PROTESTOS MARCARAM DESFILE CÍVICO DE RIBEIRÃO PRETO/SP

20 de março de 2015
 
O desfile cívico em comemoração ao 61º aniversário de Ribeirão Pires, na manhã de ontem, foi marcado por protestos que pedem melhorias nas áreas da Saúde e Educação, além de reclamar do abandono do município. A gestão do prefeito Saulo Benevides (PMDB) também foi criticada.

Enquanto integrantes da Segurança pública, GCM (Guarda Civil Municipal) e alunos da cidade desfilavam para público de cerca de 1.000 pessoas, um grupo usava nariz de palhaço, erguia cartazes e gritava por mudanças. Aos poucos as reivindicações foram ganhando mais adeptos.


A consultora Evelise Palmino, 30 anos, é mãe de um aluno da rede municipal e reclama das condições da escola em que seu filho estuda. “Há muitos anos não há reformas, quando chove é preciso colocar baldes para dar conta das goteiras. Os estudantes ainda não receberam uniformes e temos que nos virar com as roupas antigas, pequenas e rasgadas.”

A Saúde também foi motivo de discussão. Cartazes questionaram a falta de medicamentos nas unidades, além de problemas estruturais. Segundo a professora Vanessa Botelho, 37, alguns remédios estão em falta há mais de um ano. “Sofro de ESCLEROSE MÚLTIPLA e necessito tomar medicação de uso contínuo, no entanto, há meses não encontro a carbamazepina na rede pública.”

Apesar da manifestação, o prefeito afirmou estar feliz com as mudanças promovidas no município em sua gestão. “É muito bom ver essa integração entre os funcionários e a população. A evolução da cidade é a prioridade do governo.”

Indagado sobre os protestos, Saulo disse que algumas reclamações são infundadas. “No nosso plano de governo, sabíamos que os dois primeiros anos seriam difíceis, mas a partir deste terceiro ano as coisas irão melhorar e entregaremos obras em conjunto com os governos estadual e federal. Quanto aos uniformes, faremos a entrega até o meio do mês que vem.”

De acordo com participantes do ato, funcionários da Prefeitura e guardas-civis posicionaram-se em frente ao ponto no qual eles reivindicavam, de forma a bloquear o ato. “Um homem que não quis se identificar nos ofendeu. Guardas ficaram na nossa frente na tentativa de nos encobrir. Aumentaram o som para sufocar nossas vozes”, disse Vanessa, que afirmou ainda que alunos da rede municipal foram impedidos de protestar. “Mandaram os estudantes tirarem o nariz de palhaço. Isso fere nossos direitos, vai contra a liberdade de expressão.” 


ESCLEROSE MÚLTIPLA...PESQUISA EM ANDAMENTO É UMA PROMESSA...

Avaliado 12 de março, 2015 


A esclerose múltipla é uma doença auto-imune que afeta cerca de 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo. Embora a barreira sangue-cérebro é normalmente impermeável, em doentes com MS linfócitos T são capazes de atravessar para o cérebro. 1

Estas células brancas do sangue de pessoas com diagnóstico de MS atacar a mielina gordos que cobre os nervos em seus cérebros. As lesões ou remendos da perda de mielina é uma das primeiras formas MS podem ser vistos em uma varredura do cérebro.

A maioria dos pacientes têm a forma remitente-recorrente de MS, o que significa que eles têm períodos de tempo quando a doença está em retrocesso e que muitas vezes não têm sintomas.
Cerca de 10-15 por cento das pessoas com EM têm a forma progressiva primária e não ter períodos sem sintomas quando os retiros de doença.

Os efeitos da esclerose múltipla não são facilmente discernido. Os primeiros indicadores são normalmente mais sutis. Entre os primeiros sinais de MS estão sentindo dormência em um membro que poderia causar-lhe a cair uma xícara de café, ou um formigamento simples para baixo da coluna vertebral.

Não existe causa conhecida de esclerose múltipla, no entanto, há uma série de factores que podem desempenhar um papel em que está em risco para esta doença.

MS tem um componente genético, mas que não é considerada uma doença hereditária que é altamente.

As pessoas que fumam e que tenham contraído mononucleose são em maior risco de serem diagnosticados com MS.

Vários aspectos do seu ambiente, e deficiências nutricionais, como a falta de vitamina D, são pensados para ser fatores contribuintes.

A vitamina D é produzida naturalmente no corpo por exposição ao sol. Verificou-se que as pessoas que vivem perto do equador, e, portanto, costuma ver mais do sol, tem um fator de risco menor de desenvolver MS.

