ANTI-INFLAMATÓRIOS AUMENTAM RISCO DE DOENÇAS CARDÍACAS, DIZ ESTUDO

30/05/2013

Altas doses de anti-inflamatórios podem trazer problemas cardíacos, aponta estudo.
Quando tomados em grandes doses, diclofenaco e ibuprofeno podem aumentar chances de ataques do coração e falência cardíaca.


Um estudo britânico publicado na revista científica "Lancet" sugere que anti-inflamatórios analgésicos, como o ibuprofeno e o diclofenaco, podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando ingeridos em grandes doses.

Estudos anteriores já haviam apontado a relação entre os anti-inflamatórios e problemas do coração, mas esta é a primeira vez que uma pesquisa faz uma análise mais detalhada.

Os autores, da Universidade de Oxford, analisaram o prontuário de 353 mil pacientes para avaliar o impacto dos anti-inflamatórios, que são medicamentos não esteroides e, no Brasil, são vendidos com nomes comerciais como Voltaren e Cataflan.

Os cientistas examinaram receitas médicas com altas doses diárias de anti-inflamatórios, de 150 mg de diclofenaco ou 2.400 mg de ibuoprofeno, e não as prescrições de pequenas doses, que podem ser adquiridas nas farmácias sem receita médica.

Os resultados apontaram que, para cada mil pacientes analisados, o risco de ataque cardíaco aumentava de 8 para 11 por ano. Também foram registrados quatro casos adicionais de falência cardíaca e uma morte, além de casos de sangramento no estômago.

"Três casos adicionais de ataque cardíaco por ano podem parecer um risco baixo, mas cabe aos pacientes julgarem se querem tomar os medicamentos", disse o pesquisador-chefe, Colin Baigent. Ele salientou que os resultados da pesquisa não devem preocupar pessoas que tomam baixas doses dos medicamentos para tratar problemas como dor de cabeça.

No entanto, o cientista alerta que quem já corre risco de doenças cardíacas tem mais chance de desenvolver complicações se tomar altas doses de anti-inflamatórios.


Tábua da salvação

Um terceiro medicamento analisado no estudo, chamado naproxeno, apontou riscos menores de complicações cardíacas e tem sido prescrito por médicos para pacientes considerados de alto risco.

O remédio, com ação similar à da aspirina, impede a formação de coágulos sanguíneos e também pode aumentar o risco de sangramento estomacal, afirmaram os especialistas.

Pessoas que sofrem de artrite reumatoide geralmente se beneficiam dos anti-inflamatórios analisados no estudo, que aliviam a dor e combatem a inflamação.

O professor Alan Silman, diretor da organização Arthritis Research UK, diz que esses medicamento são uma "tábua da salvação" para milhões de pessoas e extremamente eficientes em diminuir a dor.

"No entanto, por causa de seus possíveis efeitos colaterais, especialmente o de maior risco de complicações cardiovasculares, há uma necessidade urgente de encontrar alternativas que sejam tão eficientes e seguras."



 

ESCLEROSE MÚLTIPLA, HISTÓRIAS DE QUEM RECUSA BAIXAR OS BRAÇOS

Dia Mundial da luta contra a doença   Quarta feira, 29 de Maio de 2013

Ataca sobretudo jovens adultos, no auge da potencialidade produtiva. No dia mundial da luta contra a Esclerose Múltipla, damos voz a quem ousa lutar contra esta 'doença silenciosa'.


VEJA OS VÍDEOS VENCEDORES do 'Prêmio EM Curtas'

1º lugar - Ana Monstro, Francisco Miranda 

2º lugar - EM 321 Acção, Andreia Campos, Ana Mansinho, André Ferreira 

3º lugar - A Esclerose Múltipla e Eu, Guilherme 


"Senti-me em queda livre, sentada na cadeira." Catarina Lima recorda assim o momento em que soube que tinha Esclerose Múltipla (EM), em 2010. A jovem, de 27 anos, faz parte do grupo de cinco mil portugueses que ouviram o mesmo diagnóstico, e junta-se a mais de 2 milhões e meio de portadores da doença, em todo o mundo. Autoimune, degenerativa e incapacitante, não existe qualquer explicação que descodifique a origem daquela que é também conhecida por "doença silenciosa". 

"Uma doença duplamente cara", nas palavras do neurologista João de Sá, dado que a patologia afeta sobretudo jovens adultos e requer tratamentos à base de fármacos de elevados custos. 

Além disso, pode ocorrer um isolamento social, por autoexclusão dos círculos de amigos e num segundo momento, uma desagregação familiar. "Há uma taxa de divórcio muito significativa, neste universo", adianta o especialista. Também existem limitações incapacitantes que não são tão óbvias para os outros, como a fadiga extrema, muitas vezes desvalorizada por amigos e família. Assim aconteceu com Luísa Matias, admitindo que o cansaço, próprio da doença, é incompreendido porque é invisível aos outros, mas intensamente vivido pela própria pessoa, "que passa por preguiçosa ou ter má vontade."

Luísa, hoje com 35 anos, ouviu o diagnóstico em 2004, embora os primeiros sintomas da EM tenham surgido muito antes, aos 14 anos: visão enevoada e dor atrás do olho direito, cansaço inexplicável e falta de força nas pernas. Sentia uma dor insuportável dos pés à cabeça e uma dormência generalizada que a deixava sem conseguir mexer-se. Ao fim de 12 anos, aquela que é hoje assessora de imprensa da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) procurou um neurologista e só então descobriu que tinha a doença.

João de Sá explica que o atraso do diagnóstico deve-se ao facto de os doentes desvalorizarem os sintomas iniciais, como os formigueiros e a fadiga. A solução reside na consulta do médico certo, um neurologista que analise, em concreto, as queixas do paciente.

Ao contrário de Catarina e Luísa, Diogo Tavares, 24 anos, já desconfiava que sofria da doença, ainda antes de obter a confirmação. O estudante de Design de Comunicação recebeu a má notícia em 2008, com 19 anos. Para o jovem do Porto, o pior momento foi ter de ouvir explicações sobre pensões de invalidez aos 20 anos. Nessa fase, só queria que o surto passasse para ir à atuação da sua tuna, dias depois.

Nos primeiros dois anos após o diagnóstico, Diogo teve cinco surtos, com diferentes manifestações. Nos primeiros três, formigueiros insistentes, dormência até aos joelhos, falta de sensibilidade nos pés e falta de coordenação. No quarto e no quinto surto, ficou com visão turva, nevrite ótica e falta de sensibilidade na mão direita, o que gerou grande dificuldade em escrever, comer com talheres, pousar objetos e desenhar. O jovem recuperou de todos os episódios, mas nota alterações no equilíbrio.

