SUS TERÁ QUE INICIAR TRATAMENTO DE CÂNCER 60 DIAS APÓS DIAGNÓSTICO

31/10/2012

Lei entrará em vigor 180 dias após a sua publicação.
 

Os senadores aprovaram nesta terça-feira (30) e agora segue para sanção presidencial o substitutivo da Câmara dos Deputados ao projeto de lei que estabelece o prazo máximo de 60 dias, contados na data do diagnóstico, para o início do tratamento de pacientes com câncer pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Considera-se iniciado o tratamento somente com a realização de intervenção cirúrgica, radioterápica ou quimioterápica, de acordo com a indicação para o caso. A lei entrará em vigor 180 dias após a sua publicação.




O texto prevê ainda o acesso "gratuito e privilegiado" a analgésicos, derivados de ópio, para os portadores de câncer que estejam sofrendo dores.

Os Estados devem dispor de instalação de serviços especializados em oncologia, de modo que áreas não contempladas passem a ter acesso a esses serviços. O descumprimento será punido com penalidades administrativas.

De iniciativa do ex-senador Osmar Dias (PDT-PR), a proposta foi ampliada na Câmara dos Deputados para fixar o prazo máximo do tratamento. A relatora, senadora Ana Amélia (PP-RS), lembra no seu parecer que a demora em começar o tratamento é o principal problema na terapêutica de câncer no Brasil.




Ana Amélia reconhece que a simples conversão da lei não resultará no fim das mortes por câncer no Brasil, mas que representará um marco histórico para a terapêutica oncológica no País.


FONTE: http://noticias.r7.com/saude/sus+tera+que+iniciar+tratamento+de+cancer+60+dias+apos+diagnostico-31102012

CLAUDIA RODRIGUES, ESTOU FELIZ NO ZORRA TOTAL, MAS PRA MIM É POUCO, QUERO TRABALHAR EM MAIS PRODUÇÕES

30/10/2012

Sentindo-se muito bem, Claudia Rodrigues deseja voltar à velha rotina de gravações .
A atriz, que convive com a Esclerose Múltipla há mais de dez anos, diz que gostaria de outras chances na Globo.

Mestra na arte de fazer rir, desde 2000, quando descobriu ser portadora de Esclerose Múltipla, Claudia Rodrigues tornou-se especialista também em outra arte: a da superação. Mãe de Iza, de 10 anos, e atualmente no ar como Ofélia no Zorra Total, a atriz nunca desanimou diante da dura batalha que trava contra a doença. Tampouco, perante os empecilhos que a fizeram reduzir a jornada de trabalho na TV.

Claudia Rodrigues relaxa em spa de São Paulo


Apaixonada pela profissão, agarra com unhas e dentes a oportunidade que a Globo está lhe dando depois de um período longe da telinha, e faz planos para o teatro. Mas conhece o seu potencial e almeja mais, muito mais da vida que tanto deseja seguir de maneira alegre e saudável.


“Não tenho o que falar mal do Zorra, que eu amo. Mas antes eu gravava de segunda à sexta. Agora, é uma vez por semana... Eu estou feliz no Zorra Total, porque estou trabalhando. Mas só Zorra Total para mim é pouco. Quero trabalhar em mais produções’’, declara.


Em conversa com a Contigo! Online, diretamente do SPA 7Voltas, em São Paulo, Claudia fala sobre seu tratamento de saúde, o projeto de estrear uma peça em breve, vaidade e relembra, saudosa, o tempo em que brilhava na pele da empregada doméstica Marinete, em
A Diarista, um de seus maiores sucessos na televisão. “Sou pobre, mas eu sou limpinha”, brinca, citando a inesquecível Sirene, de Sai de Baixo.

Confira na entrevista abaixo:

Contigo! Online: Você foi ao SPA para relaxar?

Claudia Rodrigues:
Vim relaxar e emagrecer um pouquinho também. Mas muito mais para descansar... tem um verde maravilhoso, pessoas ótimas. Acabei fazendo um show particular para um grupo de hóspedes. Muita gente achou que eu estava parada em casa e eu aqui (risos). Fiquei amiga de todas elas.

Contigo! Online: Deve ser uma diversão para você também, né?!

Claudia Rodrigues:
É, sim! Esses dias fiz um show para uma montadora de automóveis e o cara gostou muito! Daí, no final, ele disse que ia me dar um touro. Eu respondi: "ah, não... eu moro em apartamento, não tem onde colocar o touro. Mas pode me dar um carro que eu aceito (risos)". Aqui no SPA, brinquei que o povo paga tão caro para passar fome... (risos)

Contigo! Online: E você emagreceu quanto?
Claudia Rodrigues:
Ah, não vou falar! Estou magra, mas não tanto quanto eu gostaria. Sabe como é mulher, né?! Perdi mais medidas do que peso.

Contigo! Online: Você é vaidosa?


Claudia Rodrigues:
Não muito. Eu tenho amigas que botam botox, fazem plástica no rosto. Mas eu não acho que precise, não. Obrigada. Eu me sinto bem, ótima. Estou renovada. Pronta para trabalhar.

Contigo! Online: Como está sua rotina na Globo?


Claudia Rodrigues:
Gravo uma vez por semana e volto para casa, o que é pouco, pois sei que posso trabalhar mais. Eu não entendo... já falei até com o Manoel Martins (diretor de entretenimento da Globo). Eu amo trabalhar, então disse: pode me colocar de secretária na novela, em A Diarista, em Malhação, em qualquer coisa. Eu acho que tenho potencial para desenvolver muito mais. Tanto que devo estrear uma peça no ano que vem, Cada Um Tem O Anjo que Merece, com meu amigo Ítalo Guerra.

Contigo! Online: Falando em A Diarista, foi um mega sucesso, certo?


Cláudia Rodrigues: Foi! Esses dias, conversei com o Serjão (Sérgio Loroza) e ele perguntou quando eu volto. Quando falo com a Cláudia Mello ela pergunta, vejo ela nas novelas, tudo de bom. Eu vejo a Dira Paes na novela também, legal. Eu comecei a chamar ela de Poia na época da série e pegou de uma maneira... Mas eu quero mesmo é o meu negão. O programa com ele e com a Claudia é genial.

Contigo! Online: Você é briguenta?

Claudia Rodrigues: Não gosto de arrumar briga com ninguém, sempre fui esquentadinha, mas por causa disso não vou enfiar a mãe na cara de alguém.

