LUIZ GUSTAVO FAZ IMPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO PARA RECUPERAR O JOELHO

TV Globo | 30/05/2011 | 18:24

Ator se submeteu a uma artroscopia no último sábado (28)

 

Diagnosticado com artrose - um desgaste da cartilagem que afeta as articulações que suportam peso ou que fazem movimentos em excessos -, Luiz Gustavo passou por uma artroscopia com implante de células-tronco para a recupeeração do joelho direito, na manhã de sábado (28), no Hospital São Luiz, em São Paulo.
De repouso em sua casa na cidade de Itatiba, no interior de São Paulo, Luiz Gustavo está passando a maior parte do tempo sentado e com as pernas para cima para estancar um sangramento dos pontos.
O ator conversou com O Fuxico e contou sobre sua recuperação:
"Estou bem, mas está vazando um pouco de sangue entre os pontos, isso acontece principalmente quando fico sentado com a perna para baixo ou ando, mas à noite, quando durmo ou então quando coloco a perna direita para cima, o sangramento para", contou o ator.
Ainda segundo Luiz Gustavo, o sangramento não é grave e está sendo devidamente medicado.
“Ontem os médicos vieram em casa e me receitaram antibióticos e anti-inflamatórios. Estou seguindo à risca tudo o que falaram. Além disso, estou trocando sempre os curativos, passando soro, fazendo tudo certo como deve ser", disse.
Luiz Gustavo, que está andando de muleta, diz que não está dirigindo e tenta conter seu vício de balançar as pernas, tudo isso para evitar o vazamento de sangue.  
Mesmo com o problema, o ator que atuou como Mario Fofoca, em Ti-ti-ti, não para de trabalhar. Luiz Gustavo estará no elenco da próxima novela das 18h, da Globo, A vida da Gente, e já se prepara para o novo papel.
"Eu fico trabalhando no computador, lendo os capítulos a sinopse, trocando e-mails com o escritor, mas tendo a ficar sempre com a perna em cima da mesa para não sangrar”, explicou.
Bem animado, Luiz Gustavo terminou a entrevista avisando aos fãs que está bem e que logo voltará à sua rotina normal.

ANVISA ALTERA REGRAS PARA BANCOS DE EMBRIÕES.

30/05/2011 - 16:13

Com novas normas, agência espera garantir mais segurança ao paciente.

 

Embrião humano com 40 dias: Anvisa mudou regras que regulam os Bancos de Células e de Tecidos Germinativos 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União, a nova resolução que atualiza as normas que regulam os Bancos de Células e de Tecidos Germinativos (BCTG),  que são responsáveis pelo armazenamento de óvulos, espermatozóides e embriões. As mudanças foram definidas na última quinta-feira, durante reunião da Diretoria Colegiada da agência, e pretendem dar mais segurança aos pacientes que passam por procedimentos de fertilização in vitro.
O novo texto altera as regras da resolução anterior, de 2006, que definia os requisitos mínimos para o funcionamento desses bancos. Os estabelecimentos abrangidos pela resolução terão 120 dias para se adaptar às novas regras. Entre as principais mudanças está a exigência de informações mais detalhadas nos relatórios sobre a reprodução assistida, que serão posteriormente enviados pelo sistema SisEmbrio, o Sistema de Controle de Embriões, criado pela Anvisa. Os bancos precisarão informar, entre outras coisas, o número de embriões armazenados e transferidos para as pacientes e o número de óvulos captados.
O termo de consentimento também passa a ser mais minucioso. Entre os itens que constarão do documento estão a autorização da paciente receptora, no caso de recebimento de óvulos doados a fresco (quando óvulo ou espermatozoide é doado na hora, sem congelamento), contendo informações claras sobre a possibilidade de ela contrair doenças infecciosas; e autorização para descarte das amostras, caso elas não atendam aos critérios para armazenamento ou uso. O descarte do material, quando for necessário, será de responsabilidade do banco e deve responder às normas previstas pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
Os procedimentos chamados de críticos na reprodução assistida (aqueles que se amparam em tecnologia de ponta) que envolvem a coleta de óvulos, a fertilização in vitro e o congelamento de células e tecidos terão que ser validados segundo padrões técnico-científicos reconhecidos. “Isso significa que eles não poderão ser realizados de maneira aleatória ou conforme a decisão de cada banco de células. Todos esses procedimentos deverão ser embasados em pesquisa publicadas e em procedimentos reconhecidos”, disse à VEJA Geni Neumann, responsável pela Gerência Geral de Sangue, outros Tecidos, Células e Órgãos da Anvisa.

ESCLEROSE MÚLTIPLA GERA DIFICULDADES VISUAIS.

Terça-feira, 31 de maio de 2011 0:00 

 

A Esclerose Múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pacientes em todo o mundo. É uma doença do sistema nervoso central inflamatória autoimune (quando as defesas do organismo deixam de reconhecer o próprio corpo passam a atacar tecidos saudáveis do organismo, além dos vírus e bactérias). A Esclerose Múltipla compromete a qualidade de vida de seus portadores, pois gera dificuldades visuais, sensitivas e motoras. Tais alterações costumam surgir precocemente e se agravam com o passar dos anos, variando de um paciente para outro.

Os sintomas mais comuns da doença são a perda da acuidade visual que pode ocorrer em um ou ambos os olhos; perda de força muscular em um braço ou perna, dificuldade de coordenação motora, tremor, disfunção da bexiga e dos intestinos provocando incontinência. Esses sintomas se desenvolvem em duas a quatro semanas em pacientes jovens, na faixa etária que vai dos 20 aos 40 anos, e podem melhorar espontaneamente nos primeiros anos de doença.

Com o passar dos anos, o paciente pode ainda apresentar apatia, desatenção, euforia, choro súbito, entre outras dificuldades.

O tratamento proporciona uma estabilização da doença e permite que o portador da Esclerose Múltipla tenha melhor qualidade de vida.

Diagnosticada e tratada precocemente, os medicamentos podem retardar o desenvolvimento de novos surtos e riscos de incapacidade neurológica causada pela doença.

Por Yasmin Barcellos

PESQUISA MOSTRA QUE ESTRESSE NÃO É FATOR DE RISCO PARA ESCLEROSE MÚLTIPLA.

 
30/05/2011 19h44 - Atualizado em 30/05/2011 19h44

Novos resultados desafiam o que a medicina acreditava anteriormente.
Estudo acompanhou mais de 300 mil mulheres a longo prazo.

Uma pesquisa publicada hoje reacende o debate científico sobre a relação entre o estresse e a Esclerose Múltipla. Segundo o artigo, não existe relação aparente entre os dois. Isso contraria estudos anteriores, que afirmavam que o estresse aumentaria o risco do desenvolvimento da Esclerose Múltipla.

O estudo considerou ao todo mais de 300 mil enfermeiras, divididas em dois grupos. O primeiro grupo tinha 121.700 mulheres entre 30 e 55 anos e começou a ser acompanhado em 1976; em 2005, 77 tinham desenvolvido Esclerose Múltipla. O segundo grupo, com 116.671 enfermeiras entre 25 e 42 anos, foi estudado entre 1989 e 2004, e 292 casos da síndrome foram identificados.
Segundo Trond Riise, cientista da Universidade de Bergen, na Noruega, que liderou a pesquisa, a diferença se dá porque o risco de Esclerose Múltipla é particularmente alto entre mulheres jovens.

As participantes foram entrevistadas em relação ao estresse no trabalho e em casa, levando em conta abusos sexuais na infância e na adolescência. Outros fatores considerados foram idade, etnia, local de nascimento, massa corporal aos 18 anos de idade e fumo. Os resultados mostraram que nem o estresse nem os abusos sexuais implicaram aumento no risco de esclerose.

