ABC - TERÇA-FEIRA , 22 DE AGOSTO DE 2023
Em entrevista ao RDtv, Karen Figueiredo, gestora de RH e uma das integrantes da Rapem, explica que a rede deve focar inicialmente em cerca de 200 pacientes com esclerose múltipla da FUABC, e o intuito é buscar por uma representatividade social da doença na região. “Queremos que os pacientes sejam acolhidos, assim como os familiares e amigos. Vamos agir também com assistência social, entender as necessidades daqueles que são acometidos com a doença e tentar indicar maneiras para que essas necessidades sejam supridas”, destaca.
O evento contará com simuladores dos sintomas da EM e podem ser utilizados por pacientes e familiares, com objetivo de mostrar efetivamente como identificar cada sintoma do corpo, já que muitos são quase imperceptíveis. “Também teremos a presença de um neurologista para explicar um pouco sobre a doença em si e contaremos com apresentação de uma fisioterapeuta, já que a fisioterapia é parte essencial na reabilitação de pacientes”, explica Karen ao citar, ainda, também será feita a divulgação do Agosto Laranja, mês de conscientização da esclerose múltipla.
O que é esclerose múltipla?
A neurologista e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios de Movimento da Faculdade de Medicina ABC (FMABC), Margarete de Jesus Carvalho, explica que a esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune e que compromete a substância chamada bainha de mielina, responsável por revestir os neurônios – doença esta que ainda não tem cura. “Entre os sintomas mais comuns temos a visão dupla, dormência e/ou formigamentos dos membros, rigidez muscular, dificuldade para falar ou engolir, fadiga e incontinência urinária”, destaca a especialista.
A doença costuma acometer frequentemente adultos jovens na faixa etária entre os 20 e 35 anos de idade, principalmente mulheres brancas. “A região do planeta que tem o maior número de casos de esclerose múltipla é o norte da Europa e, por conta da grande imigração europeia para o Brasil, descendentes de alemães, noruegueses, dinamarqueses e finlandeses são os mais acometidos com EM”, reforça Margarete.