IMPACTOS DA ARTRITE REUMATOIDE PARA BRASILEIROS SÃO PIORES EM RELAÇÃO A OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA

#UnidosSomosMaisFortes
18/05/2016 

Entre as doenças que causam mais incapacitação em todo o mundo, a artrite reumatoide traz prejuízos mais severos para brasileiros do que para argentinos, colombianos e mexicanos, segundo estudo que mostra realidade dos países


Cidade do Panamá – Os impactos da artrite reumatoide na qualidade de vida dos brasileiros são piores em relação a países como Argentina, Colômbia e México.


A constatação é de um estudo inédito, apresentado no Congresso da Liga Pan-americana de Associações de Reumatologia (Panlar), que comparou o impacto da doença autoimune na produtividade e na força de trabalho do paciente. Entre os quatro países da América Latina, o Brasil tem, por exemplo, a menor taxa de empregabilidade entre os pacientes acometidos pelo problema.



Com o passar do tempo, os sintomas de artrite reumatoide podem se agravar e, com isso, tarefas diárias podem se tornar difíceis de ser realizadas, ocorrendo danos permanentes nas articulações. 


O fato de ocorrer mais comumente entre as idades de 30 a 50 anos, em plena idade laboral, mostra o grande impacto na trajetória profissional desses pacientes. Mais prevalente em mulheres do que em homens, os pacientes com artrite reumatoide não têm esperança de cura. O objetivo do tratamento é maximizar, por longo prazo, os aspectos de saúde na qualidade de vida do paciente, com o controle dos sintomas, prevenção de danos estruturais, normalização da função física e participação social.


Segundo o reumatologista Ricardo Xavier, chefe do serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre e coordenador da pesquisa para toda a América Latina, a artrite reumatoide pode se tornar uma doença bastante debilitante, com forte impacto negativo em vários aspectos na rotina paciente. A contribuição da pesquisa, que no Brasil também contou com a participação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio da equipe do pesquisador Daniel Feldman, e do Cepic, com a equipe de Cristiano Zerbini, é importante no sentido de quantificar como a doença afeta o desempenho no trabalho e na qualidade de vida do paciente. “Tínhamos conhecimento desse impacto em estudos em pacientes europeus, mas as informações com os pacientes da América Latina eram limitadas”, explica Xavier.



O estudo revelou, por exemplo, que 80% dos pacientes entrevistados, dos quatro países, em média, reportaram problemas com dor e desconforto. Os brasileiros relataram mais enfaticamente o impacto negativo da doença na maioria dos aspectos avaliados, apesar de tendências semelhantes apresentadas nos quatro países. Os brazucas também apresentam a menor taxa de empregabilidade (40%), enquanto os argentinos a maior, com 73% dos pacientes empregados, seguidos pela Colômbia (61%) e México (54%). Em relação à sensação de dor e desconforto, os sintomas são reportados por 83% dos brasileiros, contra 67% dos argentinos, 70% dos colombianos e 71% dos mexicanos. “Embora tendências semelhantes tenham sido observadas em todos os quatro países, os pacientes brasileiros reportaram ser mais afetados na maior parte dos aspectos avaliados”, lamenta Ricardo Xavier.



O estudo, agora, que segue com outras análises, quer compreender a razão da discrepância entre os países latinos. “Colômbia, México e Argentina apresentaram resultados similares, próximos àqueles encontrados nos países europeus. Por que o Brasil tem dados piores? O desafio agora é explicar essa situação, que pode impactar nos protocolos de tratamento e no modelo de assistência oferecido no Brasil”, acrescenta Xavier.



Nem todos os piores dados, contudo, são brasileiros. A Colômbia lidera em horas de trabalho perdidas em função da enfermidade. A Argentina, por outro lado, tem mais horas efetivamente trabalhadas. “Mas quanto se olha para as variáveis de quanto a enfermidade afeta o trabalho, em todos o Brasil vai pior”, lamenta.



O reflexo da doença no país, contudo, pode dar uma ideia do impacto na vida dos nossos pacientes e ajudar na avaliação de custo/efetividade dos tratamentos, ajudando agências e o governo a definirem estratégias e medicamentos. “Como não tínhamos um estudo brasileiro nesse sentido, tínhamos menos subsídios para levar a quem dita o tratamento”, complementa o reumatologista. Os dados do estudo são baseados na percepção e no relato de pacientes sobre o impacto da artrite reumatoide na sua qualidade de vida e produtividade no trabalho. Os participantes, na época da avaliação, tinham entre 21 e 55 anos, e responderam questionários sobre a produtividade e dificuldade e atividade e limitações no trabalho. Essas ferramentas permitiram, por exemplo, medir o presenteísmo e o absenteísmo. Os pacientes foram acompanhados durante um ano.



BRASILEIRAS RECORREM A EXAMES QUE PODEM IDENTIFICAR DOENÇAS GENÉTICAS EM EMBRIÕES

#UnidosSomosMaisFortes
20/05/2016

Os casais que pretendem realizar a fertilização in vitro – uma das técnicas de tratamento da infertilidade mais utilizadas no mundo – podem se beneficiar de um exame que detecta doenças genéticas ou cromossômicas antes mesmo da implantação do embrião no útero da mãe. 

Os brasileiros têm recorrido a este procedimento para verificar se os embriões possuem alguma alteração e, assim, implantar aqueles livres de problemas, possibilitando o nascimento de bebês saudáveis.

O método chamado de Diagnóstico Pré-Implantacional (PGD) permite reconhecer doenças de origem cromossômica, isto é, as que são determinadas por falta ou excesso de um cromossomo inteiro ou por partes dele como, por exemplo, as síndromes Down, Turner, Patau, Edwards e Klinenfelter, além de anomalias genéticas como Distrofia Muscular, Hemofilia, anemias de origem genética, doenças neurológicas, fibrose cística etc.

O PGD é indicado para as mulheres com idade materna avançada, que tiveram anteriormente repetidas falhas na implantação de embriões, abortos de repetição ou que já possuem outros filhos com síndromes genéticas.