“Isso elimina o estresse como um fator de risco importante para a Esclerose Múltipla. As pesquisas futuras agora podem focar em medidas mais bem ajustadas do estresse”, concluiu Riise. O estudo foi publicado pela revista “Neurology”, da Academia Norte-americana de Neurologia.

Esclerose Múltipla.

Doença inflamatória do sistema nervoso central provoca dificuldades visuais, sensitivas e motoras

A Esclerose Múltima atinge cerca de 2,5 milhões de pacientes em todo o mundo. É uma doença do sistema nervoso central inflamatória autoimune (quando as defesas do organismo deixam de reconhecer o próprio corpo passam a atacar tecidos saudáveis do organismo, além dos vírus e bactérias). A Esclerose Múltipla compromete a qualidade de vida de seus portadores, pois gera dificuldades visuais, sensitivas e motoras. Tais alterações costumam surgir precocemente e se agravam com o passar dos anos, variando de um paciente para outro.

Os sintomas mais comuns da doença são a perda da acuidade visual que pode ocorrer em um ou ambos os olhos; perda de força muscular em um braço ou perna, dificuldade de coordenação motora, tremor, disfunção da bexiga e dos intestinos provocando incontinência. Esses sintomas se desenvolvem em duas a quatro semanas em pacientes jovens, na faixa etária que vai dos 20 aos 40 anos, e podem melhorar espontaneamente nos primeiros anos de doença.

Com o passar dos anos, o paciente pode ainda apresentar apatia, desatenção, euforia, choro súbito, entre outras dificuldades.

O tratamento proporciona uma estabilização da doença e permite que o portador da Esclerose Múltipla tenha melhor qualidade de vida.

Diagnosticada e tratada precocemente, os medicamentos podem retardar o desenvolvimento de novos surtos e riscos de incapacidade neurológica causada pela doença.

Por Yasmin Barcellos

CÉLULA DA PELE É TRANSFORMADA EM NEURÔNIO

Segunda-feira, 30 de maio de 2011 - 12h18



SÃO PAULO – Quatro proteínas. Isso foi tudo o que os pesquisadores da Universidade de Stanford precisaram para converter células da pele humana em neurônios.

O feito é significativo, pois elimina a necessidade de se criar primeiro as chamadas células tronco pluripotentes induzidas (iPS) e facilita a fabricação de neurônios em laboratório.


Com isso, os pesquisadores chegam cada vez mais perto de imitar doenças cerebrais ou neurológicas in vitro e, quem sabe um dia, usar esse material para terapias humanas.
A pesquisa é paralela a uma já feita em 2010 pelos próprios pesquisadores de Stanford, na qual células da pele de ratos foram transformadas em neurônios. O sucesso com os roedores fez os cientistas aplicarem uma técnica parecida nas células humanas, cuja primeira etapa foi converter células tronco embrionárias em neurônios. Isso foi feito por meio de uma combinação de proteínas (Brn2, Ascl1 e Myt1l), um tratamento que recebeu o nome de BAM. O mesmo processo funcionou em células tronco pluripotentes induzidas.
O próximo passo foi o grande desafio: fazer o mesmo com células epiteliais. Utilizando células já maduras da pele de fetos e recém nascidos, os pesquisadores descobriram que o tratamento BAM as fazia ficar bastante parecidas com neurônios, porém estes eram incapazes de gerar sinais elétricos e se comunicar. Foi então adicionada uma quarta proteína, a NeuroD; com a nova combinação, as células epiteliais se transformaram em neurônios funcionais em quatro a cinco semanas. Além de expressarem atividade elétrica, eles se integraram e interagiram com neurônios de rato criados nas placas do laboratório.
A pesquisa, embora significativa, ainda possui limitações se comparada à feita com roedores em 2010. Cerca de 20% das células da pele de ratos podem virar neurônios, contra somente 2% a 4% das humanas.  Além disso, em humanos, os neurônios criados a partir de células epiteliais levam mais tempo para se formar e emitem sinais mais fracos.


DIA MUNDIAL DA ESCLEROSE MÚLTIPLA É MARCADO POR PROTESTO NO RIO GRANDE DO SUL.

29/05/2011 às 14h14: 

 

Manifestantes distribuem folhetos com explicações sobre a Esclerose Múltipla e a necessidade de fazer exames de prevenção.

Pacientes criticam mudança na distribuição do coquetel que atrasou remessas do remédio

No Dia Mundial da Esclerose Múltipla, portadores da doença protestaram  neste domingo (29) pela dificuldade de acesso aos medicamentos, no Parque da Redenção, em Porto Alegre.
Conforme a conselheira da Associação Gaúcha de Esclerose Múltipla, Maria Helena Machado, desde a troca dos governos estadual e federal houve uma mudança no sistema de distribuição do coquetel usado pelos portadores, o que faz com que as remessas de remédios atrasem todo o mês. Conforme a associação, o custo de cada ampola de remédio pode chegar a R$ 3.000, o que torna inviável a compra.

Os portadores da doença também aproveitam para esclarecer a população sobre sintomas da doença e a necessidade de fazer exames. A Esclerose Múltipla é uma doença do Sistema Nervoso Central, lentamente progressiva que pode provocar problemas visuais, distúrbios da linguagem, da marcha, do equilíbrio e da força. O diagnóstico pode ser feito através de exames neurológicos.

No Estado gaúcho, 1.264 portadores da doença são cadastrados no sistema de distribuição de medicamentos. O repasse é feito aos almoxarifados regionais e depois às farmácias dos municípios. A Secretaria Estadual da Saúde só registrou falta de medicamentos na regional de Santa Maria e a coordenadora da política de Assistência Farmacêutica da pasta, Irene Prazeres, garante que já foram resolvidos.


QUANTO CUSTA COLETAR AS CÉLULAS-TRONCO DO CORDÃO UMBILICAL DO BEB

27/05/2011 - 10h10

Saúde: quanto custa coletar e guardar as células-tronco do cordão umbilical do bebê?

 SÃO PAULO – Graças a capacidade de se transformar em diversos tipos de células saudáveis, ajudando a combater, atualmente, mais de 80 tipos de enfermidades, como leucemia, talessemia e anemias, cada vez mais, cresce o número de pais que optam por coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical do bebê.

De acordo com o BCU-Brasil (Banco de Cordão Umbilical), ligado ao Ipctron (Instituto de Pesquisa de Células-tronco), entre janeiro e abril deste ano, o número de famílias que opta por colher e armazenar o sangue do cordão umbilical cresceu 148%, em relação a igual período do ano passado. Diante de tais dados, fica a pergunta: quanto custa tal garantia?


Segundo o médico e sócio diretor do BCU-Brasil, Alexandre Maximiliano, a coleta do cordão umbilical no momento do parto custa em torno de R$ 3.500 e a manutenção do material sai por R$ 600 anuais em média, variando conforme a região do país.


 Como funciona?
O médico explica que, após a contratação do serviço, a paciente recebe um kit para coleta, que pode ser utilizado em caso de emergência. A coleta pode ser feita tanto pelo médico que realiza o parto, como por um profissional enviado pela empresa.

Feita a coleta, o material é dividido em quatro recipientes e armazenado por tempo indeterminado, podendo ser utilizado mais de uma vez, em em eventuais necessidades.


Maximiliano esclarece ainda que os pais não pagam nada para utilizar o material e, dependendo do caso, podem ter o dinheiro do armazenamento devolvido, na hipótese de o material não estar em condição de uso.


De acordo com a lei, o material coletado só pode ser utilizado para tratamento de doenças do próprio bebê. Entretanto, diz o médico, já há casos em que a Justiça autoriza a utilização das células-tronco armazenadas para tratamentos de doenças que acometem os pais ou irmãos da criança.

