VEJA ALIMENTOS QUE AJUDAM A ENVELHECER COM SAÚDE

29/02/2012 



Tomate, espinafre e couve são alguns exemplos de alimentos funcionais.

Flavonoides e ômega 3 são substâncias consideradas aliadas na luta contra o envelhecimento.


Longevidade é uma aspiração natural de qualquer sociedade, mas não basta por si só. O impacto positivo somente é sentido quando se agrega qualidade aos anos adicionais de vida. Um dos caminhos para essa questão pode ser a alimentação.

Para a nutricionista Emília Yasuko Ishimoto, utilizar alimentos funcionais é uma estratégia para atingir a longevidade com saúde. Ela explica que não há uma definição universalmente aceita para o termo "alimentos funcionais". Via de regra, é aquele alimento que, além de seu valor nutricional, apresenta benefícios sobre uma ou mais funções orgânicas. De acordo com o American Dietetic Association (ADA), esses alimentos podem ser integrais, fortificados ou enriquecidos, desde que sejam potencialmente benéficos para a saúde, quando consumidos regularmente, em níveis efetivos e como parte de uma dieta variada.

O alimento funcional contém compostos bioativos, elementos que são capazes de atuar diretamente na prevenção e no tratamento de doenças, entre eles os ácidos graxos ômega 3, as fibras solúveis, os antioxidantes e fitoesterois. Entre as substâncias com alto poder antioxidante e consideradas excelentes aliadas na luta contra o envelhecimento estão os flavonoides e o ômega 3.

As pessoas precisam consumir uma variedade de alimentos, incluindo frutas, legumes, vegetais e grãos. Em cada produto existe uma determinada substância que previne o envelhecimento — afirma.

Veja alguns exemplos de alimentos funcionais e como eles atuam na proteção do organismo:

:: Soja e produtos integrais de aveia — redução do coleterol.

:: Suco de mirtilo — combate infecções do trato urinário.

:: Gordura de peixe — redução de triglicerídios, mortalidade por doença cardíaca e infarto do miocárdio.

:: Espinafre e couve — redução do risco de degeneração macular relacionada à idade (perda de visão).

:: Tomate — redução do risco de câncer de próstata.

:: Peru, carneiro, carne bovina, laticínios — redução do risco de câncer de mama.

:: Oleaginosas (castanhas, nozes) — redução do risco de doenças cardíacas.

:: Suco de uva ou vinho tinto — redução da agregação plaquetária.

NO DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS RARAS, SOCIEDADE MÉDICA ALERTA PARA FALTA DE ESPECIALISTAS

29/02/2012



Data "rara", que se repete apenas de quatro em quatro anos, foi escolhida propositalmente para informar a população sobre doenças genéticas incomuns.

Pelo menos uma vez por mês, a paranaense Bénie Bussmann, 37 anos, precisa ser hospitalizada. O quadro é dores intensas no abdômen e nas costas, além de náuseas. Os remédios aliviam os sintomas, mas não evitam novas crises. Essa rotina já dura cinco anos. Bénie é uma das brasileiras que sofrem de porfiria aguda, uma doença hereditária rara causada pela deficiência de uma enzima relacionada à hemoglobina.

Bénie sofreu a primeira crise de porfiria aos 15 anos. Porém, o diagnóstico só foi confirmado há oito anos. Não se sabe ao certo quantas pessoas no mundo têm porfiria. Acredita-se que uma a cinco pessoas em cada 100 mil habitantes podem desenvolver algum tipo do distúrbio metabólico. No Brasil, a estimativa varia de 1,9 mil a 9,5 mil pessoas.

A subnotificação e o fato de não afetar tantas pessoas em comparação a outras enfermidades levam as doenças raras a serem desconhecidas até mesmo dos próprios médicos, resultando no diagnóstico tardio ou equivocado. Em alguns casos, pode demorar 20 anos para a constatação de que uma pessoa sofre de doença rara. Em uma das crises, Bénie conta que a dor era tão intensa que um médico queria submetê-la a uma cirurgia.

Ela convive com a falta de energia para fazer várias atividades e tem de tomar constantemente remédios para controlar as dores. Nos momentos mais críticos, precisa ficar internada por vários dias, afastada do trabalho de pedagoga na rede pública de ensino em Curitiba. Além das dores, ainda tem de lidar com o preconceito em relação à doença.

— Uma vez, uma colega deu uma indireta de que eu não iria trabalhar só por causa de uma dor na barriga — conta Bénie, que é vice-presidenta da Associação Brasileira de Porfiria.


Faltam especialistas para o tratamento
Apesar de o governo brasileiro ter criado a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica em 2009, o país tem registrado poucos avanços na área. É o alerta do presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, Marcial Francis Galera, em entrevista concedida à Agência Brasil, por ocasião do Dia Mundial das Doenças Raras, lembrado nesta quarta-feira, 29 de fevereiro. Sim, a data "rara", que se repete a cada quatro anos, foi escolhida propositalmente. Nos anos não bissextos, as atividades são transferidas para o dia 28.

Conforme levantamento da associação, o Brasil tem cerca de 150 profissionais especializados em doenças raras e 80% delas têm origem genética. O cálculo é que o país precisa de pelo menos o dobro de especialistas. Para Galera, há certa "acomodação" por parte do governo, já que a maioria dos pacientes com algum tipo de doença rara só consegue atendimento em hospitais universitários. A verba utilizada para atender os casos é proveniente de investimentos em projetos de pesquisa.

Dados da associação mostram que os atendimentos a pacientes com doenças raras se concentram nas regiões Sul e Sudeste, sobretudo no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e em São Paulo. Outro problema, de acordo com Galera, é que poucos estudantes se interessam por uma especilização na área de genética clínica, já que não há estímulo por parte do governo.

Não há dados oficiais sobre o número de brasileiros atingidos por algum tipo de doença rara. A estimativa da associação é que entre 3% e 5% da população nasçam com algum tipo de problema genético. Há ainda a chance de que algo seja diagnosticado ao longo da vida adulta, o que eleva o índice para quase 10%, totalizando entre 15 e 20 milhões de pessoas que precisam do auxílio de um geneticista.

— As autoridades devem se conscientizar da importância desse problema. No conjunto, essas pessoas formam uma grande parcela da população — ressaltou Galera.

Muitos garantem acesso a medicamentos na Justiça

Para ter acesso à medicação, muitos pacientes têm recorrido à Justiça. Apenas em 2011, o Ministério da Saúde desembolsou R$ 167 milhões para atender a 433 ações judiciais que determinavam a compra de remédios para pessoas com doenças raras.

A Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica foi lançada com o objetivo de criar uma rede de assistência a pessoas com doenças raras, inclusive com centros de aconselhamento genético. Segundo o Ministério da Saúde, o entrave é que existem 5 mil alterações genéticas que podem levar à ocorrência dessas doenças. A maior parte delas não tem cura e nem tratamento com eficácia comprovada, e os remédios servem para amenizar os sintomas, segundo a pasta.

O Ministério da Saúde informou que vem avançando na elaboração de diretrizes para o diagnóstico, o atendimento e o tratamento das pessoas com doenças raras. O Sistema Único de Saúde (SUS) conta atualmente com cerca de 26 protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas — 18 deles foram publicados nos últimos dois anos e envolvem a oferta de medicamentos e de tratamentos cirúrgico e clínico para reduzir sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

DESVIO DE SEPTO NEM SEMPRE PRECISA SER OPERADO

29/02/2012 


Cerca de 80% das pessoas tem um pequeno desvio natural de septo.

