Autoimune, a esclerose múltipla (EM) é uma doença que atinge o sistema nervoso, tendo como característica principal a destruição da mielina, uma camada protetora, que envolve as fibras nervosas, impedindo ou alterando a transmissão das mensagens do cérebro para as diversas partes do corpo.
“No caso dos olhos, o nervo óptico é a peça fundamental no processo da visão, pois ele conduz as imagens da retina até este órgão muito importante do Sistema Nervoso Central, onde são processadas.
Portanto, em pessoas que têm o diagnóstico da EM, esse “fio de condução” pode ser afetado, comprometendo a visão em cerca de 20% dos pacientes”, afirma Frederico Faiçal, oftalmologista da Oftalmoclin – clínica que integra o Grupo Opty na Bahia.
No mês em que ocorre a conscientização da esclerose múltipla, conhecido como Agosto Laranja, o médico explica que os pacientes com essa patologia podem desenvolver nistagmo – que são movimentos repetitivos e involuntários dos olhos e, principalmente, neurite óptica (NO), que é uma inflamação do nervo óptico que afeta a acuidade visual.
“Isso envolve mancha escura no centro do campo de visão, diminuição e/ou alteração na visão para cores, além de dores ao movimentar os olhos”, ressalta Frederico Faiçal, recomendando o acompanhamento oftalmológico em pacientes com esse diagnóstico.
Especialista em retina, o médico Murilo Barreto, da OftalmoDiagnose – outra unidade do Grupo Opty em Salvador -, conta que a NO pode acontecer de forma abrupta, ou seja, dentro de dias ou horas, em qualquer fase da doença, levando o paciente a ter dificuldade visual, principalmente de forma unilateral.
A boa notícia é que em cerca de 90% dos casos é possível reverter o quadro.
“Através de exames como fundo de olho, teste de visão de cores e, sobretudo, tomografia de coerência óptica (OCT), avalia-se a dimensão do edema no nervo óptico e, assim, inicia-se o tratamento para a remissão do problema”, diz o médico.
É importante lembrar, segundo Murilo Barreto, que a neurite óptica não é uma condição exclusiva de pessoas com o diagnóstico de esclerose múltipla.
Ela também pode ser desencadeada por infecções, como sífilis, HIV, herpes e tuberculose; tumores cerebrais e doenças reumatológicas, principalmente em adultos de 20 a 40 anos de idade.
“Sendo assim, como forma de prevenção, a ida anual ao oftalmologista é fundamental em todas as fases da vida.
E, se o paciente tiver o diagnóstico de esclerose múltipla, o acompanhamento especializado se faz ainda mais necessário”, conclui o médico.
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune, na qual o sistema imunológico ataca o próprio sistema nervoso central, causando lesões no cérebro e na medula espinhal.
Seus sintomas são diversos, podendo incluir fadiga severa, depressão, fraqueza muscular, desequilíbrio, dificuldade na coordenação motora, dores articulares e disfunções intestinais e da bexiga.
Embora rara, a doença afeta entre 2 e 2,5 milhões de pessoas em idade produtiva (dos 20 aos 50 anos) ao redor do mundo, segundo dados do Ministério da Saúde (2022).
No Brasil, a incidência é de quase nove casos para cada 100 mil habitantes.
Dentro desse contexto, o Agosto Laranja alerta a população a conscientizar sobre a importância do diagnóstico da esclerose múltipla, além de compartilhar informações precisas e atualizadas, combater o estigma e promover uma maior compreensão dos desafios diários enfrentados pelos pacientes. Apesar de não ter cura ou prevenção, a doença pode ser controlada com tratamentos adequados, como as terapias de reabilitação.
Claudia Lomba, fisioterapeuta e coordenadora do curso de Fisioterapia da Estácio Petrópolis, destaca a importância das terapias de reabilitação, como a fisioterapia, para melhorar a mobilidade e a autonomia dos pacientes com esclerose múltipla.
A fisioterapia para esse paciente é muito importante porque conseguimos trabalhar em cima dos surtos da doença e ataques constantes ao sistema nervoso, e a cada surto desse muitas das vezes fica uma sequela.
