Prefeitura oferece tratamentos complementares para ESCLEROSE MÚLTIPLA na rede pública.

 30 de maio de 2021

A ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM) é uma doença do sistema imunológico, não infectocontagiosa e crônica, que afeta a mielina (substância responsável pela proteção dos impulsos nervosos dos neurônios) afetando cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula espinhal. 

A desmielinização é um processo inflamatório que causa escleroses (cicatrizes), comprometendo a função de proteção do tecido e gerando incapacitações neurológicas gradativas.

No Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento para EM preconizado no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para atendimento inicial. 

Na sequência, os pacientes são encaminhados para um dos quatro centros de referência especializados em ESCLEROSE MÚLTIPLA na capital, os hospitais da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo e Santa Marcelina.


 Focado na reabilitação dos pacientes, o munícipio dispõe também dos 32 Centros Especializados em Reabilitação (CER), sendo que 30 deles contemplam a modalidade reabilitação física. A equipe de amparo é formada por neurologistas, fisiatras, ortopedistas, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais.

Os medicamentos utilizados no tratamento agem para diminuir as inflamações e os surtos ao longo dos anos, combatendo o acúmulo de incapacidades físicas e cognitivas, proporcionando melhora na qualidade de vida do paciente. 

O tratamento medicamentoso é realizado com corticoide e o preventivo com imunomoduladores, imunossupressores e anticorpos monoclonais (dependendo do estágio da doença). Após prescrição médica, os remédios podem ser adquiridos por meio das farmácias de alto custo, administradas pelo Estado.


Covid-19


A Covid-19 tem gerado muitas dúvidas em relação à ESCLEROSE MÚLTIPLA, pois até o momento há evidências limitadas sobre os impactos do coronavírus nas pessoas com EM.


Considerada uma comorbidade, devido às complicações geradas pela ESCLEROSE, como doenças pulmonares e cardíacas subjacentes, além de problemas de mobilidade, a orientação é seguir rigorosamente as diretrizes médicas para diminuir a exposição ao vírus. Medidas que devem ser seguidas também durante os surtos desmielinizantes ou tratamentos preventivos.

Higienizar as mãos com frequência com água e sabão ou álcool em gel 70%, evitar tocar olhos e boca, manter o distanciamento social, ficar em casa e fazer acompanhamento médico regular são essenciais para a prevenção do coronavírus.

Uma dúvida frequente que tem surgido é sobre a vacinação contra a Covid-19 em pacientes com esclerose múltipla. A IFMS (Federação Internacional de Esclerose Múltipla) recomenda a todos que se vacinem, com a observação de que, até o presente momento, nenhuma das vacinas disponíveis é de vírus vivo, e que os benefícios da vacinação superam em muito qualquer risco, apesar de haverem poucos dados clínicos disponíveis para essa população.


Saiba mais sobre a EM


A causa da ESCLEROSE MÚLTIPLA ainda é desconhecida, embora existam estudos ligados a fatores genéticos associados ao estilo de vida e questões ambientais que podem contribuir para a sua manifestação.


Considerada uma doença rara, é diagnosticada por meio de acompanhamento com neurologista e exames clínicos e laboratoriais.

Os principais sintomas incluem fadiga intensa desproporcional à atividade realizada, alterações auditivas, na fala e deglutição, visão dupla ou embaçada em um dos olhos, sensação de formigamento, perda de equilíbrio, transtornos cognitivos como perda leve de memória e comprometimento do desempenho sexual.


Os pacientes podem se recuperar clinicamente total ou parcialmente dos ataques individuais de desmielinização, causando o curso clássico da doença, ou seja, os surtos (períodos em que a enfermidade se manifesta intercalados com fases sem manifestação) e remissões.


Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) aproximadamente 35 mil brasileiros têm EM, em sua maioria mulheres, brancas, com idades entre 20 e 50 anos. Uma enfermidade sem cura, suscetível de prevenção e com tratamento que permite a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

FONTE:https://defesa.com.br/prefeitura-oferece-tratamentos-complementares-para-esclerose-multipla-na-rede-publica/

30 DE MAIO...DIA MUNDIAL DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

 30/052021

HOJE...DOMINGO... 30 DE MAIO DE 2021...

É NOSSO DIA...

DIA MUNDIAL DA ESCLEROSE MÚLTIPLA 

Sou portador de Esclerose Múltipla, e vivo um dia de cada vez...😃

FONTE:https://www.facebook.com/andreponceandre/

Esclerose múltipla: sintomas diversos podem confundir diagnóstico.

 27/05/2021

Doença atinge principalmente mulheres adultas, entre 20 e 40 anos.

Especialistas alertam sobre a importância do diagnóstico precoce da ESCLEROSE MÚLTIPLA.


Perda de sensibilidade de frio e calor em uma das pernas e o diagnóstico de estresse. 

Oito anos depois, um surto que, em menos de duas horas, provocou a paralisação total de metade do corpo e desequilíbrio. 

Diagnóstico: ESCLEROSE MÚLTIPLA. Essa é a história da terapeuta emocional Paula Budolla, de 48 anos, há 16 anos diagnosticada como portadora de ESCLEROSE MÚLTIPLA, uma doença crônica, autoimune, que afeta o cérebro, olhos e medula espinhal.


A terapeuta se encaixa no perfil predominante para a doença – mulher entre 20 e 40 anos – e retrata o desafio do diagnóstico: sintomas diversificados que podem surgir de forma leve ou grave. “Com a ESCLEROSE MÚLTIPLA, o organismo produz anticorpos que agridem a bainha de mielina (camada de gordura e proteínas que envolve as fibras nervosas do nosso sistema neurológico).

 Como ela está presente em praticamente todas as células do sistema nervoso, pode ter acometimento em qualquer parte do corpo. 

Por isso, os sintomas são tão variados”, explica a neurologista do Hospital Marcelino Champagnat, Patrícia Coral. 