Contigo! Online: E será que a série volta?

Cláudia Rodrigues: Não sei. Quando estava retomando o programa, no final de 2010, tive uma crise. Estava gravando, mas não conseguia ficar bem... Tenho tudo escrito, o roteiro do João Emanuel Carneiro, perfeito!

Contigo! Online: E você ainda é contratada da Globo?

Claudia Rodrigues: Sou, sim, só não sei até quando. E espero que dê tudo certo porque eles não podem me bicar... eu não sou qualquer uma!

Contigo! Online: Como está seu tratamento hoje?

Claudia Rodrigues:
Tenho alta dos médicos do hospital Albert Einstein, de São Paulo, para trabalhar. De seis em seis meses, faço ressonância magnética para ver se está tudo bem e tomo meu medicamento a cada seis semanas, antes era uma vez por mês. É rápido e eu não sinto nada, graças a Deus. Mas tem uma coisa que eu acho importante dizer: muita gente tem vergonha de falar. Quando eu fiquei sabendo, meu médico me perguntou se eu queria assumir e inicialmente eu não quis.

Contigo! Online: Por que?

Claudia Rodrigues:
É um nome estranho, é forte, é tudo. Mas quando o doutor me falou, me explicou medicamente, comecei a tomar o remédio. Incha muito, mas daí fiquei boa. Você aos poucos volta.

Contigo! Online: Acha que também existe preconceito?

Claudia Rodrigues: Lógico! Você tem Esclerose Múltipla, né?! (Esclerose Múltipla é  uma doença inflamatória crônica que provoca dificuldades motoras e sensitivas).
Contigo! Online: Em algum momento se sentiu abandonada?

Claudia Rodrigues: Não. Eu tenho Deus e se estou com ele, estou com tudo. E tenho minha mãe, Regina, minha filha e grandes amigos, como o Julinho do Carmo, que ficou do meu lado o tempo inteiro, a Myrian (proprietária do Spa 7Voltas) e minha tia Margarida Salerno que me ajuda em todo momento.

Contigo! Online: Além da peça, o que espera nessa nova fase?

Claudia Rodrigues: Estou aguardando um novo amor... (risos). Mas não vou contar: vai rolar e você vai saber... vocês sabem qualquer coisa antes da gente!

Contigo! Online: Como sua filha lida com a doença?

Claudia Rodrigues: É tranquilo! Ela pergunta se eu não vou ficar boa e digo que já estou boa! Aí, ela responde: graças a Deus. As pessoas perguntam o que ela quer ser, se vai virar artista. Se ela quiser, eu dou força. Mas se ela não quiser, com certeza não vou insistir.

A atriz e humorista do Zorra Total passou uma semana descansando em um spa de São Paulo.




MENINA SOFRE COM DOENÇA RARA QUE ATINGE UM EM UM MILHÃO DE BEBÊS

29 de outubro de 2012

Abbi foi diagnosticada com dois anos de idade.

Uma menina britânica de quatro anos tem uma condição genética rara que a torna tão frágil que mesmo uma brisa pode derrubá-la. A pequena Abbi Bennett, de Birmingham, sofre de uma doença que gasta seus músculos e afeta apenas um em um milhão de bebês. Isso significa que, de acordo com o jornal britânico Daily Mail, mesmo que ela possa caminhar um pouco, o toque mais suave pode fazê-la cair. 

Em uma ocasião, a menina estava com a mãe em um supermercado e foi "levada" por uma brisa. "Não pude acreditar quando ela caiu. Coloquei-a no chão por alguns segundos para pegar minha bolsa no carro quando veio o vento", conta a mãe, Sarah Bennett, 32 anos. Em outra vez, Abbi caiu e sangrou ao bater a cabeça no chão. "Fiquei chocada com a facilidade que ela caiu, isso a deixou com muito medo de vento por um tempo", disse. 

Abbi foi diagnosticada com a condição, chamada de Distrofia Muscular Congênita de Ullrich (UCMD, na sigla em inglês), quando tinha dois anos de idade. A doença não apenas deixa a criança frágil, mas causa distrofia nas articulações das mãos e dos pés. Além disso, Abbi sofre de uma curvatura na espinha e fraqueza respiratória. 

Sarah, que também é mãe de mais três meninas, disse que sabia que tinha algo errado só de observar Abbi. "Ela era muito flexível, e agora sabemos que isso é um dos sintomas da doença", conta. Outras pistas que os pais tiveram foi que a menina não conseguia "segurar" o peso do próprio corpo conforme crescia. 

Em alguns anos, Abbi terá que se locomover apenas com cadeira de rodas, pois seus músculos não conseguirão mais se sustentar sozinhos. Além disso, problemas respiratórios serão constantes. "Não existe cura no momento para a condição de Abbi por que pouco se sabe sobre ela. Mas existe um 'ensaio' de tratamento da doença que será investigado", afirmou Sarah. 

FONTE:http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6263575-EI238,00-Menina+com+condicao+muscular+rara+pode+cair+com+uma+brisa.html

ALERTA NA PRAÇA CONTRA A PSORÍASE

29.10.2012 

Inflamação deixa pele manchada.

Rio -  A psoríase, doença inflamatória crônica da pele, ainda é pouco falada no Brasil. Mas a Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que existam cerca de seis milhões de vítimas da doença no país.

Hoje, Dia Mundial da Psoríase, na Praça Marechal Floriano, na Cinelândia, profissionais da saúde, voluntários e pacientes vão distribuir panfletos com orientações sobre a doença. Eles vão, por exemplo, informar como identificá-la e como tratar.

A psoríase pode aparecer em qualquer idade, apesar de ser mais comum antes dos 30 anos e após os 60. A doença se manifesta através de lesões róseas ou avermelhadas cobertas por escamas esbranquiçadas. Normalmente, afetam joelhos, cotovelos e couro cabeludo, mas podem aparecer em qualquer parte.

Uma das coordenadoras da Campanha de Conscientização da Psoríase, Cláudia Maia alerta que qualquer pessoa pode desenvolver a doença, apesar de estudos indicarem que há um componente genético.

Ainda segundo a especialista, muitos fatores podem desencadear o surgimento das lesões. Ela lista reações a medicamento, infecção, ferimento na pele, tabagismo, e, principalmente, o estresse. “É muito comum a doença estar associada a crises emocionais”, explica Cláudia.