"As alterações cromossômicas podem chegar a 60% para mulheres até 35 anos e 80% para mulheres a partir de 40 anos", explica o Dr. Georges Fassolas, ginecologista especialista em reprodução humana da Clínica Vivitá.

Atualmente existem técnicas que realizam esses diagnósticos, como a hibridização fluorescente in situ (FISH), hibridização genômica comparativa (CGH) ou método chamado de NGS (note generation screening).

As técnicas de FISH devem ser realizadas após biopsia de embriões no terceiro dia de desenvolvimento embrionário e permite analisar a presença de síndromes. O CGH assim como o NGS são realizados após biopsia dos embriões no quinto dia de desenvolvimento e tem sido utilizado para analisar os 24 cromossomos em um único procedimento em 24 horas e avalia as anormalidades de número de cromossomos, sendo a mais comum a Síndrome de Down. 

Dr. Georges Fassolas esclarece que o exame não aumenta a taxa de gravidez, pois a avaliação não "melhora" o embrião e sim diagnostica quais são normais e anormais. "A decisão de se realizar ou não o PGD para rastreamento de doenças genéticas deve ser avaliada com o médico especialista, considerando a reserva ovariana, a idade materna e alterações genéticas dos pais", ressalta.

A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) de 2010, que define as regras da reprodução assistida no Brasil, permite que a seleção de embriões seja usada em casos de prevenção ou tratamento de doenças. Não é permitido, porém, que a seleção busque a escolha do sexo do bebê ou a modificação de outras características, como cor dos olhos ou dos cabelos por exemplo.

Sobre a Vivitá

A Vivitá é uma clínica de reprodução humana, em que oferece um atendimento diferenciado para contribuir em todos os aspectos na construção de uma família feliz. Com uma equipe de ginecologistas e obstetras, possui consultórios nos bairros Jardins e Belém em São Paulo, além de uma unidade em Campinas.

HARVARD ESTÁ DESENVOLVENDO EXO-ESQUELETO LEVE PARA PACIENTES PARCIALMENTE PARALISADOS

#UnidosSomosMaisFortes

19/05/2016

Pesquisadores já estão próximos de uma versão que pode ser comercial


Uma ótima notícias pra quem possui algum tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção nos membros inferiores:

O Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering, que pertence à Universidade de Harvard, divulgou um comunicado de que seus engenheiros estão próximos da versão comercial de um exoesqueleto leve que pode ajudar pacientes a voltarem a andar. 



Os engenheiros firmaram uma parceria com a start-up de robótica assistencial ReWalk para levar a pesquisa para o mercado. 

O exoesqueleto foi desenvolvido pelo doutor Conor Walsh em parceria com engenheiros, bio-engenheiros, engenheiros mecânicos, engenheiros de software, designers de moda e roboticistas. 

Sua principal diferença é ser feito de tecido e de ter uma arquitetura que se ajusta ao corpo do paciente, o tornando muito diferente dos protótipos de metal pesado e rígidos de outras pesquisas.



A ideia inicial é devolver os movimentos das pernas para pacientes que ainda possuem mobilidade parcial, como pacientes idosos, de derrame e de Esclerose Múltipla. 

Até agora, o modelo não seria capaz de devolver o movimento para pacientes de lesões na espinha, mas quem sabe em breve. 

A pesquisa está avançada e os cientistas estão otimistas em uma versão comercial nos próximos anos.

GUILLAN-BARRÉ...DEFINIÇÃO, SINTOMAS, TRATAMENTOS, O QUE É ?

#UnidosSomosMaisFortes
19 de maio de 2016

síndroma de Guillain-Barré é uma doença autoimune caracterizada pela fraqueza muscular ou paralisia dos membros. 

Definição: O que é a síndrome de Guillain-Barré?

síndroma de Guillain-Barré é uma disfunção dos nervos periféricos , os canais de transmissão de informações a partir do sistema nervoso central (cérebro e medula espinal) para os músculos e órgãos. Isso resulta em fraqueza ou paralisia muscular progressiva começando geralmente nas pernas. Este é um fenómeno transitório com duração geralmente entre seis meses e um ano. 

síndroma de Guillain-Barre, também é chamado polirradiculoneuropatia inflamatória aguda . 

É muitas vezes resulta de uma infecção virai ou bacteriana.  Os sintomas da síndrome de Guillain-Barré Os sintomas de síndrome de Guillain-Barré aparecer de repente e são de intensidade variável, dependendo do caso. 

Eles operam em três fases distintas.  

- Fase de Expansão : Os primeiros sinais que declaram ter formigamento ou formigamento nos pés e mãos. O que se segue é uma fraqueza até a paralisia . Ela começa na maioria das vezes as pernas (ou pés) e aumenta gradualmente ao longo do corpo, resultando em paralisia respiratória, facial ou engolir músculos. 

Esta fase dura por um período de uma semana a um mês e podem necessitar de cuidados de emergência para bloqueio respiratória ou engolir. 

 - Plateau Fase : 

Os sintomas da síndrome de Guillain-Barré estabilizar. No entanto, pode haver alguns eventos, tais como a hipertensão , a pressão arterial , a  taquicardia  ou complicações como a ocorrência de úlceras de pressão , a formação de coágulos sanguíneos ( flebite ) ou infecções urinárias . 

A duração desta segunda fase é altamente variável, variando de poucos dias a vários meses. 

- Fase Recuperação : 

Esta é a última fase da síndrome de Guillain-Barre, em que os sintomas regridem gradualmente. Ele dura vários meses. 

Causas da síndrome de Guillain-Barré 

Os nervos periféricos são compostas de fibras nervosas que são rodeadas por uma bainha isolante chamada mielina. Isto é o que permite um bom fluxo de informações neurais. Ou, no caso da síndrome de Guillain-Barre, a mielina é danificada ou totalmente destruída. Isto é chamado de desmielinização .  síndroma de Guillain-Barré é uma doença auto-imune . Isto quer dizer que é o sistema imunitário volta-se contra o corpo. anticorpos nocivos são produzidos e irá atacar a mielina. A razão para esta desordem não é conhecida. No entanto, sabemos que muitas vezes segue uma infecção viral ou bacteriana , como  angina ,  gripe  ou, mais recentemente,  a febre Zika . O tratamento da síndrome de Guillain-Barré síndroma de Guillain-Barré devem ser tratados o mais rapidamente possível para evitar uma deterioração muito grande de ligações nervosas.