Congestão nasal, infecções nos seios paranasais, dor facial, cefaleia e predisposição a rinites e sinusites são alguns dos sintomas.

O desvio do septo é um incômodo que pode causar diversos desconfortos, como dificuldade respiratória, dor de cabeça, espirros constantes e congestionamento nasal. O septo nasal é a parede que separa o lado esquerdo do lado direito do nariz. É uma estrutura firme, porém flexível, coberta por mucosa e rica em vasos sanguíneos. O ideal é que ele localize-se no meio, de forma que os lados do nariz sejam iguais.

Cerca de 80% das pessoas tem um pequeno desvio natural, quase imperceptível, que deixa o nariz desalinhado, além de alterar o padrão de corrente de ar, podendo bloquear o lado estreitado. Em alguns casos, a abertura dos seios paranasais pode ficar bloqueada, facilitando a sinusite, além de deixar a pele do septo do nariz seca e rachada, provocando hemorragias.

As causas do desvio de septo podem ser durante a formação do nariz na gestação, uma lesão nasal durante o parto ou com o avançar da idade, além de traumas e contusões. Entre os principais sintomas, estão a congestão nasal, infecções nos seios paranasais, dor facial, cefaleia e predisposição a rinites e sinusites. A respiração ruidosa durante o sono, principalmente em crianças e bebês, respiração bucal frequente, cansaço, dificuldades para dormir e roncos também são frequentes.

Segundo o otorrinolaringologista do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, Marcelo Alfredo, algumas pessoas com desvio de septo só percebem os sintomas durante um resfriado ou outra infecção das vias respiratórias.

Nestas pessoas, a infecção respiratória faz com que os tecidos do nariz inchem causando problemas de fluxo de ar. Assim que o resfriado é curado, os sintomas também desaparecem — explica Alfredo.

O otorrinolaringologista Rafael Malinsky explica, de forma didática, como é o desvio:

Imagine que o septo nasal é o canteiro central da freeway, que divide a rodovia em duas metades iguais. Com o desvio septal, é como se tivéssemos um carro colocado perpendicularmente em uma das rodovias: ele acabará diminuindo o fluxo de carros.

Segundo Malinsky, se a pessoa tem o problema, isso não quer dizer que ela não irá respirar bem nem que ela tenha que realizar cirurgia. Somente um especialista, segundo ele, é capaz de diagnosticar com precisão a patologia.

Muitas pessoas possuem o desvio e repiram muito bem. A correção é feita através de uma cirurgia chamada de septoplastia, que só indicamos se há certeza que é o desvio septal que está causando a obstrução nasal, pois outras doenças, como rinites e sinusites, também podem levar a queixa de nariz obstruído — salienta o especialista.

VIDA NORMAL APESAR DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

28/02/2012

 

Para Luziana Sotero, 59 anos, sessões de fisioterapia são valiosas porque conseguem deter a fadiga severa.

 

Para ler esta matéria, livre-se de todo o preconceito que lamentavelmente ainda está por trás da Esclerose Múltipla (EM) – doença neurológica que atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos dicionários, o sentido figurado do verbo esclerosar (tornar estagnado; paralisar; parar de evoluir) até contribui para que a população tenha uma ideia preconcebida dessa enfermidade.


Na vida real, felizmente a maioria dos pacientes que vive com EM e segue tratamento adequado consegue levar uma vida normal. “Cerca de 70% dos pacientes têm a forma de surto-remissão da doença, que é menos grave porque, após uma exacerbação do quadro clínico, com sintomas bastante intensos, ciente consegue um bom grau de recuperação”, diz a neurologista Maria Lúcia Brito, considerada Ph.D. no assunto.

Foi ela quem abriu caminhos para a fundação, em 1996, do Centro de Referência para Atenção ao Paciente Portador de Doença Desmielinizante do Hospital da Restauração (CRAPPDD/HR). Por lá, passam pacientes das redes pública e privada de saúde. Eles recebem medicações de altíssimo custo oferecidas pelo Ministério da Saúde (MS). A unidade foi a primeira do gênero no Brasil. No ano seguinte, São Paulo criou o seu núcleo e, desde então, vários outros foram formados.

Nesse contexto, vale abrir um parêntese para entendermos o que são as doenças desmielinizantes, das quais faz parte a EM: as fibras nervosas que entram e saem do cérebro estão envolvidas por uma membrana que isola camadas chamadas de bainha de mielina. Quando ela é lesionada, os nervos não conduzem os impulsos de forma adequada. É assim que se desenvolve a desmielinização – que se apresenta sob a forma de perturbações que afetam o sistema nervoso central (SNC).

“A Esclerose Múltipla é a mais comum entre elas. Dos 800 pacientes cadastrados no CRAPPDD/HR, mais de 500 têm a doença”, afirma a neurologista, que se debruça nas questões por trás da enfermidade desde 1991, quando foi à Inglaterra para estudar distúrbio do movimento. “Lá, vi muita gente com esclerose múltipla. Na época, dizia-se que não havia casos no Brasil. Mas na minha volta, lidei com muitas pessoas com a doença no Recife. Para confirmar o diagnóstico, meus pacientes iam a São Paulo para se submeter à ressonância magnética”, conta Maria Lúcia.
E ela acrescenta: “O problema é que, há aproximadamente 20 anos, não existia tratamento específico para a enfermidade. Atualmente, contudo, há um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes”.

Graças a esse avanço, as pessoas com EM convivem com limitações que não atrapalham a rotina. É o caso da assistente social aposentada Maria da Conceição Chaves, 65 anos, mais conhecida como Ciçone, cujo primeiro sintoma da EM apareceu aos 13, quando ela ficou sem enxergar bem por cerca de 10 dias. No ano seguinte, ela teve uma dormência intensa nas mãos, que também passou.

“Aos 18, numa quadrilha de São João, minhas pernas ficaram pesadas, não consegui andar e precisei ser carregada pelo meu cunhado”, relata Ciçone, ao se referir ao primeiro surto da doença. “Até onde sei, fui o segundo caso de Esclerose Múltipla diagnosticado em Pernambuco. Na época, só me diziam que era uma grave lesão do SNC rara em clima tropical.”

Por carência de instruções sobre EM, ela se sentiu estimulada a criar a Associação Pernambucana de Esclerose Múltipla (Apem), fundada em 1995. Ainda hoje, continua presidente da entidade. “Estou ótima, apesar de ter passado para a cadeira de rodas em 1974. Sou ativa, trabalhei como assistente social por vários anos, fui professora em faculdade e aproveito a vida”, afirma a presidente da associação, que encoraja outros sócios a se reunir no terceiro sábado de cada mês, na sede que fica no Engenho Meio.

Com tantos anos de diagnóstico e ativa, ela ainda deixa claro que cada caso de EM é diferente do outro. “Apesar dos vários sintomas, podemos conviver com as limitações. Para isso, precisamos de uma equipe interdisciplinar”, conta Ciçone. Fazem parte desse grupo neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais.

PECULIARIDADES

Embora não se conheça com exatidão os mecanismos por trás da EM, sabe-se que a doença é mais comum em mulheres do que em homens. “Para cada três mulheres com a enfermidade, há um homem”, avisa o neurologista Fernando Figueira, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia. “Também é notório que, quanto mais precoce o início do tratamento, melhor para o paciente.”

O entrave é que muitos portadores passam por vários médicos até chegar ao neurologista, capaz de fazer um diagnóstico mais preciso. Essa peregrinação pelos consultórios já foi pior: “Há 15 anos, a pessoa com Esclerose Múltipla passava em torno de seis anos para descobrir a doença. Hoje, em menos de um ano após os primeiros sinais, um especialista já detecta a doença”, frisa Maria Lúcia Brito.