A médica esclarece ainda que, geralmente, a doença atinge o nervo óptico, provoca perda de sensibilidade nos membros e pode chegar ao cerebelo, provocando tontura e alteração do equilíbrio. Os sintomas podem começar lentamente, em formas mais brandas da doença, ou de maneira mais grave, provocando fraqueza ou paralisia parcial dos membros inferiores, com comprometimento das pernas, controle do intestino e bexiga.


As causas da doença também geram incertezas. Ela é multifatorial: pode ser causada por uma predisposição genética, desencadeada por um processo infeccioso ou por um fator ambiental, como a deficiência da vitamina D. A boa notícia é que, embora não tenha cura, é possível tratar a esclerose múltipla e controlar os possíveis surtos e consequentemente, as sequelas. Atualmente os tratamentos são de uso contínuo, mas já existem drogas em estudo para uso em curto prazo.


Quanto antes o diagnóstico for realizado, melhores as condições de tratamento e controle da doença.

 “O surto que tive em 2004 foi bastante grave. Só voltei a andar dois meses depois e a mexer meu braço, após nove meses. Consegui passar por tudo isso com muito apoio da família, inclusive do meu filho, que na época tinha apenas 2 anos, mas me ajudava a pegar objetos, por exemplo. Hoje, no entanto, sigo meu tratamento corretamente, mudei de profissão para adequar às minhas necessidades e me sinto realizada”, conta Paula. 

Atualmente ela trabalha como terapeuta emocional e realiza trabalhos voluntários em uma igreja e no Instituto ProBem, que promove apoio a pacientes com ESCLEROSE ÚLTIPLA.


A conscientização da população sobre a ESCLEROSE MÚLTIPLA é de extrema importância pois, muitas vezes, é confundida com outras doenças, seja pela denominação ou pelos sintomas. A esclerose lateral amiotrófica (ELA) tornou-se conhecida pela história do físico britânico Stephen Hawking. No entanto, é uma doença mais grave e que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e causa paralisia irreversível.


Já os sintomas como amortecimento dos membros podem ser confundidos com um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Causado por entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, o AVC causa perda de força, fraqueza, formigamento em algum lado do corpo, alterações na fala e na visão. “Quando sentem formigamento ou fraqueza, principalmente, os pacientes acabam procurando um pronto atendimento pensando que pode ser um AVC ou sintomas de estresse, mas em certos casos podem ser sinais de um surto de ESCLEROSE MÚLTIPLA”, revela Patrícia.


O alerta sobre os sintomas, no entanto, vale para que a população não deixe de buscar atendimento médico. “A cada hora perdida de tratamento de um AVC, cerca de 120 milhões de neurônios morrem, o que aumenta a chance de sequelas. 

E os surtos de ESCLEROSE MÚLTIPLA também precisam de tratamento. O importante é buscar um atendimento em neurologia o mais rápido possível”, comenta a neurologista e coordenadora do serviço de neurologia do Hospital Marcelino Champagnat, Lívia Figueiredo.

FONTE:https://paranashop.com.br/2021/05/esclerose-multipla-sintomas-diversos-podem-confundir-diagnostico/


Segurada em gestação de risco tem direito a benefício do INSS.

 25 Maio, 2021

Decisão a favor foi dada pela Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais em resposta a recurso do INSS

A gestação considerada de alto risco dá direito à segurada de receber o auxílio por incapacidade temporária, ainda que não tenha cumprido o tempo de carência de 12 meses exigido nessa situação, desde que amparada em recomendação médica de afastamento por mais de 15 dias consecutivos.


A decisão é da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU), em resposta ao recurso do INSS que recorreu da análise da 4ª Turma Recursal do Rio Grande do Sul. A 4ª Turma entendeu que a gestação de alto risco pode ser incluída na categoria de doenças que dão direito à concessão do benefício.


Pelas regras em vigor, os benefícios de auxílio por incapacidade temporária exigem o cumprimento de um período de carência de 12 contribuições mensais, contados da data de filiação do segurado à Previdência Social.


O período de carência, para o pedido desse tipo de benefício, poderá ser reduzido à metade, ou seja, seis meses, nos casos em que o trabalhador fica desempregado ou doente ou, ao deixar de contribuir com a Previdência Social por longo período, perde a qualidade de segurado.


Para evitar a perda de direito ao pedido de auxílio, o trabalhador nessa condição pode regularizar sua situação recolhendo metade das contribuições exigidas para a concessão do benefício.


Exceções da lei foram consideradas na gestação de risco


A legislação prevê ainda exceções e flexibiliza as regras para o pedido do auxílio em situações de doenças mais graves, que dispensam o cumprimento de carência para a concessão. Enfermidades como tuberculose ativa, cegueira, cardiopatia grave, doença de Parkinson, alienação mental, esclerose múltipla, dentre outras.


Foi com base nessa permissão legal prevista em lei que a 4ª Turma Recursal do Rio Grande do Sul entendeu que a gestação de alto risco pode ser incluída entre as situações de doença que possibilitam a concessão do auxílio por incapacidade temporária, sem que a trabalhadora tenha cumprido o período de carência.


Diante dessa decisão, o INSS recorreu à TNU, cujo ministro presidente, Ricardo Villas Boas Cueva, entende que a lista de doenças não é taxativa. Diante da impossibilidade de incluir nessa lista todas as doenças consideradas graves e seguindo a linha de raciocínio de que a concessão do salário-maternidade independe de carência, a TNU entendeu que “a gravidez de alto risco, com recomendação médica de afastamento do trabalho por mais de 15 dias seguidos, autoriza a dispensa de carência para acesso aos benefícios por incapacidade”.

FONTE:https://www.dci.com.br/economia/inss/segurada-em-gestacao-de-risco-tem-direito-a-beneficio-do-inss/136832/


Câmara de Criciúma vota projeto que regulamenta valor do auxílio-doença para servidores municipais.

 24/05/2021 

PLC de autoria do prefeito Clésio Salvaro será votado a partir das 17 horas

A Câmara de Vereadores de Criciúma votará a partir das 17 horas desta segunda-feira, dia 24, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 382/2021, de autoria do prefeito Clésio Salvaro (PSDB). O objetivo é possibilitar aos servidores municipais afastados em auxílio-doença a terem direito a remuneração durante o período de afastamento.