Atualmente não há cura para a esclerose múltipla. Existem drogas que retardam a eventual progressão da doença, mas nenhuma das medicações têm sido criadas para reverter seus estragos no corpo.

No entanto, pesquisas recentes é promissor.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco estão tentando forçar as células do corpo para criar oligodendrócitos, para descobrir se os oligodendrócitos criará mielina para substituir o que foi destruído nas fibras nervosas.

Se as células são capazes de reparar a mielina danificada a esperança é que os sintomas serão aliviados. Os pesquisadores estão otimistas sobre encontrar o composto que vai estimular essa reação. Os resultados iniciais são devidos, na Primavera de 2015.

Enquanto isso vem acontecendo na Costa Oeste, do outro lado do país, os pesquisadores estão tentando usar células-tronco para reparar os danos causados por MS.

O MS Center of New York Research Tisch tem um estudo envolvendo seres humanos, que leva as células-tronco a partir de participantes "da medula óssea, os transforma em um laboratório e em seguida, injeta-los de volta para os participantes" fluido espinhal.

Pesquisadores têm a intenção de aprender se essas células-tronco vão ajudar a reparar danificadas bainhas de mielina do cérebro. Alguns críticos argumentam que esta abordagem não vai funcionar, porque as células colhidas não são exatamente como os nativos para o corpo.

Enquanto alguns pesquisadores estão focados em uma cura, os outros estão procurando maneiras de parar a progressão da MS. Um estudo clínico promissor em Seattle acaba de lançar seu relatório intercalar, após três anos.

O estudo HALT-MS constatou que quase 80 por cento dos participantes não apresentaram novas lesões cerebrais, não teve recaídas de seus MS, e não mostrou nenhum aumento em sua deficiência durante o estudo.

Este estudo utilizou um tratamento que é comum para tratar a leucemia.


Os dois participantes do estudo receberam uma dúzia de terapia imunossupressora em doses elevadas, e, em seguida, recebeu um transplante de células-tronco do próprio participante, em um esforço para reiniciar o seu sistema imunológico.

Embora sejam necessários mais resultados e um estudo mais amplo deste tratamento, os especialistas MS estão cautelosamente otimistas de que isso poderia ajudar a travar MS em alguns pacientes.

A investigação sobre a esclerose múltipla provavelmente vai continuar com a abertura da Ann Romney Centro de Doenças Neurológicas em Massachusetts. A Casa Branca também alocou US $ 100 milhões de dólares para entender melhor o cérebro.

Mais financiamento e pesquisa focada esperamos produzir melhores tratamentos e uma eventual cura da esclerose múltipla.

FOI USADO TRADUTOR GOOGLE NESTA POSTAGEM...

1) Newsweek.com. Web. 13 fevereiro de 2015. "A busca por uma cura da esclerose múltipla."
2) Seattletimes.com. Web. 11 de janeiro de 2015. "Experimental MS Tratamento de Doenças Pára" em suas faixas ". http: //www.seattletimes.com/seattle-news/experimental-ms-treatment-halts ...

BRASIL TEM 340 CIDADES EM SITUAÇÃO DE RISCO DE DENGUE...INFORMA O MINISTÉRIO...

12/03/2015

Até 7 de março, foram registrados 224,1 mil casos da doença no país...
Outras 877 prefeituras estão em situação de alerta...

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante coletiva de imprensa sobre a dengue nesta quinta-feira (12), em Brasília...




O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou nesta quarta-feira (12) que há 340 municípios brasileiros em situação de risco de dengue e outros 877 estão em situação de alerta.

Segundo o governo, até 7 de março foram registrados 224,1 mil casos da doença no país, aumento de 162% em relação ao
mesmo período do ano passado, quando houve 85.401 ocorrências.

O ministério informou ainda a queda de 31,5% no número de mortes entre 2014 e 2015. Entre 1 de janeiro e 7 de março do ano passado morreram 76 pessoas. No mesmo período de 2015, foram 52 óbitos.

As informações integram o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) e foram divulgadas em coletiva em Brasília. A pesquisa foi feita com base em 1.844 cidades que se voluntariaram a participar da coleta.

Municípios que detectaram focos de dengue em 1 a cada grupo de 100 prédios são incluídos na categoria "satisfatório". Acima de 1 até 3,9 foram enquadrados na categoria "alerta". As cidades com índice acima de 4, entram no nível de "risco".

Cuiabá (MT) é a única capital na última categoria.