De acordo com o que o paciente for apresentando, as dificuldades que ele for tendo no dia a dia, por conta dessas limitações que ele vai apresentando e por conta dos ataques, a fisioterapia trabalha com o objetivo de manter a funcionalidade do paciente, manter a força muscular e tentar aliviar os sintomas como a dor.
Temos um papel muito importante dentro de uma equipe multidisciplinar, onde a gente vai trabalhar em relação a manter a qualidade de vida desse paciente, manter ele funcional e com autonomia
O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar que aborda tanto os aspectos físicos quanto mentais do paciente, visando aliviar os sintomas, desacelerar a progressão da doença e proporcionar uma melhor qualidade de vida.
Depende do conjunto de tratamento clínico, que é o medicamentoso, o psicológico e o tratamento físico, como a fisioterapia, sempre buscando perceber o que esse paciente deixou de fazer por conta da doença e trabalhando em cima disso, com exercícios funcionais para que ele consiga ter independência.
Quando a doença vai evoluindo, às vezes, as coisas que são mais simples, o paciente vai perdendo, como fazer a higiene pessoal. Então percebendo as dificuldades desse paciente durante as sessões de fisioterapia, os movimentos que ele deixou de ter e que estão atrapalhando para que ele possa executar determinada tarefa, nós trabalhamos em cima disso, sempre com foco na função que foi perdida, esclarece.
A especialista ressalta que o tratamento fisioterapêutico varia conforme a evolução da doença em cada paciente, não havendo um único tipo de abordagem para todos os diagnosticados com esclerose múltipla.
O tratamento do paciente com esclerose múltipla tem sempre esse foco, objetivo de restaurar a funcionalidade e a autonomia do paciente por meio de exercícios específicos para cada paciente.
Não é receita de bolo, porque cada paciente vai ter sintomas diferentes, que vai diferenciar dependendo da área do cérebro, do sistema nervoso central que foi acometida.
Então eles não vão ter as mesmas sequelas, eles podem ter diversas sequelas inclusive, por exemplo, a incontinência urinária.
Existe fisioterapia para incontinência urinária, os músculos são trabalhados para a evitar essa questão e prevenir
Cabe ressaltar que, em alguns casos, os pacientes desenvolvem surtos que podem resultar na perda de certas funções.
Por isso, é essencial uma atenção especial ao tratamento, visando a recuperação dessas funções perdidas devido aos surtos e às sequelas que surgem ao longo da doença.
Claudia Lomba ainda acrescenta que cada aspecto do procedimento deve ser monitorado cuidadosamente para evitar causar mais prejuízos ao paciente.
Por ser uma doença crônica e progressiva a tendência é que evolua. Por isso, a gente sempre tem que tomar cuidado na hora de trabalhar com esse paciente, pois é um paciente que tende a fatigar com facilidade.
Então na fisioterapia nós nunca podemos trabalhar levando esse paciente a exaustão, temos que achar sempre esse meio termo de trabalhar o essencial para que ele consiga manter a funcionalidade, porque se eu faço um trabalho muito extenso com ele e ele sai do consultório fatigado eu vou atrapalhar ainda mais a função desse paciente, já que ele é um paciente que tende a fatigar com mais facilidade, conclui.
*Com informações do Ministério da Saúde e Associação Brasileira de Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla (EM), uma doença neurológica crônica e autoimune, na qual o sistema imunológico ataca o próprio sistema nervoso central, causando lesões no cérebro e na medula espinhal.
Seus sintomas são diversos, podendo incluir fadiga severa, depressão, fraqueza muscular, desequilíbrio, dificuldade na coordenação motora, dores articulares e disfunções intestinais e da bexiga.
Embora rara, a doença afeta entre 2 e 2,5 milhões de pessoas em idade produtiva (dos 20 aos 50 anos) ao redor do mundo, segundo dados do Ministério da Saúde (2022). No Brasil, a incidência é de quase nove casos para cada 100 mil habitantes.