Confira abaixo a lista de doenças, que não está inclusa a Covid-19. 


Em justificativa, o chefe do Poder Executivo criciumense afirmou que "o valor a ser recebido é a quantia de remuneração para fins previdenciários, não incluindo verbas temporárias. 

Entretanto, tais doenças graves muitas vezes incapacitam o servidor para qualquer trabalho, razão pela qual parece a decisão mais consentânea com a justiça possibilitar o recebimento da remuneração integral, excetuadas verbas indenizatórias". 


Para os servidores portadores de doenças graves, abaixo identificadas, o auxílio-doença será devido no valor de sua última remuneração integral, excluídas verbas indenizatórias, tais como horas-extras, adicional noturno, férias e indenização de licença prêmio. Confira abaixo a lista: 


a) AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida);

b) Alienação Mental;

c) Cardiopatia Grave;

d) Cegueira;

e) Contaminação por Radiação; 

f) Doença de Paget em estados avançados (Osteíte Deformante);

g) Doença de Parkinson;

h) ESCLEROSE MÚLTIPLA; 

i) Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA);

j) Espondiloartrose Anquilosante; 

k) Fibrose Cística (Mucoviscidose);

l) Hanseníase;

m) Nefropatia Grave;

n) Hepatopatia Grave;

o) Neoplasia Maligna;

p) Paralisia Irreversível e Incapacitante; 

q) Tuberculose Ativa.

FONTE:http://www.engeplus.com.br/noticia/politica/2021/camara-de-criciuma-vota-projeto-que-regulamenta-valor-do-auxilio-doenca-para-servidores-municipais


Doenças intestinais precisam de diagnóstico correto e tratamento contínuo...

 20 de maio de 2021 

Maio Roxo chama atenção para impacto na saúde e na qualidade de vida das pessoas que têm essas enfermidades

As doenças intestinais atingem cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a EFCCA (Federação Europeia de Associações de Crohn e Colite Ulcerativa). Para alertar a população sobre esse problema, foi celebrado ontem (19) o DII (Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal).


Maio Roxo


No Brasil, um levantamento feito pela farmacêutica Pfizer aponta o impacto na saúde e na qualidade de vida das pessoas, como queda no rendimento do trabalho e perda de eventos, diante do desconforto intestinal. A relevância das doenças expandiu o tema às campanhas de conscientização para todo o mês, que passou a se chamar Maio Roxo.


Pesquisa


Uma pesquisa feita com pacientes da UC Narrative, iniciativa global criada pela Pfizer, foi realizada online pela The Harris Poll, entre junho de 2020 e 31 de março de 2021, com 85 pessoas que vivem com retocolite ulcerativa.


O levantamento apontou que 9% dos participantes afirmaram ir entre 15 e 19 vezes ao banheiro em dias de crise. 6% têm urgência em ir ao banheiro; e 28% não foram a eventos com seus filhos pelos efeitos da doença.


Na área profissional 28% faltaram ao trabalho entre quatro e nove vezes devido à sua doença e sintomas, e 55 % relataram que sentem muita dor ou se distraem com as necessidades diárias e não conseguem se concentrar no trabalho. 


O risco potencial e o medo de desenvolver câncer foi citado por 59%; e da necessidade de uma colectomia, procedimento cirúrgico para remover a totalidade ou parte do cólon, foi apontada por 44% dos entrevistados.


Doenças


Resultado de uma defesa exagerada do organismo, que acaba causando lesões no próprio intestino que provocam uma inflamação crônica do aparelho digestivo, as duas principais doenças inflamatórias intestinais são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn.


O médico Flavio Steinwurz, gastroenterologista e presidente da Pancco (Organização Panamericana de Crohn e Colite), explica que essas enfermidades são consideradas autoimunes e atingem, preferencialmente, homens e mulheres com idades entre 15 e 40 anos.


“As causas são desconhecidas, mas diante do que já sabemos como predisposição genética (sem hereditariedade), fatores ambientais e alterações na flora intestinal, trabalhamos com duas frentes: identificação e controle”, esclarece o especialista.


Tratamento


Flavio reforça ainda que a aderência ao tratamento é fundamental para se restabelecer a saúde e dar sequência nas atividades diárias. “O Brasil possui medicamentos que podem ser adquiridos nas farmácias de alto custo do SUS (Sistema Único de Saúde), mas muitos pensam que quando os sintomas diminuem ou desaparecem podem deixar de tomar o medicamento, o que é engano. São doenças que precisam ser acompanhadas durante toda a vida”.


Diferenças


A pesquisa Jornada do Paciente com Doença Inflamatória Intestinal expôs que o fato de os sintomas serem similares faz com que o diagnóstico da doença intestinal possa levar mais de um ano.


Contudo, as diferenças existem em relação às áreas afetadas e formas. A retocolite ulcerativa atinge a mucosa do cólon e do reto. Já a doença de Crohn pode ocorrer em qualquer parte do tubo digestivo, da boca ao ânus, com predileção pelas regiões ileal (responsável pela digestão e absorção de alimentos) e ileocecal (que controle o fluxo de líquidos nos intestinos).


Já os sintomas da doença de Crohn podem ser parecidos com os da que retocolite ulcerativa que são: diarreia, sangue e muco nas fezes, cólica abdominal e urgência evacuatória. No entanto, na doença de Crohn são mais frequentes os sintomas de dor abdominal, emagrecimento e febre.


FONTE:https://www.folhadaregiao.com.br/2021/05/20/doencas-intestinais-precisam-de-diagnostico-correto-e-tratamento-continuo/

Gestores municipais recebem treinamento sobre o sistema Passe Livre.

20/05/2021

O Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, em parceria com a Escola de Gestão do Paraná, promoveu nesta última segunda-feira (17) a primeira etapa do curso de Operacionalização do Sistema Passe Livre. 



A qualificação é destinada aos coordenadores e assistentes sociais dos Centros de Referência de Assistência Social do Paraná (Cras-PR) e tem como objetivo apresentar dicas do funcionamento do sistema.