Outras 18 capitais foram incluídas na categoria de alerta: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

Brasília foi considerada satisfatória, assim como João Pessoa (PB) e Teresina (PI). Boa Vista (RR), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) Natal (RN) e Rio Branco (AC) não apresentaram dados.

Chioro destacou ainda a redução de 9,7% no número de casos graves da doença em relação a 2014. "Houve [também] uma diminuição de internações nesse período por dengue de 44%. E, apesar de haver 31,5% a menos de óbitos, eles estão ocorrendo, e é fundamental reforçar o conjunto de ações que já constam no plano de contingência."


Recorde foi em 2013

O coordenador-geral do Programa Nacional de Combate à Dengue, Giovanni Evelin Coelho, disse que, apesar do aumento detectado, os dados são positivos se comparados a 2013, ano considerado o mais epidêmico em relação à história de dengue no país.

"Em relação a 2013, tivemos redução de 47%. Tudo leva a crer, embora tenhamos ainda abril e maio, é que a perspectiva de um cenário parecido com o de 2013 seja remota", declarou.

Já sobre chikungunya, foram 1.049 casos confirmados até 7 de março, contra 2.773 casos em 2014. A tendência, para o ministério, é de menos transmissão da doença. "É uma transmissão ainda muito localizada, no estado do Amapá no município de Oiapoque, e no estado da Bahia", completou Coelho.

Para reforçar o combate aos focos do mosquito vetor das doenças, o Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões para as secretarias de Saúde de todos os estados do país. Além disso, realizou capacitação à distância, disponibilizou um telefone 0800 para que profissionais de Atenção Básica pudessem tirar dúvidas e elaborou um plano de contingência nacional.

O ministro falou sobre a importância de a população se envolver e adotar 15 minutos para erradicar os focos do mosquito em casa e dos profissionais de saúde estarem habilitados a reconhecer os sintomas das doenças. "A dengue não deve e não pode matar", afirma.


DOENÇAS REUMATOLÓGICAS AUTOIMUNES ATINGE MAIS MULHERES...ALERTA SBR

11/03/2015

O surgimento de doenças autoimunes nas mulheres como Artrite Reumatoide e Lúpus está ligado a uma tendência maior de produção de anticorpos, diferentemente dos homens...


Aos primeiros sinais de dores nas juntas, com diagnóstico precoce e tratamento adequados, as chances são muitas para o controle e até remissão de doenças reumatológicas e para a sobrevida maior das mulheres. 

O alerta, nesta semana de conscientização do Dia Internacional da Mulher, com data lembrada em 8 de março, é da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), que atua com todos os especialistas do país para o esclarecimento e a conscientização sobre as mais de 120 doenças da reumatologia, que atingem em sua grande maioria o público feminino. 

Entre as doenças mais freqüentes estão listadas Artrite Reumatoide, que afeta três vezes mais mulheres do que em homens e Lúpus Eritematoso Sistêmico, na proporção de dez mulheres para cada homem, que são doenças imunológicas, também chamadas de doenças autoimunes. O surgimento dessas patologias nas mulheres está ligado a uma tendência maior de produção de auto-anticorpos, comparado com os homens.

A Artrite Reumatoide, mais comum em pessoas com idade acima de 40 anos e após a menopausa, é uma doença crônica inflamatória, cuja principal característica é a inflamação das articulações (juntas), embora outros órgãos também possam ser comprometidos. É uma doença autoimune, ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico, que normalmente defende o corpo de infecções (vírus e bactérias), passa a atacar o próprio organismo (no caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como sinóvia).

A inflamação persistente das articulações, se não tratada de forma adequada, pode levar à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e para as atividades da vida diária. Acomete cerca de 1% da população e atinge qualquer pessoa, desde crianças até idosos podem desenvolver a doença. Pessoas com histórico familiar da doença têm mais risco de desenvolvê-la.
Já o Lúpus Eritematoso Sistêmico, também uma doença imunológica, frequentemente se manifesta em mulheres jovens, com idade entre 20 e 30 anos, podendo comprometer também adolescentes.

 É uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. 

São reconhecidos dois tipos principais de lúpus: cutâneo, que tem como sintomas manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo e braços) e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos. Alguns sintomas são gerais como febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. 

Outros, específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação na pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins. 

No Brasil, não há números exatos de pacientes com Lúpus. Estima-se entre 120 mil a 250 mil casos no Brasil ou 1 a cada 1.000 mulheres. Em São Paulo, os especialistas apontam a existência de 12 a 18 mil portadoras de LES. O tratamento depende do tipo de manifestação apresentada e deve ser individualizado.