O chefe do ambulatório de dermatologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Paulo Oldani, explica que os doentes correm risco de desenvolver outros problemas. “Qualquer processo inflamatório na pele passa para outros órgãos. Há risco de diabetes e problemas cardiovasculares”, afirma o médico. 




DIAGNÓSTICO TARDIO PODE LEVAR CRIANÇAS E ADOLECENTES À INSUFICIÊNCIA RENAL

Sistema urinário  28/10/2012

Nefrologistas alertam para a doença renal na infância, que pode levar a hemodiálise e transplante.

Assintomática e sorrateira, a insuficiência renal é uma doença grave que acomete também crianças e adolescentes, afetando o desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o diagnóstico tardio é a principal causa de comprometimento da função renal nessa faixa de idade.

A prevenção — diagnóstico precoce e encaminhamento imediato ao especialista — é fundamental para evitar medidas extremas, como a hemodiálise e o transplante de rim. De acordo com o Censo de 2011 da SBN, dos 91.314 pacientes em hemodiálise, 778 são crianças, sendo que na faixa etária de um a 12 anos, esse número é de 201 pacientes e de 13 a 18 anos é de 557.

Se não for diagnosticada precocemente, a insuficiência renal pode aumentar as chances de a criança desenvolver doenças associadas, especialmente as de coração, causa de mortalidade mais comum entre pacientes renais pediátricos — afirma a nefropediatra Vera Koch, coordenadora do Departamento de Nefrologia Pediátrica da SBN. 

Segundo ela, os pais devem prestar atenção a sinais e sintomas que podem indicar a evolução da doença. Inchaço no corpo, vômitos frequentes, infecções urinárias de repetição, atraso no crescimento e desenvolvimento, problemas ósseos, anemias de difícil tratamento e hipertensão arterial podem ter ligação direta com o problema. 

Lesões renais mais graves podem levar a perda progressiva e irreversível da função dos rins, à diálise e, consequentemente, ao transplante — alerta a nefropediatra, lembrando que a rotina de tratamento inclui exames de sangue, de urina, visitas constantes às clínicas e hospitais.

Grande parte das doenças do sistema urinário que acometem crianças e adolescentes é congênita. Algumas são herdadas e outras acontecem durante a gestação. As doenças mais frequentes são as malformações de rins e vias urinárias. Causas e consequências podem ser diagnosticadas e observadas desde muito cedo, até mesmo na fase intrauterina. 

A diminuição do líquido amniótico, principalmente quando diagnosticado no segundo trimestre da gestação, geralmente está relacionado com malformação fetal — explica a nefropediatra. 

Segundo ela, a ecografia fetal realizada durante o período da gestação pode detectar a maioria dos problemas e orientar as medidas necessárias depois do nascimento.

Outro diagnóstico frequente na infância é a infecção urinária — causa de 7% das febres nas crianças menores de dois anos de idade. 

Os pais não devem medicar a criança sem conhecimento e aval do médico, seja com medicamentos industrializados ou com os chamados remédios naturais, ervas ou chás, pois eles podem ser tóxicos para o rim, necessitando, portanto, de uso supervisionado — explica. 

Ela recomenda ainda atenção à hidratação da criança e do adolescente, principalmente em altas temperaturas, durante o exercício físico e nas febres. Os casos de trauma em região lombar também merecem atenção, pois a lesão renal pode ocorrer mesmo se não houver presença de sangue na urina.

Um alerta ainda na infância pode evitar outras doenças no futuro, quando a evolução da doença poderá aparecer isolada ou associada com o diabetes, a pressão alta e as complicações cardiovasculares — afirma a nefropediatra, destacando a importância da dieta saudável e do exercício regular.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/10/diagnostico-tardio-pode-levar-criancas-e-adolescentes-a-insuficiencia-renal-3931036.html


REGULAÇÃO DA MACONHA MEDICINAL REDUZIRIA DANOS, DIZ FERNADO HENRIQUE CARDOSO

27 de outubro de 2012 

Para FHC, guerra contra as drogas fracassou.
Líder da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, FHC defende que governos criem modelos de controle da planta.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, líder da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, defende o uso da maconha para fins medicinais, desde que governos adotem políticas de regulação e os efeitos científicos sejam comprovados. Nesta semana, ele levou o debate pela primeira vez ao Leste Europeu e apontou para a crise que a região enfrenta. Em Varsóvia, na Polônia, reuniu ex-chefes de governo, especialistas e empresários para debater modelos que possam fazer avançar sua constatação de que a guerra contra as drogas fracassou e novas estratégias precisam ser encontradas. A seguir, trechos da entrevista de FHC ao Estado.  

Qual a situação das drogas no Leste Europeu?

Além da violência, existe forte crise de saúde pública e abuso de direitos humanos. O problema central é o consumo de drogas injetáveis - heroína - e sua relação com a pandemia de HIV. Na Rússia e em outros países da região, a epidemia de HIV continua crescendo. Hoje, 1 em cada 100 adultos é HIV positivo na Rússia e 80% dos novos casos estão ligados ao uso de drogas injetáveis ou sexo com parceiros que usam drogas. E faltam políticas amplas de redução de danos e tratamento. 

A ONU constata que o Brasil tem se transformado em plataforma da passagem da droga entre Andes e Europa. O governo atua de forma suficiente? Como frear esse uso do território nacional?
Isso não é novo. O Brasil, além de ter se tornado um grande consumidor, é um país de trânsito de drogas. A maioria dos países tem se preocupado com suas fronteiras e investido em inteligência, mas temos visto que o foco excessivo na redução da oferta não resolve o problema das drogas. Enquanto houver demanda, os traficantes darão um jeito de fornecer as drogas. Por isso defendemos uma estratégia mais equilibrada, que possa reduzir os danos.

O sr. é a favor de liberar maconha para uso medicinal? A comissão tem uma posição sobre isso?

Hoje, 17 Estados norte-americanos e países como Holanda e Israel têm programas de fornecimento de maconha medicinal para pacientes com Esclerose Múltipla, ansiedade e efeitos colaterais como náuseas e perda de peso causadas por quimioterapia e tratamentos para HIV. Os mais modernos estudos demonstram que drogas lícitas como álcool e tabaco causam mais danos à saúde que maconha. A recomendação é que os governos experimentem com modelos de regulação da maconha para reduzir os danos sociais de sua proibição e permitir o acesso ao medicamento nos casos clínicos comprovados. 