“Essa é uma orientação do secretário Ney Leprevost para que os gestores municipais recebam treinamento para operacionalização do sistema para utilizá-lo de forma otimizada e com maior eficiência”, disse o chefe do Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência, Felipe Braga Côrtes. Foram atendidos municípios de três mesorregiões.


Nos próximos meses serão realizados encontros com gestores de outras cidades. Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) que receberam o e-mail conforme a extensão territorial à qual pertencem, deverão enviar uma lista com dados dos inscritos para a liberação do acesso. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail sistemapasselivre@sejuf.pr.gov.br ou pelos telefones (41) 3210-2430 / (41) 3210-2457.


PASSE LIVRE


O Passe Livre é um benefício estadual concedido a pessoas com deficiência, seja ela física, visual, intelectual, auditiva, múltipla e também Transtorno do Espectro do Autismo. O benefício assegura a isenção tarifária nos transportes coletivos intermunicipais para pessoas com deficiência e renda familiar per capita até dois salários mínimos regional.


Essa isenção se estende também às pessoas que possuem algumas doenças crônicas como insuficiência renal crônica, doença de Crohn, câncer, transtornos mentais graves, HIV, mucoviscidose, hemofilia e ESCLEROSE MÚLTIPLA, desde que estejam em tratamento continuado fora do município de sua residência.


Para solicitar a carteira do Passe Livre é necessário comparecer a um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo da sua residência. Com a solicitação aprovada, a carteirinha chega em até 40 dias no endereço do solicitante, ou em outro endereço sugerido, ou mesmo no próprio Cras, conforme opção do solicitante.



MUNICÍPIOS DA MESORREGIÃO ATENDIDOS NESSA PRIMEIRA FASE


Metropolitana de Curitiba: Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Antonina, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo do Tenente, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Contenda, Curitiba, Doutor Ulysses, Fazenda Rio Grande, Guaraqueçaba, Guaratuba, Itaperuçu, Lapa, Mandirituba, Matinhos, Morretes, Paranaguá, Piên, Pinhais, Piraquara, Pontal do Paraná, Porto Amazonas, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Tunas do Paraná.


Centro Ocidental Paranaense: Altamira do Paraná, Araruna, Barbosa Ferraz, Boa, Esperança, Campina da Lagoa, Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Engenheiro Beltrão, Farol, Fênix, Goioerê, Iretama, Janiópolis, Juranda, Luiziana, Mamborê, Moreira Sales, Nova Cantu, Peabiru, Quarto Centenário, Quinta do Sol, Rancho Alegre D’Oeste, Roncador, Terra Boa e Ubiratã.


Norte Central Paranaense: Alvorada do Sul, Ângulo, Apucarana, Arapongas, Arapuã, Ariranha do Ivaí, Astorga, Atalaia, Bela Vista do Paraíso, Bom Sucesso, Borrazópolis, Cafeara, Califórnia, Cambé, Cambira, Cândido de Abreu, Centenário do Sul, Colorado, Cruzmaltina, Doutor Camargo, Faxinal, Floraí, Floresta, Florestópolis, Flórida, Godoy Moreira, Grandes Rios, Guaraci, Ibiporã, Iguaraçu, Itaguajé, Itambé, Ivaiporã, Ivatuba, Jaguapitã, Jandaia do Sul, Jardim Alegre, Kaloré, Lidianópolis, Lobato, Londrina, Lunardelli, Lupionópolis, Mandaguaçu, Mandaguari, Manoel Ribas, Marialva, Marilândia do Sul, Maringá, Marumbi, Mauá da Serra, Miraselva, Munhoz de Melo, Nossa Senhora das Graças, Nova Esperança, Nova Tebas, Novo Itacolomi, Ourizona, Paiçandu, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Presidente Castelo Branco, Primeiro de Maio, Rio Bom, Rio Branco do Ivaí, Rolândia, Rosário do Ivaí, Sabáudia, Santa Fé, Santa Inês, Santo Inácio, São João do Ivaí, São Jorge do Ivaí, São Pedro do Ivaí, Sarandi, Sertanópolis, Tamarana e Uniflor.

Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná

FONTE:https://folhadecianorte.com/gestores-municipais-recebem-treinamento-sobre-o-sistema-passe-livre/


As Forças Armadas e a reforma por doenças .

  19/05/2021 

Os militares de carreira que contraem determinadas doenças possuem direito à reforma por incapacidade. Todavia, poucos conhecem os próprios direitos e, assim, acabam sendo lesados.

A reforme é um direito dos militares das Forças Armadas (Força Aérea, Marinha e Exército) que está amparada pelo Estatuto dos Militares.

A reforma remunerada é uma forma de exclusão do serviço ativo das forças armadas, segundo o artigo 94, da Lei 6.880/80, vejamos:

Art. 94. A exclusão do serviço ativo das Forças Armadas e o consequente desligamento da organização a que estiver vinculado o militar decorrem dos seguintes motivos: (Vide Decreto n. 2.790, de 1998):

II – reforma;

A legislação ampara, também, a reforma por incapacidade definitiva que decorre de doenças que estão dispostas na própria legislação. 

São diversas doenças descritas na lei. 

Doenças psiquiátricas, moléstias físicas (como problemas na coluna), hanseníase, HIV, neoplasia maligna e da cardiopatia grave, entre outras doenças, são exemplos de patologias que se manifestam sem que estejam relacionadas com a atividade militar, mas que geram, sim, direito à reforma por incapacidade definitiva.

Portanto, não restam dúvidas que na própria legislação estão protegidos os militares que com saúde fragilizada estão acometidos por doenças que são consideras graves.

Assim sendo, nos casos em que não é possível determinar como será a evolução do quadro de saúde do militar impõe-se a reforma humanitária, tendo direito à reforma em razão de sofrer com as doenças que estão indicadas na lei abaixo.

A incapacidade definitiva militar em razão doença grave está disposta no artigo 108, V, da Lei 6.880/80, conforme:

Art. 108. A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de: 

V - tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave e outras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões da medicina especializada; e (Redação dada pela Lei nº 12.670, de 2012).