FONTE: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/05/27/saude-quanto-custa-coletar-e-guardar-as-celulas-tronco-do-cordao-umbilical-do-bebe.jhtm


MENINO DE 12 ANOS,PORTADOR DE DOENÇA RARA,ESCREVE UM LIVRO.

27/05/2011 06h18min

 Na obra, Marcos Coelho Cezar mostra a todos suas ideias, sentimentos e a luta contra a enfermidade.
"Marcos Coelho Cezar é um guri inteligente, crítico e curioso. É criativo, gosta de desenhar e é muito romântico. Locomove-se em uma cadeira de rodas. E isso é o que o diferencia da maioria dos adolescentes."
É com palavras simples, cheias de sinceridade e emoção, como no trecho acima, que Marcos, 12 anos, se apresenta aos seus leitores. Foi por meio de um livro que o menino de sorriso meigo e jeito reservado encontrou uma forma de apresentar ao mundo suas ideias e sentimentos.
– Quem já leu, diz que é show – conta, satisfeito, o jovem autor.
Os originais começaram a ser escritos no ano passado, durante os encontros com a psicóloga Maria Cristina Abreu, do Centro de Reabilitação São João Batista - Educandário.
Doença causa fraqueza
Marcos se trata na instituição desde os sete anos, depois que descobriu ser portador de Distrofia Muscular de Duchenne, uma doença rara que causa fraqueza muscular e dificuldade de locomoção. Como o garoto mesmo diz no livro, "a gente vai perdendo a força, primeiro nas pernas e depois isso continua pelo resto do corpo".
– O Marcos sempre teve clareza para se expressar. Uma vez, ele tinha comentado que queria escrever um livro. Vejo ele muito faceiro com isso – relata a psicóloga, responsável por registrar as ideias do garoto.
Mãe chora, com orgulho
Emocionada com a conquista do filho, Elisiane Cristina Coelho, 36 anos, está orgulhosa com o resultado do projeto. E confessa:
– Não consigo ler sem chorar.
Uma família muito unida
Marcos mora com a mãe, o irmão Ivan, 11 anos, e a avó materna no Bairro Hípica. Uma vez por semana, ele vai ao Educandário para receber diversos tipos de atendimento, como fisioterapia. À tarde, estuda no quinto ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Araguaia.
– Ele tem muitas amizades bacanas na escola – relata a mãe.
Mas não são só amizades: Marcos vive rodeado de meninas, e as namoradas são inclusive motivo de conversas e brincadeiras entre ele e o irmão, que já se apaixonaram pela mesma garota. Em casa, os dois assistem à televisão e, quando vão bem na escola, a mãe autoriza a jogar videogame.
Namoradas serão o próximo assunto
Foram impressos 1 mil exemplares do livro, com o apoio da KNH Brasil Sul. Não há preço: cada um colabora como pode. O lucro servirá para continuar o tratamento do garoto.
Ele já teve uma sessão de autógrafos na escola e vai participar da Feira do Livro do Clube do Professor Gaúcho, na próxima sexta e sábado. Marcos sonha em escrever outro livro. E, como é um garoto romântico, o tema só poderia ser um: as namoradas. Falta apenas um patrocinador.
O trabalho do Centro
O Centro São João Batista é uma instituição filantrópica que atende crianças e adolescentes com deficiências físicas múltiplas, na Capital. A entidade sobrevive, principalmente, de doações e de trabalho voluntário.
Saiba como ajudar Marcos e o Centro no site www.educandario.org.br ou ligue para
3246-5655.


 

CIENTISTAS DESCOBREM COMO ESTUDAR DOENÇAS QUE ATINGEM CÉLULAS-TRONCO

27/05/2011

Pesquisadores desenvolveram um novo método para estudar uma rara doença genética que pode servir de modelo e facilitar a pesquisa de outros problemas que atingem células-tronco.

Doença genética
Um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, integrado por um brasileiro, desenvolveu um método para estudar em laboratório uma rara doença genética.
Essa doença pode servir de modelo e facilitar a pesquisa de outras doenças causadas pelo mau funcionamento do sistema celular.
O estudo foi descrito em um artigo publicado na revista Nature, cujo primeiro autor é o brasileiro Luís Francisco Zirnberger Batista.
Doenças que atingem as células-tronco
Por meio da pesquisa, os pesquisadores desenvolveram células pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês) de pacientes com disqueratose congênita.
Essa é uma doença rara, causada pelo rápido encurtamento de longas sequências repetitivas de DNA que ficam na extremidade dos cromossomos (os telômeros) - para estudar suas células-tronco.
Ao analisar essas células iPS, que são morfologicamente idênticas às células-tronco humanas, os pesquisadores conseguiram demonstrar, pela primeira vez, como funciona o mecanismo da doença, que varia de paciente para paciente dependendo das mutações em determinados genes de suas células.
Além disso, também observaram que as células-tronco dos pacientes com disqueratose congênita possuem uma capacidade de se renovar extremamente reduzida. O que explica as diferenças da severidade da doença, que abrange desde problemas de pigmentação da pele até a falência da medula óssea.
Telômeros
"Agora, com essas células iPS nós temos um sistema pelo qual podemos estudar em placa de cultura a disqueratose congênita. E isso pode servir de modelo para estudar outras doenças que atingem as células-tronco, como a anemia de Fanconi", disse Batista.
De acordo com o pesquisador, os pacientes com disqueratose congênita apresentam problemas em tecidos, como a pele e a medula óssea, onde as células-tronco estão em constante divisão para formar células especializadas. E, a cada vez que essas células se dividem, elas perdem um pedaço do cromossomo - neste caso, os telômeros.
Em função disso, os telômeros das células de pacientes com disqueratose congênita vão se encurtando progressivamente em cada divisão celular até chegar a um ponto de crise cromossômica em que a célula para de se dividir (entra em senescência), morre ou gera instabilidade genética, o que pode induzir ao câncer e ao envelhecimento celular.
"Os pacientes com disqueratose congênita têm, por exemplo, problemas nas unhas, pele e falência da medula óssea, o que indica defeitos na capacidade de suas células-tronco manterem a estabilidade desses tecidos", explicou Batista.
Mutação genética
Há cerca de doze anos descobriu-se que a doença está relacionada à mutação de diferentes genes de um complexo de enzimas responsáveis pela manutenção dos telômeros, a telomerase. Porém, esse complexo de enzimas só é ativo em células-tronco ou progenitoras, que também têm a capacidade de se diferenciar em um tipo especializado de célula .
Para poder estudá-los, os pesquisadores decidiram pegar células da pele (fibroblácitos) de diferentes pacientes com disqueratose congênita e reprogramá-las para se tornarem células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), conforme a técnica desenvolvida em 2006 pelo cientista japonês Shinya Yamanaka.
"Com essas células, nós podemos estudar uma forma de aumentar a eficiência da telomerase mutada que os pacientes com disqueratose congênita possuem. E nós mostramos no estudo que com terapia gênica é possível contornar a mutação desses genes", disse Batista.
Segundo o pesquisador, expressando telomerase mutada, os telômeros das células-tronco dos pacientes com disqueratose congênita mantidas em cultura foram encurtando progressivamente com o passar do tempo. E, quanto mais rápido o telômero das células em cultura encurtava, maior também era a severidade da doença nos pacientes.
Além disso, o encurtamento precoce do telômero fez com que as células tivessem uma vida em cultura muito curta, o que é uma característica incomum para células-tronco, que são capazes de se renovar em cultura por enormes períodos.
"O que nós vimos foi que o encurtamento do telômero das células desses pacientes acabou com a capacidade de autorrenovação dessas células, e acreditamos que é isso que acontece com as células-tronco adultas desses pacientes. Elas não conseguem mais se dividir, porque os telômeros ficam muito curtos. E isso acarreta nos problemas que eles apresentam nos tecidos, que precisam se dividir com mais frequência", afirmou Batista.
Células modelo
O estudo é o primeiro que utiliza células iPS indiferenciadas como modelo para estudos de doença que atingem as células-tronco.
Segundo Batista, os estudos realizados nos últimos dois anos com essas células foram voltados para pesquisar diferentes doenças não relacionadas às células-tronco. Além disso, nesses estudos as células iPS foram diferenciadas para analisar tecidos específicos, como células do sistema nervoso.
Já no estudo realizado pelo brasileiro e os pesquisadores norte-americanos, eles optaram por não diferenciar as células iPS de pacientes com disqueratose congênita, mesmo não tendo certeza se conseguiriam observar diferenças nelas.
"Nós ficamos muito felizes quando conseguimos ver que essas células iPS são o modelo perfeito para estudar a disqueratose congênita", afirmou.