A anestesiologista Luziana Sotero, 59, enquadra-se no depoimento da neurologista. Quando teve o primeiro surto, levou só dois meses para chegar ao neurologista. “Certo dia, há uns seis anos, quando terminei a aula de pilates, tentei andar e caí. Havia perdido a força na perna direita”, diz. A partir desse dia, flashes vieram à mente dela: “Lembrei que tive episódios de dormência forte na mão e na perna, que não foram levados em consideração na época”.

Na primeira consulta, o neurologista de Luziana desconfiou de um tumor cerebral. Imediatamente, submeteu-a a uma ressonância magnética, que indicou áreas do cérebro comprometidas. “Em seguida, passei por inúmeros exames para fechar o diagnóstico. Confirmada a doença, comecei o tratamento, que inclui medicação, fisioterapia, terapia ocupacional e psicoterapia”, conta Luziana.

Para ela, sessões de fisioterapia são valiosas porque conseguem deter a fadiga severa. É um sintoma que precisa ser combatido, já que interfere na habilidade de a pessoa manter a vida ativa. “Gosto dos tratamentos não farmacológicos, que ajudam a levar adiante a minha rotina. Não deixei de trabalhar. Só troquei o lado prático da anestesia pela parte administrativa”, diz Luziana, que tem vida social, sai com amigos e parentes, além de dirigir muito bem o seu carro adaptado.

Feliz da vida, ela conta que não tem episódios de agravamento de doença há oito meses, desde que deu início a um tratamento com um anticorpo monoclonal – proteína produzida para reduzir a atividade inflamatória presente na EM. A medicação que ela usa atualmente é aplicada uma vez a cada quatro semanas, por via endovenosa. Existe ainda outro leque de medicamentos. Todos devem ser indicados com bastante critério.

No segundo semestre de 2011, passou a ser comercializado no Brasil um fármaco oral, que promete deter a progressão para invalidez e incapacidade. Há, contudo, dois poréns: a nova medicação não está no protocolo do Ministério da Saúde, como as outras opções para tratar EM – todas de altíssimo custo. Outro entrave é que a Agência Europeia de Medicamentos revê os benefícios e riscos do produto.

Esse processo foi iniciado após a notificação da morte de um paciente nos Estados Unidos, em novembro do ano passado, que ocorreu após 24 horas a ingestão do fármaco. Até o momento, no entanto, não há relação causal estabelecida entre o óbito e a administração do medicamento.

“Quando se fala da terapêutica para a Esclerose Múltipla, é bom frisar que não existe um padrão-ouro. Cada paciente deve receber a medicação mais indicada para o quadro que apresenta”, conclui Maria Lúcia Brito.

LABORATÓRIO TESTA NOVO MEDICAMENTO PARA TRATAMENTO DO CÂNCER COLORRETAL

28/02/2012


Remédio será submetido à aprovação de agências reguladoras ainda este ano, dizem pesquisadores.


A medicação regorafenibe, para o tratamento do câncer colorretal metastático, está em fase de estudos avançados em humanos e deve ser submetida à aprovação das agências reguladoras ainda este ano.

Na última década, as medicações para o tratamento do câncer colorretal metastático evoluíram significativamente, mas alguns pacientes não respondem adequadamente a essas drogas, podendo apresentar intolerância ou resistência a curto prazo. Assim, as pesquisas buscam alternativas de tratamento para esses casos.

O novo medicamento testado pela Bayer nos Estados Unidos, sob coordenação do pesquisador Axel Grothey, gerou um aumento de 29% na sobrevida média dos pacientes. Além disso, 44% dos pacientes tratados com o regorafenibe apresentaram períodos prolongados em que o câncer não creceu contra 15,3% dos tratados com placebo.

Participaram 760 pacientes diagnosticados com câncer colorretal metastático e que já haviam utilizados todos os tratamentos atualmente disponíveis e aprovados para esse tipo de câncer. A amostra foi randomizada de forma que 505 pacientes receberam o regorafenibe e 255 foram tratados com placebo em associação a medicações para dor.

De acordo com o oncologista Gabriel Prolla, do Instituto do Câncer Mãe de Deus, a aprovação dessa droga será importante para o tratamento.

É mais uma opção para pacientes com câncer colorretal, especialmente para aqueles em que os tratamentos disponíveis falharam e não possuem uma opção de tratamento definido — comenta.

Segundo os pesquisadores, o regorafenibe deverá ser aprovado em breve pelo Food and Drug Administration (FDA) — equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.

O câncer colorretal caracteriza-se pela presença de tumores nos segmentos do intestino grosso e reto. Acomete tanto homens quanto mulheres, especialmente acima de 50 anos. 

TESTE DO OLHINHO E CIRURGIA DE CATARATA ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS DEMANDAS DE OFTALMOLOGISTAS AO GOVERNO

27/02/2012


Conselho reivindica a realização de mais de 500 mil cirurgias de catarata.

Especialistas e legisladores irão debater políticas públicas de saúde ocular no Senado Federal.



A inclusão do Teste do Olhinho na rede pública de saúde e a realização de mais cirurgias de catarata no país devem pautar a discussão entre parlamentares, secretários de saúde e especialistas durante o 4º Fórum Nacional de Saúde Ocular, no Senado Federal, em Brasília, nesta quarta-feira. Realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o evento tem como objetivo debater com os legisladores as atuais condições da saúde ocular do brasileiro e os mecanismos mais indicados para a melhoria do atendimento.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 33 mil crianças brasileiras são cegas por doenças oculares que poderiam ter sido evitadas ou tratadas precocemente. Por outro lado, o número de cirurgias de catarata no Brasil, historicamente, é inferior ao preconizado pela OMS. Para o CBO, o impacto social da cegueira e a grande prevalência da catarata entre a população mais idosa devem ser levados em conta na formulação de políticas públicas.

Sem que nossos legisladores conheçam a situação atual, as tendências e o que pode ser feito no curto, médio e longo prazo, não há como obter as conquistas que podem alterar os destinos de tantos brasileiros que têm suas condições de vida e de inserção social afetadas pelas baixas condições de visão — diz o presidente do CBO, Marco Antônio Rey de Faria.

A reivindicação é que o Sistema Único de Saúde (SUS) garanta a realização de pelo menos 390 mil cirurgias de catarata por ano, enquanto que outras 180 mil sejam realizadas pelo setor privado, totalizando 540 mil procedimentos anuais. Entretanto, esse número seria suficiente apenas para eliminar a cegueira instalada. Para evitar que mais brasileiros fiquem cegos por catarata, estima-se que seriam necessárias 720 mil cirurgias de catarata por ano.

Formação de especialistas no país, bem como causas, prevalências e tratamentos de diversas doenças que atingem milhares de brasileiros, tais como catarata, glaucoma, retinopatia diabética e refração ocular também estão na pauta do encontro.