Com o tempo, as agressões ao sistema nervoso central vão diminuindo a capacidade de recuperação das fibras e nervos afetados. Nos primeiros quatro anos, a remissão dos surtos é quase sempre total, mas com o tempo, as sequelas tornam-se cada vez menos reparáveis.

A evolução da patologia passa de episódica para se tornar progressiva, embora ainda não se saiba o que desencadeia essa alteração. E as grandes incapacidades não são causadas pelos surtos, mas sim pela fase progressiva, que é a mais difícil de travar. João de Sá acredita que o controlo da inflamação (surtos) nos primeiros anos da doença pode atrasar a mudança de padrão, mas realça casos de portadores que conhecem meia dúzia de surtos, ao longo da vida, com remissões totais.

Para o médico, não há nada que prove que o desporto ou outras atividades prejudiquem o doente: "Não sou paternalista na minha prática médica. Se o indivíduo conseguir desempenhar a tarefa, tiver prazer, ou se isso for fundamental para o seu quotidiano, não deve deixar de o fazer. Se, pelo contrário, o doente estiver em esforço acrescido no desempenho dessas ações, então deve parar."

Aplicar injeções a si própria todos os dias obrigou Catarina a ultrapassar o pavor que sempre teve às agulhas mas, garante que não houve alterações de fundo no dia-a-dia, depois do diagnóstico. 

Continua a trabalhar, a fazer desporto, a andar de mota e a viajar de mochila às costas, nem que para isso tenha de levar consigo duas geleiras para guardar as injeções. A jovem advogada diz que os médicos foram unânimes ao aconselhá-la a manter a rotina: "Não quis limitar-me mais do que a própria doença. Estou mais atenta aos queixumes do corpo, faço check-ups às dormências de vez em quando, mas continuo a fazer a minha vida."

Além do mestrado em Direitos Humanos, que a levou a mudar de país, Catarina escreve para o blogue "Esclerose Múltipla e Outras Coisas Também", impulsionado pela SPEM e orientado para o universo da doença, que acabou por se tornar numa experiência surpreendente. "Muita gente 'saiu do armário' e veio contar as suas histórias, peripécias, partilhar perguntas e meias-respostas, confessar os mesmos medos e rir das mesmas asneiras", realça.

Para Diogo a doença é um desafio. Mas sabe que será uma pessoa melhor, não por ter EM, mas porque teve (e terá) de fazer ajustes para ser feliz. "Para viver de forma equilibrada é preciso criar hábitos e regras... Mas vale a pena", defende o jovem de 24 anos, que deixou de fumar diariamente há cerca de 10 meses, começou a correr e já perdeu mais de 10 kg.

Já Luísa teve mesmo de abandonar o basquetebol, após 16 anos de prática. Hoje vai ao ginásio e, a conselho de um enfermeiro, experimentou o ioga. A prática de atividades como a meditação e a caminhada ajudam a lidar melhor com a ansiedade. "Gosto também de ler, andar de bicicleta, sair com amigos e visitar a família", acrescenta. Luísa até conseguiu participar nas corridas de São Silvestre de 2012, no Porto e em Lisboa, assim como na corrida do Dia do Pai (em que Diogo também participou), na invicta: "Foram 10 km de prova que me fizeram sentir livre novamente." Mas não ficou por aqui: Em abril foi a pé, desde Valença até Santiago de Compostela, percorrendo 120 km em apenas 5 dias. "O meu vício é continuar a andar e a viver." 

PORTO ALEGRE GANHA EQUIPAMENTO QUE DISPENSA CIRURGIA NO TRATAMENTO DE LESÕES PRECURSORAS DE CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Parceria com a OMS    29/05/2013

Câncer de colo do útero atinge 50 mulheres por dia no Brasil.
Aparelho está disponível no Hospital de Clínicas para pacientes do SUS.


A saúde da mulher gaúcha ganhou um novo aliado recentemente em Porto Alegre. Um equipamento pioneiro para o tratamento de câncer do colo do útero está disponível no Estado, no Hospital de Clínicas, para pacientes do SUS. O aparelho é o único do país e dispensa o realização de cirurgia para casos de mulheres com lesões que antecedem o câncer.

De acordo com o médico ginecologista e presidente do Instituto do Colo do Útero, Paulo Naud, o equipamento pode ser utilizado em pacientes com lesões de médio ou alto grau, pré-cancerígenas, que normalmente precisam ser submetidas a uma cirurgia. Com o aparelho, o procedimento acontece no próprio consultório e dura apenas 60 ou 70 segundos. Não é necessário fazer anestesia, não há período de recuperação, não há corte e nem a necessidade de fazer pontos, eliminando o risco de infecção. Isso tudo com a mesma eficácia da cirurgia.

Este equipamento já está estudado e utilizado pela OMS há 10 anos. Agora, a organização está distribuindo para os países com mais necessidade — destaca o médico, que é consultor da OMS e intermediou a vinda da máquina para a Capital.

A experiência da OMS com o equipamento será destaque no Congresso Internacional de Controle de Câncer na Mulher, que acontece entre os dias 30 de maio e 1º de junho, no Hospital de Clínicas, e vai reunir diversos especialistas brasileiros e internacionais.

Como parte da programação do evento, ocorre na manhã desta quarta-feira uma série de palestras de conscientização sobre o câncer do colo do útero e a saúde feminina. A partir das 9h, especialistas estarão reunidos no auditório Dante Barone para uma série de conversas e esclarecimentos a respeito das doenças que atingem a saúde da mulher.

O câncer de colo do útero é um problema de saúde pública e precisamos mobilizar a comunidade para solucioná-lo. Este é o único tipo de câncer ginecológico que pode ser totalmente eliminado das mulheres da sociedade. O segredo e o sucesso estão no diagnóstico e no tratamento precoces — enfatiza Naud. 

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o câncer de colo do útero atinge 50 mulheres por dia no Brasil. No ano passado, foi registrada a ocorrência de mais de 23 mil casos no país, sendo mais de 2 mil deles no Rio Grande do Sul.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/05/porto-alegre-ganha-equipamento-que-dispensa-cirurgia-no-tratamento-de-lesoes-precursoras-de-cancer-do-colo-do-utero-4152492.html

 

SPEM REÚNE "SUPER-HERÓIS" PARA LUTAR CONTRA A ESCLEROSE MÚLTIPLA

28/05/2013

A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) vai comemorar o dia Internacional dedicado à Esclerose Múltipla com uma sessão de esclarecimento dedicada aos mais jovens. O evento está agendado para o dia 29 de Maio, às 16:45, na sede da SPEM e contará com a presença do actor Miguel Costa, avança comunicado de imprensa.