Que impacto teria a regulação?
A regulação corta o vínculo entre traficantes e consumidores e facilita o acesso a tratamento para os que necessitam. Regular não é liberar, mas criar controles e restrições sobre a produção, comércio e consumo de uma substância, para desencorajar e controlar de fato esse mercado, que hoje está nas mãos de organizações criminosas. A espetacular redução no consumo de tabaco na Europa e na América mostra que prevenção e regulação são mais eficientes que proibição e punição.



COM NOVO EXAME, DIAGNÓSTICO DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE DEIXA DE SER EXPERIÊNCIA DESAGRADÁVEL

Método genético  26/10/2012

Queijos estão entre os alimentos que podem provocar os sintomas da intolerância à lactose. 
40% dos brasileiros têm o problema.

Antes disponível apenas no exterior, o exame genético para diagnóstico da intolerância à lactose — problema que afeta cerca de 40% da população brasileira — entrou no mercado nacional nesta semana. Realizado apenas com a coleta de saliva por meio de uma haste plástica, ele é uma boa alternativa ao desagradável exame convencional. Nesse método, copos de leite ou lactose concentrada são ingeridos, o que gera efeitos desagradáveis nas pessoas afetadas pelo problema.

O novo exame, além de preciso, pois avalia o DNA do paciente, não é invasivo. E a coleta é tão simples que pode ser realizada em casa — diz o patologista clínico Armando Fonseca, diretor-médico do laboratório DLE.

Pessoas que sofrem de intolerância à lactose sentem desconfortos que vão de enjôo leve, cólicas e gases até fortes dores abdominais. Os sintomas ocorrem quando leite e seus derivados — como creme de leite, queijo, manteiga, requeijão, iogurtes e outros — são consumidos.

Essa intolerância ocorre em virtude da falta ou insuficiência de produção da enzima lactase no intestino delgado, fundamental para digerir a lactose. 

O ser humano, na condição de mamífero, nasce produzindo lactase e perde progressivamente a capacidade de quebra da lactose, logo após os primeiros anos de vida — diz Fonseca. 

O distúrbio afeta, em maior ou menor grau, cerca de 40% da população brasileira. Estima-se que 25% da população européia sofra com esse tipo de intolerância. A população asiática é ainda mais sensível: praticamente todos apresentam intolerância à lactose. 

Caso apresente sintomas como gases, dores, distensão e cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarréia ou constipação, além de sinais de má digestão após o consumo de leite ou derivados, desconfie da intolerância à lactose — alerta Fonseca. 

Não há cura para a doença. Por isso, a prevenção é outra ferramenta importante para minimizar o distúrbio. O ideal é que os portadores da intolerância evitem produtos com leite in natura ou seus derivados, preferindo produtos lácteos modificados industrialmente para reduzir o teor de lactose ou, em alguns casos mais raros, cortem definitivamente da dieta este grupo de alimentos. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/10/com-novo-exame-diagnostico-de-intolerancia-a-lactose-deixa-de-ser-experiencia-desagradavel-3931158.html

 

MENINO DE 5 ANOS DOA MEDULA E SALVA IRMÃO DE 5

26/10/2012



Benjamin (D), de 3 anos, ajudou o irmão Faustino a volta para casa.
Médicos diagnosticaram que menino sofria de leucemia e que o melhor caminho para salvá-lo seria o transplante de medula óssea.

Um menino de três anos doou células de sua medula óssea ao irmão de cinco anos e salvou sua vida, de acordo com seus pais e com médicos argentinos.

Com ajuda dos especialistas, os pais das crianças lhes explicaram como seria a intervenção médica e que um irmão ajudaria o outro a voltar para casa, após dias de hospital. A mãe das crianças, Mariana Torriani, de 32 anos, explicou:

Eu disse a eles toda a verdade desde o início. A Benjamín, de três anos, eu disse que ele ajudaria o irmão, Faustino, de cinco anos, a sair do hospital e a voltar pra casa para brincar com ele.




Ela contou que "em momento algum" Benjamín chorou ou demonstrou medo de ser internado.
Eu expliquei a Benjamin que seria como doar sangue ao irmão, e ele entendeu a situação.

As crianças foram atendidas no hospital público e pediátrico Sor María Ludovica da cidade de La Plata, na província de Buenos Aires.

Eu quis revelar o que aconteceu com meus únicos filhos para que as pessoas não tenham medo de ser doadoras. Não tenham medo de salvar vidas.

Mariana, o marido, Martín, e os filhos moram na cidade de Laprida, em uma área de fazendas, na província de Buenos Aires.

Depositei toda a confiança nos médicos. Eles me explicaram que hoje os riscos são mínimos para o doador e que o tratamento também avançou muito para os que necessitam do transplante. Mas Faustino ainda precisa de cuidados, que também estavam previstos antes da operação.

Além dos especialistas, as crianças contaram com apoio de psicólogos do hospital.

Um ano

Tudo começou quando há um ano, em 27 de outubro, os médicos diagnosticaram que Faustino sofria de leucemia e que o melhor caminho para seu caso seria o transplante de medula óssea.

Foi muito forte saber o diagnóstico. A única opção era lutar, enfrentar o problema.

Ele realizou tratamento de quimioterapia durante alguns meses e os médicos sugeriram a alternativa do transplante de medula óssea, como contou a chefe do serviço de hematologia do hospital, Alcira Fynn:

Os irmãos são normalmente os mais compatíveis para ajudar um ao outro. Filhos dos mesmos pais, eles possuem a mesma, digamos, matriz. E foi o que aconteceu.




Segundo ela, foi retirado "sangue do osso" do doador que, no caso de Benjamin, passou quarenta e oito horas internado.

Os tecidos (das células) são renováveis. A doação hoje é mais simples e frequente do que se imagina. Existem riscos? Sim, mas para o doador ligados à anestesia apenas.

Faustino foi operado em junho e voltou para casa dez dias após a cirurgia, de acordo com a médica.
No ano que vem ele já poderá voltar para a escola.

Fynn afirmou ainda que dos 210 casos de transplantes realizados no hospital, cem foram com a doação de um familiar direto da pessoa em tratamento.,

Mariana contou que Benjamin retornou às aulas no jardim de infância poucos dias após ter sido internado para ajudar o irmão:

Agora é ter cuidado e paciência para a conclusão do tratamento e para que Faustino volte à vida normal.

Como transplantado, o menino não pode ser exposto a bactérias para que não sofra nenhuma infecção.

Nós achamos que o pior já passou e que de agora em diante tudo será cada vez melhor. Os dois são muito unidos e depois da experiência ficarão ainda mais unidos.