Saúde ocular do brasileiro em números

Um levantamento feito pelo Conselho aponta que o Brasil tem mais de 1 milhão de cegos, 5 milhões de pessoas com perda visual severa, 68 milhões de míopes e 7 milhões de pessoas com miopia degenerativa. Veja os dados detalhados:

:: 1.158.000 é o total estimado de cegos no Brasil

:: Existem cerca de 5,3 milhões de brasileiros com perda visual severa 

:: Aproximadamente 15 milhões de crianças em idade escolar têm problemas de refração que podem refletir em problemas de aprendizado, autoestima e inserção social

:: A população de míopes é estimada entre 21 e 68 milhões; entre 2 e 7 milhões de brasileiros têm miopia degenerativa

:: Cerca de 350 mil pessoas ficaram cegas por causa da catarata

:: Estima-se que entre 2 e 3% da população brasileira acima de 40 anos tenham glaucoma

:: Diabéticos têm 30 vezes mais chance de perderem a visão

:: 3 milhões de brasileiros acima de 65 anos sofrem de Degeneração Macular Relacionada à Idade 

:: Em 2011, 14.182 transplantes de córnea foram realizados no país



TER UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO AUMENTA SOBREVIDA DE PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS

27/02/2012



"Suponho que os mascotes são uma forma de apoio social", diz pesquisador.

Pesquisadores japoneses descobriram que o ritmo cardíaco de donos de pets varia menos.


Portadores de doenças crônicas que possuem mascotes parecem ter corações mais saudáveis do que aqueles que vivem sem um animal de estimação seja de pêlos, penas ou escamas, diz um novo estudo japonês. Na pesquisa publicada no American Journal of Cardiology, os cientistas que estudaram quase 200 pessoas descobriram que aqueles que tinham um pet contavam com mais variabilidade do ritmo cardíaco do que os que não tinham um animal.

Isso significa que seus corações respondem melhor às exigências das mudanças corporais, como bombear sangue mais rapidamente em situações de estresse. Uma variabilidade reduzida está associada ao maior risco de morrer por problemas do coração.

Entre os pacientes com doença coronária, os donos de mascotes mostram uma sobrevida um ano maior do que os que não têm bichos — diz o autor, Naoko Aiba, da Universidade de Kitasato, no Japão.

No estudo, a equipe avaliou 191 pessoas com diabetes, pressão arterial elevada ou colesterol alto durante 24 horas usando um monitor cardíaco durante todo o tempo. A faixa etária estava entre 60 e 80 anos. Os pesquisadores também perguntaram sobre as atividades diárias e sobre se tinham ou não animais domésticos. Nos donos de pets, cerca de 5% das batidas do coração diferiam em 50 milésimos de segundo em extensão, contra 2,5% dos que não tinham animais. Isso significa que o ritmo cardíaco mudava menos.

Até agora, não se sabe o que causa a diferença. Pode ser em função dos animais, ou pode ser que haja diferenças entre os que escolhem ter pets e os que não querem bichos.

— Suponho que os mascotes são uma forma de apoio social, e por isso reduzem o estresse e podem satisfazer algumas necessidades de companhia — afirma Judith Siegel, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade da Califórnia, que não participou do estudo.

PACIENTES COM DOENÇAS RARAS SOFREM COM A DEMORA NO DIAGNÓSTICO

25/2/2012


Volta Redonda.


Na quarta-feira desta semana, será comemorado o Dia Mundial de Doenças Raras. A data escolhida por organizações mundiais, é comemorada toda vez que o ano é bissexto. Nos outros anos, a comemoração acontece no dia 28 de fevereiro.

O objetivo do dia é chamar a atenção da sociedade e unificar os esforços na luta por melhores condições de diagnóstico e tratamento para os pacientes.

Estima-se que 13 milhões de pessoas tenham doenças consideradas raras no Brasil. Porém, ainda não há um mapeamento oficial.

As doenças raras são definidas como doenças que afetam um número limitado de pessoas e que precisam de um cuidado muito específico.

Ao todo são mais de sete mil tipos de doenças que atingem de 6% a 8% da população. A maioria (80%) é causada por distúrbios genéticos, porém existem doenças raras de origem alérgica ou infecciosa.

Segundo um estudo da Comissão Europeia, a população não conhece ou não sabe definir o que são as doenças raras. A falta de informação ainda é o grande vilão do problema.

Para as pessoas com doenças raras, o diagnóstico tardio, devido à falta de conhecimento e serviços especializados na área de saúde, prejudica o tratamento e as ações de prevenção.

Antônio Jorge de Melo tem 51 anos e em 2009 descobriu que era portador do E.L.A. (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença considerada neurodegenarativa, sem tratamento eficaz e cura, que atinge um a dois casos a cada 100 mil habitantes. Segundo ele, na época foi um choque, mais hoje com o apoio da família ele convive com naturalidade com a doença.

- Quando eu descobri, eu fiquei sem chão. Eu trabalhava como representante comercial e tive que me aposentar por invalidez devido a minha doença. Hoje sou cadeirante e graças ao apoio da minha esposa e dos meus três filhos aprendi a enxergar a situação com outros olhos, não penso em morte, prefiro viver um dia de cada vez - conta.

Segundo ele, a falta de informação sobre o que é uma doença rara foi um grande desafio para o seu diagnóstico.

- Diagnosticar o que eu realmente tinha foi um grande desafio. A falta de informação ainda é muito precária. Hoje eu tenho mais conhecimento porque encontrei médicos bons que me orientaram e porque eu resolvi procurar me informar mais sobre essa doença que ainda é pouco conhecida por muitos - destacou.

A Apadefi (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Físicos de Volta Redonda) trabalha com pessoas com doenças raras e atualmente cuida de 25 pacientes com doenças diferentes.

Segundo a Fisioteraupeta e Coordenadora Técnica Sandra São Thiago, a instituição conta com uma equipe multidisciplinar, que é formada por
8 fisioterapeutas, 2 terapeutas ocupacionais, 1 assistente social, 2 fonoaudiólogos e duas psicólogas.

- Hoje temos em tratamento pessoas com Lipofuscinose Neuronal Discóide, Miastenia grave, Síndrome de Patau, Síndrome de Router, Doença de Charcot, Doença de Machado Joseph, Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne, Distrofia Muscular Progressiva de Cinturas, e Amiotrofia Espinhal, todas doenças raras - destaca.


Histórias de superação


A pequena Mel Arantes Pereira da Costa tem 2 anos e sete meses, é portadora da Síndrome de Patau e faz tratamento na Apadefi. Segundo sua mãe, o apoio da instituição foi fundamental para o desenvolvimento da menina.

- Eu descobri que ela teria uma má formação quando eu estava grávida de 7 meses. Porém, só foi diagnosticada a doença quando ela nasceu. A expectativa de vida de crianças com essa doença é de até seis meses e hoje ela já está com quase três anos. A APADEFI contribuiu muito para o desenvolvimento dela, porque aqui ela faz todo acompanhamento de hidroterapia, terapia ocupacional entre outras atividades.

 Ela é uma superação para nós - contou a mãe da criança, Marta Pires Arantes.
Já o professor Mauro César Melo Baptista, de 55 anos, descobriu em 2005 que sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica, de acordo com ele, foi depois de nove meses que ele teve o diagnotisco correto.

- É difícil ter o diagnóstico certo. Quando eu comecei a ter os sintomas eu procurei primeiro um ortopedista devido à falta de informação. Depois de nove meses onde eu passei por vários médicos que minha doença foi confirmada como uma doença rara. Hoje eu não tenho mais o medo de morrer.

 Conto com o apoio da minha família que é de extrema importância para me ajudar a continuar lutando - destacou.


Brasília sediará Seminário sobre doenças raras

Nesta quarta-feira, dia que é lembrado o Dia das Doenças Raras, a partir das 09h30, ocorrerá à ação UM DIA RARO no Congresso Nacional. O evento irá contar com atividades e palestras para divulgar a conscientização para o dia e discutir a melhoria da qualidade de vida de crianças e adultos portadores de doenças raras, entre elas a Neurofibromatose, Mucopolissacaridiose, Porfiria, Epidermólise Bolhosa, Esclerose Múltipla, X-Frágil e outras. O Ministro da Saúde Alexandre Padilha, Deputados Federais, Médicos e pacientes vão estar presentes na discussão. Em Volta Redonda nenhuma ação relacionada ao tema será realizada.