A sessão será baseada no livro “Medikidz explicam a Esclerose Múltipla” que retrata as aventuras de um conjunto de super-heróis de banda desenhada que explicam esta doença com uma linguagem simples, apelativa e cientificamente validada, ajudando os pais a explicar aos mais novos, de uma forma divertida, os sintomas e tratamento desta patologia crónica.

A obra inovadora mostra as aventuras de cinco super-heróis da “Mediland”, um planeta com a forma do corpo humano no qual o leitor é convidado a entrar para verificar “in loco” as modificações que a doença provoca.

Manuela Neves, Vice-Presidente da SPEM refere que “a campanha de celebração do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, lançada pelo projecto “WorldMSDay” da Federação Internacional de EM (MSIF) que reúne várias associações dedicadas a esta patologia em todo o mundo, é este ano dedicada aos jovens portadores da doença. A Esclerose Múltipla manifesta-se geralmente em jovens adultos que estão no início da sua carreira profissional ou a constituir família e que, perante o diagnóstico, acabam por ter que reavaliar todos os planos que tinham feito para o futuro. Sentimos, portanto, necessidade de promover esta sessão de esclarecimento para um público mais jovem e desmistificar algumas ideias erradas que possam surgir à volta desta doença”.

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, incapacitante, que afecta o Sistema Nervoso Central. Trata-se de uma patologia inflamatória, desmielinizante e degenerativa que interfere com a capacidade em controlar funções como a visão, locomoção e equilíbrio. Os sintomas podem ser ligeiros ou graves, variando desde formigueiros nos membros inferiores até paralisia ou perda de visão. Segundo os dados publicados, em Portugal existem cerca de 5.500 doentes.

Mais informação em:


GLAUCOMA ATINGE PELOS MENOS UM MILHÃO DE BRASILEIROS

Combate ao Glaucoma    26/05/2013

Pacientes só percebem a doença quando começam a perder a visão
Doença degenerativa hereditária deve ser diagnosticada antes que apareçam os sintomas.


Neste domingo, dia 26, é celebrado o Dia de Combate ao Glaucoma, uma doença ocular hereditária, degenerativa, causada pelo aumento da pressão intraocular, que leva à cegueira. O glaucoma não tem sintomas, não provoca dores nos olhos, é silencioso e mais prevalente em negros, devido à predisposição genética. De acordo com o oftalmologista da Santa Casa de São Paulo, Maurício Della Paulera, ele é lento, progressivo e irreversível.

Nós orientamos as pessoas a passarem por uma consulta anual com o oftalmologista. Nessa consulta está incluída a medida da pressão intraocular e o exame de fundo de olho. Com isso, pode-se prevenir ou iniciar o tratamento precocemente. A campanha é um choque que estamos dando na população para mostrar como é difícil viver sem a visão, quando se pode prevenir uma doença que leva à cegueira.

Ele ressaltou que, por não apresentar sintomas, a pessoa só percebe que está com a doença quando começa a perder a visão — surgem "pontos cegos" no campo de visão — momento em que não há nada mais a fazer para reverter a situação. Entretanto, se o oftalmologista perceber sinais do glaucoma durante uma consulta, pedirá exames complementares para se certificar. 

Se o diagnóstico for feito mais cedo, há possibilidade de fazer um tratamento com três fases: primeiro com colírio, depois laser. Se nada disso funcionar parte-se para a cirurgia.

A exceção acontece quando há uma crise de glaucoma agudo. 

Nesses casos a pressão intraocular atinge níveis muito elevados e os principais sintomas são fortes dores de cabeça, enjôo, dor ocular intensa, turvação da visão e vermelhidão ocular — explica Cristiano Caixeta Umbelino, membro da Sociedade Brasileira de Glaucoma.

Segundo Maurício Paulera, o glaucoma atinge 2% dos brasileiros acima dos 40 anos e 6% acima dos 70 anos. De acordo com as estimativas, pelo menos 1 milhão de brasileiros têm glaucoma.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/05/glaucoma-atinge-pelos-menos-um-milhao-de-brasileiros-4148525.html

 

VÍTIMAS DE AVC MOSTRAM SINAIS DE RECUPERAÇÃO EM TESTE COM CÉLULAS-TRONCO

Atualizado em  27 de maio, 2013 - 08:01 (Brasília) 11:01 GMT 
 
Células tronco são usadas no tratamento de AVC (acidente vascular cerebral).
Cinco pacientes que ficaram com sequelas graves após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) têm mostrado pequenos sinais de recuperação após a injeção de células-tronco no cérebro.


Os cinco pacientes estão participando de um teste clínico no Southern General Hospital, em Glasgow, na Escócia, envolvendo nove pacientes na faixa dos 60, 70 e 80 anos. A pesquisa, uma das primeiras do mundo desse tipo, pretende avaliar se o procedimento, que envolve a injeção de células-tronco na parte danificada do cérebro, é seguro.
 
Keith Muir, da Universidade de Glasgow, responsável pelo experimento, disse à BBC estar "surpreso" com a melhora, que vai de leve a moderada, dos cinco pacientes.

Ele ressalta que ainda é muito cedo para dizer se o efeito é resultado do tratamento que os pacientes estão recebendo.

Já foi bastante documentado que o sentimento de bem-estar resultante de uma atenção médica especial dada a pacientes, conhecido como efeito placebo, pode ter uma ação positiva sobre a saúde das pessoas.

Os resultados, que serão apresentados nesta terça-feira na European Stroke Conference (Conferência Europeia sobre Derrame) em Londres, mostram que até agora não houve efeitos adversos nos pacientes, e que mais da metade dos participantes têm apresentado algum tipo de melhora.

Melhoras que fazem diferença

 

Todos os pacientes envolvidos no estudo sofreram um derrame entre seis meses e cinco anos antes de receber o tratamento. De acordo com Keith, a recuperação de qualquer um deles não era esperada. "Parece estranho que essa melhora seja apenas por acaso ou um efeito placebo", Keith disse à BBC.

"Estamos vendo coisas que são interessantes e um pouco surpreendentes. Temos visto pessoas que agora têm a capacidade de mover os dedos depois de vários anos de paralisia completa. Temos visto pacientes que foram capazes de andar dentro de casa enquanto anteriormente dependiam da ajuda, e pessoas que passaram a reconhecer o que está acontecendo ao seu redor."