 

Um passeio pela Esclerose Múltipla.

  • 2011-05-26


Para sensibilizar a população sobre as consequências de uma doença degenerativa do sistema nervoso central, algumas dezenas de pessoas participaram ontem, ao final da tarde, em Braga, na iniciativa ‘Move-te pela Esclerose Múltipla’.

Organizada pelo grupo ‘Gang da Esclerose Múltipla’, a acção decorreu em simultâneo em 10 cidades portugueses.
Para assinalar o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, foram organizados passeios pedestres e de bicicleta.
Em consequência das debilidades físicas que a esclerose múltipla provoca, muitos doentes do distrito não puderam participar no passeio de sensibilização promovido do ‘Gang’ pelas artérias centrais da cidade de Braga.

Presentes estiveram alguns candidatos a deputados pelo distrito de Bra   
A TEM - Associação Todos pela Esclerose Múltipla associou-se à iniciativa, com o seu presidente, Paulo Alexandre Pereira, a adiantar ao ‘Correio do Minho’ que, em Janeiro do próximo ano, a instituição poderá ter já a funcionar o seu Centro de Reabilitação de Doenças Neurológicas.
O projecto foi ontem mesmo apresentado ao vereador Hugo Pires, com o responsável camarário a manifestar abertura da autarquia para apoiar o mesmo com a isenção de taxas municipais.

O Centro ficará instalado no nº216 da Rua André Soares, em espaço cedido por uma construtora bracarense.
A direcção da TEM espera agora pelos apoios financeiros e materiais necessários para ter o Centro operacional em Janeiro, ou, na pior da hipóteses, em Junho do próximo ano.
Sessões de fisioterapia e consultas de psicologia serão disponibilizadas no Centro de Reabilitação de Doenças Neurológicas.


Pilates, bem-estar de corpo e alma

Com apenas uma atividade física é possível praticar alongamento, relaxamento, musculação e aeróbica, de uma só vez.


Idealizar um método para superar seus próprios problemas de saúde. Foi essa a motivação que Joseph Pilates, um exímio ginasta, esquiador e boxeador que sofria desde criança com asma, raquitismo e febre reumática, encontrou para criar o método que leva seu nome e que foi utilizado para ajudar feridos e convalescentes da 1ª Guerra Mundial.
Mas, em que consiste essa prática que vem ganhando milhares de adeptos por todo o mundo a cada dia? Trata-se de uma série de exercícios de relaxamento, fortalecimento e aumento de mobilidade das articulações, baseado na concentração, respiração, alinhamento, eficiência e fluência dos movimentos. Tudo realizado com muita calma, sem o menor estresse.
“O Pilates promove um estilo de vida ativo e saudável e assume um importante papel no Sistema Nervoso Central, proporcionando bem-estar aos pacientes com Esclerose Múltipla.”, explica Camila Souza, fisioterapeuta do Programa BIA.

Como praticar

Os exercícios de Pilates são realizados no solo ou em aparelhos que usam molas, oferecendo assistência e resistência aos movimentos, sempre focando a respiração e a postura corretas. Dentre os acessórios utilizados nos exercícios estão bolas de diferentes tamanhos, faixas elásticas para resistência, rolos, discos de equilíbrio e bastão.
Em grupo, as aulas são divididas em três níveis: básico, intermediário e avançado. Os exercícios são realizados em salas equipadas com colchonetes e aparelhos e é feito um breve alongamento inicial.
O método, que também pode ser realizado apenas com um aluno e fisioterapeuta, não possui contra-indicações à sua prática, porém os profissionais devem adotar algumas precauções na aplicação, considerando as características de cada pessoa. “Nos pacientes com Esclerose Múltipla, por exemplo, o Pilates intensivo pode promover o superaquecimento, ocasionando a piora dos sintomas. Por isso, é preciso ter cuidado redobrado”, alerta a fisioterapeuta.

Sinta-se bem

O objetivo da técnica para os pacientes com EM deve ser traçado com base nos exercícios já conhecidos por melhorar o equilíbrio, a força e a capacidade de caminhar. Além disso, também é indicado para a reabilitação de pacientes pós-cirúrgicos que apresentam dor aguda, sequelas neurológicas, Doença de Parkinson, entre outras doenças.
“Através do Pilates, o paciente tem a possibilidade de conhecer e aprender a usar corretamente o próprio corpo, para desempenho das suas atividades diárias. E, à medida que descobre como usá-lo corretamente, promove uma melhora postural, os músculos adquirem maior tonicidade, as articulações tornam-se mais flexíveis e a forma de seu corpo torna-se mais alongada, ereta e equilibrada.”, completa Camila Souza.
Os exercícios são indicados a partir dos 10 anos. Mas, antes de iniciar a prática, converse com o seu médico.

Especialistas debatem tendências, investigação e terapia moderna em neurologia

25/05/2011 - 09:16

O 21.º Encontro da Sociedade Europeia de Neurologia (ENS) decorrerá em 2011 na cidade de Lisboa, de 28 a 31 de Maio, sendo aguardados diversos participantes da Europa e de todo o mundo. Especialistas de renome internacional apresentarão as principais tendências e destaques da investigação e da terapia moderna ao nível da neurologia.

As principais áreas temáticas deste evento são: as doenças subestimadas (a proliferação das doenças neurológicas); opções terapêuticas para doenças musculares; perturbações do movimento e do sono; novidades da investigação sobre Esclerose Múltipla (biomarcador para diagnóstico e prognóstico); processos imagiológicos inovadores; apoplexia (mecanismos moleculares - apoplexia em jovens)


Esclerose Múltipla afecta cinco mil portugueses

terça-feira, 24 de Maio de 2011 | 13:57

A Esclerose Múltipla, que pode causar incapacidade, atinge cerca de cinco mil pessoas em Portugal, mas só metade recebe tratamento que continua a ser gratuito, afirmou hoje uma especialista.
A neurologista Lívia Sousa disse à agência Lusa que as estimativas apontam para a existência de, em média, "cinco mil doentes em Portugal", estando em tratamento "cerca de 2.500, o que quer dizer que provavelmente há bastantes casos que não estão ainda diagnosticados".
Esta situação pode ter a ver com o facto de tratar-se de "casos mais benignos, de pessoas que não tiveram acesso a um neurologista, casos em que a doença ainda não se tenha manifestado ou por falta de consciencialização para a própria doença", especificou Lívia Sousa, chefe da equipa das consultas de Esclerose Múltipla e doenças similares nos hospitais universitários de Coimbra.
Nesta como em outras doenças, "o tratamento é tanto mais eficaz quanto mais cedo for administrado", salientou. 

