ANVISA PERMITE IMPORTAÇÃO DE DERIVADO DE MACONHA...

13 de Novembro de 2014

Foram aprovados 168 dos 208 pedidos de importação de medicamentos com canabidiol.



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou 168 dos 208 pedidos de importação de medicamentos com canabidiol para uso terapêutico que recebeu nos últimos meses. 

Segundo o diretor-presidente da agência, Jaime César de Moura Oliveira, sete das solicitações foram arquivadas; 17 estão sob análise e 16 estão à espera de que os interessados forneçam informações adicionais.


Os dados foram apresentados nesta quarta durante reunião ordinária do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (Conad) em que foi discutido o uso terapêutico do canabidiol e seu enquadramento na legislação brasileira. Durante o debate, Oliveira lembrou que, desde maio deste ano, a Anvisa vem discutindo a eventual reclassificação do canabidiol para retirá-lo da lista das substâncias proscritas e incluí-lo relação de produtos de controle especial.


“Mas é preciso que fique claro que não estamos discutindo o uso recreativo da maconha. Nem sequer a possibilidade de uso terapêutico da maconha. O que está em análise é o potencial terapêutico e os riscos envolvidos no (uso) de um dos canabinoides encontrados nessa planta e o tipo de controle mais adequado conforme a legislação brasileira”, disse o diretor-presidente da Anvisa, lembrando que, mesmo sendo um derivado da maconha, não há evidências de que o canabidiol cause dependência ou efeitos alucinógenos ou psicóticos. 

Embora, segundo ele, faltem orientações técnicas para balizar a prescrição médica e não se conheça o eventual efeito do uso prolongado.


Oliveira mencionou estudos científicos que atestam o potencial terapêutico do canabidiol em tratamento anticonvulsivos e de doenças como Alzheimer, esquizofrenia, Parkinson, esclerose múltipla, entre outras e revelou que a Anvisa tem procurado estudar, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a reação de pacientes voluntários que já receberam autorização para importar o produto.


Apesar dos recentes avanços, com a concessão das primeiras autorizações, parentes de crianças com doenças graves e pacientes que não responderam satisfatoriamente aos tratamentos convencionais e optaram por recorrer ao canabidiol criticam a burocracia estatal que retarda a liberação da importação dos remédios.


O bancário Norberto Fischer importa remédio com canabidiol para a filha e diz que a mudança foi "milagrosa".


“Obter a autorização é muito complicado”, diz o médico mastologista Leandro Ramirez da Silva, cujo filho, Benício, 6 anos, é portador da Síndrome de Dravet, forma grave de epilepsia. Há cerca de seis meses convencido de que “a medicina tradicional jamais deu uma chance de recuperação ao filho”, o médico decidiu começar a importar a pasta do canabidiol que, misturada a óleo de gergelim e a iogurte, dá ao filho.


Além disso, há casos em que o paciente ou seus responsáveis legais tiveram que recorrer à Justiça. Caso dos pais de Anny de Bortoli Fischer, 6 anos. Portadora de uma grave e rara forma de epilepsia, a menina de Brasília foi a primeira a conquistar na Justiça uma liminar para usar e importar medicamentos derivados da Cannabis sativa, nome científico da maconha. 

Durante a reunião do Conad, seu pai, o bancário Norberto Fischer lembrou que, na terça, completou-se um ano desde que Anny ingeriu a primeira dose de canabidiol.


“Até então, eu tinha como que uma boneca incapaz de fazer qualquer coisa. Ela só comia se colocássemos o alimento em sua boca e a ajudássemos a engolir. Foi uma mudança milagrosa. 

Ela hoje está quase voltando a andar e há oito meses ela não sofre uma crise convulsiva. Ela antes chegou a ter entre dez e 12 crises diárias fortíssimas”, comentou Fischer.


VEJA ALGUNS SINAIS DE QUE VOCÊ TEM INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN...

18/11/14

Dados norte-americanos estimam que cerca de 15% dos habitantes dos EUA são intolerantes ao glúten. E estima-se que 99% das pessoas que são celíacas ou que têm intolerância ao glúten nunca são devidamente diagnosticadas.

 
Se você tem qualquer dos sintomas abaixo, pode ser um sinal de que tem intolerância ao glúten:


1. Carência de ferro ou anemia, principalmente aquela que persiste apesar da ingestão de suplementos ou alimentos ricos nesse nutriente. Isso se deve à má absorção de ferro causada pelo dano que o glúten provoca no intestino.  

2. Dificuldade para perder peso.


3. “Ceratose folicular”, que é o termo médico para descrever aquelas bolinhas na parte de trás do braço (região do tríceps), como se fossem pelinhos encravados. Isso pode ser deficiência de vitamina A secundária à má absorção desse nutriente no intestino.


4. Problemas digestivos, tais como gases, estufamento abdominal, diarreia ou até mesmo constipação.


5. Cansaço, fadiga ou sensação de cabeça “confusa”, perda de foco ou clareza de pensamento, especialmente após comer uma refeição que contenha glúten.


6. Diagnóstico de uma doença autoimmune, tais como Tireoidite de Hashimoto, artrite reumatoide, colite ulcerativa, Doença de Chron, lúpus, psoríase, esclerodermia, esclerose múltipla, diabetes tipo 1, vitiligo, púrpuras autoimunes etc.


7. Sintomas neurológicos, tais como tontura ou sensação de perda de equilíbrio


8. Sinais de desequilíbrios hormonais, tais como TPM, ovário policístico ou infertilidade inexplicada.


9. Enxaqueca. 


10. Diagnóstico de fadiga crônica ou fibromialgia.  


11. Inflamação, inchaço ou dores nas suas articulações, como joelhos, quadril e dedos da mão. 

12. Oscilações de humor, ansiedade, depressão, déficit de atenção.


Como diagnosticar a intolerância ao glúten?


Existem testes de sensibilidade alimentar (exame de alergia), testes genéticos e exames imunológicos. 

Os testes feitos por endoscopia digestiva, apesar de serem considerados clássicos, só ajudam quando o intestino já foi bastante danificado pelo glúten. Os casos iniciais ou não graves nem sempre são diagnosticados por endoscopia/biópsia de intestino.


Muitas vezes o modo mais eficaz de se diagnosticar se há problema é fazer uma dieta de eliminação, ou seja, eliminar 100% da substância por duas ou três semanas, pelo menos, e depois reintroduzir. É como um teste prático. Mas é importantíssimo que essa ação seja indicada pelo seu médico! Um conselho que sempre dou aos meus pacientes é que se eles se sentem significativamente melhor sem o glúten, e se sentem pior quando o reintroduzem, então é muito provável que essa proteína seja um problema para eles. Mas para que se tenha um resultado preciso desse tipo de teste, é preciso mesmo eliminar 100% do glúten da dieta.


O que a pessoa que tem intolerância ao glúten deve fazer? 


Primeiro falar com o médico. Ele provavelmente vai sugerir eliminar 100% do glúten da dieta. Mesmo traços de glúten podem ativar o sistema imune e provocar uma reação no organismo.


Aquela regra que as pessoas costumam fazer do tipo “elimino glúten durante a semana e consumo apenas aos fins de semana”, ou ainda “só como quando janto fora de casa” não funciona para tratar quem tem intolerância. 


Diferentemente da dieta de eliminação feita para “testar” a intolerância, quando descobrimos que existe mesmo problema com glúten, indica-se manter a abstinência por um tempo muito mais longo. Esse tempo dependerá de cada caso, e deve ser discutido com o profissional e o paciente.