PESQUISADORES DA USP DESENVOLVEM APARELHO PARA MONITORAR ACIDEZ NO ESÔFAGO

27/02/2012


Técnica pode ajudar no diagnóstico de refluxos ácidos por distúrbios gastrointestinais.

Um aparelho portátil, movido a pilha alcalina, capaz de armazenar e transmitir dados a um computador por meio de um cabo USB, gerando um laudo de fácil leitura para monitorar a acidez no esôfago humano. Esse aparelho, desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), pode ajudar no diagnóstico de pacientes que sofrem de refluxos ácidos por distúrbios gastrointestinais. O diferencial é o uso de monocristais de antimônio (semi-metal) miniaturizados, em vez de sensores convencionais fabricados a partir da miniaturização de vidro.

O antimônio é um elemento químico que, ao entrar em contato com um meio ácido, fornece um sinal eletrônico proporcional à acidez desse meio. Isso faz com que ele seja o material mais conveniente para ser aplicado como sensor de pH. Além de ter uma possibilidade natural de miniaturização, tem também baixa impedância — oposição ao fluxo de transferência de energia. O principal desafio do projeto, segundo o professor José Pedro Andreeta, está relacionado à eficiência e à durabilidade dos sensores de antimônio.

As técnicas de trabalho convencionalmente conhecidas com o antimônio são baseadas em eletrodos policristalinos, que costumam produzir impulsos de baixa resolução e de estabilidade pobre, o que dificulta sua sensibilidade quando o caso é um processo contínuo de medidas — explica o professor Andreeta, coordenador da pesquisa.

Os monocristais, por sua vez, são desenvolvidos a partir de processos que evitam a necessidade de cortes e polimentos pós-preparação, o que, além de custar caro, ocasiona defeitos indesejáveis no material. Trata-se de um material sólido, constituído por um único cristal, a exemplos de diamantes encontrados na natureza.

A preparação de um monocristal em laboratório é normalmente muito mais difícil do que a preparação de um material cerâmico, porque muitos parâmetros devem ser controlados — complementa Andreeta.

Devido a essa dificuldade, raramente são encontrados monocristais na natureza e por isso têm um custo tão elevado. O processo de produção de monocristais em laboratório para uso no esôfago humano está sendo patenteado pela USP em parceria com a Alacer Biomédica, indústria eletrônica que atuou no financiamento da pesquisa e já manipula a técnica, transformando-a em um produto final acessível e já disponível no mercado.

CIENTISTAS ISOLAM CÉLULA-TRONCO PRODUTORA DE ÓVULOS

26.02.2012

Médicos pensavam que mulheres nasciam com número limitado de óvulos.


Uma pesquisa publicada neste domingo (26) pela revista científica “Nature Medicine” descobriu no ovário de mulheres em idade reprodutiva células-tronco capazes de produzir novos óvulos. 

A descoberta quebra um paradigma da medicina. Desde a década de 1950, é consenso entre os especialistas que as fêmeas de todos os mamíferos nascem com um número limitado de óvulos. Quando esse estoque termina, chega a menopausa.

“O objetivo primário do estudo era provar que células-tronco produtoras de oócitos [óvulos] existem de faro no ovário de mulheres durante a vida reprodutiva, o que nós acreditamos que esse estudo demonstra muito claramente”, afirmou Jonathan Tilly, autor do estudo, em material de divulgação do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA. 

O que, para os pesquisadores, é uma “demonstração muito clara” já vinha sendo buscada havia alguns anos. Em 2004, um estudo demonstrou pela primeira vez que as fêmeas poderiam continuar produzindo células reprodutivas ao longo da vida sexual. 


Agora, os cientistas pretendem transformar a descoberta em tratamentos contra a infertilidade feminina. Eles também acreditam que seja possível prolongar o período fértil da vida de uma mulher. 

As informações são do G1.

CÉLULAS-TRONCO COMPLETAM DEZ ANOS COM APLICAÇÃO PRÁTICA

26 Fev 2012

Nos Estados Unidos, cientistas já testam células embrionárias para tratar paralisia e cegueira. No Brasil, a maioria das pesquisas clínicas usa células-tronco adultas.


Rio de Janeiro - Aos 69 anos, Nélson Águia já havia sofrido dois infartos e passado por cirurgias do coração que lhe deram oitos pontes safenas e mamárias. Sem mais opções de tratamento, o músculo cardíaco enfraqueceu a tal ponto que seu prognóstico era viver poucos meses. Dez anos depois, está bem de saúde.

Ele se beneficiou do primeiro ensaio clínico no mundo de terapia com células-tronco, realizado por médicos do Hospital Pró-Cardíaco, dos Institutos de Ciências Biomédicas e de Biofísica da UFRJ e do Texas Heart Institute.

Apesar de ainda ser experimental, a terapia com células-tronco (estimulam a regeneração de tecidos), uma técnica complexa, tem trazido bem-estar e apresentado, em alguns estudos, bons resultados em casos sem qualquer perspectiva de melhora, como doenças cardiovasculares e neurológicas graves, diabetes e perda de visão.

Nos Estados Unidos, cientistas já testam células embrionárias para tratar paralisia e cegueira. No Brasil, a maioria das pesquisas clínicas usa células-tronco adultas.Mesmo preliminares, os resultados animam cientistas.

Num avanço promissor para infartados, médicos do Instituto do Coração Cedars-Sinai anunciaram, há duas semanas, que reduziram pela metade uma área destruída do coração, reinjetando nele células-tronco cardíacas retiradas do órgão do próprio paciente e multiplicadas em laboratório.

Apesar de o experimento não ter recuperado a capacidade cardíaca dos pacientes, a notícia foi comemorada, inclusive por cientistas do Brasil, que avaliam a terapia com células-tronco em diversas especialidades. A história de Nélson dá ainda mais esperança a quem, como ele, estava desenganado.
— A terapia com células-tronco me salvou, reduziu a isquemia em quase 100%, melhorando o fluxo de sangue do meu coração. Eu, que não subia escadas há dez anos, hoje tenho vida ativa e sofro apenas as limitações de um homem da minha idade — conta Nélson, que trabalhou até pouco tempo atrás e toma remédios para o coração.

Para o médico Antônio Carlos Campos de Carvalho, coordenador de Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia e do Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias, do Ministério da Saúde, é cedo para saber se a terapia funcionará em todos os cardíacos, mas os dados iniciais são animadores. No Brasil, médicos retiram células-tronco aspiradas da medula óssea, na região do ilíaco (bacia), e as injetam nas artérias coronárias ou no músculo cardíaco, como fizeram os americanos. A estimativa é testar esta terapia em 1.200 pacientes inicialmente. Os primeiros dados serão publicados ainda este ano.

— Passamos da fase 1, de avaliação de segurança, e iniciamos a 2, para saber a eficácia da terapia. Em doentes de Chagas, não houve melhora. Para infarto, ainda recrutamos pacientes. No mundo, alguns estudos mostram benefícios e outros não. E a Europa está iniciando uma pesquisa maior, com três mil pacientes que sofreram infarto, para avaliar se a terapia celular reduz a mortalidade — diz o também professor do Instituto de Biofísica da UFRJ.