"Minha expectativa era de que veríamos uma mudança muito pequena, e se houvesse alguma mudança, seria uma mudança relativamente curta, que não duraria muito tempo. (Mas) temos visto mudanças que foram mantidas ao longo do tempo", disse Keith.

Frank Marsh, de 80 anos, teve um acidente vascular cerebral há cinco anos. Antes do derrame, Frank, um ex-professor, estava em forma e era um bastante ativo pianista e membro de um coral.

O AVC o deixou com pouca força e coordenação na mão esquerda, e falta de equilíbrio. Ele precisa de uma bengala para ajudá-lo a mover-se ao redor da casa e não pode mais tocar piano.

Após a injeção de células-tronco na área danificada do cérebro, o equilíbrio e a mobilidade melhoraram, assim como sua força na mão. Ele agora pode amarrar o cadarço de seus sapatos.

"Agora posso segurar as coisas que eu não conseguia aderência antes, como os corrimãos nas piscinas", disse Frank.

Segunda fase

 

Clare, esposa de Frank, que também é professora, afirmou que as pequenas melhoras deixaram Frank mais independente. "Ele atingiu um estágio após o derrame em que não estava mais apresentando melhoras," disse Clare. "Mas, após a operação, ele é capaz de fazer coisas que não podia fazer antes, como fazer café, vestir-se e segurar as coisas."

Frank acrescentou que espera que as melhoras continuem: "Eu gostaria de voltar para o meu piano. Eu gostaria de andar um pouco mais e mais firme".

No entanto, Clare sente que não haverá mais progressos para o seu marido, mas espera que outros possam se beneficiar do teste clínico.

"O grande potencial do experimento é o que ele pode fazer para o futuro", disse Clare. "Eu disse a Frank no início que o tratamento poderia não ajudá-lo, mas poderia ajudar seu neto."

Clare está certa, mesmo que se prove que o tratamento com células-tronco funciona, será um longo caminho até que ele esteja amplamente disponível.

Os resultados até agora abrem caminho para uma segunda fase do ensaio clínico que deverá começar no final deste ano, e pretende determinar se as melhoras realmente resultam do tratamento.

Se a fase dois confirmar que as células tronco são a causa das melhoras, uma terceira fase será necessária para avaliar para que tipo de paciente o tratamento será mais adequado, e em que estágio ele será mais eficaz.
 

Aprovação ética

 

Comentando a pesquisa, Clare Walton da Stroke Association, disse: "O uso de células-tronco é uma técnica promissora que poderá ajudar a reverter alguns dos efeitos incapacitantes de acidente vascular cerebral. Estamos muito entusiasmados com este ensaio clínico, no entanto, estamos no início de um longo caminho, e um desenvolvimento significativo é necessário antes da terapia celular poder ser considerada um possível tratamento. "

As células-tronco foram criadas há 10 anos a partir de uma amostra de tecido nervoso retirada de um feto. A empresa que produz as células-tronco, ReNeuron, é capaz de fabricar quantas células-tronco precisar a partir da amostra inicial.

O tratamento com células-tronco tem sido criticado justamente por envolver o aproveitamento de amostras fetais. Entre seus principais críticos está o parlamentar e ativista antiaborto David Alton. "O verdadeiro doador (o feto) não poderia ter dado o seu consentimento e por isso esse tipo de tratamento levanta questões éticas importantes", diz ele.

ReNeuron, que financiou o estudo, diz que o experimento tem aprovação ética das autoridades reguladoras. A empresa acrescenta que a amostra de tecido foi utilizada no desenvolvimento da célula-tronco há 10 anos, e que material fetal não tem sido utilizado desde então.

FONTE:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130527_avc_celulatronco_an.shtml
 

EM, A SEGUNDA CAUSA DE INCAPACIDADE JOVEM

27 | 05 | 2013  

A Esclerose Múltipla já é a principal causa de incapacidade jovem, logo a seguir aos acidentes.
Carla Marina Mendes 


Os jovens são as suas principais vítimas. É a elas que rouba a normalidade e ensombra o futuro, que não raras vezes rouba a esperança, transformando o dia a dia numa autêntica montanha-russa. Luísa Sacchetti Matias conhece bem os altos e baixos, ou não vivesse com esclerose múltipla há 21 anos, mais de metade da sua vida. Em vésperas do Dia Mundial que assinala a doença, partilha o que tem sido viver com um problema que, depois dos acidentes de viação, é já a principal causa de incapacidade nesta faixa.

Aos 35 anos encontra-se, conta, a «reconstruir» a vida. Enfrentou a dura realidade «de uma doença que incapacita pessoas muito novas, ou que retira completamente a qualidade a quem esperava uma vida familiar e profissional plenas e um envelhecer tranquilo». Mas não desistiu de lutar, nem mesmo quando, depois de 12 anos com sintomas mas sem diagnóstico, ficou finalmente a conhecer o nome de um problema que era também seu.

Às dificuldades físicas juntou outras. «Era complicado dizer que estava tudo bem quando não estava, só porque não era visível por fora. Senti na primeira pessoa o porquê da complicação em compreender a Esclerose Múltipla», conta. Ângela Valença, neurologista, confirma ao Destak que «ser diagnosticado com uma doença crónica e potencialmente incapacitante numa altura da vida em que se fazem planos para o futuro, leva a que se reavalie tudo o que se conhece». Motivo de sobra para que, este ano, o dia dedicado à doença, que se assinala amanhã, tenha como tema os ‘Jovens e Esclerose Múltipla’. Na quarta-feira, as histórias de jovens como Luísa serão reveladas para incentivar a partilha e a superação dos desafios diários, aproveitando o melhor que a vida tem para oferecer.


Quando o cérebro não comanda.


Por ser «uma doença do cérebro e do sistema nervoso» e porque o cérebro é o que comanda tudo no nosso corpo – «recebe informação se temos frio nos pés, se precisamos de ir ao WC, se os sapatos nos estão a magoar ou se o cinto das calças esta demasiado apertado» – pode «afetar significativamente a nossa vida». E apesar de não ter, por enquanto, cura, «tem tratamento», embora «uma em cada cinco pessoas acabe por usar permanentemente uma cadeira de rodas».

Há, por isso, que estar atento a sinais de alerta como a falta de força nas pernas, visão desfocada, formigueiros num braço ou perna, ou ainda dificuldade em controlar os movimentos, sintomas que devem motivar a procurar de ajuda médica.