Existem dois tratamentos principais, dependendo da gravidade da doença ou por injecções intravenosas de imunoglobulinas (anticorpos saudáveis ​​que destruirão anticorpos prejudiciais) ou por  plasmaferese , uma técnica de substituição do plasma do sangue do plasma saudável. 

Em caso de paralisia respiratória, suporte respiratório com ventilação mecânica é essencial. 

Do mesmo modo, em caso de distúrbio de deglutição grave, os pacientes são alimentados com um tubo gástrico .  Uma vez que a síndrome de Guillain-Barre curado, raramente deixa cicatrizes. A taxa de recaída também é muito baixa.



COMO DESCONFIAR SE UMA CRIANÇA POSSUI DIABETES

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Maio 19, 2016

Como desconfiar se uma criança possui diabetes

O diabetes é uma doença que atinge não só os adultos, mas também as crianças. 

A mais comum entre os pequenos é a diabetes tipo 1 (DM1), que geralmente ocorre em indivíduos com menos de 30 anos, caracterizada pela perda grave na função das células beta-pancreáticas, responsáveis pela produção da insulina.

Outro tipo que vem aumentando nos dias de hoje é o diabetes relacionado ao excesso de peso causada por uma alimentação desequilibrada, a diabetes tipo 2 (DM2). 

O excesso de peso faz com que a insulina precisa ser secretada em grande quantidade para tentar manter o açúcar normal, até quando o pâncreas não consegue mais produzir o suficiente e o diabetes aparece.

Confira as dicas Dra. Suemi Marui, endocrinologista do Lavoisier Laboratório e Imagem, sobre possíveis sintomas da doença:

Se você reparou que a criança está com uma sede intensa, preste atenção, pois sede é um dos sintomas da doença (DM1);

Se seu filho vive constantemente com fome e, ao invés de engordar, emagrece, este também pode ser um indicativo (DM1);

Seu filho vai ao banheiro urinar com frequência, inclusive à noite? Urina em grande quantidade? Cuidado! A diabetes pode causar essas constantes idas ao banheiro (DM1);

A criança frequentemente tem mal-estar, sonolência, fraqueza e tontura? Esses são sinais de alerta, procure um médico! (DM1);

Estar acima do peso também pode ser um sinal de alerta (DM2);

Em casos onde há familiares com a doença, existe um fator de risco para o desenvolvimento da doença. Por isso é importante redobrar a atenção. (DM2);

A insulina também pode funcionar como um anabolizante, acelerando o desenvolvimento físico da criança. Por isso, se você notar um grande crescimento em um curto espaço de tempo no seu filho, procure um especialista (DM2).

ASPIRINA LOGO APÓS UM PEQUENO DERRAME PREVINE OCORRÊNCIAS MAIS GRAVES

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19 Maio 2016 

A toma de uma aspirina imediatamente após um pequeno derrame cerebral diminui riscos de ocorrências mais graves nos pacientes, ou reduzir mesmo os efeitos deste segundo derrame, conclui um estudo de um grupo de investigadores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.

Os pequenos derrames cerebrais, que ocorrem quando se verifica uma interrupção da circulação sanguínea para o cérebro, podem provocar fraqueza nos membros, problemas na fala ou na visão.

Os sintomas acabam por desaparecer poucos dias depois. No entanto, a probabilidade de um novo derrame, mais grave, é maior depois de se verificara aquele miniderrame.

De acordo com uma equipa de investigadores de Oxford, alguns médicos já estavam a receitar aspirina, em pacientes que tivessem sofrido um pequeno derrame cerebral.

O objetivo era prevenir novas ocorrências e também evitar os efeitos do episódio, que poderiam passar pela formação de coágulos e de derrames de maiores dimensões, ou até mesmo acidentes vasculares cerebrais.

Nesta pesquisa, publicada pela revista científica The Lancet, os investigadores britânicos chegaram um pouco mais além e descobriram benefícios muito maiores com a toma da aspirina logo após o derrame, nas primeiras horas depois do episódio.

Especialista neste tipo de questões e coautor do estudo, Peter Rothwell, alerta para os “elevados riscos” de um grande derrame após um miniderrame. E sustenta que este estudo sugere que se alterem procedimentos médicos.

Para o investigador, os clínicos deverão ministrar aspirina “imediatamente”, caso suspeitem de um ataque isquémico transitório ou de um pequeno derrame, “em vez de esperarem pela avaliação de um especialista”.

“Um dos tratamentos que usámos foi a aspirina, mas sabemos de outros testes que os benefícios da aspirina a longo prazo são relativamente pequenos. Suspeitamos que os benefícios de tomar a aspirina mais cedo, logo depois do miniderrame podem ser muito maiores. Se for o caso, tomar a aspirina o mais rapidamente possível após o evento com os sinais de alerta pode ser benéfico”, adianta Peter Rothwell, citado pela BBC.

As novas descobertas vieram confirmaram “a eficácia do tratamento urgente depois de um ataque isquémico transitório e pequeno derrame”, adianta ainda o especialista.

“O tratamento imediato com aspirina pode reduzir de forma substancial o risco e gravidade de um derrame recorrente”, acrescenta Peter Rothwell.

Apesar destas conclusões, os investigadores lançam um alerta: a aspirina não deve ser tomada sem aconselhamento médico, sobretudo em pessoas com outros problemas de saúde.

Estas conclusões devem levar os médicos a tomar medidas, não os pacientes.


NEURITE ÓPTICA...CONHEÇA OS SINTOMAS E COMO TRATAR A DOENÇA

#UnidosSomosMaisFortes
Maio 17, 2016

Neurite óptica: conheça os sintomas e como tratar a doença

Já ouviu falar em neurite óptica? 

Embora essa inflamação no nervo óptico possa culminar na perda total da visão, o tratamento em inúmeros casos consegue fazer com que o paciente volte a enxergar, desde que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados o mais rápido possível.