Atual secretário de Saúde e Defesa Civil do município do Rio, o cardiologista Hans Dohmann coordenou o primeiro ensaio com células-tronco em terapia cardíaca no país (do qual participou Nélson Águia), ao lado de Radovan Borojevic. Agora, é responsável pelo grupo de infarto no estudo nacional (143 pacientes), e acredita que os benefícios serão maiores para casos crônicos graves, em que os doentes não têm condições de receber transplante.

— O caso de Nélson é sinal de que a terapia pode funcionar. Outros que receberam a terapia na mesma época viveram além da nossa expectativa. E a cardiologia é só uma das áreas em que a terapia pode dar certo — diz.

Também a ortopedia tem conseguido bons resultados com o uso de células-tronco do próprio paciente para tratar fraturas de ossos longos, como o fêmur, que não se curam ou demoram a se consolidar. Ortopedistas da UFF, liderados por Vinícius Schott Gameiro, avaliam a técnica na Unidade de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Antônio Pedro. Com Douglas Ribeiro, de 31 anos, que fraturou o fêmur num acidente de moto em 2007, funcionou:

— A fratura não consolidava; eu não andava. A terapia acelerou o processo. Hoje, voltei a jogar futebol — festeja.

Na prática, a área mais beneficiada até agora é a dermatologia. A terapia celular tem sido usada em clínicas para melhorar a qualidade da pele envelhecida, no preenchimento de rugas, sulcos e cicatrizes de acne.

Nestes casos, a terapia consiste na extração de fibroblastos (produtores de colágeno e elastina), a partir de uma amostra de pele ou gordura, e em sua reinjeção na derme, explica a dermatologista Paula Bellotti, que trabalha com o Laboratório Excellion e com o professor Radovan Borojevic, titular do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. Elizabeth Khoury Raposo, de 68 anos, fez duas aplicações, associadas a outros tratamentos dermatológicos, e aprovou.

— Rejuvenesci. Parece que estou vendo o meu álbum de fotografias de trás para a frente — brinca.

SAIBA MAIS SOBRE A "CONDROPATIA",TAMBÉM CHAMADA DE JOELHO CORREDOR

26/02/2012


Doença é comum em mulheres e corredores.

Praticantes de atividades físicas devem redobrar cuidados.


Fortes pontadas nos joelhos ao dirigir, subir e descer escadas ou ao agachar para pegar objetos. Os desagradáveis sintomas são comuns para boa parcela da população. Condromalácia patelar, síndrome da dor patelofemoral e joelho de corredor são muitos os nomes dados à condropatia, lesão confundida muitas vezes com a inflamação do tendão. Provocada pelo desgaste das cartilagens da patela o osso mais saliente do joelho em contato com a do fêmur, a doença é bastante comum no público feminino e em corredores.

Existem vários fatores que devem ser levados em conta. Um deles é a fraqueza da musculatura dos glúteos, que faz com que a pelve fique caída e sobrecarregue os joelhos. A sobrecarga faz com que os joelhos tendam a ficar para dentro e, enquanto a patela deveria ficar encaixada no fêmur, fica deslocada, o que causa o desgaste, explica o fisioterapeuta Pedro Ivo Almeida.

Além da causa genética, uma das razões para o aparecimento da condropatia é o uso inadequado de aparelhos de ginástica, como o leg press, que exigem força excessiva aplicada na patela. Se o joelho estiver com alguma lesão, as dores aparecerão.

Descrita como uma ardência ou pontada ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, mesmo sem forçá-lo, a doença pode provocar também crepitação e estalos, muitas vezes audíveis. Se descoberta ainda em grau inicial, é possível ser tratada apenas com exercícios de fisioterapia e em graus elevados, exigir cirurgia.

O ortopedista Paulo Henrique Araujo acrescenta que outras lesões comuns na região são ligamentares, meniscais e condrais (cartilagem). Elas ocorrem, normalmente, em decorrência de traumas relacionados à prática desportiva, como o rompimento do ligamento colateral medial e do cruzado anterior, frequente em jogadores de futebol.


Recomendações


:: Coloque gelo no joelho após os exercícios

:: Quando possível, evite subir e descer escadas

:: Garanta lugar suficiente para a perna no carro ou no seu lugar de trabalho, evitando manter o joelho flexionado mais de 90 graus por muito tempo.

:: Mantenha boa postura e evite cruzar as pernas por longos períodos.

:: Não sente sobre as pernas com o joelho em hiperflexão.

:; Quando estiver deitado, não deixe o peso do corpo pressionar ou mover a patela, usando um travesseiro para manter os joelhos levemente separados.

HEPATITE "C" MATA MAIS DO QUE "HIV" NOS ESTADOS UNIDOS

24/02/2012


Quadro se deve ao sucesso nos tratamentos de Aids e ao reforço em programas de prevenção, dizem pesquisadores.


 Mais de 15 mil pessoas morreram por infecção de hepatite C em 2007 nos Estados Unidos, enquanto a Aids provocou 12.734 mortes no mesmo período, segundo dados dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, publicados nos Anais da Medicina Interna. O estudo foi divulgado nesta semana.

Antes de 2007, o vírus do HIV causava mais mortes do que a hepatite C, que em média não causa sintomas e pode ser transmitida entre usuários de drogas injetáveis ou através de relações sexuais sem proteção com pessoas infectadas.

Cerca de 1,5% da população estadunidense tem hepatite C, o que a torna uma das causas mais comuns de doenças crônicas do fígado no país, segundo a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos. A doença pode provocar cirrose e câncer de fígado.

Os tratamentos para eliminar o vírus do sangue incluem injeções semanais de interferon alfa pegilado e tomar duas vezes ao dia uma cápsula chamada Ribavirina. No entanto, não existe uma vacina para a hepatite C.

Os pesquisadores afirmaram que a mudança nos índices de mortalidade se deve amplamente ao sucesso dos tratamentos do HIV. "A diminuição de mortes por infecção de HIV nas últimas décadas reflete a disponibilidade e utilização de terapias altamente eficazes assim como a colocação em prática no nível nacional de programas de prevenção e tratamento", completou o estudo.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a hepatite C provocou 14.873 mortes entre 2000 e 2010.

OS SEGREDOS DA LEMBRAÇA.

25 de fevereiro de 2012 


Formação de memória de curto prazo depende de sincronia de áreas cerebrais.


A palavra memória evoca recordações importantes, como a infância, a formatura, o nascimento do filho.Nem só de fatos marcantes, porém, é composto o sistema de estocagem de informação do cérebro. Ao ter de decorar temporariamente um número de telefone ou a placa de um carro, a memória também entra em ação. Apesar de a tarefa parecer bastante simples, cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, descobriram que, na verdade, esse é um complexo sistema, que depende do funcionamento sincronizado de diferentes áreas cerebrais.

Segundo Stefanie Liebe, pesquisadora do Instituto Planck para Cibernética Biológica e principal autora da pesquisa alemã, as investigações sobre a memória de curto prazo – nome dado ao armazenamento de informações que logo serão esquecidas – ainda são muito restritas para um assunto tão instigante.

Já parou para pensar que conseguimos nos lembrar de coisas que aconteceram há 10, 20 anos, mas, de um dia para o outro, podemos não recordar o nome de uma pessoa que nos foi apresentada ou, o que ocorre mais frequentemente, onde foi que colocamos os óculos – questiona.

Gregor Rainer, cientista que conduziu o estudo em laboratório, explica que é importante para o cérebro apagar parte das informações processadas ao longo do dia.