FONTE:http://www.destak.pt/artigo/164507-em-a-segunda-causa-de-incapacidade-jovem




CUIDE DA SAÚDE DURANTE O TRABALHO

Dicas    24/05/2013

Cuidar do corpo proporciona mais tranquilidade e disposição no trabalho.
Confira dicas de hábitos que ampliam a saúde física e mental no local de trabalho.



Durante uma jornada de trabalho, o profissional fica na mesma posição durante grande parte do tempo. Essa é a realidade de pessoa que têm como ferramenta de trabalho uma mesa, o computador e o telefone — e inevitavelmente ficam expostas a posturas inadequadas e a uma série de problemas que afetam a saúde física e mental.



Os sete erros do escritório.

Corrigir posturas e adequar elementos de conforto térmico e iluminação no escritório podem melhorar o bem-estar no ambiente de trabalho. Aponte os sete erros na figura e confira algumas dicas.

GRÁFICO 

FONTE:tp://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/pagina/os-sete-erros-do-escritorio.html

 

— Cuidar da saúde no ambiente de trabalho não é uma missão fácil, pois o tempo é escasso e o volume de trabalho, grande. Mas, algumas ações podem ajudar estes profissionais a prevenir o cansaço e a falta de concentração, proporcionando bom humor e serenidade, além de tornar o trabalho mais produtivo e agradável, com corpos e mentes dispostos — afirma a educadora física Iamara Ferres.

Confira dicas para ter um dia de trabalho mais saudável:


— Comece seu dia bem: levante da cama com cuidado, de lado e apoiando as mãos na cama para não forçar a coluna


— Alongue-se: levante-se da cadeira, mexa-se e alongue braços, pescoço e mãos para aliviar as tensões


— Cuide da alimentação: se você sente muito sono ou preguiça após o almoço, o ideal é equilibrar as refeições. Após uma refeição pesada, a circulação se dirige mais ao aparelho digestivo e o restante do organismo fica mais lento.


— Mexa-se: opte pelas as escadas em vez do elevador. Se o seu local de trabalho for muito distante do térreo, vá de elevador até um determinado andar e siga o restante a pé. Essa atitude também ajuda na queima de calorias


— Postura ereta: você deve ficar posicionado na cadeira de maneira que os ossos do quadril (os ísquios) fiquem bem rentes ao encosto da cadeira, os pés apoiados firmes no chão ou em um banquinho pequeno, caso sua cadeira seja muito alta


— Mãos e punhos: a altura da mesa e da cadeira está certa quando os antebraços ficam apoiados sobre a mesa ou sobre o teclado, sem ficarem encolhidos ou distantes


— Tela do monitor: ela deve ficar na altura dos olhos, sem que seja necessário abaixar ou levantar o pescoço. Essa medida evita contrações e dores na cervical e maxilar. Mantenha uma distância de 40 a 70 centímetros — ficar muito perto do monitor pode causar problemas à visão


— Pausas: procure fazer pequenas pausas durante o dia. A cada 50 minutos trabalhados, experimente descansar 10. Nesse intervalo, aproveite para levantar, caminhar, beber água, esticar as pernas ou fazer alongamentos


— Evite cruzar as pernas: isso pode prejudicar a circulação sanguínea 


— Sente-se sobre os ísquios: apoiar-se nos ossinhos do bumbum ajuda a manter a coluna mais ereta


FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/05/cuide-da-saude-durante-o-trabalho-4147085.html




OMS APROVA PLANO PARA REDUÇÃO DE DOENÇAS OCULARES

Visão    24/05/2013


285 milhões de pessoas sofrem de alguma deficiência visual.
Especialistas afirmam que 80% dos casos de cegueira no mundo poderiam ser evitados.



A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Fadela Chaib, revelou que foi aprovado um plano de ação que visa reduzir os casos de cegueira e de outras deficiências visuais. Segundo ela, se forem aplicadas as recomendações contidas no plano, a redução poderá chegar a 25% dos casos registrados. A meta, segundo a proposta aprovada, é que no período de 2014 a 2019 as doenças oculares sejam reduzidas em um quarto.

As últimas estimativas mundiais indicam que 285 milhões de pessoas sofrem de alguma deficiência visual. Desse total, 39 milhões são cegas. Segundo especialistas, 80% dos casos poderiam ser evitados. Pelos dados dos especialistas, as principais causas das deficiências visuais são erros de refração não corrigidos e catarata.

As deficiências causadas por erros de refração representam 42% dos problemas visuais e a catarata, 33% dos casos. De acordo com a OMS, o plano aprovado servirá para que cada país melhore o acesso das pessoas afetadas aos serviços de reabilitação e tenha programas de controle das doenças oculares como parte dos seus sistemas de saúde.

A OMS considera que um avanço no controle dessas doenças pode reduzir os problemas, principalmente entre pessoas com mais de 50 anos. Segundo estimativas, os idosos concentram 84% dos casos até 2019.

 

50% DOS PORTADORES DE HIPERTIREOIDISMO NO BRASIL NÃO RECEBEM TRATAMENTO ADEQUADO

Tireoide   25/05/2013

Uma das dificuldades no tratamento é fazer com que o paciente tome o medicamento de acordo com a prescrição.
No Dia Internacional da Tireoide, pesquisador comenta números da doença no país.




Você pode nem saber localizá-la, mas a tireoide "mora" ali, na região do pescoço, logo abaixo do que conhecemos como pomo-de-adão. No formato similar ao de uma borboleta, a glândula é responsável por liberar hormônios que regulam o metabolismo humano, e que são fundamentais para a realização das funções de diversos órgãos do corpo — como o coração, cérebro, fígado e rins. Ela interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. 

Quando a tireoide não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo). A incidência de distúrbios na glândula aumenta com a idade e as mulheres são as mais afetadas, por razões ainda desconhecidas pela ciência. A ausência de tratamento adequado pode causar danos complexos, como problemas cardíacos e câncer.

O hipertireoidismo apresenta como principais sintomas tremores nas mãos, sudorese excessiva (suor "quente"), intolerância ao calor, queda de cabelo, unhas quebradiças, perda de peso e massa muscular, irregularidade menstrual, taquicardia ou palpitações e aumento no tamanho da tireoide ("bócio").

Já o hipotireoidismo é uma síndrome metabólica que resulta na deficiência na produção de hormônios pela glândula tireoidiana, localizada no pescoço. O distúrbio apresenta sintomas como depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares, sonolência excessiva, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento do colesterol no sangue. A tireoidite crônica – um conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireoide – atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo a causa mais frequente de hipotireoidismo. 