Dentro desse contexto, o Agosto Laranja alerta a população a conscientizar sobre a importância do diagnóstico da esclerose múltipla, além de compartilhar informações precisas e atualizadas, combater o estigma e promover uma maior compreensão dos desafios diários enfrentados pelos pacientes.
Apesar de não ter cura ou prevenção, a doença pode ser controlada com tratamentos adequados, como as terapias de reabilitação.
Claudia Lomba, fisioterapeuta e coordenadora do curso de Fisioterapia da Estácio Petrópolis, destaca a importância das terapias de reabilitação, como a fisioterapia, para melhorar a mobilidade e a autonomia dos pacientes com esclerose múltipla.
A fisioterapia para esse paciente é muito importante porque conseguimos trabalhar em cima dos surtos da doença e ataques constantes ao sistema nervoso, e a cada surto desse muitas das vezes fica uma sequela.
De acordo com o que o paciente for apresentando, as dificuldades que ele for tendo no dia a dia, por conta dessas limitações que ele vai apresentando e por conta dos ataques, a fisioterapia trabalha com o objetivo de manter a funcionalidade do paciente, manter a força muscular e tentar aliviar os sintomas como a dor.
Temos um papel muito importante dentro de uma equipe multidisciplinar, onde a gente vai trabalhar em relação a manter a qualidade de vida desse paciente, manter ele funcional e com autonomia
O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar que aborda tanto os aspectos físicos quanto mentais do paciente, visando aliviar os sintomas, desacelerar a progressão da doença e proporcionar uma melhor qualidade de vida.
Depende do conjunto de tratamento clínico, que é o medicamentoso, o psicológico e o tratamento físico, como a fisioterapia, sempre buscando perceber o que esse paciente deixou de fazer por conta da doença e trabalhando em cima disso, com exercícios funcionais para que ele consiga ter independência.
Quando a doença vai evoluindo, às vezes, as coisas que são mais simples, o paciente vai perdendo, como fazer a higiene pessoal.
Então percebendo as dificuldades desse paciente durante as sessões de fisioterapia, os movimentos que ele deixou de ter e que estão atrapalhando para que ele possa executar determinada tarefa, nós trabalhamos em cima disso, sempre com foco na função que foi perdida, esclarece.
A especialista ressalta que o tratamento fisioterapêutico varia conforme a evolução da doença em cada paciente, não havendo um único tipo de abordagem para todos os diagnosticados com esclerose múltipla.
O tratamento do paciente com esclerose múltipla tem sempre esse foco, objetivo de restaurar a funcionalidade e a autonomia do paciente por meio de exercícios específicos para cada paciente.
Não é receita de bolo, porque cada paciente vai ter sintomas diferentes, que vai diferenciar dependendo da área do cérebro, do sistema nervoso central que foi acometida.
Então eles não vão ter as mesmas sequelas, eles podem ter diversas sequelas inclusive, por exemplo, a incontinência urinária. Existe fisioterapia para incontinência urinária, os músculos são trabalhados para a evitar essa questão e prevenir
Cabe ressaltar que, em alguns casos, os pacientes desenvolvem surtos que podem resultar na perda de certas funções. Por isso, é essencial uma atenção especial ao tratamento, visando a recuperação dessas funções perdidas devido aos surtos e às sequelas que surgem ao longo da doença.
Claudia Lomba ainda acrescenta que cada aspecto do procedimento deve ser monitorado cuidadosamente para evitar causar mais prejuízos ao paciente.
Por ser uma doença crônica e progressiva a tendência é que evolua.
Por isso, a gente sempre tem que tomar cuidado na hora de trabalhar com esse paciente, pois é um paciente que tende a fatigar com facilidade.
Então na fisioterapia nós nunca podemos trabalhar levando esse paciente a exaustão, temos que achar sempre esse meio termo de trabalhar o essencial para que ele consiga manter a funcionalidade, porque se eu faço um trabalho muito extenso com ele e ele sai do consultório fatigado eu vou atrapalhar ainda mais a função desse paciente, já que ele é um paciente que tende a fatigar com mais facilidade, conclui.
*Com informações do Ministério da Saúde e Associação Brasileira de Esclerose Múltipla