Segundo os especialistas, a inflamação do nervo óptico pode ser sinal de uma doença chamada de esclerose múltipla. Por esse motivo, qualquer perda de visão ou de campo visual precisa ser avaliada por um oftalmologista assim que possível. A esclerose múltipla é uma das principais causas de neurite óptica, mas outras doenças também podem ser a causa. 

Possíveis causas da neurite óptica

Além da esclerose múltipla, existem várias outras causas que desencadeiam inflamação no nervo óptico, como infecções virais (herpes, caxumba, vírus da catapora, etc...), além de outras doenças inflamatórias ou infecciosas como sífilis, tuberculose e sarcoidose.

Confira abaixo alguns sintomas da neurite óptica

Dificuldade de enxergar
Dor ao mover os 

Perda no campo visual
Inchaço não aparente no nervo

Os sintomas são visuais e os olhos não ficam vermelhos. 

A perda da visão se dá pela alteração das células do nervo, quadro conhecido como desmielinização. Outra consequência da doença é a alteração da visão em relação às cores.

Exame adequado é fundamental para não perder tempo

Quando o médico suspeita de neurite óptica ele vai medir a visão do paciente e examinar as pupilas, para ver se o reflexo pupilar está normal. Depois disso o exame de fundo de olho ajuda a determinar a causa da doença, permitindo a suspeita de uma neurite óptica. Em seguida as vezes são necessários exames complementares como campo visual ou ressonância magnética.

Após confirmada a suspeita de neurite óptica, pode ser necessária a realização de uma ressonância nuclear magnética do cérebro, que auxiliará no diagnóstico de doença desmielinizante e ajudará a determinar a probabilidade de o paciente desenvolver no futuro esclerose múltipla.

A neurite óptica é uma doença grave, mas com o tratamento adequado logo é possível controlá-la, pois é realizado com uso de corticoide, que reduzirá a inflamação, além de acelerar a recuperação da visão e reduzir a possibilidade de outras crises. 

A neurite óptica é uma doença grave, mas com o tratamento adequado logo é possível controlá-la.

Artigo escrito pela equipe da Clínica Belfort. 

Este artigo contém apenas informações gerais sobre doenças oculares. Este texto não substitui a avaliação por oftalmologista

Com diagnóstico tardio, quase metade dos pacientes com espondilite anquilosante têm deformidade completa da coluna

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Terça, 10 Maio 2016 

O diagnóstico da doença demora em média sete anos para acontecer por desconhecimento dos sintomas

A dor nas costas é a maior causa de invalidez em todo mundo1 e afeta oito em cada dez pessoas em alguma fase de vida2. São muitas as razões que podem levar a dor nessa região, por isso, o diagnóstico correto nem sempre é tarefa fácil. No entanto, é preciso ficar atento, pois a dor nas costas pode ser o sintoma de uma doença mais grave, podendo levar a uma deformidade da coluna, como é o caso da espondilite anquilosante3.

Cerca de 70% dos pacientes que tem espondilite anquilosante (EA) podem evoluir para um quadro de fusão de vértebra, sendo que 40% destes terão uma fusão completa da coluna3,4,5,6. “O que acontece na espondilite é a calcificação e ossificação das estruturas da coluna, conhecido como anquilose, fazendo com que ela fique rígida e encurvada”, explica a Dra. Carla Gonçalves Schahin Saad, reumatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Esse quadro faz com que o paciente sinta dores muito fortes, tenha restrição de mobilidade, principalmente do quadril, coluna lombar e pescoço, rigidez matinal10. Quanto pior o grau da anquilose, mais difícil é realizar movimentos simples do dia a dia, como dobrar o corpo para frente ou virar o pescoço11.

Um paciente com EA pode demorar em média oito anos para ter o diagnóstico, principalmente por desconhecimento dos sintomas7. “Dor nas costas é um sintoma muito comum, por isso, muitas vezes o paciente não procura o médico. Entretanto, depois que o dano foi estabelecido, não é possível reverter o quadro, e por isso o diagnóstico precoce é muito importante para evitar a progressão radiográfica da doença”, explica a médica. Segundo a Dra. Saad, 100% dos pacientes diagnosticados com Espondilite Anquilosante após sete anos sem tratamento terão comprometimento da articulação sacroilíaca, que é uma das articulações responsáveis pelo movimento de caminhar.

Ainda não há cura para a espondilite anquilosante, no entanto com o tratamento adequado, mudança de estilo de vida, prática de exercícios físicos e fisioterapia, o paciente poderá levar uma vida normal, sem dores e sem limitação8. O tratamento é feito com terapias para alívio da dor e anti-inflamatórios9. Os medicamentos biológicos são indicados para pacientes que não apresentam boa resposta ao tratamento convencional9.

Sobre a Espondilite Anquilosante

A espondilite anquilosante é uma doença reumatológica crônica que causa inflamação na coluna vertebral e nas articulações que ligam o final da coluna aos ossos da bacia, afetando principalmente os quadris e ombro e nos casos mais graves deixando o paciente com o aspecto curvado10-11. O principal sintoma da espondilite anquilosante é uma dor lombar persistente, por mais de três meses9. Pode começar com uma simples dor nas costas ou nas nádegas e evoluir, chegando a causar dificuldades para a pessoa se movimentar11.

Os homens têm três vezes mais chances de desenvolver a EA11 e de forma mais grave7, especialmente entre os 15 e 40 anos12, afetando diretamente a qualidade de vida em idade produtiva13,14. O fator genético pode explicar a maior prevalência entre os homens, porém, a espondilite anquilosante não tem causa conhecida. Como não há cura para a doença, quanto mais cedo for diagnosticada, menor será sua progressão e melhor será a qualidade de vida do paciente15.

DOENÇA CELÍACA...TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

#UnidosSomosMaisFortes
Maio 16, 2016

Você sabe realmente do que se trata a doença celíaca? Você desconfia sofrer deste mal mas ainda não tem certeza do diagnóstico? Nos últimos tempos vê-se um verdadeiro boom da doença celíaca.