A especialista explicou que todos os medicamentos indicados para a doença "são administrados gratuitamente aos doentes a nível hospitalar", acrescentando que "o médico tem de ter alguma consciência porque são medicamentos muito dispendiosos".
Questionada se estes doentes tinham sido afetados pelas medidas de contenção de custos na área da saúde, respondeu: "até agora felizmente ainda não tivemos problemas".
Para os medicamentos de "primeira linha", o custo é de cerca de 800 euros por doente e por mês, nos outros o valor situa-se entre 1.500 a 1.600 euros.
"A nível hospitalar, o preço é muito caro, para os hospitais fica muito dispendioso, mas em termos de saúde nacional e saúde pública, é um nicho de mercado", disse a especialista, salientando que "as medicações são caras, mas o número de pessoas que as utiliza é relativamente pequeno em relação, por exemplo, aos anti-inflamatórios, antibióticos ou outras substâncias são usadas por muita gente". 

Os sintomas mais frequentes da Esclerose Múltipla são falta de força em um ou mais membros, alterações da visão (visão dupla ou perda de visão de um dos olhos), alterações do equilíbrio e da coordenação, e alterações da sensibilidade.
Lívia Sousa referiu a existência "essencialmente" de duas formas da doença, com evolução por surtos ou as situações em que a doença é progressiva.
Embora a evolução da doença varie muito, "ao fim de 10 a 15 anos, 40 por cento dos doentes já tem uma incapacidade considerável", acrescentou.
A doença afeta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo e estudos epidemiológicos apontam para a existência de 450.000 pessoas com a doença só na Europa, sendo a incidência maior nos países nórdicos.
A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade de controlar funções como a visão, a locomoção ou o equilíbrio.

O Dia Mundial de Esclerose Múltipla assinala-se na quarta-feira.
Diário Digital / Lusa 



Merck Serono lança livro "ABC da Esclerose Múltipla"

24/05/2011 - 14:16

No Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que se assinala na próxima quarta-feira, dia 25 de Maio, a Merck Serono apresenta o livro "ABC da Esclerose Múltipla" (EM) – um guia de (con)vivência com a doença, dirigido a doentes, cuidadores, familiares e amigos. A obra, desenvolvida no âmbito do projecto Rebicare, conta com a chancela da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), o apoio do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla (GEEM) e da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Esclerose Múltipla (APEEM), avança comunicado de imprensa.
 
O "ABC da Esclerose Múltipla" é um guia para as diversas fases da EM, orientando os doentes através dos desafios diários que esta patologia pode apresentar. Dividido em três partes, o livro fala, num primeiro momento, sobre noções essenciais do que é a EM – as suas causas e sintomas, o diagnóstico e o tratamento. Numa segunda parte são dadas dicas de como Viver Saudável com a EM: desde a dieta ao exercício físico, passando pela gravidez e o parto, as viagens e a vida laboral com a patologia. O terceiro capítulo, tem em conta temas como os direitos das pessoas com EM, os benefícios fiscais a que têm direito e outros, como os para a aquisição de habitação ou de viatura próprias.
 
“Este livro é um guia prático dirigido às pessoas com Esclerose Múltipla sobre como lidar melhor com a sua patologia, mas, sobretudo, para tirar o máximo do dia-a-dia, ultrapassando os desafios diários que ela lhes impõe”, explica Maria José Carvalho, profissional de saúde especializada na área da EM e co-autora do livro juntamente com Catarina Fernandes e Daniela Leal, enfermeiras de apoio a Doentes de EM, e Celena Veloso assistente social, que dá apoio a doentes na SPEM Porto.


 

REGISTRO ON-LINE SOBRE ESCLEROSE MÚLTIPLA

Data: 2011-05-24


Começou a ser testado em cinco hospitais do Reino Unido um novo sistema para registar informação sobre Esclerose Múltipla através da Internet.

O projecto UK MS Register é liderado pela Universidade de Swansea e a MS Society e envolve hospitais de Belfast, Edimburgo, Londres, Nottingham e Swansea. O objectivo da iniciativa é agregar a informação dos pacientes, de forma anónima, para obter dados actualizados sobre a doença no Reino Unido.

Com esta informação os responsáveis pelo projecto pretendem não só criar um estudo, para compreender melhor o estado da doença em território britânico, mas também criar uma ferramenta que incentive o desenvolvimento de políticas e meios de melhorar a prestação de cuidados nesta área.

Inicialmente o projecto piloto apenas vai abranger as unidades hospitalares daquelas cinco cidades, mas o objectivo é alargar o sistema a outros estabelecimentos no Reino Unido durante os próximos meses.

Lagos associa-se à comemoração do Dia Mundial da Esclerose Múltipla



No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que este ano é assinalado a dia 25 de maio, o Gang da Esclerose Múltipla (EM) volta a organizar uma iniciativa que procura sensibilizar a sociedade civil para esta doença.

Todos os anos, o Dia Mundial da Esclerose Múltipla é assinalado na última quarta-feira do mês de maio. Neste âmbito, a terceira edição do “Move-te pela Esclerose Múltipla”, organizada pelo Gang da EM, será assinalada em dez locais do país, no próximo dia 25 de maio. Para esta edição foram organizados dois percursos de passeio, um pedestre e outro de bicicleta, em Lagos, Sines, Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Aveiro, Leiria, Queluz e Pinhal Novo.
A iniciativa tem início às 19h00, em simultâneo em todas as localidades referidas. A receção aos participantes terá lugar às 18h00, uma hora antes da partida.
Em Lagos, o ponto de concentração é junto ao Forte Ponta da Bandeira, estando prevista uma marcha-caminhada de quatro quilómetros (Forte Ponta da Bandeira até à estação da CP). O evento é aberto a toda a comunidade.
Esta iniciativa insere-se no Movimento Global de Sensibilização institucionalizado pela Federação Internacional da Esclerose Múltipla e conta, pela primeira vez, com os apoios das associações de esclerose múltipla, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), Todos pela Esclerose Múltipla (TEM) e Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM).

Vaticano,Papa saúda beatificação da Madre Clara.

| 2011-05-22 |

Bento XVI destaca exemplo de vida da religiosa, que ensinou «a alumiar e aquecer» a multidão dos pobres.

Cidade do Vaticano, 22 mai 2011 (Ecclesia) – Bento XVI assinalou hoje a beatificação da religiosa portuguesa Maria Clara do Menino Jesus (1846-1899), que decorreu este sábado em Lisboa.

Falando aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa evocou a figura da nova beata, a qual “ fundou as Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, que ensinou «a alumiar e aquecer» a multidão de pobres e esquecidos da sociedade, vendo e acolhendo neles o próprio Deus”.
“Uno-me à alegria da Igreja em Portugal”, disse, assinalando ainda a beatificação da brasileira Dulce Lopes Pontes(1914-1992), religiosa conhecida pela sua entrega aos mais pobres, que hoje tem lugar em Salvador da Bahia.
“Desejo também associar-me à alegria dos pastores e fiéis congregados em São Salvador da Bahia para a beatificação da irmã Dulce Lopes Pontes, que deixou atrás de si um prodigioso rasto de caridade ao serviço dos últimos, levando o Brasil inteiro a ver nela «a mãe dos desamparados»”, observou o Papa.
“Enquanto confio à intercessão das novas beatas os seus familiares e devotos, as suas filhas e irmãs espirituais e as comunidades eclesiais de Lisboa e São Salvador da Bahia, de coração concedo-lhes a bênção apostólica”, acrescentou.
Bento XVI deixou ainda uma mensagem a um encontro ecuménico internacional que está a decorrer na capital da Jamaica, Kingston, convocada pelo Conselho Mundial das Igrejas que culminou “uma década destinada a combater todas as formas de violência”.
“Unamo-nos em oração por esta nobre intenção, voltando a comprometer-nos na eliminação da violência nas famílias, na sociedade e na comunidade internacional”, indicou.
Já no final deste tradicional encontro da manhã dos domingos, o Papa saudou um grupo de peregrinos do ‘Movimento pela Vida’, na Itália, e os doentes e voluntários presentes, na semana nacional da Esclerose Múltipla, no mesmo país.