De acordo com dados oficiais, somente na província de Buenos Aires contam-se 15,1 mil doadores no registro nacional de doadores de células-tronco.

 

CÉLULAS-TRONCO PODERÃO SUBSTITUIR PRÓTESES DE SILICONE

25 de outubro de 2012

Uso de células-tronco para substituir próteses de silicone volta a ser discutido. Procedimento já é autorizado na Europa, e prevê crescimento na aplicação estética e reparadora no Brasil.

As brasileiras podem ter mais uma opção para aumentar os seios: a aplicação de célula-tronco. A cirurgia para aumento dos seios mais utilizada no Brasil é a de prótese de silicone, com cerca de 110 mil procedimentos por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a frente da lipoaspiração e até da cirurgia de abdômen.

As cirurgias com célula-tronco para aumento dos seios acontecem através da extração de gordura da região abdominal ou região interna do joelho, onde há maior concentração de células-tronco no tecido adiposo. O procedimento tem auxílio de uma máquina chamada de ‘Celution System’, que trata a gordura retirada com enzimas e a centrifuga até que as células-tronco sejam isoladas, para depois misturá-las com uma pequena quantidade de gordura que serão injetadas com seringas nos seios. Tal metodologia é possível, pois as células-tronco têm capacidade de proliferação, e se transformam em qualquer tipo de célula para aumento da região indicada; no caso, os seios.

O aumento dos seios com célula-tronco é um método inovador tanto para a área estética, como para mulheres afetadas por tumor nas mamas. No Japão, vinte mulheres que haviam retirado parte do seio devido a um tumor, se submeteram a uma experiência onde receberam enxertos de células-tronco nos seios, em 2006. Um ano depois, os cirurgiões envolvidos anunciaram o sucesso das cirurgias, onde todas as mulheres tiveram os seios reconstituídos, sem necessitar de próteses de silicone. Uma das 
principais vantagens é o aspecto natural mantido após este procedimento:
“estudos mostram que a aplicação de células-tronco derivados da gordura retirada da lipoaspiração aumenta em cerca de 4 centímetros a circunferência dos seios, e mantêm a pele macia e o resultado mais natural”, completa o cirurgião plástico Gustavo Tilmann.

O especialista Tilmann ainda aponta para um problema neste método: “Uma limitação nestes casos é que a quantidade de gordura utilizada para atingir certo tamanho é muito maior do que a prótese; uma aplicação de 200 mililitros nas duas mamas necessita de cinco vezes desse volume em gordura. Nem todas as mulheres tem essa quantidade de gordura no corpo para fazer a cirurgia em segurança, por isso acredito que tal sistema não posa substituir por completo as próteses de silicone”.


HOMENS TAMBÉM PODEM SOFRER APÓS CHEGADA DO BEBÊ

Depressão pós-parto masculina?  25/10/2012

Nem sempre a chegada do bebê gera apenas sentimentos positivos. 
É importante ficar atento para mudanças de humor ou comportamento, diz psicóloga.

A depressão pós-parto é um problema que, na medicina, é exclusivo das mães. Mas em muitos casos é o homem quem sofre com a chegada do bebê. Embora o diagnóstico de depressão pós-parto masculina não exista clinicamente, é importante ficar atento para mudanças de humor ou comportamento. 

Ocupar o lugar de pai, bem como assumir a responsabilidade que esse papel requer, pode não ser fácil. É possível que ele se sinta incapaz ou se exija demais, por exemplo, impondo a si próprio um nível de exigências acima do que consegue cumprir. A preocupação com a estabilidade financeira da família ou a mudança da rotina que tinha com a companheira antes de o bebê nascer também podem contribuir para desencadear angústias — afirma a psicóloga Cynthia Boscovich. 

Ela alerta, no entanto, que qualquer tristeza, sofrimento ou angústia corre o risco de ser caracterizado pelo senso comum como depressão. Mas esse nem sempre é o caso, pois o diagnóstico de depressão depende de uma série de avaliações. Cynthia diz, por exemplo, que os sintomas devem perdurar, no mínimo, por quinze dias. 

A instabilidade emocional do pai pode desestabilizar o ambiente familiar, afirma a psicóloga. Segundo ela, o pai precisa estar bem para proporcionar tranquilidade e segurança à mãe, que também deve estar tranquila para atender com serenidade e confiança às necessidads do bebê. 

Chyntia defende que a psicoterapia pode ser aliada nesse momento, pois permite não só o tratamento dos sintomas, mas também a descoberta do papel de cada um nessa nova família que, com a chegada do bebê, precisará ser reconfigurada, a fim de reencontrar seu equilíbrio.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2012/10/homens-tambem-podem-sofrer-apos-chegada-do-bebe-3929554.html

 

MINISTÉRIO DA SAÚDE REVISA GRUPOS DE RISCO PARA VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE

Mudança de estratégia 25/10/2012

Este ano, cobertura de vacinação alcançou 86,24% do público-alvo. 
Pacientes com doenças crônicas incluídas na campanha poderão ser vacinados em postos.

Depois da morte de 420 pessoas este ano devido ao vírus influenza, sendo 81% por gripe A, o Ministério da Saúde elaborou uma lista de grupos de doenças cujos portadores devem ser vacinados em 2013.

Nesse grupo, a existência de doenças crônicas ou condição prévia é um fator de risco quando associada com a infecção pelo vírus da influenza, situação chamada de comorbidade. Com a lista, o entendimento para quais casos e condições a vacina é indicada ficará mais claro. 

Por exemplo, as doenças cárdicas crônicas passam a ter as seguintes descrições: doença cardíaca congênita, hipertensão arterial sistêmica com comorbidade, doença cardíaca isquêmica e insuficiência cardíaca. A expectativa é que com esse detalhamento, um maior número de pessoas desses grupos seja vacinado.

A ação entra em vigor na próxima campanha de vacinação contra a influenza, em 2013, e deve atender a cerca de 6 milhões de pessoas em todo o país. 


Acesso facilitado


Com o estabelecimento e a divulgação da lista de doenças crônicas e outras condições de maior risco para casos graves e complicações da influenza, as pessoas portadoras poderão ter acesso à vacina em qualquer uma das 35 mil salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste ano, a recomendação durante a campanha foi para que as pessoas com comorbidades se dirigissem aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES). Os postos de saúde concentravam ação em idosos, gestantes e crianças.