De um lado os diagnósticos aumentaram enquanto, de outro, não devemos esquecer que a nossa dieta é cada vez baseada em produtos que contêm glúten e que são feitos com o trigo moderno, que tem uma porcentagem mais elevada de glúten do que os grãos antigos.

De acordo com especialistas, quem descobre que sofre de doença celíaca tem uma única opção para ficar melhor: eliminar o glúten da sua dieta e começar a seguir uma dieta 100% gluten free.

Vamos para a doença celíaca em seus múltiplos aspectos e fazer um balanço dos seus sintomas, diagnóstico e falar sobre a dieta sem glúten.

O que é doença celíaca?

A doença celíaca é uma inflamação crônica do intestino delgado desencadeada pela ingestão de glúten em indivíduos geneticamente predispostos, de acordo com a definição da Associazione Italiana Celiachia.

Doença celíaca e dermatite herpetiforme

A doença celíaca pode ser acompanhada por dermatite herpetiforme e este problema de pele pode ser considerado um dos sintomas ou uma manifestação da doença celíaca. As lesões cutâneas regridem com a eliminação do glúten na dieta. Se você acha que sofre de dermatite herpetiforme ou é sensível ao glúten é recomendável consultar um especialista, porque o seu problema de pele pode estar relacionado a diferentes fatores da doença celíaca.

Doença celíaca, diagnóstico

O diagnóstico da doença celíaca se faz por meio de teste serológico e de biópsia da mucosa duodenal durante uma endoscopia. É importante notar que as investigações para a doença celíaca devem ser realizadas seguindo uma dieta que inclua glúten.

Também é possível diagnosticar a doença celíaca, mesmo antes de ocorrer seus sintomas mais evidentes, com um exame de sangue.

Cuidado com testes genéricos e pouco confiáveis para intolerâncias alimentares. Melhor consultar um médico de confiança que possa prescrever os exames adequados para um diagnóstico correto da doença.

Muitos não sabem que são celíacos

Muitas pessoas têm doença celíaca mas não sabem. A doença celíaca não diagnosticada pode levar a problemas como fraturas repetidas e espontâneas em homens e mulheres, abortos, infertilidade, distúrbios na gravidez, deficiência de ferro ou anemia e até complicações sérias como o linfoma intestinal. Em média, são necessários seis anos após a manifestação dos primeiros sintomas até se chegar a um diagnóstico preciso.

Doença celíaca e glúten

A doença celíaca é caracterizada pela reação do corpo à gliadina, uma proteína contida no glúten, presente no trigo e outros cereais, tais como cevada, espelta e centeio. A exposição à gliadina provoca uma reação inflamatória que por sua vez conduz à atrofia das vilosidades intestinais, um fenômeno que impede a absorção de nutrientes.

Como regra geral, aqueles que sofrem de doença celíaca devem evitar todos os alimentos que contenham glúten. A medicina convencional acredita que a dieta livre de glúten é a única cura para a doença celíaca.

Doença celíaca em ascensão. As causas
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A doença celíaca está em ascensão, tanto em crianças como em adultos. Quais seriam as causas deste fenômeno?

A doença celíaca é uma doença autoimune que pode ocorrer em qualquer idade. O aparecimento da doença ocorre principalmente em indivíduos geneticamente predispostos.

Um estudo italiano descobriu que a doença celíaca aumentou 5 vezes em crianças nos últimos 25 anos. De acordo com os especialistas que realizaram este estudo, as causas da doença celíaca estão relacionadas com ambiente e hereditariedade.

Quanto à questão ambiental, a doença celíaca seria mais frequente em países onde é cultivado e consumido mais trigo, enquanto que do ponto de vista genético, a sugestão dos especialistas é de que os parentes de primeiro grau de pacientes com doença celíaca façam o teste para a doença, bem como aqueles que sofrem de outras doenças autoimunes, como as pessoas com síndrome do intestino irritável ou com outros sintomas que possam sugerir a presença desta doença.

Doença celíaca, sintomas em adultos

Os sintomas da doença celíaca em adultos podem incluir: dermatite herpetiforme, formiguamento ou dormência nas mãos ou pés, períodos menstruais irregulares, depressão ou ansiedade, artrite, dores articulares, anemia, deficiência de ferro, osteoporose devido à incapacidade do organismo de absorver cálcio suficientemente, infertilidade e abortos que ocorrem como complicações da doença.

A doença celíaca, sintomas em crianças

Os sintomas da doença celíaca em crianças incluem: perturbações do crescimento, diminuição do apetite, dificuldade para perder peso, diarréia crônica, com possíveis sangramentos, vômitos, dor abdominal, distensão abdominal, constipação crônica, fadiga e irritabilidade.

Doença celíaca e desmame

De acordo com pesquisa realizada na Itália, a introdução do glúten não afeta de forma alguma o risco de desenvolver a doença celíaca. Na opinião dos médicos, o momento mais apropriado para se começar a inserir alimentos que contenham glúten durante o desmame, pode variar. O conselho é consultar um especialista para entender a melhor forma de desmamar o bebê no caso de a mãe ser intolerante ou ter doença celíaca.

Existe uma categoria de crianças mais em risco de desenvolver a doença celíaca?

Sim, são as crianças com duas cópias do gene HLA-DQ2 e que, por isso, têm duas vezes mais probabilidades de ficarem doentes. De acordo com os pressupostos dos especialistas, para estas crianças seria melhor esperar até o o aniversário de um ano antes de introduzir o glúten na dieta infantil.

Doença celíaca e intolerância ao glúten

A doença celíaca e a intolerância ao glúten são consideradas duas questões diferentes. 

A doença celíaca é uma verdadeira doença autoimune que afeta as vilosidades intestinais, já a intolerância ao glúten está ligada a problemas de digestão dos alimentos que contenham glúten, não associados às lesões intestinais severas, típicas da doença celíaca.

Especificamente, nas pessoas com doença celíaca, o glúten desencadeia uma reação autoimune que ataca os intestinos e afeta seriamente a mucosa intestinal; a intolerância ao glúten, no entanto, se manifesta por dor abdominal, síndrome do intestino irritável, fadiga e dores de cabeça, mas não ocorre nenhum dano intestinal.