Canto de Psicologia em Alcochete Oferece Psicoterapia ao Domicilio

22.5.2011 - 9:19

 O Canto da Psicologia – Terapia ao alcance de todos, projecto privado de psicologia em Alcochete, oferece, a partir de hoje, um novo serviço de psicoterapia ao domicílio que pretende ir ao encontro de pessoas em situação de doença incapacitante e paralisante do ponto de vista físico e mental ou em situação de doença crónica e que, por isso, não conseguem dirigir-se a um centro de psicologia.Ana de Ornelas, uma das directoras clínicas do centro afirma que “auxiliar a superar as vulnerabilidades físicas e emocionais profundas decorrentes de estados de saúde física ou mental, num contexto diferente do habitual neste tipo de terapias, é o objectivo da psicoterapia ao domicílio e é uma mais-valia que nos diferencia no mercado.”
Outras das novas apostas do Canto da Psicologia é a Psicogerontologia, direccionada para pessoas seniores e que visa dar resposta a sentimentos de solidão, tristeza, desamparo, ansiedade face ao envelhecimento e à morte, luto e medo;
Ana de Ornelas acrescenta ainda que “Com a terapia para seniores procuramos dar novo significado ao sentir e ajudar a elaborar as perdas que decorrem da realidade de uma vida que já vai longa.”
A Avaliação Neuropsicológica é também uma dos novos serviços que pode encontrar no Canto; consiste no estudo detalhado das funções cognitivas (orientação, memória, linguagem, atenção e concentração, funções executivas), emocionais e comportamentais para melhor entendimento do que se passa com o paciente. Para isso, utiliza-se um conjunto de provas específicas com o objectivo de diagnóstico, pesquisa ou auxílio na formulação de estratégias de reabilitação neuropsicológica do doente. É indicada em situações como: Traumatismo Crânio - Encefálico; Acidentes Vasculares Cerebrais; Esclerose Múltipla; Epilepsia; Estados Demenciais (ex: Doença de Alzheimer). 


SEM CAPACITAÇÃO

Publicada no domingo, 22 de maio de 2011

O atleta mogiano Dirceu José conquistou duas medalhas de ouro em Pequim, em 2008 

Campeão é portador de distrofia.
 
As dificuldades para conseguir trabalho e se manter nele levaram Dirceu José Pinto a se profissionalizar na área de Esportes. Portador de Distrofia Muscular de Cinturas há 18 anos, ele conta que a doença causava dores e enfraquecia os músculos. Num local de trabalho sem adaptação para deficientes físicos, não foi possível se dedicar à rotina da empresa.

No entanto, foi na prática da bocha que ele conseguiu conciliar sua realidade a uma atividade. Hoje, com 30 anos, ele carrega duas medalhas de ouro conquistadas em Pequim, durante as competições da Paraolimpíada de 2008, e coordena, por meio da Secretaria de Esportes de Mogi, ações em benefício de portadores de deficiência física que queiram praticar a modalidade e conquistar uma oportunidade do mercado de trabalho. "As dificuldades começam com a quebra de entusiasmo. Sem condições de trabalho, ele desanima e acaba desistindo", apontou. "Desde a escola eu sentia dificuldades pela falta de adaptação. Lembro-me que os professores transferiram minha classe para o térreo da escola. Muitas coisas precisam mudar". (N.R.).

CIENTISTAS BRASILEIROS CRIAM DENTES COM CÉLULAS-TRONCO

21 de maio de 2011 11h0

 

 Todo o processo se baseia nas técnicas da chamada engenharia tecidual.



Angela Joenck Pinto
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tentam desenvolver dentes a partir de moldes biodegradáveis e células-tronco. Os primeiros experimentos, feitos em ratos, já mostraram resultados positivos e os cientistas conseguiram criar dentes nos animais.
"Não é que os ratos "gerem" dentes", explica a cirurgiã dentista Mônica Duailibi. "Foi possível encontrar incisivos centrais, por exemplo, nas estruturas que nós implantamos. Numa primeira fase, implantamos células num omentum de rato. Omentum é uma película que reveste todas as víceras. Usamos essa estrutura porque ela é extremamente vascularizada e essa vascularização permite a nutrição das células que a gente está implantando", explica.
É nesse molde que as células-tronco são depositadas e nele cresce o dente. "Entretanto, nesses primeiros ensaios, nós não tínhamos o controle da forma do dente, nem do seu volume", diz a pesquisadora.
Trabalhando nas pesquisas desde 2001, Mônica e Silvio Duailibi - que também são professores da universidade - continuaram a desenvolver o projeto até que, em 2008, publicaram os resultados dos implantes que fizeram nas mandíbulas dos animais.
"Esses implantes também foram positivos, mas isso em caráter experimental. Agora nós avançamos nas pesquisas e estamos coletando células de descarte de dentes humanos e processando essas células em laboratório, analisando em quanto tempo elas mineralizam, qual é a estabilidade delas e a saúde destas células. Estamos colocando isso num arcabouço, que tecnicamente se chama de scaffold, na forma de dentes, e estamos implantando isso em animais que não tem imunidade, que é pra não causar rejeição", disse a pesquisadora.
Engenharia tecidual
Todo o processo se baseia nas técnicas da chamada engenharia tecidual, que procura reunir os princípios da biologia com técnicas da engenharia, principalmente a computacional. Com a união das técnicas, é possível elaborar a forma dos dentes e alcançar não só a reparação, mas a regeneração.
"Nós fazemos uma tomografia computadorizada que vai dimensionar volumetricamente a estrutura, que pode ser um molar, pré-molar, canino ou um central, por exemplo. Essas informações são passadas por meio de um software pra um aparelho de prototipagem rápida, também conhecido como fabricação aditiva. Essas informações geram uma estrutura tridimensional", explica a pesquisadora.
Essa estrutura, utilizando material bioreabsorvível ou biocompatível, tem completa aceitação no organismo, fazendo com que as células se amoldem e se diferenciem dentro dela. Após o processo de diferenciação celular, o organismo reabsorve os elementos e deixa a estrutura do dente feita. "Então, com essa estratégia, é possível regenerar dentes, e não mais repará-los, apenas", diz.
Rejeição
A rejeição não é um fator problemático quando o próprio receptor fornece as células. Mas em casos onde isso não é possível, a pesquisadora diz que optaria pela tecnologia já disponível nos dias de hoje, que é a dos implantes metálicos."
A engenharia tecidual só será bem vinda se você conseguir fazer com que o doador e o receptor sejam os mesmos indivíduos, para que não se tenha rejeição. Se você só conseguir células de indivíduos diferentes, você tem que submeter este individuo à drogas imunossupressoras. É como um transplante de órgãos.
"E você vai se deparar com outra situação, que é a dos efeitos colaterais dessas drogas. Então se eu tiver que optar entre reabilitar uma boca e submeter um indivíduo para uma nova terapia, que utilize células diferentes, eu creio que a tecnologia que a gente tem disponível hoje seja melhor que a terapia residual", diz a cirurgiã dentista.
Os cientistas ainda não têm certeza de que o material biológico possa ser devolvido para os indivíduos sem o risco de promover a formação de um tumor, ou de outro tecido que não era o esperado.
"Mas a nossa pesquisa infere que, num futuro, a gente possa devolver para o paciente uma estrutura exatamente igual ao dente original. Ou seja, eu vou implantar lá no interior do osso algo que vai erupcionar como erupcionaria um dente normal. Isso é a esperança de se criar uma terceira dentição para quem precisa, para as pessoas que tenham um problema genético de não ter dentes, ou que os tenham perdido acidentalmente por algum trauma ou doença", diz a pesquisadora.