Mario Vaisman é professor da UFRJ e chefe do serviço de endocrinologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Ele é autor de um estudo publicado no ano passado sobre o tratamento do hipotireoidismo no Brasil. Sua pesquisa revelou que cerca de 7% das mulheres acima de 35 anos no Rio de Janeiro apresentam hipotireoidismo. Ainda segundo o estudo, 50% dos portadores do distúrbio não recebem o tratamento adequado no país — desse total, 28% estão insuficientemente tratados e 18,6% recebem o hormônio T4 (um dos produzidos pela tireoide) em excesso. Dois mil e quinhentos pacientes participaram da pesquisa, realizada em parceria com hospitais e universidades de quatro cidades: Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba e Fortaleza. 

— O hipotireoidismo é uma doença crônica, ou seja, não pode ser curada, mas controlada. Uma das dificuldades no tratamento é fazer com que o paciente tome o medicamento de acordo com a prescrição, nas datas e horários corretos, sem interrupção. O fator financeiro também faz com que muitos pacientes desistam do tratamento, embora o preço dos remédios disponíveis não seja alto em comparação a outros medicamentos de uso contínuo — afirma o especialista.

Vaisman é um dos que defende a inclusão de medicamentos contra o hipotireoidismo em programas públicos de saúde: 

— Desta forma haveria uma maior adesão ao tratamento e se evitaria um grande número de complicações que oneram muito o sistema de saúde.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/05/50-dos-portadores-de-hipotireoidismo-no-brasil-nao-recebem-tratamento-adequado-4148517.html
 

APÓS MORTES EM SÃO PAULO, GOVERNO REFORÇA COMBATE AO H1N1...ENTENDA

22 de maio, 2013

Especialista sugere incentivar vacinação contra gripe  
Dados divulgados nesta terça-feira sobre o avanço do H1N1, conhecido como gripe suína, em São Paulo fizeram o Ministério da Saúde adotar novas medidas para reforçar a estratégia de combate à doença.


Entre as informações, a mais alarmante é a de que o Estado de São Paulo concentrou – até a semana passada – 90% das mortes por esse tipo de gripe. No total, dos 61 óbitos, 55 ocorreram em São Paulo.

Apesar de não usarem o termo surto, tanto o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como o o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Claudio Maierovitch, expressaram preocupação e anunciaram novas ações para lidar com a situação.

"Estamos muito preocupados", disse Maierovitch. "Enviamos para o Estado de São Paulo uma equipe para investigação detalhada dos óbitos."

Mas quais os motivos por trás do aumento no número de vítimas da gripe H1N1? Como o governo vai lidar com isso? Qual o tratamento mais apropriado? Veja abaixo uma série de perguntas e respostas que a BBC Brasil preparou para destrinchar o tema:

Por que São Paulo foi o Estado mais atingido?

A maior suspeita do Ministério da Saúde é a de que haja lentidão por parte dos profissionais de saúde em receitar o uso do medicamento antiviral Tamiflu (oseltamivir).

Pela estratégia do governo, o remédio deve ser aplicado nas primeiras 48 horas após a suspeita da doença, sem que haja necessidade de se confirmar o diagnóstico por exame laboratorial.

Durante coletiva em Brasília, o ministro Alexandre Padilha citou um estudo sobre mortes causadas pelo vírus H1N1 no ano passado no Rio Grande do Sul e observou que apenas 5% dos pacientes receberam Tamiflu nas primeiras 24 horas.

"O tratamento deve ser iniciado de imediato, sobretudo para pessoas que estão no grupo de risco", afirmou Padilha. "Não se deve esperar a confirmação laboratorial ou o agravamento do caso."
As declarações chegaram a ser interpretadas como uma mudança na recomendação sobre o uso do antiviral, com o prazo sendo reduzido de 48 para 24 horas. O Ministério da Saúde afirmou, no entanto, que o protocolo de ação contra o H1N1 permanece o mesmo.

Que medidas o governo decidiu tomar para lidar com a situação?

A principal medida anunciada nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde é alertar médicos, tanto do serviço público como os que atendem planos de saúde, para que receitem Tamiflu mais rapidamente.
"O importante é incentivar uma mudança de comportamento no profissional de saúde. É preciso que eles entendam que a gripe não tem nada de banal e que, no caso de suspeita de H1N1, é preciso receitar o Tamiflu em menos de 48 horas", afirma o infectologista Carlos Magno Fortaleza, professor da Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu.

Estatísticas de anos anteriores confirmam esse cenário. Segundo o governo, serão organizadas reuniões e videoconferências para alertar e instruir hospitais e centros médicos, além da distribuição de 1,2 milhões de doses de Tamiflu e da liberação de recursos para os Estados mais afetados.

Se os sintomas da H1N1 são tão parecidos com os da gripe comum, como determinar quem deve receber o Tamiflu?

A orientação é receitar o antiviral para todas as pessoas que fazem parte do grupo de risco e que apresentem sintomas de gripe, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento.
Integram esse grupo crianças menores de 2 anos, gestantes, puérperas (mulheres nos 45 dias após o parto), idosos, obesos e doentes crônicos.

Para quem não faz parte desse segmento mais vulnerável, o Tamiflu deve, segundo o Ministério, ser receitado para pacientes com sinais de agravamento de do quadro gripal, com sintomas como febre alta por três dias e dificuldade para respirar.

É preciso fazer o teste para se comprovar H1N1?

Apesar de ser possível determinar se há o vírus H1N1 com o teste, ele não é indicado porque seu resultado pode não vir a tempo do prazo indicado para se começar a tomar o Tamiflu.

"Apesar de haver exames de resultado rápido, eles não são eficazes especialmente porque podem não estar disponíveis no local onde o paciente está", afirma o infectologista da Unesp.
Assim, o governo está fazendo o teste apenas para identificar melhor o vírus em circulação este ano.

Planos de saúde cobrem o teste?

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, não há cobertura obrigatória pelos planos de saúde para exames que detectam a gripe H1N1.

Os números apresentados pelo governo são atuais?

Sim, foram coletados até 12 de maio. Os municípios não são obrigados a reportar a instâncias superiores todos os casos de H1N1. No entanto, devem fazer a notificação obrigatória e imediata nos casos de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Por isso, o governo federal tem números relativamente atualizados.

O que o governo deve fazer para evitar um cenário parecido no ano que vem?

Além de alertar médicos a receitar Tamiflu nos casos citados acima, o infectologista Carlos Magno Fortaleza vê como prioridade incentivar uma maior adesão à vacina contra gripe.