Doença celíaca, uma enzima pode resolver o problema?

Um estudo realizado na Universidade de Tampere, na Finlândia, testou os efeitos de um novo tratamento não alimentar para a doença celíaca com base em uma enzima específica, a ALV003. Esta última demonstrou-se capaz de diminuir as lesões que são criadas no intestino. A enzima em questão poderia ser uma solução para melhorar o futuro da doença celíaca. Veja aqui, o estudo para se aprofundar.

Doença celíaca e glifosato

O uso do glifosato na agricultura pode estar entre as causas do surgimento e disseminação da doença celíaca? Recentemente pelo IARC, a OMS inseriu o glifosato entre os componentes provavelmente cancerígenos para os seres humanos, mas as suas implicações para a saúde podem ir além do possível aparecimento de tumores. O glifosato, ingrediente principal do herbicida RoundUp da Monsanto e de outros herbicidas e pesticidas utilizados tanto profissionalmente como para uso doméstico, poderia ter um link com doença celíaca.

Um estudo recentemente realizado nos EUA por Anthony Samsel e Stephanie Seneff afirma que o glifosato é o fator mais importante que está causando a epidemia da doença celíaca e a intolerância ao glúten. Em particular, os cientistas têm apontado que: "Os peixes expostos ao glifosato desenvolvem problemas digestivos semelhantes à doença celíaca. A doença celíaca está associada com desequilíbrios em bactérias intestinais que podem ser explicadas considerando os efeitos conhecidos do glifosato sobre as bactérias intestinais.”

Doença celíaca e o OGM

A doença celíaca poderia estar relacionada às mudanças que o trigo moderno sofreu na agricultura, com destaque para às modificações feitas para torná-lo mais resistentes e produtivo?

Segundo o professor Luciano Pecchiai, patologista emérito do Hospital "Vittore Buzzi" em Milão e especialista em Nutrição e Medicina Natural, a disseminação da doença celíaca e da intolerância ao glúten devem ser estudadas no trigo moderno. Por milênios, as pessoas consumiram trigo sem manifestarem a intolerância, mas nas últimas décadas, algo mudou.

Pecchiai parte da consideração de como era o trigo no passado, mais alto, e de como ele diminuiu com o tempo através de uma modificação genética aplicada para reduzir o comprimento da haste, de modo que esta não se dobrasse facilmente à terra por causa do vento e da chuva. Pensa-se que esta alteração também tenha modificado a gliadina, uma fração de proteína contida no trigo, a partir da qual da digestão se obtém a substância responsável pela enteropatia inflamatória e pela má absorção típica na doença celíaca.

A doença celíaca e o trigo moderno

Existe uma correlação entre a doença celíaca, a sensibilidade ao glúten e o trigo moderno?

O Dr. Loreto Nemi aponta acredita que uma das causas do fenômeno do aumento desta doença foi a mudança feita no grão, ocorrida em torno dos anos setenta: o trigo, por razões comerciais, foi tratado com cobalto radioativo para reduzir o tamanho das suas espigas e para simplificar o seu cultivo e sua colheita. Isso mudou a variação da quantidade de glúten no trigo com um aumento da gliadina que quase se duplicou, comparando o trigo moderno com os grãos antigos.

Doença celíaca e a dieta vegetariana

Você pode seguir uma dieta vegetariana mesmo quando você sofrer de doença celíaca? Como coexistir as duas necessidades? É possível ter uma dieta vegetariana e ao mesmo tempo gluten free?

Sim, existem hoje em dia várias opções de massas sem glúten feitas com farinhas de grão-de-bico, de arroz, de milho, de mandioca.

Doença celíaca, alimentos e receitas sem glúten
Naturalmente, quem sofre desta doença tem que fazer alguns sacrifícios, mas, felizmente, existem várias alternativas. Entre os cereais e os pseudo-cereais sem glúten, adequados para celíacos estão o arroz, a quinoa, o milho, o trigo mourisco, o amaranto, o sorgo e a mandioca.

Atenção aos cereais que contêm glúten: 

além do trigo, a cevada (por isso a cerveja está proibida, embora já existam opções de cerveja gluten free), espelta e centeio.


ENVELHECIMENTO E DIFICULDADES ALIMENTARES...COMO LIDAR COM A DISFALGIA


#UnidosSomosMaisFortes 


15/05/16

Envelhecer com saúde é o desejo da maioria das pessoas e, graças aos avanços da medicina e da ciência, isso já é uma realidade. Segundo dados do IBGE, estamos vivendo mais: somente no Brasil, estima-se que a população idosa triplique até 2050. Se por um lado isso representa um avanço a ser comemorado, por outra evidencia a necessidade de uma abordagem mais ampla dos desafios dessa etapa da vida que, por natureza, inspira mais cuidados.

Com o passar dos anos, o corpo vai dando sinais próprios do envelhecimento: enfraquecimento da visão e audição, movimentos mais lentos, e dificuldades na hora de se alimentar são consequências comuns do avanço da idade. 

Porém, a atenção aos sinais do corpo deve ser redobrada nessa fase da vida, uma vez que a sensibilidade do organismo e a fragilidade da saúde são maiores nessa etapa. Sinais que muitas vezes passam despercebidos na hora da alimentação podem representar muito mais do que incômodos banais. 

Engasgos frequentes durante a refeição, pigarros, tosse, dificuldade de mastigação, lentidão na hora de engolir, recusa do alimento e falta de apetite podem ser sinais de disfagia.

Esse quadro não caracteriza propriamente uma doença, mas um sinal de alerta que algo não vai bem no organismo e, se negligenciado, pode levar à complicações que podem comprometer seriamente a saúde do idoso: desnutrição, desidratação e infecções respiratórias graves estão entre as principais consequências da falta de atenção à este problema. Como os idosos costumam conviver com doenças crônicas, o problema requer ainda mais atenção: além de aumentar a probabilidade de internação hospitalar, a disfagia representa um risco à própria vida do paciente. Por isso, identificar esses sintomas e buscar auxílio profissional quando o idoso começa a apresentar dificuldades na alimentação é fundamental para garantir sua saúde e qualidade de vida.