FONTE:  http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5141546-EI8147,00-Cientistas+brasileiros+criam+dentes+com+celulastronco.html

PARAPLÉGICO CONSEGUE LEVANTAR COM ESTÍMULOS ELÉTRICOS

20/5/2011 13:11,  Redação, com BBC

Rob Summers havia ficado paraplégico após acidente de carro.

Um norte-americano que perdeu os movimentos do tronco para baixo após sofrer um acidente de carro agora consegue se levantar, graças a um estímulo elétrico em sua espinha dorsal. Rob Summers, do Estado de Oregon, disse que ficar de pé sozinho “é uma sensação incrível”.
Ele consegue mover voluntariamente seus dedos do pé, quadris, joelhos e tornozelos, além de andar em uma esteira com ajuda de terceiros, segundo pesquisa publicada no periódico especializado The Lancet.
Mas um especialista britânico adverte que o caso não deve ser interpretado como a descoberta da cura para casos de paraplegia.
Eletrodos
Summers foi um bem-sucedido jogador de basquete até 2006, ano em que foi atropelado e teve sua espinha dorsal danificada.
Com isso, sinais enviados pelo seu cérebro, que antes “viajavam” pela espinha dorsal, foram bloqueados, e ele ficou paralisado.
Como funciona
•Na maioria das lesões em espinhas dorsais, muitas das células nervosas permanecem
•Essas células, segundo cientistas, podem captar sinais das pernas e responder. É isso que permite que uma pessoa saudável caminhe sem precisar pensar
•Após uma lesão, as células precisam de ajuda, que pode vir na forma de um estímulo elétrico
•Esse estímulo imita uma mensagem do cérebro
Agora, médicos implantaram 16 eletrodos em sua espinha.
Summers começou a ensaiar diariamente tentativas de se levantar e mover as pernas, enquanto sinais eletrônicos eram enviados para a espinha dorsal.
Em questão de dias, ele conseguiu se levantar sozinho e, depois, obteve controle sobre suas pernas, de forma a dar alguns passos, por curtos períodos de tempo e com o amparo de ajudantes.
Ele recobrou, também, controle sobre funções corporais, como o funcionamento de sua bexiga.
– Nenhum de nós acreditou –, disse o professor Reggie Edgerton, da Universidade da Califórnia.
Para Summers, “foi uma longa jornada, de incontáveis horas de treinamento, que mudaram a minha vida completamente”.
– Para alguém que, durante quatro anos, não pôde mover sequer um dedo, ter a liberdade e a habilidade de levantar sozinho é uma sensação incrível –, disse.
Advertências
Há outros quatro pacientes na fila para receberem tratamento semelhante ao de Summers.
O estudo prova que o estímulo elétrico pode ter sucesso, mas, para o professor Geoffrey Raisman, do Instituto de Neurologia da universidade britânica UCL, ainda que o caso seja de grande interesse, a aplicação desse tipo de tratamento no futuro “não pode ser julgada com base em apenas um paciente”.
– Do ponto de vista das pessoas que sofreram lesões na espinha dorsal, futuros testes do procedimento podem criar mais uma abordagem de obter benefícios. Não se trata da cura.
A médica Melissa Andrews, do Centro de Recuperação Cerebral, de Cambridge, “as pessoas devem ler (o estudo) e saber que a possibilidade existe, mas pode não chegar amanhã. É o mais perto (da cura a paralisias) que já chegamos, e a melhor esperança no momento”.
Para Summers, sua história é uma “mensagem de esperança para pessoas paralíticas quanto à (possibilidade) de andar novamente. É uma grande possibilidade”.


Gang da Esclerose Múltipla procura sensibilizar para a doença

Qui, 19 de Maio de 2011 13:51 Cross Brasil 


Elisabete Jacinto apoia iniciativa nacional

Elisabete Jacinto associou-se à 3ª edição do Move-te pela Esclerose Múltipla, evento nacional comemorativo do Dia Mundial desta doença, que decorrerá no próximo dia 25 de Maio, com recepção pelas 18h00 e partida às 19h00 em simultâneo em 10 locais de Portugal Continental.

O evento, organizado pelo Gang da Esclerose Múltipla, é aberto a toda a comunidade e traduz-se num passeio a pé e noutro de bicicleta, que atravessa Portugal de Norte a Sul. O objectivo é sensibilizar para esta doença degenerativa do Sistema Nervoso Central e que, em Portugal, afecta mais de cinco mil pessoas, adultos jovens em início de vida profissional.

Elisabete Jacinto apoia a iniciativa e já deixou o seu depoimento que ao lado dos da actriz São José Lapa e da cantora de jazz Maria Vieira vão dar vida aos roll-ups que serão expostos em Lisboa (Parque das Nações) e no Porto (Castelo do Molhe).  Os depoimentos podem ainda ser consultados no blog do Gang da Esclerose Múltipla, em www.gangem.blogspot.com

De referir que o Move-te pela Esclerose Múltipla tem o apoio incondicional da Direcção Geral da Saúde e conta pela primeira vez este ano com os apoios das Associações de Esclerose Múltipla, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), Todos pela Esclerose Múltipla (TEM) e Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM).
As 10 cidades do Move-te pela Esclerose Múltipla de 2011 assim como os pontos de recepção aos participantes são:

Braga – Avenida Central (junto ao Chafariz)
Porto – Praceta do Molhe
Aveiro – Cais da Fonte Nova (frente ao Centro de Congressos de Aveiro)
Coimbra – Parque Verde (Docas)
Leiria – Largo do Jardim Luís de Camões
Lisboa – Parque das Nações, Rossio dos Olivais (atrás do Pavilhão de Portugal)
Queluz – Regimento de Artilharia 1 (frente ao Palácio Nacional de Queluz)
Pinhal Novo – Largo José Maria dos Santos (Coreto)
Sines – Avenida Vasco da Gama (junto ao Pontal)
Lagos – Fortaleza

INVESTIGADORES DO IMM DESENVOLVEM MEDICAMENTO NA ÁREA DAS DEFESAS IMUNOLÓGICAS

19/05/2011 - 14:02

 

Investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) vão desenvolver um medicamento na área das defesas imunológicas e da inflamação, a pedido de uma biofarmacêutica multinacional, numa colaboração pioneira em Portugal entre universidades e o mundo empresarial, avança a agência Lusa.

A biofarmacêutica belga UCB e a empresa de biotecnologia portuguesa TechnoPhage assinam hoje um protocolo que alia três áreas do mundo da ciência: a básica, através dos investigadores do IMM, a aplicada, TechnoPhage, e a clínica, UCB.

De acordo com o investigador do IMM e professor da Faculdade de Farmácia de Lisboa, João Gonçalves, a TechnoPhage contactou o grupo de investigação que lidera no instituto para ajudar a empresa “no desenvolvimento de um medicamento anti-corpo, financiado pela UCB”.

“Nós iremos fazer uma grande parte do desenvolvimento desse medicamento, na área da inflamação e da auto-imunidade”, disse à Lusa João Gonçalves, lembrando que esta é uma área “importante e com uma necessidade imensa de novos anti-corpos e de novos fármacos”.

O papel da equipa do IMM “é encontrar o melhor medicamento, a melhor proteína, que depois será desenvolvido pela TechnoPhage em parceria com a UCB”.

A doença que irá beneficiar da descoberta ainda não está estabelecida.

“No início do desenvolvimento dos medicamentos ainda não sabemos bem qual será a sua indicação terapêutica, mas será na área das defesas imunológicas e da inflamação, tipo artrite reumatóide e Esclerose Múltipla”, explicou o investigador.

João Gonçalves considera os benefícios deste protocolo “muito grandes” para o IMM, começando na colaboração “estreita” com uma empresa multinacional.

Acima de tudo, o investigador destaca o facto de “não ser só uma investigação básica, mas algo aplicado”.