Chama atenção também entre as doenças autoimunes com mais frequência em mulheres a esclerose sistêmica e a polimiosite, doença caracterizada pela inflamação dos músculos, afetando duas mulheres para cada homem. A fibromialgia, caracterizada por dores difusas pelo corpo, também é mais freqüente.

As doenças reumatológicas que mais afligem as mulheres são as doenças autoimunes (exemplo – lúpus), doenças degenerativas (exemplo - osteoartrite) e as doenças osteometabólicas (exemplo – osteoporose), explica a reumatologista Rosa Maria Rodrigues Pereira, membro das Comissões de Doenças Osteometabólicas e Osteoporose e da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Fator importante também é o histórico familiar.

De acordo com a especialista, doenças como a osteoartrite são degenerativas, tem componente hereditário e, em geral, se manifestam em mulheres com mais de 50 anos, com o comprometimento de mãos e  joelhos. Nas mãos afetam as articulações dos dedos. 

“Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequados é possível diminuir a sua progressão”, alerta a professora Titular de Reumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

A doença osteoporose é uma doença osteometabólica também mais comum na mulher do que no homem. Com a chegada da menopausa e a perda do hormônio estrogênio fundamental para a manutenção dos ossos do corpo existem mais chances de fraturas. “Cerca de 30% das mulheres, após os 50 anos, vão ter diagnóstico de osteoporose, enquanto 15% entre os homens com mais de 70 anos, devido à perda de testosterona com o passar do tempo. O exame de densiometria óssea é imprescindível para o diagnóstico.

A reumatologista alerta que as campanhas de esclarecimento sobre as doenças reumáticas são de extrema importância para mudar o quadro da saúde da mulher no Brasil. “Sem informação, o diagnóstico acaba sendo tardio e há um comprometimento muito sério da qualidade de vida. Como exemplos ela cita que para a doença Artrite Reumatoide, hoje, já existem medicamentos que impedem que a doença chegue à deformidade. É preciso tratar no início. Na osteoporose, a suplementação  de vitamina D, com uma ingesta adequada de alimentos ricos em cálcio e atividade física, proporcionam mais chances de impedir a evolução da doença”, destaca Rosa Maria.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Cesar Emile Baaklini, as doenças reumáticas apresentam índices elevados de morbidade e mortalidade, se não tratadas precocemente e adequadamente. “Tanto a SBR quanto os serviços públicos, as secretarias de saúde dos governos devem desenvolver ações de conscientização à população com mais frequencia”, diz ele. “Inclusive, os serviços das universidades têm condições de auxiliar e de ajudar os gestores em um trabalho amplo de conscientização e devem ser acionados”, completa.

Tratamento

O tratamento das doenças reumatológicas é garantido no Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência aos pacientes com doenças reumáticas inclui desde o fornecimento de medicamentos até a realização de terapias integrativas, associadas à realização de exercícios que devem ter indicação do médico.

A recomendação à população é que percebidos os primeiros sintomas das doenças (dor, inchaço e rigidez nas juntas), o paciente procure o serviço médico mais próximo da sua residência. As doenças reumáticas são crônicas, não têm cura, mas podem ser tratadas.


EXERCÍCIO NA MEIA IDADE AJUDAM NA SAÚDE CEREBRAL MAIS TARDE...

08/03/2015

Segundo os pesquisadores, promover a cultura da atividade física na meia-idade pode ser um passo importante para garantir um envelhecimento saudável do cérebro...


Uma nova pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados, revelou que pessoas não praticam exercícios durante a meia-idade podem ter volumes cerebrais inferiores aos 60 anos. Tal resultado é um indicador de envelhecimento cerebral acelerado, segundo os pesquisadores.

 — Muitas pessoas não começam a se preocupar com a saúde do cérebro antes da velhice. Mas este estudo fornece mais evidências de que certos comportamentos e fatores de risco na meia-idade podem ter consequências para o envelhecimento do cérebro mais tarde — disse Nicole L. Spartano, principal autora da pesquisa.

O estudo avaliou 1.271 pessoas que participaram de um teste ergométrico na década de 1970 — quando a idade média do grupo era de 41 anos. 

A partir de 1999, quando a idade média era de 60, eles foram submetidos a exames de ressonância magnética no cérebro e a testes cognitivos. 

Os participantes não tinham doença cardíaca ou problemas cognitivos no início do estudo. Nenhum tomava medicação que alterasse a frequência cardíaca.