Desse modo, os militares que são portadores de tais precisam estar atentos para comprovar que a doença se manifestou durante o serviço militar e, assim, requerer seu direito à reforma.

Indo além, é possível que, nos casos em que foi ilegalmente excluído das fileiras militares, seja reintegrado e reformado em grau imediatamente superior.

No mais, os militares da reserva remunerada, que tenham adquiridos as doenças que estão dispostas na lei de forma superveniente, também possuem direito à reforma por incapacidade, conforme dispõe o artigo 108, § 1º, da Lei 6.880/80, vejamos: 

Art. 110. O militar da ativa ou da reserva remunerada, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes dos incisos I e II do art. 108, será reformado com a remuneração calculada com base no soldo correspondente ao grau hierárquico imediato ao que possuir ou que possuía na ativa, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 7.580, de 1986)

§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos nos itens III, IV e V do artigo 108, quando, verificada a incapacidade definitiva, for o militar considerado inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho.

Frisa-se, então, que os militares que são portadores das seguintes doenças: 

Tuberculose ativa, alienação mental, ESCLEROSE MÚLTIPLA, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose anquilosante e nefropatia grave possuem direito à reforma por invalidez.

Tais doenças dispensam os militares da necessidade de cumprimento do tempo de serviço que normalmente é necessário cumprir para que adquiram o direito à reforma. 

Contudo, as Forças Armadas recorrentemente negam tal direito aos militares, fazendo com que seja inevitável que busque amparo ao poder judiciário, para concretizar seu direito legal.

Reitera-se, no mais, que os militares podem ter direito à reforma em outras situações, para além das decorrentes das doenças mencionadas, mas também por acidente em serviço ou doença relacionada ou causada pelo serviço militar. 


FONTE:https://www.campograndenews.com.br/colunistas/compartilhando-justica/as-forcas-armadas-e-a-reforma-por-doencas

Tratamento para Esclerose Múltipla é aprovado pela ANVISA

Segunda-feira, 17 Maio 2021

Pessoas com EM têm agora mais uma opção para se tratar, a molécula Ofatumumabe

 O Kesimpta( ofatumumabe) é um anticorpo monoclonal humano aprovado para a Esclerose Múltipla Remitente Recorrente, CIS( síndrome clínica isolada) e EM secundariamente progressiva com atividade.


Seu uso é de forma subcutânea aplicada mensalmente pelo próprio paciente.

São Paulo, maio de 2021 – Fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, dores articulares e disfunções intestinais e da bexiga são sintomas que podem, facilmente, ser confundidos com diversas enfermidades. 


No entanto, quando se apresentam de forma combinada, podem indicar Esclerose Múltipla, doença crônica e autoimune do sistema nervoso central (SNC) que pode provocar lesões nas células do cérebro e da medula.3

Considerando a evolução natural da doença a pessoa com Esclerose Múltipla, quando não tratada adequadamente, pode vir a precisar do auxílio de cadeira de rodas por conta do fator degenerativo da doença. Esse cenário a gente só muda com diagnóstico precoce e tratamento individualizado”, explica Gustavo San Martin, fundador da AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose).

Pacientes graves da doença contam agora com uma nova opção de tratamento, a molécula Ofatumumabe, que obteve aprovação regulatória da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 17 de maio. Agora, o medicamento aguarda sua definição de preço pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), quando poderá ser comercializado.

A prevalência média da Esclerose Múltipla no Brasil é de 8,69 para cada 100 mil habitantes. No mundo, estima-se que entre 2 milhões e 2,5 milhões de pessoas convivam com a Esclerose Múltipla1, que afeta mais adultos jovens, na faixa de 18 a 55 anos de idade2.


O diagnóstico da doença é feito através de exame de ressonância magnética, exame de líquor e exames laboratoriais, como anti-HIV e VDRL e dosagem sérica de vitamina B12, que descartam outras doenças com sintomas semelhantes à EM.

Identificar a doença em seu estágio inicial e fazer o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado são fundamentais para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos de Esclerose Múltipla”, destaca Luis Boechat, Diretor Médico da Divisão Farma da Novartis Brasil. 

 “Os chamados tratamentos de alta eficácia promovem efeitos significativos na remissão e na progressão da doença e geram grande oportunidade de não ter evidência de atividade da doença”, completa.

FONTE:https://www.novartis.com.br/news/media-releases/tratamento-para-esclerose-multipla-e-aprovado-pela-anvisa

Infecção urinária na quarentena: o que você precisa saber.

 Segunda, 17 de Maio de 2021

Segundo ela, estima-se que a ITU ocorra em até 30% das mulheres em algum momento da vida.

        A médica Fernanda Torras.

Durante o isolamento social, a rotina de todos foi alterada. Além do sono e da alimentação, a quantidade de água necessária a ser ingerida diariamente também fugiu do controle. Agora, com as baixas temperaturas, o consumo do líquido diminui ainda mais, aumentando o índice de infecções urinárias e problemas renais.

“Mesmo no frio e em meio à rotina atribulada, nunca podemos deixar de nos hidratar, principalmente as mulheres, já que a infecção do trato urinário (ITU) as acomete na proporção de 8 para cada 1 homem”, explica a Dra. Fernanda Torras, ginecologista e obstetra, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), da SMB (Sociedade Brasileira de Mastologia) e ABCGIN (Associação Brasileira de Cosmetoginecologia).

Segundo ela, estima-se que a ITU ocorra em até 30% das mulheres em algum momento da vida, com um pico de incidência no início da vida sexual, na gestação, em casos de desequilíbrios hormonais, diabetes, imunodepressão e um aumento progressivo após a menopausa.

“Isso ocorre devido à variação na anatomia feminina, pois a uretra da mulher (órgão por onde a urina é escoada da bexiga e tem seu ponto de saída na vulva) é mais curta e mais próxima do ânus do que a uretra dos homens, possibilitando que bactérias do trato intestinal ascendam mais facilmente para a bexiga”, afirma Fernanda Torras.