“Isto é algo inovador, porque habitualmente as empresas investem apenas com algumas bolsas, e o que se passa aqui é um projecto de desenvolvimento de um medicamento”, afirmou, lembrando que é “algo que no estrangeiro se faz muito correntemente, mas em Portugal é pioneiro”.

Este afastamento entre as universidades e a indústria leva a que “muitas vezes a tecnologia que se desenvolve nos laboratórios se perca pelo caminho”.

“No fundo é o aproveitar de muitas valências e competências que nós [universidades] temos e que estão subaproveitadas”, sublinhou.

No início, a equipa do IMM irá receber 20 mil euros, “que vão servir para começar a estrutura do projecto”, o restante chegará à medida que os objectivos forem cumpridos.

“É muito importante para que as universidades saibam trabalhar deste modo, uma maneira muito mais ‘profissional’ de trabalhar”, disse o investigador.

Além disso, João Gonçalves considera que para um instituto de investigação “é muito bom” poder demonstrar que é capaz de desenvolver algo com capacidade de aplicação terapêutica.

 

VIAGRA PODE SER EFICIENTE NO COMBATE A ESCLEROSE MÚLTIPLA

19/05/2011 - 12:32
Droga protege e repara regiões neurais responsáveis pelas sinapses
O Viagra, droga usada para tratar a disfunção erétil, pode reduzir drasticamente os sintomas da Esclerose Múltipla. Em uma pesquisa conduzida em animais, e publicada no periódico Acta Neuropathologica, o medicamento proporcionou uma melhora significativa em 50% dos casos após oito dias de tratamento. Como a droga já é usada comercialmente, e bem tolerada por pacientes diagnosticados com Esclerose Múltipla e que estão em tratamento para a disfunção sexual, os cientistas esperam que os testes clínicos em humanos comecem em breve.

Axônio: maior prolongamento do neurônio, envolto na bainha de mielina.

A Esclerose Múltipla é a doença inflamatória crônica do sistema nervoso central mais comum, além de ser a principal causa de incapacidade entre adultos. A doença é causada pela presença de múltiplos focos de desmielinização (perda de mielina, substância importante na comunicação entre os neurônios) e de neurodegeneração em diferentes áreas do sistema nervoso central. Ainda sem cura, possui tratamentos que são eficientes em reduzir e evitar a progressão dos sintomas.

Na pesquisa conduzida por Agustina García, do UAB Instituto de Biotecnologia e Biomedicina, na Espanha, foram analisados os efeitos do sildenafil (nome da substância ativa do Viagra) no tratamento de um tipo de Esclerose Múltipla em animais, que recebe o nome de encefalomieliete auto-imune experimental (EAE). Os cientistas demonstraram, então, que o tratamento diário com sildenafil após o início da doença foi eficiente para reduzir os sintomas clínicos, com uma recuperação completa em até 50% dos casos, após oito dias de tratamento.

O sildenafil, usado como vasodilatador no tratamento da disfunção erétil, tem ainda uma função neuroprotetora. Por isso, no combate aos sintomas da Esclerose Múltipla, a medicação foi eficiente na redução da infiltração de células inflamatórias dentro da massa branca da medula espinal. Assim, houve menores danos aos axônios (região do neurônio responsável pelo impulso nervoso) das células nervosas e um melhorina na reparação da mielina que já havia sido danificada.

CÉLULA-TRONCO DA PELE PODEM REGENERAR RETINA

17/05/2011 - 11:57

Técnica testada em cobaias é esperança de cura de males que levam seres humanos à cegueira

Cientistas do Instituto de Pesquisa Schepens Eve, nos Estados Unidos, conseguiram pela primeira vez regenerar grandes áreas danificadas da retina com uso de células-tronco pluripotentes induzidas (derivada de outra célula-tronco que não a embrionária) da pele. No estudo da equipe americana, publicado no periódico Plos ONE, os pesquisadores constataram melhora na visão de cobaias submetidas ao procedimento. A técnica pode ser o passo inicial para novos tratamentos de doenças da retina em seres humanos, a exemplo da degeneração macular, da retinose pigmentar e da retinopatia diabética.
Com a manipulação de células-tronco pluripotentes induzidas da pele, a equipe americana estimulou a regeneração das células da retina em ratos, conseguindo devolver parte da visão aos animais em menos de dois meses. O uso desse tipo específico de células pode trazer ainda benefícios práticos à implementação de futuros tratamentos, uma vez que elas não estão envoltas em questões éticas, emocionais e políticas associadas ao uso de tecido embrionário humano.
Atualmente, males como a retinite pigmentosa e a degeneração macular relacionada à idade são as principais causas de cegueira irreversível nos países ocidentais. Nessas doenças, as células da retina começam a morrer e, com elas, o olho perde sua habilidade de capturar luz e transmitir essa informação ao cérebro. Uma vez destruídas, essas células têm uma capacidade reduzida de regeneração – assim como qualquer outra célula do sistema nervoso central.
"A regeneração desse tecido com uso de células-tronco é nossa melhor esperança para o tratamento e, no futuro, a cura desses pacientes", diz Michael Young, um dos coordenadores do estudo e pesquisador do assunto há mais de uma década.

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/celulas-tronco-da-pele-podem-regenerar-retina

Nova técnica faz com que o tecido cardíaco se repare sozinho







Uma equipe de pesquisadores americanos desenvolveu uma plataforma de engenharia de tecidos capaz de “remendar” um coração. A técnica poderia melhorar o tratamento de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares.
O novo método é uma terapia celular revolucionária que trata danos no coração causados por ataques cardíacos, conhecidos como infarto do miocárdio.
Para isso, os pesquisadores extraíram as células do miocárdio, que é um músculo do coração humano, e deixaram uma “armação” de proteína que é preenchida com células progenitoras mesenquimais humanas, que são células-tronco que se diferenciam em outros tipos celulares.
A armação também possui propriedades mecânicas e uma arquitetura sólida. Os pesquisadores criaram “adesivos” que foram colocados no tecido cardíaco danificado, onde lançaram as proteínas que incentivaram o tecido original a se “auto reparar”, bem como estimularam o crescimento de novos vasos sanguíneos.
A plataforma controlável também tornou mais fácil encontrar “mecanismos de sinalização”, que ajudam o processo de reparação. A nova técnica usa pela primeira vez duas células de reparo humano – que foram condicionadas em cultura in vitro – para melhorar o fluxo sanguíneo e revascularizar o tecido infartado, e uma armação totalmente biológica, para melhorar a sobrevivência da célula.
Muitas dessas células morrem devido a problemas como fornecimento de sangue, mas agora, os pesquisadores podem “remendar” o coração para incentivar o crescimento celular.
A plataforma é adaptável e os engenheiros acreditam que poderia ser facilmente estendida para trabalhar com outros tipos de células-tronco humanas.
Segundo os pesquisadores, “instruir” as células para formarem tecidos humanos, fornecendo-lhes o ambiente certo, é fantástico. As células são os verdadeiros engenheiros; eles apenas projetam os ambientes para que elas possam fazer seu trabalho.
Como esses ambientes precisam imitar o ambiente nativo de desenvolvimento das células, o progresso no campo é impulsionado pelo trabalho interdisciplinar de bioengenheiros, biólogos especializados em célula-tronco, e clínicos.
Ao permitir a regeneração e renovação de tecidos danificados, o estudo pode ajudar as pessoas a viverem mais e melhor. O próximo passo é criar um “reparador” contrátil cardíaco que possa tratar os compartimentos vascular e muscular do músculo cardíaco através de células-tronco humanas.
Eventualmente, os pesquisadores acreditam que as plataformas controláveis serão utilizadas em cirurgias para detectar mecanismos de sinalização que tenham a ver com o processo de reparação do coração. [DailyTech]