A medida conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Sociedade Brasileira de Imunização, Comitê Técnico Assessor em Imunização, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Sociedade Brasileira de Pediatria.

Em 2012, a meta de vacinação, que era de 80% para os grupos prioritários, foi superada. A cobertura alcançou 86,24% do público-alvo, o que corresponde a 25,9 milhões de pessoas vacinadas. 


O Ministério da Saúde alega que segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao eleger como grupo prioritário idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, profissionais de saúde, indígenas, presos e portadores de determinadas doenças crônicas.


Grupos de comorbidade incluídos na campanha:


:: Doença respiratória crônica



Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave)

DPOC

Bronquioectasia

Fibrose Cística

Doenças intersticiais do pulmão

Displasia broncopulmonar

Hipertensão arterial pulmonar

Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.


:: Doença cardíaca crônica



Doença cardíaca congênita

Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade

Doença cardíaca isquêmica

Insuficiência cardíaca


:: Doença renal crônica



Doença renal nos estágios 3, 4 e 5

Síndrome nefrótica

Paciente em diálise


:: Doença hepática crônica



Atresia biliar

Hepatites crônicas

Cirrose


:: Doença neurológica crônica



Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica.

Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, Esclerose Múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave.


:: Diabetes



Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos

Observação: ainda será revisto para melhor especificação do grupo a ser atendido na campanha


:: Imunossupressão



Imunodeficiência congênita ou adquirida

Imunossupressão por doenças ou medicamentos


:: Obesos



Obesidade grau III


:: Transplantados



Órgãos sólidos

Medula óssea


:: Síndrome de Down


FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/10/ministerio-da-saude-revisa-grupos-de-risco-para-vacinacao-contra-a-gripe-3929577.html

 

SUBSTÂNCIA DERIVADA DA VITAMINA B3 MELHORA OS SINTOMAS DE DISTROFIA MUSCULAR EM PEIXES

Distrofia muscular   24/10/2012 

 

Peixe-zebra: resultados benéficos de substância derivada da vitamina B3 podem no futuro serem reproduzidos em humanos.

 

Os pesquisadores acreditam que essa descoberta pode levar a novas terapias auxiliares para tratar pacientes com distrofia muscular.

 

 Um grupo de pesquisadores da Universidade de Maine, nos Estados Unidos, conseguiu melhorar os sintomas de distrofia muscular em um peixe-zebra, por meio de um composto químico que ativa a adesão celular. A pesquisa foi publicada nessa terça-feira, no periódico PLOS Biology.

 

 CONHEÇA A PESQUISA

Título original:
NAD+ Biosynthesis Ameliorates a Zebrafish Model of Muscular Dystrophy

Onde foi divulgada:
 periódico PLOS Biology

Quem fez:
 Michelle F. Goody, Meghan W. Kelly, Christine J. Reynolds, Andre Khalil, Bryan D. Crawford e Clarissa A. Henry

Instituição:
Universidade de Maine

Resultado: A utilização de NAD+ ou vitamina B3, sua precursora, provou uma redução significativa nos sintomas de distrofia muscular em peixes-zebra. Isso ocorreu porque o NAD+ melhora a organização da laminina, proteína que é o principal componente da membrana basal e também da ligação entre essa membrana e as células musculares. A melhora na organização da laminina contribui para a capacidade de recuperação das células musculares.

 

As células musculares retiram a maior parte de sua força das proteínas de adesão, que ligam o músculo a uma camada externa denominada membrana basal, localizada abaixo do tecido epitelial (que forma a pele). Alterações nos genes que produzem as proteínas de adesão podem enfraquecer essa ligação, tornando as células musculares mais suscetíveis a danos durante o esforço físico. Esse desgaste pode levar a distrofias musculares.

 

O estudo mostra que o composto celular denominado Dinucleótido de Nicotinamida e Adenina (NAD+) auxilia na formação da membrana basal, que tem papel importante nas doenças musculares. Isso ocorre porque a NAD+ melhora a organização da laminina, proteína que é o principal componente da membrana basal e também da ligação entre essa membrana e as células musculares.


A falta de um dos dois principais receptores de laminina no peixe-zebra leva a uma má-formação da membrana, o que causa a degeneração muscular e dificuldade na realização de movimentos. A adição de NAD+ ou vitamina B3, sua precursora, provou uma redução significativa nos sintomas. De acordo com os pesquisadores, isso ocorreu porque a melhora na organização da laminina na membrana basal ajuda a melhorar a capacidade de recuperação das células musculares.

Perspectivas - Como o mesmo sistema de adesão celular é encontrado em humanos, os pesquisadores acreditam que essa descoberta pode vir a impactar pacientes com distrofia muscular. 

"Ainda há um longo caminho pela frente, mas eu acredito que nossos dados podem levar a novas terapias auxiliares", afirma Michelle Goody, integrante do grupo de pesquisadores.

FONTE:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/substancia-derivada-da-vitamina-b3-melhora-os-sintomas-de-distrofia-muscular-em-peixes

 

CONHEÇA OS PRINCIPAIS TIPOS DE MIOPATIAS

Músculos em alerta  24/10/2012

Dificuldade em subir escadas é comum.
Doença causa fraqueza muscular, podendo causar dores e dificuldade de movimentos.

Muitas crianças, jovens e adultos não percebem que estão sofrendo de miopatia, até o momento em que começam sentir que seus membros estão fracos e, por vezes, doloridos. Os portadores de miopatia, uma doença muscular, sentem dificuldades em subir ou descer escadas, levantar-se de uma cadeira, caminhar ou realizar tarefas do dia a dia. 

A doença está classificada em diversos tipos, que incluem distrofias genéticas, quadros inflamatórios, disfunções metabólicas e mesmo tóxicas (efeito de medicamentos). O sintoma mais comum, presente em praticamente todos os grupos da miopatia, é a fraqueza nos músculos próximos ao tronco, como a musculatura do ombro, coxa e pélvis. 

De acordo com o neurologista Leandro Teles, entre os sintomas de miopatias também estão a intolerância ao exercício físico, dores e atrofia. 

— A miopatia é um grupo heterogêneo de doenças que podem ser herdada ou adquirida durante a vida. O paciente tem um caminhar típico, dificuldade em elevar os braços podendo, em alguns casos, perder massa muscular e apresentar dores intensas — explica.


