saúde, indígenas, detentos e funcionários do sistema carcerário integram o grupo de risco e podem tomar a vacina gratuitamente na rede pública. Os demais devem procurar as clínicas privadas.
NÃO SOU DO GRUPO DE RISCO, POSSO ME VACINAR?
Sim, na rede privada.
QUEM TOMOU NESTE ANO UMA VACINA DE 2015, DEVE SE VACINAR DE NOVO?
Sim, pois os vírus mudam. Tomar uma vacina do último ciclo, mesmo que ela esteja válida, é um mau investimento.
O QUE DEVO OBSERVAR AO COMPRAR A VACINA?
No rótulo da vacina, é preciso observar a data de validade, o ano da cepa cirulante (2016) e o hemisfério (Sul)
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DEVO ME VACINAR QUANDO ESTOU GRIPADO?
Em casos de febre, a indicação é receber a vacina 48 horas depois.
TOMEI UMA VACINA TRIVALENTE (CONTRA TRÊS TIPOS DE VÍRUS) EM 2016. DEVO TOMAR A TETRAVALENTE (CONTRA QUATRO TIPOS)?
Não é necessário. Vale lembrar que essa vacina é diferente da tetravalente bacteriana, obrigatória para menores de um ano.
POR QUE CRIANÇAS MENORES DE SEIS MESES NÃO PODEM RECEBER A VACINA?
Porque elas não possuem um sistema imunológico competente para a dose. A proteção dessas crianças é feita por meio da vacinação das gestantes, que passa os anticorpos ao filho pela placenta.
Fonte: Infectologistas Dimas Kliemann, Lessandra Michelim e Luciano Goldani.
DICAS DE CUIDADOS
NO DIA A DIA
Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca
Utilize lenço descartável para higiene nasal
Evite compartilhar objetos pessoais como talheres, pratos, copos ou garrafas
Não cubra com a mão o nariz e boca ao espirrar ou tossir. Ao espirrar na mão e tocar um objeto, você pode passar o vírus para outra pessoa
EM LOCAIS FECHADOS
Ambientes pequenos, com muitas pessoas e sem circulação de ar, são favoráveis para o contágio
A ventilação tira o vírus do ar, diminuindo a chance de transmissão da doença
TRANSPORTE COLETIVO
Uma fresta na janela ameniza o risco de contaminação
Não é preciso abrir toda a janela
SALAS DE AULA E LOCAIS DE TRABALHO
Também devem ter janelas abertas (no limite de não provocar transtorno para outras pessoas)
Abra frestas em mais de uma janela (evitando muito vento em apenas um ponto)
Portas abertas também ajudam na ventilação dos ambientes
• Fontes: Luciano Goldani, infectologista e professor da UFRGS, João Antônio Bonfadini Lima, médico pneumologista pediátrico da Área Técnica de Doenças Crônicas e Agravos Não-transmissíveis da Secretaria Municipal da Saúde da capital, e Ministério da Saúde.