"A vacina da gripe é constantemente bombardeada por boatos de que faz mal, de que tem efeitos colaterais... Há sempre idoso que não querem tomar. Neste ano, muitas grávidas não tomaram e isso certamente está relacionado a esses boatos. Muitos obstetras ainda temem essa vacina", diz. "É preciso pensar em uma estratégia de como divulgá-la melhor e acabar com esses temores infundados."

Há mais casos de H1N1 neste ano em relação a anos anteriores?

Ainda não. De 1º de janeiro a 12 de maio de 2013, foram notificados em todo o país 4.713 casos mais graves de gripe, classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Destes, 388 casos foram confirmados para o vírus Influenza A(H1N1). No mesmo período deste ano, foram confirmados 61 mortes por H1N1.

Durante o ano de 2012, foram registrados 20.539 casos da SRAG, sendo confirmados 2.614 para A (H1N1). No ano passado, foram contabilizadas 351 mortes por esse vírus. Em 2011, foram 113 mortes e em 2010, 21.

A epidemia de H1N1 ocorreu em 2009, quando foram registrados mais de 50 mil casos, sendo 2.060 mortes.

Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza A (H1N1), também conhecida como Gripe A ou gripe suína?

Elas são causadas por diferentes subtipos do mesmo vírus da influenza. O subtipo A (H1N1) produziu a pandemia de 2009 e continua circulando como mais um dos subtipos do vírus da influenza.


LESÕES TRAUMÁTICAS... DOIS MILHÕES DE ATENDIDOS POR ANO NOS HOSPITAIS

Acidentes   23/05/2013

Aproximadamente nove bilhões de reais são destinados anualmente ao atendimento de casos de trauma, o que representa quase um terço de tudo que é investido em saúde pública no país.
Neurotraumas mais comuns são epilepsias, alterações motoras, cognitivas e de comportamento.


Quais cuidados jovens e crianças devem tomar ao soltar pipas nas lajes de suas casas? Quais os riscos de subir em árvores, pular em rios e lagos ou em andar de bicicleta? Às vezes simples brincadeiras podem resultar em graves acidentes, como traumatismos cranianos e traumas na coluna vertebral. Essas lesões, de acordo com a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), acometem principalmente a faixa etária entre 15 e 24 anos, e na maioria das vezes não são produtos da fatalidade, mas geradas por fatores que podem ser modificados com a prevenção, atenção e alguns cuidados simples.

O neurotrauma é um grave problema de saúde pública no Brasil. Pelo menos dois milhões de pessoas ao ano são atendidas em hospitais por conta de lesões traumáticas. E, ao contrário do que se imagina, não são os acidentes de trânsito que contabilizam o maior número de casos. Na verdade, o que ocupa a maioria das emergências nos hospitais são os acidentes que acontecem no dia a dia. Como os acidentes nas escolas, no trânsito, no trabalho, crianças brincando na rua ou na piscina. Estas sequelas poderiam ser evitadas com o uso de capacete durante o lazer com bicicleta, patins e skate ou com alertas sobre profundidade em locais de lazer aquático.

Não apenas as mortes devem ser contabilizadas quando se trata de acidentes. Em vários casos, a vítima sofre lesões ou traumas que deixam sequelas graves. No caso do neurotrauma, as mais comuns são epilepsias, alterações motoras (paralisias), alterações cognitivas e de comportamento — afirma o neurocirurgião Paulo Porto de Melo.


Lesões custam mais de nove bilhões de reais por ano ao país
Os traumatismos cranioencefálicos e raquimedulares são os mais caros e sérios de todos os danos físicos que um indivíduo pode sofrer. Particularmente no Brasil, os índices de acidentes com neurotraumatismo alcançam, em determinadas faixas etárias, números até quatro vezes superiores àqueles registrados na maioria dos demais países, constituindo-se em uma endemia causadora do maior índice de morte e incapacidade entre os jovens.

O trauma neurológico é desalentador e uma verdadeira tragédia para aqueles que o sofrem assim como para aqueles que convivem com as vítimas, pois pouco se pode esperar de recuperação das sequelas de um lesado grave. Não existe uma cura, mas apenas uma recuperação parcial das funções daqueles pacientes que sobrevivem. Socialmente, o trauma diminui drasticamente a expectativa de vida dos jovens — diz o neurocirurgião.

Aproximadamente nove bilhões de reais são destinados anualmente ao atendimento de casos de trauma, o que representa quase um terço de tudo que é investido em saúde pública no país. Cada vítima grave de trauma custa cerca de R$ 100 mil aos cofres públicos. Os custos incluem cirurgia, unidade de terapia intensiva, reabilitação e prestação de serviços médicos a longo prazo.

Prevenção com cuidados simples
As pessoas idosas devem usar sapatos baixos e firmes. Também é importante retirar do ambiente dos idosos os tapetes que escorregam.

Para as mães é importante avisar que não se pode chacoalhar um bebê. Aliás, não se pode sacudir ninguém de nenhuma idade.

Solte pipas somente em locais abertos, longe dos fios elétricos. Vá para lugares onde você pode correr à vontade, como em algum parque por exemplo. E nunca suba em lajes.
Verifique sempre a segurança dos galhos antes de subir em árvores e não use sapatos escorregadios.
Antes de entrar ou pular em rios, piscinas, lagos e mar, sempre verifique a profundidade.
Use sempre o corrimão para subir escadas.
Quando andar de carro, use sempre o cinto de segurança. Inclusive no banco de trás. Em um acidente, quem está no banco de trás também corre o risco de se machucar e quebrar o pescoço.
Use o capacete quando andar de bicicleta, patins, moto ou skate.
O que é o neurotrauma
O neurotrauma é o conjunto de lesões traumáticas que afetam o crânio, o cérebro, a coluna, a medula e os nervos periféricos e é considerado, hoje, uma das principais causas de morte geral no mundo contemporâneo. Além disso, acarreta uma grande demanda de recursos para tratamento e reabilitação de pacientes.

Estima-se que 15% dos pacientes com trauma na coluna vertebral têm comprometimento neurológico. Muitas pessoas que sofrem o neurotrauma ficam com algum tipo de dependência para desenvolverem suas atividades diárias, por um longo período — diz Melo.

O traumatismo cranioencefálico pode alterar funções importantes como o pensamento, sensações, linguagem ou emoções:

Pensamento (memória e razão).
Sensações (tato, paladar e olfato).

Linguagem (fala, expressão e entendimento).
Emoções (depressão, ansiedade, mudança na personalidade, agressividade e comportamentos inapropriados).