A primeira fase da estocagem de informação é o contato sensorial. Passamos o dia inteiro vendo e ouvindo coisas. Imagine se tudo isso ficasse guardado. Já outras informações, como o nome de uma loja, são armazenados só por um pequeno período – diz.

O pesquisador afirma que já se sabe que algumas regiões na parte frontal do cérebro estão envolvidas na formação e estocagem da memória de curto prazo, enquanto o processamento da informação visual acontece primeiramente na parte de trás do órgão.

Como isso acontece, porém, é um mistério que teremos que desvendar – afirma.


CAPACIDADE MELHORADA.

Em outro estudo, neurologistas americanos demonstraram que é possível aumentar a memória por meio da estimulação de uma determinada zona do cérebro, de acordo com um estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine. Os cientistas, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, se concentraram no córtex entorrinal, uma região-chave do cérebro relacionado à memória e principal passagem antes do hipocampo, a área responsável pelo processamento dos sinais e o desenvolvimento da memória.

O córtex entorrinal é a porta de acesso à unidade central da memória – disse à agência France-Press Itzhak Fried, professor de neurocirurgia da Escola de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, principal autor da pesquisa. Segundo ele, toda a experiência visual ou sensorial que guardamos na memória passa por essa porta para chegar ao hipocampo. Nossos neurônios devem enviar mensagens através dessa passagem para que a memória se forme, e a lembrança possa ser recuperada conscientemente.

Nossos resultados fornecem evidências de um possível mecanismo para aumentar a memória, sobretudo nas pessoas idosas ou que sofrem de demência precoce – afirma Fried, dizendo que foi estudada uma amostra pequena de pacientes, razão pela qual os resultados devem ser interpretados com cuidado.


CÂMERA ANALISA APOSENTADORIA DE PORTADOR DE ESCLEROSE MÚLTIPLA SEM PERÍODO DE CARÊNCIA

24/02/2012


A autora explica que a Esclerose Múltipla aumenta progressivamente.


A Câmara analisa proposta que inclui a Esclerose Múltipla no rol de doenças que possibilitam a concessão imediata, sem período de carência, do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez aos portadores filiados ao Regime Geral de Previdência Social. A medida está prevista no Projeto de Lei 3113/12, da deputada Sandra Rosado (PSB-RN).

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica que leva à destruição das chamadas bainhas de mielina, que recobrem e isolam as fibras nervosas. O resultado é uma piora geral no estado de saúde, com fraqueza muscular, rigidez e dores nas articulações, e falta de coordenação motora. Em alguns casos, a doença pode levar a insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinárias, alterações visuais graves, perda de audição, depressão e impotência.

A Esclerose Múltipla é, até o momento, irreversível, incapacitando o portador à medida que avança. Além da dificuldade para se locomover, o doente pode perder a autonomia para comer, falar, mexer as mãos e ficar de pé por muito tempo, pois a doença pode afetar toda a musculatura.

A Lei 8.213/91 já descarta a necessidade do cumprimento do período de carência para concessão do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez nos casos de algumas doenças, como Aids, tuberculose, hanseníase, doença de Parkinson, paralisia irreversível e cardiopatia grave. “Quase todas essas doenças são de lento desenvolvimento e apresentam quadro progressivo, como é o caso da Esclerose Múltipla”, comparou Sandra Rosado.


Tramitação

O projeto ainda não foi distribuído às comissões da Câmara.

NO RITMO DO FÓRUM MUNDIAL DA BICICLETA,VEJA 10 MOTIVOS PARA COMEÇAR A PEDALAR

22/02/2012 


Além de alternativa para a mobilidade urbana, andar de bicicleta também é um ótimo exercício.

Evento em Porto Alegre reúne entusiastas da bicicleta como meio de transporte.



Desde 12 de maio de 2011, os holandeses Hilde de Leeuw e Tos Alles estão viajando sem usar uma gota de gasolina. Para cruzar o Atlântico, eles pegaram carona com dois brasileiros que viajavam em um veleiro, e conseguiram chegar até Recife (PE), de onde seguiram até o sudeste brasileiro, passando pelo interior de Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A partir dali, vieram até Porto Alegre margeando o litoral.

Eles contarão sua história “De casa para o mundo”, no térreo da Usina do Gasômetro, na sexta-feira, às 9h. O relato da dupla faz parte do 1º Fórum Mundial da Bicicleta, que ocorre de 23 a 26 de fevereiro, na capital gaúcha. A proposta é abrir espaço para discutir o futuro das cidades e o papel da bicicleta nos âmbitos social, econômico, ambiental, esportivo e cultural. A data foi escolhida porque em 25 de fevereiro o atropelamento dos ciclistas da Massa Crítica em Porto Alegre completará um ano.

O Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre também terá espaço na programação desta sexta-feira, às 10h, em um painel que reunirá a urbanista inglesa Fiona Roy, especialista em mobilidade, e o arquiteto Régulo Franquine Ferrari, coordenador de Projetos de Mobilidade da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).


A programação completa e mais informações sobre o encontro estão disponíveis no site www.forummundialdabici.com.


Dez motivos para começar a pedalar.

Além de ser cada vez mais difundida como uma alternativa para a mobilidade urbana, andar de bicicleta é uma atividade física que reduz o estresse, evita o infarto e aumenta a imunidade. É o que garante o médico Hassan Ahmed Yassine Neto, cirurgião torácico do Hospital e Maternidade São Luiz e coordenador médico World Bike Tour, realizado no fim de janeiro, em São Paulo. É ele também quem lista as 10 razões para começar a pedalar:

1. Combate estresse e depressão — as contrações cardíacas tornam-se mais eficazes e, com isso, o sangue chega mais rapidamente ao cérebro, diminuindo a incidência de ansiedade, angústia e depressão. 

2. Desintoxica — com o aumento da sudorese durante a pedalada, o processo de metabolismo se acelera e contribui com a eliminação de substâncias tóxicas do organismo. 

3. Emagrece — combinadas a uma dieta saudável e com baixas calorias, as pedaladas auxiliam na perda e controle de peso, além de favorecer o emagrecimento, reduzindo a gordura corporal. 

4. Melhora o sono — o ato de pedalar estimula a liberação das endorfinas (morfinas endógenas — que fazem com que o indivíduo seja mais feliz) e aumenta também os níveis de serotonina (o chamado hormônio da felicidade), gerando o relaxamento, fatores essenciais para um sono saudável. 

5. Reduz colesterol e triglicerídeos — com a prática constante do ciclismo, ocorre consumo das gorduras e diminuição do colesterol total e LDL (colesterol ruim), além dos triglicerídeos. 

6. Evita o infarto — ocorre também diminuição da glicemia, controlando a diabetes, que é fator de risco para a formação da placa aterosclerótica, que leva à angina e ao infarto agudo do miocárdio. 

7. Diminui a pressão arterial — pedalar com frequência tonifica os vasos sanguíneos (artérias e veias) e faz com que eles relaxem mais facilmente, contribuindo com a diminuição da pressão arterial, que é um importante fator de risco para doenças coronarianas. 

8. Aumenta a imunidade — com a melhora na contração cardíaca, o sistema imune fica estimulado e eleva a produção de glóbulos brancos, ajudando o organismo a se defender de vírus e bactérias. 

9. Melhora a respiração — o esforço das pedaladas aumenta a frequência cardíaca, melhorando a oxigenação dos pulmões e dos tecidos. 

10. Garante boa forma e fôlego de atleta — a prática recorrente do ciclismo tonifica os músculos das pernas, além de aumentar o desempenho aeróbico e cardiovascular. 