O que causa a disfagia?

O processo normal de deglutição envolve diversas etapas neuromotoras que visam transportar o alimento da boca até o estômago de forma segura, evitando que pedaços da refeição sejam aspirados e entrem nas vias respiratórias. Anormalidades em qualquer uma das etapas desse processo podem caracterizar a disfagia, ou seja, a dificuldade de engolir alimentos sólidos ou líquidos. É importante esclarecer que ela não é uma alteração exclusiva da terceira idade, podendo ocorrer em qualquer etapa da vida. Mas sua incidência é mais comum em pessoas na terceira idade.

A perda da dentição, do tônus muscular das estruturas faciais (maxilar, bochechas, língua) e o uso de próteses dentárias mal adaptadas são problemas comuns aos idosos que podem dificultar sua alimentação e reduzir seu apetite. De acordo com a nutricionista da Nova Nutrii, especializada em nutrição clínica, Jéssica Freitas “O maior risco nesses casos é a subnutrição e desnutrição comprometendo a saúde do idoso, especialmente se ele já convive com alguma doença crônica. Além disso, a disfagia causada por esses transtornos pode levar ao isolamento, uma vez que a refeição também é um ato social, que muitas vezes envolve familiares e amigos.”

Outras causas comuns e mais delicadas da disfagia envolvem processos automáticos, que são executados pelo organismo sem o nosso controle. A partir do momento em que o alimento é engolido, as etapas subsequentes que passam pela laringe e esôfago são comandadas pelo cérebro de maneira autônoma, sem que possamos interferir. Quando qualquer anormalidade ocorre a partir desse ponto, pode ocorrer a sensação de engasgo, de sufocamento e dor ao engolir, levando a pessoa a tossir e/ou regurgitar o alimento.

Sintomas como esse estão ligados à diversos problemas, que só podem ser diagnosticados precisamente por um profissional especializado como um fonoaudiólogo. 

Outra razão pela qual essa anormalidade é bem comum em pacientes idosos é que as funções que controlam a deglutição podem ser prejudicadas por distrofias musculares, cânceres e doenças neurológicas como derrames (AVCs), traumas no crânio e doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica e esclerose múltipla.

Cuidados com a alimentação

É comum que aos primeiros sinais de dificuldade mastigação e/ou deglutição, o idoso corte deliberadamente determinados alimentos da dieta. Alimentos fibrosos ou duros como carnes, por exemplo, são consumidos cada vez menos ou em menor quantidade. Isso resulta em menor oferta de proteínas, carboidratos e outras vitaminas essenciais para manutenção da massa corporal e para obtenção de energia. “Uma das maiores preocupações em relação à disfagia é sua capacidade de comprometer ainda mais outros quadros clínicos do idoso, que normalmente já convive com doenças crônicas. A desnutrição e desidratação decorrentes desse problema aumentam as chances de necessidade de internação hospitalar, além de prolongarem o tempo de permanência nesse tipo de intervenção.” – explica Jéssica Freitas.

Outro agravante é que a ingestão de líquidos requer maiores cuidados em pacientes com disfagia: como esses alimentos passam mais rapidamente pela garganta, têm mais chances de serem broncoaspirados. A entrada de alimentos e líquidos no pulmão é extremamente perigosa, podendo acarretar em pneumonias, graves infecções no sistema respiratório ou até mesmo asfixia. Isso significa que até mesmo um simples copo d´água pode ser um desafio para o idoso com disfagia. O que fazer então? “Pacientes disfágicos precisam ter a dieta adaptada para reduzir tanto o desconforto ao deglutir, quanto os riscos de broncoaspiração. A alteração da textura dos alimentos é um dos principais passos. A adoção de uma dieta pastosa e o uso de espessantes afim de “engrossar” e dar mais viscosidade à alimentos líquidos são medidas que podem ajudar a de deixar a água e outras bebidas mais espessas, facilitando a ingestão e minimizando o risco da broncoaspiração.” – explica a nutricionista.

Porém, isso não significa que o idoso passará a ter uma alimentação monótona, com gosto de remédio ou até mesmo insípida: “Já existem produtos específicos para alterar a textura do alimento, sem modificar sua cor ou sabor, facilitando a introdução de espessantes na dieta.” Além disso, a nutricionista explica que por mais que exista a necessidade de amassar ou processar os alimentos, isso não significa que a dieta do idoso deve se restringir à papas: “Purês e alimentos liquidificados podem facilitar a aceitação, mas para que fiquem mais atrativos e saborosos, é recomendado que se amasse e sirva os alimentos separadamente. Dessa forma preserva-se o sabor, cor e odor do alimento, estimulando o paladar e permitindo maiores variações, mesmo em uma dieta pastosa.” - aconselha Jéssica. Da mesma forma, a interação social é muito importante: sempre que possível, o idoso deve fazer as refeições à mesa, juntamente com a família, para tornar essa hora mais agradável. Cuidados durante a refeição também devem fazer parte da rotina do idoso: comer e engolir vagarosamente, manter a postura durante a alimentação e atentar-se a higiene bucal são medidas que devem ser feitas diariamente. É importante que cuidadores e familiares supervisionem a alimentação de idosos, mesmo que eles tenham independência para se alimentar sozinhos, afim de auxiliar em qualquer dificuldade.

Quando a situação é mais delicada e o paciente encontra-se acamado, o cuidador / familiar deve ter sempre o cuidado de deixar o idoso em posição reclinada durante as refeições afim de evitar complicações. Além disso, a dificuldade de adaptação à dieta e problemas na absorção dos nutrientes podem levar à necessidade da suplementação nutricional, afim de tratar ou prevenir a desnutrição: “Os suplementos alimentares podem enriquecer a dieta em termos calóricos e vitamínicos, suprindo a carência de micronutrientes. Eles podem combater a perda muscular, enfraquecimento ósseo e comprometimento do sistema imunológico causados pela desnutrição.” – explica.

