23/9/2012
Astrid Fontenelle com o filho, Gabriel, e o marido,
Fausto Franco.
Fausto Franco.
Em entrevista à 'Folha de S. Paulo', a
apresentadora falou da rotina de cuidados inspirados pela doença e
também do processo de adoção do filho.
Há oito meses, a apresentadora Astrid Fontenelle luta contra o lúpus,
doença autoimune que pode atacar órgãos vitais. No caso dela, pulmão e
rim foram atingidos. "Quando voltei pra casa depois de 12 dias
internada, minha imunidade era tão baixa que o médico tocou o terror",
relata Astrid em entrevista à "Folha de S. Paulo" deste domingo, 23.
Até a água do banho passou a ser filtrada. Além de cuidados para evitar
infecções, a apresentadora toma 45 comprimidos por dia, um coquetel de
remédios para pressão, diabetes, dor e vitaminas, entre outros. "Não tem
cura. Vou conviver com a doença por muito tempo".
Ela também não pode
nunca mais se expor ao sol: o vírus identifica queimaduras como infecção
e ataca o corpo. O tratamento inicial provocou queda de cabelo. Decidiu
raspar a cabeça. "Não quero novela das oito aqui. Nem ninguém olhando
pra mim com cara de tristeza", avisa.
O filho Gabriel, 4, deu o tom. "Com ele na área, não deu tempo de
sofrer. Olhou pra minha cara e caiu na gargalhada: 'A mamãe tá careca'.
Ele só ria". Astrid avisou o cabeleireiro: "Quero uma prótese capilar
colada na cabeça igual à que a nega [Naomi Campbell] usa. Ficou
incrível. Ninguém se tocou que era peruca", conta. Encarar o espelho foi
tranquilo. "Difícil foi ficar à beira de fazer hemodiálise".
Outro efeito colateral é não subir mais no salto. "Desafiei as bonitas
da moda a me dizer como ser elegante sem salto", brinca. Foi ao shopping
e se encheu de rasteirinhas. "Desapeguei. Dei todos os sapatos de
salto. Os Louboutin e Lanvin vou botar num site pra vender e virar
remédio." Cada caixa de medicamento contra lúpus custa R$ 690. Ela
consome duas por mês.
O filho Gabriel foi adotado pela apresentadora em 2007, aos 40 dias de
vida. Sentado no sofá, ainda com uniforme da escola bilíngue, ele pega o
presente que mais curtiu: um violão. Diz que aprende a tocar vendo o
DVD do "vô Gil", referindo-se a Gilberto Gil, baiano como ele.
Foi em um fórum de Salvador que Astrid e Gabriel se encontraram.
"Quando vi o garoto chorando no colo da assistente social, eu arranquei
ele da mulher: 'Meu filho!'. Parecia cena da maternidade", relata,
emocionada. Um mês depois, oficializava a adoção. É mãe solteira. Na
época, namorava o produtor musical Fausto Franco há apenas um mês.
Astrid diz que ele é "pai em exercício".
Correu para montar o quarto do bebê. O vendedor foi convencido da
urgência. "Você não tá entendendo. Existem crianças que nascem do tal
papai e mamãe. Outras, com a tecnologia. A minha nasceu por adoção".
Um comentário:
Parabéns, Astrid! Não fez drama, te admiro.
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