PSICÓLOGO DÁ DICAS PARA VOLTAR À ROTINA DE ESTUDOS E TRABALHO SEM ESTRESSE

22/02/2012 



Organize a agenda com os compromissos e datas importantes.

Folga pode servir como gatilho para um processo depressivo derivado de insatisfação profissional.


Fala-se que o ano só começa mesmo depois do Carnaval. Pois a Quarta-feira de Cinzas está aí. Fim de férias, volta ao trabalho, começo de ano letivo. Voltar à rotina, muitas vezes, é doloroso nesta época.

Encarar o trânsito, os horários e as obrigações se torna mais difícil quando permitimos que o desânimo e a síndrome pós-férias se instale em nossos pensamentos — alerta o psicólogo Fernando Elias José.

Se o desconforto acomete quase todos os que voltam, o psicólogo recomenda atenção à duração e às manifestações de ansiedade causadas pelo retorno.

Muitas vezes, esse desconforto é causado por problemas que se acumulam no campo profissional, mas que estavam ocultos há muito tempo — destaca.

Nesses casos, segundo o especialista, as férias servem de gatilho para o começo de um processo depressivo derivado de uma insatisfação profissional ou dúvida em relação à área de estudos escolhida. A saída é repensar os planos e redirecionar os esforços, se for o caso, com ajuda psicológica.


Dicas para um retorno tranquilo

:: Alguns dias antes de retomar as atividades, procure acordar e dormir um pouco mais cedo para que o organismo vá se adaptando.

:: Reconheça sua dificuldade de readaptação para não desencadear o estresse e perder a motivação. É perfeitamente normal que nos primeiros dias de trabalho a pessoa fique meio perdida.

:: Não abandone os hábitos saudáveis que adquiriu durante as férias, como caminhadas ao ar livre e alimentação mais leve.

:: Mantenha contato com os amigos que reencontrou nos momentos de lazer. O vínculo com os amigos é um grande estímulo para manter bom astral.

:: Organize a agenda com os compromissos e datas importantes.

:: Coloque no papel seus planos para os próximos meses. Sonhar com as próximas viagens é uma das formas de conseguir estímulo para o resto do ano.

:: Mantenha bons pensamentos em relação aos desafios e novos projetos que virão ao longo de 2012.
psicológica.


VEJA O QUE FAZER EM CASOS DE ENTORSE DO TORNOZELO

21/02/2012 


Calçadas em desnível podem ser armadilhas.

Sem o tratamento adequado, ligamentos ficam fragilizados e sujeitos a novas lesões.

Calçadas em desnível, calçado inadequado, um degrau que passou despercebido ou até mesmo a perda de equilíbrio podem causar uma torção no tornozelo. Parece uma lesão simples, mas podem ocorrer complicações. Para fazer o diagnóstico correto, só consultando um especialista.

Dependendo do grau da entorse, são observados sintomas como dor, edema (inchaço), hematoma, rigidez articular e dificuldade para andar. A entorse pode acontecer para fora (de inversão) e para dentro (eversão). No primeiro caso, que responde por 90% das torções, o tornozelo se desloca para fora. Já na eversão, o tornozelo se desloca para dentro, projetando a sola do pé para fora.

Logo depois que a entorse acontece, o uso da bolsa de gel ou da bolsa térmica e a elevação do pé contribuem para diminuição da dor, do inchaço e de possíveis hematomas — recomenda a fisioterapeuta Tânia Fleig.

A elevação da perna contribui para a circulação sanguínea. Tânia alerta que o uso de anti-inflamatórios ou do gesso devem ser indicados exclusivamente por médicos. Já o uso de imobilizadores tipo órtese podem ser prescritos tanto por médicos como por fisioterapeutas. A reabilitação é importante para a recuperação total e o retorno às atividades físicas e caminhadas do dia a dia de forma segura, sem riscos de novas lesões.

— Se a lesão não for tratada corretamente, além dos ligamentos e músculos se afrouxarem, as células da propriocepção não estarão funcionando 100% e isso deixa a articulação instável, facilitando novas torções — explica a fisioterapeuta.

O tratamento de reabilitação varia conforme a gravidade da entorse. Quando é considerada leve (grau I), além da fisioterapia, é indicado de uma a duas semanas de crioterapia (uso do gelo), compressão, elevação e fortalecimento muscular. No caso de uma lesão média (grau II), a imobilização deve durar cerca de quatro semanas, também com a crioterapia, fortalecimento muscular e fisioterapia associados. Já no caso de uma lesão grave (grau III) a cirurgia é necessária e o prazo de recuperação é de oito a 12 semanas.

CADA SER HUMANO TEM CERCA DE 100 GENES ¨QUEBRADOS¨

19.02.2012




Uma nova análise de 185 genomas humanos indica que cada um de nós tem cerca de 100 genes “quebrados”. Alguns desses genes mutados causam efeitos prejudiciais, mas muitos parecem inofensivos, e alguns até parecem ter algum benefício.

Descobrir o que é normal no genoma pode ajudar pesquisadores a entender melhor as doenças e as mutações que podem causá-las.

“Atualmente, existem milhares de pacientes com doenças que estão tendo seus genomas sequenciados como parte de estudos em todo o mundo”, disse o pesquisador Daniel MacArthur. “Nosso estudo vai tornar as sequências do genoma mais fáceis de se interpretar – por exemplo, os pesquisadores serão capazes de ver se as mudanças encontradas no DNA são ‘não essenciais’, o que significa que é menos provável que sejam causadoras de doenças”, explica.

Os pesquisadores examinaram especificamente 20.000 genes codificadores de proteínas, que são genes que direcionam a produção de proteínas, as moléculas que fazem parte do trabalho em nossas células.
Os genes codificadores de proteínas representam apenas cerca de 1,5% do genoma humano. Eles analisaram 185 genomas humanos em busca de genes quebrados, definidos como os genes incapazes de produzir proteínas devido a uma mutação (mudança da sua sequência de DNA).

O grupo examinado continha uma variedade de etnias, da Nigéria, Estados Unidos, China e Japão. Eles encontraram 1.285 genes quebrados, ou cerca de 100 por pessoa.

“As versões inativas dos genes estão associados com muitas características diferentes”, disse MacArthur. A maioria dessas mutações parece estar em genes “não essenciais”. “Nos casos em que a inativação é comum na população, os genes quebrados tendem a ser características benignas, como tipo de sangue, ou a capacidade das pessoas de cheirarem substâncias específicas”.

26 dos genes quebrados identificados já foram anteriormente ligados a doenças graves (como fibrose cística), e 21 pareciam desempenhar um papel causador de doença (porque está ligado a proteínas críticas no corpo), mas não foram associados a doença antes.

“Encontramos também vários casos de mutações inativadoras muito raras que são conhecidas por envolvimento em doenças muito graves, como distrofia muscular”, disse MacArthur. “Em todos os casos, essas mutações raras eram encontradas apenas em uma cópia de genes de uma pessoa, enquanto precisam estar presentes em duas cópias para causar a doença. Essas pessoas não são afetadas, mas são portadoras de tais mutações da doença”.

Cerca de 20 dos genes mutados em uma determinada pessoa foram duplamente discriminados, ou seja, ambas as cópias (uma de sua mãe e um do seu pai) tinham perdido a sua função. 

No conjunto, 253 genes duplamente quebrados – cerca de 1% – pareciam não ter nenhum efeito sobre a saúde da pessoa. Ao analisar as características destes genes, e identificá-los como benignos, eles podem ser úteis na análise do genoma de outras pessoas, para eliminá-los como causas potenciais de doença.[LiveScience]