Conheça os principais tipos:



:: Distrofias musculares


São doenças provocadas pela mutação de genes que são responsáveis pela produção de proteínas do tecido muscular. Existem mais de 30 doenças nesse grupo. As mais comuns, de início na infância, são distrofia de Duchenne e a distrofia de Becker. Já na idade adulta a mais comum á a distrofia tipo fácio-escápulo-umeral. Existem formas mais graves e mais leves neste grupo.

Sintomas

Déficit muscular progressivo e geralmente indolor. Pode ocorrer aumento patológico das panturrilhas, por substituição da musculatura local por gordura.


Tratamento

O tratamento é feito com fisioterapia e uso de corticoide para retardar o processo. A principal esperança em um tratamento mais incisivo está na terapia gênica, ainda em fase incipiente.



:: Distrofia Miotônica (doença de Steinert)


É a forma de doença muscular genética mais comum. Atinge pessoas de ambos os sexos e inicia-se com maior frequência entre 10 e 30 anos de idade.

Sintomas

Podemos destacar a fraqueza muscular progressiva, atrofia na região dos ombros e franca dificuldade para relaxar a musculatura das mãos. Associa-se queda das pálpebras, tendência à arritmia cardíaca e, nos homens, calvície frontal precoce e infertilidade. 


Tratamento

Ainda não existe um tratamento etiológico para a distrofia miotônica. O uso de medicamentos e fisioterapia ajuda a amenizar os sintomas e proteger o coração de arritmias.


:: Miopatias inflamatórias


Grupo importante de miopatias adquiridas. Está relacionada à inflamação muscular e destruição das fibras. Várias condições podem levar a essa inflamação, tais como infecções, tumores ocultos e doenças reumáticas.

Além de ser a chave para identificar uma série de doenças ocultas, configura um grupo de doenças tratável efetivamente. O paciente apresenta, além da fraqueza, dores musculares, evidência laboratorial de destruição muscular e, eventualmente, lesões de pele. 

Tratamento

O tratamento é baseado na causa. Muitas vezes são necessários anti-inflamatórios potentes ou remédios para reduzir a ação do sistema imunológico do paciente.


:: Outras miopatias importantes


A lesão muscular pode ser causada por medicamentos (como corticoides, remédios para reduzir o colesterol, anti-arritmias, entre outros). Pode também ser causada por disfunções metabólicas, funcionamento inadequado da glândula tireoide ou mesmo doenças críticas que mantém o paciente muito tempo na UTI. Nesses casos, o tratamento será direcionado à causa.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/10/conheca-os-principais-tipos-de-miopatia-3928500.html

FAZENDO DO OLHO UMA JANELA PARA O CÉREBRO

24/10/2012

Janela para o cérebro

Um exame de olho simples e rápido pode estimar com grande confiabilidade a intensidade dos danos cerebrais em pessoas portadoras de Esclerose Múltipla.

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica que destrói a mielina, uma camada que isola as fibras do sistema nervoso central, causando sintomas como visão embaçada, perda de equilíbrio e paralisia.

O exame ocular pode dar aos médicos informações sobre como a doença está progredindo.

"O olho é uma janela para o cérebro. Medindo quão saudável o olho está, nós podemos determinar quão saudável o resto do corpo está," disse o Dr. Peter A. Calabresi, da Universidade Johns Hopkins (EUA), que coordenou o desenvolvimento do novo exame, que dura menos de cinco minutos.

Tomografia de coerência óptica

A equipe usou um exame chamado tomografia de coerência óptica para gerar imagens dos nervos no fundo do olho, aplicando um software especial que eles desenvolveram para estimar a condição de camadas profundas do tecido sensível à luz da retina, uma parte do olho até agora inacessível.

Exames oculares não são caros, são realmente seguros, e são largamente usados em oftalmologia. 

Agora que temos evidências de seu valor preditivo na Esclerose Múltipla, poderemos usá-lo como uma ferramenta quantitativa para aprender mais sobre a progressão dessa doença, incluindo os danos aos nervos e a atrofia cerebral," disse Calabresi.

Novo enfoque para a Esclerose Múltipla

Calabresi afirmou que a nova técnica poderá mudar o enfoque tradicional que os médicos têm da Esclerose Múltipla, que há muito tempo é tida como uma doença autoimune que ataca uma proteína chamada mielina, que ser de isolamento para os nervos e os ajuda a enviar impulsos elétricos que controlam o movimento, a fala e outras funções.

O novo exame pode dar novas informações sobre a doença, uma vez que não há mielina nas partes profundas do fundo do olho.

Se o sistema imunológico está atacando outras coisas além da mielina, isso pode abrir novas rotas de pesquisas para o desenvolvimento de terapias contra os sintomas incapacitantes da Esclerose Múltipla.

"É realmente importante saber o que o sistema imunológico está atacando," disse o pesquisador. "Os tratamentos de que dispomos hoje são apenas moderadamente eficazes, então talvez não estejamos bloqueando o tipo correto de células."


TDAH, SAIBA INDENTIFICAR SE SEU FILHO SOFRE DESSA DOENÇA

23/10/2012

Problemas na escola podem esconder doenças graves como dislexia ou TDAH  .
Inquietação, questionamento excessivo, dificuldade na escola e falta de paciência podem indicar que a criança está sofrendo.

Inquietação, questionamento excessivo, dificuldade de prestar atenção na aula, distrair-se facilmente e ficar disperso quando o professor explica a matéria. Pouca paciência para estudar, capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo e dificuldade de terminá-las. São características comuns, mas que podem esconder uma criança infeliz, com problemas para lidar com as próprias tarefas e dona de um diagnóstico cada vez mais comum: o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade).

Ao lado da conhecida dislexia (dificuldade na leitura e escrita), o TDAH é um dos principais transtornos ligados à aprendizagem. Presente em cerca de 5% da população, a doença é baseada em três itens principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade, e costuma ser mais evidente em meninos do que meninas, alerta a psicóloga Cleide Partel:

— Os meninos enquanto crianças são mais percebidos, já que as meninas são as mais quietinhas e podem passar despercebidas pelos professores. Na idade adulta, no entanto, a proporção é de um homem diagnosticado para cada mulher.


A dificuldade, conta a especialista, surge de atividades demandadas pela escola. Quando a criança está lendo um livro, por exemplo, consegue chegar ao final da página, mas não lembra o que leu e sempre tem de voltar ao início.  Além disso, como não suporta tédio ou tarefas burocráticas e sem criatividade, quem sofre de TDAH foca a atenção somente quando gosta do assunto ou quando é desafiado. Assim, para as matérias que não tem tanto interesse terá de fazer um esforço muito maior do que os outros.