Sintomas e diagnóstico

A infecção do trato urinário (ITU) pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, que engloba a uretra, bexiga, ureteres e os rins. A infecção da bexiga, que é a mais comum, é chamada de cistite. A Escherichia coli é a bactéria responsável por cerca de 80% das ITUs. Trata-se de um microorganismo normal da flora intestinal.

Os sintomas mais frequentes da ITU são: poliúria (aumento do número de micções), polaciúria (aumento do número de micções com diminuição do volume da urina), dor ao urinar, dor pélvica e alterações da coloração e odor da urina. Os sintomas podem aparecer em conjunto ou isoladamente. O diagnóstico é feito por exame clínico e laboratorial. Já o diagnóstico de certeza é dado pela urocultura (exame de urina mais indicado para detectar a infecção).

De acordo com Fernanda Torras, muitas pessoas estão receosas de buscar ajuda no hospital por conta da pandemia. “No entanto, se não tratadas, as infecções urinárias da bexiga ou uretra podem evoluir para a pielonefrite (infecção do rim), para uma doença renal crônica, ou até sepse e morte”, alerta a ginecologista.

Prevenção

A prevenção da infecção urinária deve ser realizada das seguintes formas:

- Higiene íntima adequada, principalmente após a evacuação.

- Ter relações sexuais com a bexiga relativamente cheia e urinar logo após o coito.

- Ingestão abundante de líquidos.

- Evitar longos períodos de tempo sem urinar.

- Fazer uso de extratos de cranberry, que reduzem a capacidade da bactéria em aderir ao tecido do trato urinário.

- Evitar contraceptivos como diafragma, capuz cervical e espermicidas, pois estes podem alterar a flora vaginal, aumentando o risco de infecção recorrente.

- Fazer uso de estrogênio tópico na pós-menopausa, principalmente se houver infecção recorrente.

Tratamento

O único tratamento para as infecções urinárias são os antibióticos, que matam as bactérias causadoras da doença. Há outros tipos de medicamentos que podem ser utilizados para dor ou prevenção, mas não para o tratamento. Em caso de infecções de repetição, o ideal é procurar um especialista para avaliar se há algum fator predisponente e indicar qual o melhor método de prevenção que deverá ser utilizado.

“Vale reforçar que a quarentena não é desculpa para não se cuidar. Ao contrário. Da mesma forma que a pandemia nos exige higiene e cuidados constantes, devemos estender as regras para a saúde física como um todo”, finaliza Fernanda Torras.

FONTE:https://www.jb.com.br/bem-viver/saude/2021/05/1030236-infeccao-urinaria-na-quarentena-o-que-voce-precisa-saber.html

Vacina da gripe protege pacientes asmáticos contra novas internações.

 15 de maio de 2021

A asma é uma das principais causas de hospitalização no Brasil[i], porém, o tratamento adequado, o controle contínuo e a vacinação anual contra a gripe podem diminuir este índice.

São Paulo, maio de 2021 – Com o início das campanhas de vacinação contra a gripe (influenza) no mês de abril, muitos pacientes que convivem com doenças do sistema respiratório, como a asma, se questionam se devem ou não receber o imunizante.

A falta de conhecimento sobre a interação entre as duas doenças gera receio e muitas dúvidas a respeito da proteção dos pacientes. O que poucos sabem é que pessoas que têm essa condição crônica são, na realidade, muito beneficiadas pela vacina.

A asma, sozinha, apresenta índices de internação muito significativos. Segundo o DATASUS, a doença é a quarta maior causa de hospitalizações no Brasil¹.

São aproximadamente 350 mil casos por ano, que ocorrem, principalmente, pela falta de tratamento e controle adequado da condição. De acordo com a Comissão de Asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), apenas 12% dos brasileiros com asma têm a doença controlada.

Nos pacientes asmáticos graves não controlados, as crises são três vezes mais frequentes e, normalmente, apresentam risco de vida

Quando combinado à flu season (temporada da gripe) – isto é, a época de maior incidência das infecções respiratórias causadas pelo vírus influenza – o cenário costuma piorar.

Isso acontece porque as infecções virais são um dos principais fatores de risco para novas crises de asma. O vírus influenza age diretamente nas células pulmonares, então o asmático grave, que já tem o sistema respiratório mais fragilizado, tende a sofrer com mais complicações[iv][v][vi].

“O paciente que não tem um bom controle da asma ou não realiza o tratamento adequado pode ter sérias complicações, como a pneumonia viral ou bacteriana e a insuficiência respiratória aguda, e necessitar internação e cuidados intensivos”, explica Elie Fiss, médico pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e professor titular da disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

A vacinação contra a gripe é a melhor maneira de se proteger contra as infecções causadas pelo vírus influenza e evitar essas situações que envolvem crises graves e hospitalizações. “Com exceção de pessoas alérgicas aos componentes da vacina, todos devem receber o imunizante.

Caso o paciente esteja apresentando febre ou algum sintoma característico da crise asmática, é recomendado que consulte o médico antes de ser imunizado. Mas em um estado saudável, ele deve procurar algum órgão do sistema de saúde e receber a dose anualmente”, explica Fiss. Por serem pacientes de risco, os asmáticos fazem parte do grupo prioritário nas campanhas nacionais de prevenção, incluindo a da gripe.

“Precisamos incentivar cada vez mais a vacinação de pacientes com asma e outras doenças crônicas. A vacina contra influenza é segura, apresenta alta taxa de proteção, diminui consideravelmente o número de infecções e, consequentemente, reduz a quantidade de crises dos asmáticos”, finaliza o pneumologista.

FONTE:https://jornaldiadia.com.br/vacina-da-gripe-protege-pacientes-asmaticos-contra-novas-internacoes/

Brasil pode ter 4 milhões de pessoas com Alzheimer em 2050, projeta estudo inédito.

14/05/2021 

Número é quatro vezes maior do que o atual. Cálculo leva em conta pesquisa sobre perfil socioeconômico, comportamental e clínico dos pacientes.

Líderes do levantamento usaram dados da pesquisa domiciliar do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros.