Segundo os pesquisadores, promover a cultura da atividade física na meia-idade pode ser um passo importante para garantir um envelhecimento saudável do cérebro.

TRATAMENTO PRECOCE ASSEGURA QUALIDADE DE VIDA PARA PORTADORES DE ESCLEROSE MÚLTIPLA...

Estudo realizado em 20 países identificou que com diagnóstico prematuro o nível de incapacidade física provocada pela doença se manteve baixo...



Aos 25 anos, a estudante Ilana Castro sentia um formigamento estranho do lado direito do corpo. Rosto e dentes também doíam muito desse lado e a mão direita experimentava um peso constante. Em algumas das suas idas aos médicos em busca de um diagnóstico e tratamento, ela ouviu que o problema era odontológico ou resultado de crises de sinusite. Depois de uma consulta com um neurologista e muitos exames, finalmente, a jovem descobriu a causa dessa pane no lado direito: a esclerose múltipla (EM).

Apesar do assombro do diagnóstico, o tratamento feito com uma substância imunorreguladora chamada de Interferon tem permitido que a jovem dê continuidade à formação universitária e leve uma vida bem próxima da normalidade. “Na verdade, quem não me conhece, não desconfia que haja nada de errado, por isso mesmo, é necessário que as pessoas conheçam e saibam que é possível viver com esclerose múltipla”, completa.

O exemplo de Ilana ilustra o resultado de um estudo dos Comitês Americano e Europeu para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla em Boston, Massachusetts, que, ao longo de 11 anos, comprovou que o tratamento precoce com betainterferona-1b diminui os efeitos das complicações motoras e sensitivas dos pacientes em estágio inicial da doença, que atinge o sistema nervoso central e afeta o cérebro e a medula espinhal, interferindo na capacidade de controlar funções como andar, falar, urinar e outras. A Associação Brasileira de Esclerose Múlti pla(Abem) estima que, atualmente, existam 35 mil brasileiros com essa doença crônica que costuma acometer mais mulheres que homens, entre os 20 e os 50 anos. 

 Estudo

O estudo, realizado em 20 países com 278 pacientes, identificou que, com diagnóstico prematuro e tratamento precoce, o nível de incapacidade física provocada pela doença se manteve baixo e estável, com média de 2.0, o que caracteriza incapacidade mínima. Além disso, a taxa de recaídas também foi reduzida. Os resultados mostraram que o início do tratamento nestes pacientes adiou o desenvolvimento da esclerose múltipla clinicamente definida (CDMS) - e desacelerou o declínio cognitivo mensurado com o Pasat (Paced Auditory Serial Addition Test – Pasat), uma medida da função cognitiva que avalia a velocidade e flexibilidade do processamento de informação auditiva, assim como habilidade de cálculo. Esses dados sinalizam que quanto mais cedo for iniciado o tratamento da doença, maior será o retorno positivo para os portadores.

De acordo com o neurologista e professor da Universidade Federal da Bahia Ailton Melo, a grande vantagem dessa medicação que, no Brasil, é distribuída pelo Sistema Único de Saúde, reside no fato de impedir que o paciente tenha muitos surtos da doença. “A cada surto, o paciente sofre mais danos no sistema nervoso central, com esses danos, há uma chance grande dele ter comprometimentos definitivos como a perda da visão ou até mesmo dos movimentos de pernas e braços”, diz.

Atualmente, a evolução da esclerose múltipla pode ser medida pelo grau de inabilidade física, como na Escala Expandida do Estado de Incapacidade de Kurtzke (EDSS), que se utiliza de oito sistemas funcionais para a classificação. Os sistemas são: piramidal, cerebelo, tronco cerebral, sistema sensorial, intestino e bexiga, visão, cérebro, outros. A partir da avaliação desses, os neurologistas determinam uma pontuação que vai de 0 – exame neurológico normal – a 10 – paciente totalmente incapacitado no leito, que não comunica, não come nem deglute, resultando morte por esclerose múltipla.

Causas

A esclerose múltipla é uma doença autoimune onde células do próprio organismo (células T) agridem o sistema nervoso. Embora a medicina não consiga dizer com precisão, acredita-se que ela possa ter um fundo genético, ambiental ou parasitária.

“Acredita-se que os caucasianos estariam mais vulneráveis ao problema uma vez que em países como a Alemanha, por exemplo, existam 200 portadores da doença para cada 100 mil habitantes quando, na Bahia, a proporção é de cinco casos para cada 100 mil habitantes”, explica o médico, lembrando que o sol e as condições sanitárias funcionariam como uma proteção.