Além dos problemas na vida escolar, a vida profissional também pode acabar prejudicada, explica Cleide:

É muito comum que seja uma pessoa extremamente impaciente e queira fazer tudo do jeito dela, no tempo dela. Então, costumam não esperar sua vez e querem impor aos outros suas próprias regras. Além disso, mal conseguem esperar o interlocutor terminar de falar e costumam agir por impulsividade, comendo e bebendo muito.

Para a pediatra Maria Aparecida Moyses, que coordena o Laboratório de Estudos sobre 

Aprendizagem, Desenvolvimento e Direitos do Centro de Investigações em Pediatria da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), mais do que um diagnóstico, essas características mostram que a criança vem enfrentando sérios problemas:

São manifestações de que algo não vai bem com essa criança e que podem esconder um problema real que não está sendo diagnosticado, como a dislexia.

TDAH X dislexia

O transtorno, no entanto, não deve ser confundido com a dislexia. Enquanto o TDAH se refere ao comportamento e tarefas executivas, a dislexia tem relação com a capacidade de leitura e escrita que interfere diretamente na aprendizagem. Normalmente, quem sofre com a doença, troca ou omite letras e números com frequência. Assim, explica o pediatra Dr. Saul Cypel, membro do Departamento Científico de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a doença costuma ser diagnosticada quando a criança começa a aprender a ler e escrever:

A dislexia é um processo de dificuldade severa do aprendizado da leitura, que só pode ser verificada com pelo menos dois anos de alfabetização.


Pais que se veem diante de um filho diagnosticado com dislexia ou TDAH e que está tendo dificuldades para acompanhar o ritmo dos colegas podem se ver às voltas com a seguinte dúvida: é preciso uma escola especial para meu filho? Especialistas, no entanto, são categóricos ao dizer que a resposta é “não”. Eles ressaltam que a maior parte das escolas tem condições de trabalhar em conjunto com os pais e o médico que trata da criança para encontrar soluções às dificuldades cotidianas.

Sem contar que uma escola especial, ressalta Cleide, pode trazer estigmas e fazer com que a criança comece a ser vista como diferente.

Identificação

Diferentemente de muitas doenças neurológicas, o TDAH conta apenas com um questionário de 18 perguntas recomendado pela Associação Americana de Psiquiatria para ser diagnosticado. Para saber se a criança tem TDAH é preciso que os pais fiquem atentos aos seguintes pontos: se seu filho está atrapalhando a aula, se vai mal na escola, se sempre desafia ou enfrenta mais velhos e autoridades, se é uma criança difícil de lidar. Nos adultos, pode haver dificuldade de concentração em palestras, aulas ou leitura, desatenção, relutância em iniciar tarefas que exigem longo esforço mental, problemas com organização, planejamento ou mesmo memória a curto prazo (marcada pela perda ou esquecimento de objetos, nomes, prazos, datas). Além disso, pode vir associado a outras doenças como depressão, transtorno de ansiedade ou distúrbio alimentar.

Uma vez confirmada a existência da doença, no entanto, é importante recorrer a um tratamento multidisciplinar, assessorado por médicos, psicoterapia, orientação aos pais e professores. Quando há necessidade do uso de medicamento — em geral o metilfenidato, comercializado sob o nome de Ritalina —, este deve ser prescrito com bastante critério. O medicamento, alerta Maria Aparecida, é cada vez mais vendido no Brasil, que é atualmente é o segundo maior consumidor do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos:

A ritalina age como a anfetamina e a cocaína, aumentando a dopamina (neurotransmissor do prazer) nas sinapses e diminuindo a sensibilidade.

Além disso, quando mal administrado, o remédio pode causar alucinação, depressão, convulsão, insônia, confusão mental, levar à perda de peso e atrapalhar o crescimento. A própria bula do remédio indica que ele não deve ser utilizado em crianças menores de seis anos.


O pediatra Dr. Cypel ressalta que o medicamento é uma opção muito criteriosa e eventual, mas que não isenta os pais de rever o processo de desenvolvimento e educação do filho.

Os pais têm de entender que não podem fazer todos os desejos da criança. Além disso, precisam estimulá-las a conviver com frustrações e mostrar que elas têm tarefas, assim como rotina e horários.

Mas atenção: tentar impor uma lista de cobranças à criança pode apenas agravar a doença. Os pais, de acordo com Cleide, devem aprender a não criticar sempre a criança por seus erros e passar a ressaltar com mais frequência os acertos.

— Do contrário, a criança perceberá que recebe muita atenção dos pais quando faz coisas inadequadas, e isso fará seu comportamento ficar pior.


HOMEM DRIBLA DOENÇA RARA POR 18 ANOS E DÁ LIÇÃO DE AMIZADE NO ES

23/10/2012

Paulo dribla doença rara há 18 anos. 
Funcionário público conta que fez amigos dentro do hospital.
Paulo Roberto fez aniversário nesta segunda-feira.

O funcionário público Paulo Roberto Henriques sofre de uma doença rara chamada de distrofia muscular do diafragma. Durante 18 anos, ele já foi internado no Centro de Tratamento Intensivo de hospitais por 61 vezes. Mas a enfermidade não o deixa desmotivado, para comemorar os seus 67 anos, a família e seus amigos prepararam uma festa de aniversário nesta segunda-feira (22) em Vitória. Com direito ao que o funcionário público mais gosta: música.

Em vez de se isolar por causa da doença, o funcionário público conta que fez amigos dentro do hospital. “A gente viu nele, além de um paciente, uma pessoa com seus valores enormes e a gana de viver muito grande. A gente se identificou com a família inteira e por isso estamos comemorando essa grande amizade”, contou a médica Maria de Lourdes Mendonça.

A fisioterapeuta Mariangela Braga disse que é muito feliz por ter a amizade de Paulo Roberto. “É um presente para a gente conviver com uma pessoa alegre e com tanta vontade de viver. Ele mostra que é possível viver com dificuldade, mas com alegria e dignidade”, disse Braga.

Paulo Roberto Henriques anda de cadeira de rodas, dorme em uma cama de hospital adptada em seu quarto e tem a ajuda de um balão de oxigênio, para quando foi necessário. Mesmo com as dificuldades, ele não demonstra tristeza. “Vocês vão ter que me aguentar”, disse aos risos.