Quatro milhões de brasileiros podem ter diagnóstico de doença de Alzheimer em 2050 caso medidas de prevenção não sejam adotadas. Essa é apenas uma das conclusões do primeiro estudo a analisar o perfil socioeconômico, comportamental e clínico de indivíduos com o quadro no Brasil (o Ministério da Saúde estima em 1,2 milhão atualmente). Além dessa tendência de crescimento, o trabalho ainda mostrou que a população negra tem menor acesso ao diagnóstico, e também que a doença pode acarretar depressão e o sentimento de tristeza. 


Para chegarem a essa estimativa, os líderes do levantamento usaram dados da pesquisa domiciliar do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) realizada em 2015 e 2016, com aplicação de questionário a 9.412 adultos a partir de 50 anos. Essas informações foram cruzadas com as projeções de aumento na expectativa de vida e, consequentemente, crescimento da população idosa no Brasil. 


Embora o número assuste, infelizmente não surpreende, opina o neurologista Lucas Schilling, professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e pesquisador do Instituto do Cérebro do Estado (Inscer). Isso por que a doença de Alzheimer, principal tipo de demência, tem como principal fator de risco o envelhecimento. 


— Porém, esse é um processo de doença que se desenvolve ao longo de anos. Podemos entendê-lo como um processo biológico progressivo, que começa com o acúmulo de duas proteínas no cérebro, a Tau e a Beta-amiloide, que vai levando à neurodegeneração — explica o especialista. 


Todo esse movimento ocorre de forma silenciosa no decorrer do tempo, culminando em prejuízos clínicos em fase mais avançadas, como a perda de memória e a demência. É geralmente nesse momento que o quadro passa a ser percebido. 


— Tem um longo período assintomático e, depois, começam a aparecer os sintomas.


Como não tem cura, a melhor prevenção, indica Schilling, é cuidar dos hábitos de vida: ter uma alimentação equilibrada, não fumar, não abusar do álcool, praticar exercícios físicos, controlar a pressão e o diabetes e manter o cérebro ativo e estimulado. 


Pioneiro em descrever o perfil socioeconômico, comportamental e clínico de pessoas com Alzheimer no país, o estudo revelou pontos interessantes relacionados à raça. Conforme o líder da pesquisa, Natan Feter, que é pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), os negros aparentemente têm menos a doença, no entanto, essa observação não tem relação causal biológica. 


— É que a população negra tem menos chance de ter o diagnóstico. O acesso a esse parecer é mais difícil. Se pegarmos pessoas com demência brancas, negras e pardas, vemos que as pardas e as negras são as com maior risco de morrer nos hospitais, pois já chegam com um quadro avançado e, portanto, com uma possibilidade de tratamento reduzida — diz Feter. 


Populações de países desenvolvidos, por exemplo, apesar de terem idade avançada, não sofrem com aumento desses problemas, aponta Schilling, pois conseguem se manter ativos e ter maior acesso aos cuidados básicos de saúde: 


— Aqui no país, o número está ligado especialmente à população que vive em condições socioeconômicas mais desfavoráveis, tem dificuldade em fazer exames, usar medicações, ir ao médico. Esse aumento exponencial se dá especialmente em países de baixa e média renda. 


Há também outros aspectos que conseguem mitigar o problema, como a educação, por exemplo. A própria alfabetização e o acesso aos estudos são fatores que contribuem para a reserva cognitiva que nada mais é do que uma espécie de “poupança” cerebral, que diminui a vulnerabilidade aos processos patológicos da velhice.  


O conceito, explica um artigo de Yaakov Stern, professor do departamento de Neurologia da Universidade de Columbia, nos EUA, foi proposto para entender a dissociação entre certos danos cerebrais ou patologias e suas manifestações clínicas. Na prática, defende o pesquisador, o conjunto de experiências de vida, como exposição educacional, ocupacional e a atividades de lazer, está associado a um menor risco de desenvolver demência na velhice. Isso quer dizer, que, quanto maior a reserva, melhor a resposta aos danos cerebrais inerentes à idade. 


Depressão e tristeza


Para além das questões envolvendo o declínio cognitivo e físico, os pacientes com Alzheimer ainda se mostraram mais suscetíveis a problemas emocionais, mostrou a pesquisa brasileira. De acordo com Feter, dois em cada três entrevistados afirmaram que se sentem deprimidos ou tristes. 


— Esses dados foram coletados antes da pandemia. Hoje, essa população pode estar ainda mais afetada — aponta o pesquisador. 


Com a perspectiva de ver a população com Alzheimer aumentar muito nos próximos anos, o trabalho propõe discutir como tratar essas pessoas daqui para frente, em nome da qualidade de vida. 


— A população que existe pode quadruplicar em uma velocidade muito maior do que nos últimos 30 anos. Sabemos que não tem cura, então, como podemos melhorar a qualidade de vida dessas pessoas? Como torná-las menos solitárias? Como auxiliar os cuidadores? Esse é um dos principais pontos que podem guiar políticas públicas — avalia Feter. 

O trabalho também revelou que os pacientes com Alzheimer têm maior probabilidade de serem diagnosticados com diabetes, depressão, doença de Parkinson e acidente vascular cerebral em comparação com adultos mais velhos sem diagnóstico da doença, condições que pioram a saúde geral dos pacientes e que podem acarretar maior número de hospitalizações, pontua Jayne Leite, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que também participou do estudo. 


— As doenças crônicas podem contribuir tanto para o desenvolvimento quanto para o agravo do quadro de Alzheimer. Se não houver o controle adequado das comorbidades, pode piorar o Alzheimer — afirma Jayne. 


Dentre as comorbidades mais frequentes na amostra de pacientes com Alzheimer, a hipertensão foi a que mais apareceu, com 67,6%. Depois, apareceram depressão (44,9%), diabetes (31,1%), acidente vascular cerebral (26,4%) e doença de Parkinson (13,4%). 


Informações do Reino Unido dão conta de que pessoas com Alzheimer têm risco maior de morrer por covid-19. Na opinião do neurologista Lucas Schilling, isso mostra que essas pessoas estão mais vulneráveis quando comparadas com outras sem o diagnóstico. 