DETECÇÃO DE DISFUNÇÕES RENAIS...

Quarta-feira, 11/03/2015

Campanha em comemoração ao Dia Mundial do Rim alerta sobre a saúde dos rins...


A partir dos 40 anos de idade, todo mundo perde em média 1% da função renal a cada ano. Este dado, da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), reforça a necessidade de um cuidado constante com os rins. A preocupação com o diagnóstico precoce de disfunções renais deve ocorrer em todas as fases da vida, já que os mesmos dados indicam que 10% da população mundial têm Doença Renal Crônica. Por isso a SBN lançou a campanha Rins Saudáveis para lembrar o Dia Mundial de Rim, nesta quinta-feira (12).

De acordo com a Dra. Jailma Vieira, radiologista médica do laboratório Exame os rins são órgãos vitais para o funcionamento do corpo, pois têm a função de filtrar o sangue. “São eles que decidem quais elementos devem permanecer no corpo e quais devem ser excretados, por isso, uma disfunção nesse órgão pode trazer graves complicações para o indivíduo”, explica a médica.

Há várias patologias que podem determinar alterações na função renal. A especialista informa que as mais comuns são os cálculos renais, conhecido popularmente como “pedras nos rins” e a infecção urinária. 

“Os sintomas mais frequentes são dores lombares, febre e ardência miccional (ao urinar)”, lista.


Doenças silenciosas


De acordo com a médica radiologista, um dos métodos de imagem que ajuda no diagnóstico de patologias renais é a ultrassonografia. “Tem seu valor em avaliar a anatomia dos rins, a presença de cálculos, dilatação das vias excretoras, e eventuais complicações de infecções urinárias. Além disso, este não é um método invasivo e não utiliza radiação ionizante. 

Para a realização deste exame, o paciente deve estar em jejum e com bexiga cheia”, esclarece Dra. Jailma Vieira.

A médica reforça a importância de exames periódicos, que devem fazer parte do check-up anual. “A primeira abordagem sempre deve ser clínica, com o auxilio de exames laboratoriais como sangue e urina. Esses exames preliminares são fundamentais, visto que algumas alterações renais são assintomáticas. Cabe ao médico indicar também os métodos de imagem para complementar o diagnóstico”, conclui.


MINISTÉRIO DA SAÚDE DIVULGA DIRETRIZES PARA TRATAR TRANSTORNO BIPOLAR...

10 de março de 2015
A especialista explica que não há cura para o transtorno bipolar, mas, se o paciente seguir o tratamento de forma adequada, pode passar anos sem apresentar crise
O Ministério da Saúde deve publicar esta semana as diretrizes terapêuticas para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do transtorno bipolar. A forma mais grave da doença, considerada um transtorno afetivo, afeta cerca de 2 milhões de brasileiros...

Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o novo protocolo vai unificar a atenção dada à doença em todo o país e, com isso, facilitar a sua identificação por médicos da atenção básica, que deverão encaminhar o paciente para o tratamento adequado, oferecido nos centros de Atenção Psicossocial.

A doença se manifesta em fases que alternam a hiperexcitabilidade e a agitação com profunda tristeza e depressão. A duração de cada fase varia de pessoa para pessoa, podendo durar horas, dias, meses e até anos. Um complicador para a pessoa portadora do transtorno surge quando as duas fases se misturam, o chamado estado misto.

A publicação também deve trazer a incorporação de cinco medicamentos para o tratamento do transtorno bipolar. Clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona são remédios usados para outros fins na rede pública, mas que até o fim do semestre devem estar disponíveis também para esse transtorno afetivo. A expectativa é que em 2015 cerca de 270 mil pessoas sejam beneficiadas com o tratamento. O investimento este ano será cerca de R$ 90 milhões com os medicamentos.

Segundo a professora de psiquiatria da Universidade de Brasília Maria das Graças de Oliveira, a incorporação dos remédios deve ser comemorada, já que o tratamento é essencial para que o paciente tenha qualidade de vida. ”A falta desses medicamentos acaba fazendo com que os médicos prescrevam produtos mais antigos, menos específicos e que, portanto, têm mais efeitos colaterais”.

A especialista explica que não há cura para o transtorno bipolar, mas, se o paciente seguir o tratamento de forma adequada, pode passar anos sem apresentar crise. Ela alerta que muitos deixam de tomar os remédios quando se sentem bem, correndo o risco de ter uma crise mais agressiva depois desse intervalo.