Tratamento

O tratamento da disfagia depende muito das suas causas, por isso, mesmo diante dos sinais mais brandos, é fundamental recorrer à um profissional de saúde para investigar a origem do problema. Normalmente, esse processo envolve uma equipe multidisciplinar que, em conjunto, vai indicar a forma mais adequada de reverter o problema ou amenizar os transtornos e prover mais qualidade de vida quando a situação é permanente. Otorrinos, fonoaudiólogos e geriatras compõem o quadro de profissionais que podem estar envolvidos no diagnóstico. Porém, no geral, o acompanhamento de um nutricionista é indispensável no tratamento, uma vez que a dieta deve ser revista e adaptada. Por isso, a especialista Jéssica Freitas reforça as orientações que podem ajudar a facilitar a convivência com a disfagia:

A alimentação deve ser feita sem pressa, os alimentos devem ser bem mastigados e engolidos vagarosamente;

Mesmo com a dificuldade, o idoso não deve se isolar. A alimentação deve ser uma hora prazerosa, de interação com familiares e amigos;

A postura durante a refeição é fundamental para o conforto e segurança: o idoso deve permanecer sentado ou levemente reclinado afim de reduzir a chance de engasgo;

Os cuidados com a saúde e higiene bucal são indispensáveis, próteses mal adaptadas e problemas de dentição podem agravar a perda do apetite;

Alimentos pastosos e bebidas espessas reduzem a chances de engasgo, porém alterações drásticas dieta devem ser orientadas por um nutricionista;

Adequar a consistência da dieta de acordo com a aceitação do paciente e orientação de um profissional da saúde.

Ao notar perda do apetite e/ou perda excessiva de peso, procure imediatamente um médico.

MAIO ROXO ALERTA PARA DOENÇAS INTESTINAIS

#UnidosSomosMaisFortes 

Segunda, 16 de Maio de 2016

A intenção da organização é a conscientização sobre diagnóstico precoce e tratamento
Campanha globalizada marca o dia de conscientização para diagnóstico e tratamento da Doença de Crohn e Retocolite


Neste ano, para marcar  o Word IBD Day (Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal) comemorado em 19 de maio, as ações serão antecipadas e começam hoje no mundo todo. 

A  Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn, uma entidade nacional com sede em vários estados do Brasil, está promovendo campanha para celebrar o dia dentro das atividade do Maio Roxo. A intenção da organização é  a conscientização sobre diagnóstico precoce e tratamento para melhoria da qualidade de vida dos pacientes que sofrem com a doença. 

Em Campo Grande a sede da ABCD, que funciona na Clínica Scope (Rua Maracaju, 1148 - Centro) estará iluminada de roxo da mesma forma como outros importantes pontos de referência e monumentos espalhados pelo Brasil e Mundo. "Além da iluminação, estaremos promovendo uma palestra gratuita com o tema ansiedade, visto que o comportamento ansioso do paciente e seus familiares interferem no diagnóstico e tratamento do paciente. 

Buscamos com para isso a parceria da psicóloga Leila Baena que irá falar sobre o assunto hoje às 18 h com os 60 inscritos no evento, criando um momento de interação entre profissional e o público leigo para esclarecimento de dúvidas que rodeiam a vida de quem convive com as doenças inflamatórias intestinais. Além disso será uma oportunidade de entender qual é a relação da ansiedade com a doença em si", comenta a organizadora do evento e diretora da ABCD de Campo Grande, Didia Cury.

Segundo a psicóloga Leila Baena é importante que as pessoas saibam como os hormônios estressantes atuam no organismo. 

"É importante destacar que a ansiedade não é a causa da doença mas ela pode estar relacionada ao aumento das crises e sintomas. Por isso nosso trabalho é ajudar as pessoas entenderem e diferenciarem emoções de sentimentos, porque a falta do equilíbrio desses dois podem trazer repercussões físicas", explica a psicóloga.


O que é DII?

E já que o momento é esclarecer sobre as doenças inflamatórias intestinais (DII) a médica que especialista no assunto Didia Cury, pesquisadora do grupo de intestino da UNIFESP/EPM. 

Pesquisadora visitante do grupo de intestino Harvard Medical Shool-Hospital Beth Israel Medical Center, alerta que a doença de Crohn é crônica, séria e de grande prevalência em adultos jovens abaixo dos 30 anos. "A doença se inicia devido uma resposta inflamatória do intestino grosso ou delgado cujas as causa ainda estão em investigação", destaca Didia Cury. 

A doutora Marta Brenner Machado, presidente da ABCD nacional, no site da entidade esclarece que a doença de Crohn se comporta como a colite ulcerativa (é difícil diferenciar uma da outra), as duas doenças são agrupadas na categoria de doenças inflamatórias intestinais (DII). 

Diferentemente da doença de Crohn, em que todas as camadas estão envolvidas e na qual pode haver segmentos de intestino saudável normal entre os segmentos do intestino doente, a colite ulcerativa afeta apenas a camada mais superficial (mucosa) do cólon de modo contínuo. 

Dependendo da região afetada, a doença de Crohn pode ser chamada de ileite, enterite regional ou colite, etc. Para reduzir a confusão, o termo doença de Crohn pode ser usado, para identificar a doença, qualquer que seja a região do corpo afetada (íleo, cólon, reto, ânus, estômago, duodeno, etc.). Ela é chamada doença de Crohn, porque Burril B. Crohn foi o primeiro nome de um artigo de três autores, publicado em 1932, que descreveu a doença e significou um marco.


Sintomas

Diarreia crônica com mais de um mês de duração, às vezes com presença de sangue, urgência para evacuar, cólica abdominal, perda de apetite e emagrecimento, fazem parte do conjunto de sintomas que está relacionado as DII e podem variar de leve a grave, mas em geral, as pessoas com a doença podem ter vidas ativas e produtivas desde que façam o tratamento. 

"A doença tem tratamento, porém quanto antes se fizer o diagnóstico melhores serão as respostas do tratamento e por consequência há um ganho na qualidade de vida, finaliza a médica, autora do livro "Doença Inflamatória Intestinal", Editora Rubio.