— Talvez tenham ainda outros mecanismos neurológicos para estar mais suscetíveis e mais graves da enfermidade. Estamos vendo que há uma relação entre pacientes com doenças neurodegenerativas e quadros mais graves de covid-19 — afirma o professor da PUCRS.

Sinal amarelo

Dados do estudo mostram que, para cada ano a mais na idade, cresce em 11% o risco de o idoso ter doença de Alzheimer, portanto, prestar atenção nos indicativos da enfermidade é fundamental. Schilling  reforça que os declínios físico e cognitivo são normais com o passar dos anos e não são sinônimo de patologia. Contudo, qualquer prejuízo, esquecimento ou capacidade de gerenciar a vida requer um olhar mais cauteloso. 


— Por exemplo, esquecer de pagar contas, de comparecer a um compromisso, são indicativos de alerta para procurar avaliação. O sinal amarelo é o prejuízo funcional — orienta. 


Hoje, os tratamentos recomendados são os não farmacológicos, como terapia ocupacional e atividade física, e os medicamentos que são usados para desacelerar a progressão da doença. Em termos de pesquisa, está em análise pelo órgão regulador norte-americano, o Food and Drug Administration (FDA), um medicamento capaz de retirar o acúmulo de uma dessas proteínas causadoras da doença do cérebro. 

FONTE:https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2021/05/brasil-pode-ter-4-milhoes-de-pessoas-com-alzheimer-em-2050-projeta-estudo-inedito-ckolry05q005n018m8x0w8xav.html

A vida sedentária.

14/05/2021

Estudo internacional procurou quantificar os prejuízos causados pela pandemia de inatividade física.

Um dos maiores desafios da saúde pública no século 21 é convencer a população a andar.

A seleção natural desenhou o corpo humano para o movimento. 

Desde que nossos ancestrais desceram das árvores, há 6 milhões de anos, a competição conferiu vantagem de sobrevivência às mulheres e homens que se movimentavam com mais desenvoltura.

Como resultado, o corpo que chegou até nós tem pernas e braços longos, fortes e articulados para andar, correr, trepar em árvores, abaixar e levantar com eficiência e facilidade.

A partir da segunda metade do século 20, no entanto, sucessivos avanços tecnológicos tornaram possível ganharmos o pão nosso de cada dia sem sair da cadeira. Graças ao conforto moderno, passamos a usar o corpo de uma maneira para a qual ele não foi engendrado.

Ao mesmo tempo, novas técnicas de cultivo agrícola e armazenagem possibilitaram o acesso de grandes massas populacionais a alimentos de alta qualidade. As refeições da classe média de hoje são mais nutritivas do que as dos nobres nos castelos medievais.

No Brasil, a faixa etária da população que mais cresce é a que está acima dos 60 anos, justamente a mais sedentária.

A ingestão diária de um número maior de calorias do que as exigidas para a manutenção do peso saudável de um corpo sedentário criou as condições para a explosão da epidemia de obesidade que assola o mundo. No Brasil, 52% da população adulta está acima do peso.

Um estudo internacional publicado numa das revistas médicas de maior prestígio (The Lancet) procurou quantificar os prejuízos causados pela pandemia de inatividade física. Os autores fizeram uma revisão sistemática da literatura para estimar os custos diretos (para os sistemas de saúde) e os indiretos (produtividade perdida) do sedentarismo em 142 países, que representam 93% da população mundial.

Consideraram o impacto direto no sistema de saúde causado por cinco enfermidades, nas quais a influência da vida sedentária é conhecida com mais detalhes: doença coronariana, derrame cerebral, diabetes tipo 2, câncer de mama, câncer de cólon e reto.

Os custos indiretos foram calculados a partir da produtividade perdida com as mortes prematuras por essas doenças. A falta de dados para a maioria dos países não permitiu estimar as perdas com o absenteísmo provocado por elas.

Foram classificadas como inativas as pessoas que não seguem a recomendação da Organização Mundial da Saúde de praticar atividade física de intensidade moderada ou vigorosa, durante pelo menos 150 minutos por semana.

A aplicação de métodos estatísticos complexos permitiu chegar às seguintes conclusões:

1) Contados os gastos dos sistemas de saúde e os anos perdidos de trabalho por morte precoce, a inatividade física custou para o mundo U$ 67,5 bilhões. Esse número é igual ao PIB da Costa Rica e maior do que o PIB de 80 dos 142 países estudados;

2) O mundo perdeu 13,4 milhões de anos de trabalho, com as mortes prematuras;

3) Quanto mais pobre o país, menor o suporte financeiro governamental e maior a despesa das famílias com o tratamento das doenças estudadas;

4) A inatividade física é uma pandemia que provoca não apenas morbidade e mortalidade, mas grandes perdas econômicas. Os problemas gerados por ela são mais graves nos países em desenvolvimento.

Essas estimativas são extremamente conservadoras; consideraram apenas cinco de pelo menos 22 enfermidades em que a inatividade tem importância causal. Ficaram de fora outras que são de alta prevalência, como as reumatológicas e as ortopédicas, a hipertensão arterial, a síndrome metabólica e alguns transtornos psiquiátricos, por exemplo.

No Brasil, a faixa etária da população que mais cresce é a que está acima dos 60 anos, justamente a mais sedentária. É nessa fase da vida que incidem as doenças crônico-degenerativas mais comuns: hipertensão arterial, obesidade, câncer, diabetes, problemas ortopédicos e o cortejo de complicações associado a elas.

Cruzar os braços diante de mulheres e homens sedentários, que engordam e envelhecem com um ou mais desses males, é caminhar para aceitação de uma eutanásia passiva para os mais velhos, uma vez que nem o SUS nem a Saúde Suplementar terão condições de arcar com os custos.

Qual de nossos antepassados poderia imaginar que o maior desafio da saúde pública do século 21 seria convencer a população a andar?

FONTE:https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/drauzio-varella/noticia/2021/05/a-vida-sedentaria-ckold01v80008018mohk7v92r.html