Essas lesões também podem causar epilepsia e aumentar o risco de doenças como Alzheimer e Parkinson, assim como outras desordens cerebrais podem tornar-se mais prevalentes com a idade. Além disso, repetidos traumas leves ao longo do tempo podem ocasionar um déficit neurológico e cognitivo ao passar dos anos. E quando esses traumas ocorrem num curto espaço de tempo, isto é, horas, dias ou semanas, o resultado pode ser catastrófico ou fatal.
Em números
No país são registradas 150 mil mortes por ano causadas por acidentes de trânsito, com armas de fogo, de trabalho e domésticos.

Os acidentes de trânsito ultrapassam 420 mil vítimas anualmente, sendo 45 mil fatais.
Em cerca de 75% dos desastres fatais nas ruas e estradas existe um motorista alcoolizado.
Um quinto dos traumas no trabalho também é provocado pelo álcool, incapacitando cerca de 300 mil pessoas temporariamente e 100 mil de forma permanente.

 

ESTUDO AFIRMA QUE EXERCÍCIOS FÍSICOS REGENERAM CÉLULAS-TRONCO DO CORAÇÃO

23/05/2013

Pesquisa inglesa da Universidade John Moors comprovou, em teste feito com ratos, que as atividades promovem um aumento de 60% nas células.

 

Um estudo realizado em Londres descobriu que a prática de atividades físicas auxilia na regeneração das células-tronco do coração. Isso significa que é possível ter um coração mais jovem do que a própria idade. É uma maneira saudável de driblar o tempo. A relação entre o exercício físico regular e o coração já vem sendo estudada em diversos países. A professora inglesa Georgina Allison, que comanda uma equipe na Universidade John Moors, em Liverpool, propôs uma rotina de duas semanas de exercícios físicos a um grupo de ratos de laboratório e descobriu que eles tiveram um aumento de 60% nas células-tronco do coração, que estavam adormecidas e foram despertadas com a prática.

- As células-tronco produzem células musculares e vasculares. Se você não está praticando exercício físico, você tem um menor número de células e menos células ativas para realizar um trabalho.

Trabalhando no King´s College de Londres, a professora continua os estudos para saber se a relação é a mesma no coração dos seres humanos.

- Estudamos pessoas que tiveram ataques cardíacos. Submetemos os pacientes a exercícios físicos e tentamos estabelecer uma relação entre as células-tronco e a redução da área infartada – afirmou Allison.

30 minutos de exercícios aeróbicos por dia são um dos segredos da saúde.

 Para regenerar as células-tronco, não é preciso ser maratonista. Bastam 30 minutos de exercício aeróbico por dia, de preferência intervalados, com picos de esforço e períodos de recuperação.


- Eu corro e desde que descobrimos os efeitos do treino intervalado, mudei minha rotina de exercícios – disse a pesquisadora.

No Brasil, existem oito centros de tecnologia celular que também estudam as células-tronco. O cientista e professor Stevens Refen potencializa a opinião dos benefícios causados pela prática regular de esportes.

- A partir do momento em que você descobre que uma atividade física é capaz de regenerar o coração, você pode ter um coração novo, apesar da sua idade, dependendo do exercício físico que você fizer. Na mesma linha deste estudo de Liverpool, há um outro americano que analisa o impacto dos exercícios físicos, não no coração, mas no cérebro: há duas regiões no cérebro, que se chamam hipocampo, responsáveis pela formação da memória. Esse estudo indica que o exercício físico faz com que a pessoa consiga gerar novos neurônios. Não há nada mais importante do que essas provas para justificar a boa prática de esportes - finalizou Refen.

E você? Ainda está tentando arrumar uma motivação para levantar do sofá? Mexa-se!

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MEDICAMENTO PROMISSOR CONTRA A ASMA É APRESENTADO NOS ESTADOS UNIDOS

Ainda em teste   22/05/2013
Atualmente, maioria dos medicamentos para asma são admistrados na forma de inaladores.
Tratamento seria capaz de reduzir em até 87% a frequência dos ataques em alguns pacientes.


Um medicamento experimental apresentou resultados promissores contra a asma, ao reduzir em até 87% a frequência dos ataques em alguns pacientes, revela um trabalho publicado nesta terça-feira, no New England Journal of Medicine. 

O Dupilumab, sob avaliação da agência federal que regula os medicamentos nos Estados Unidos (FDA), beneficia principalmente os asmáticos que sofrem crises de intensidade moderada a severa e que não respondem adequadamente aos medicamentos atuais. A droga tem anticorpos que neutralizam simultaneamente as proteínas (interleucina 4 e 13) vinculadas à inflamação, desenvolvidos pelo americano Regeneron Pharmaceuticals e pela francesa Sanofi.

O Dupilumab atingiu todos os seus objetivos clínicos, como a redução dos sintomas e a melhoria da função pulmonar, além de reduzir a necessidade de recurso aos medicamentos contra a asma disponíveis no mercado. 

Apesar da necessidade de testes clínicos mais amplos para confirmar os resultados da fase 2 do estudo, que analisou 104 pacientes, os pesquisadores estão otimistas sobre o potencial do Dupilumab. Os resultados do teste clínico de 12 semanas dirigido pela doutora Sally Wenzel, diretora do Instituto de Asma na Universidade de Pittsburgh, Pensilvânia, foram apresentados na conferência anual da Sociedade Torácica Americana (ATS, sigla em inglês), na Filadélfia. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/05/medicamento-promissor-contra-a-asma-e-apresentado-nos-estados-unidos-4145651.html

 

PESSOAS COM ESCLEROSE MÚLTIPLA ENFRENTAM O DESAFIO DE CONTER A REDUÇÃO DA MASSA CINZENTA

21/05/2013 

Portadora da doença, a bancária Carina Araújo usa o primeiro remédio oral para a Esclerose: menos agressivo. 
Doença pode incapacitar o organismo e comprometer a qualidade de vida, mas remédios orais mostram-se menos agressivos para os pacientes.


Basileia (Suíça) — Rugas, alterações hormonais, queda do metabolismo, cabelos brancos. O processo natural de envelhecimento provoca uma série de mudanças na vida das pessoas, mas não é apenas o corpo que sofre as consequências do avanço da idade. Ao longo dos anos, a atividade do cérebro também começa a se reduzir, como consequência da morte lenta e gradual dos neurônios. 

Para quem sofre de doenças neurodegenerativas, no entanto, esse processo se dá de forma mais acelerada, o que inquieta médicos e cientistas. A preocupação aumenta quando o assunto são as enfermidades que atingem os mais jovens, em especial a Esclerose Múltipla (EM). Estima-se que esse mal atinja 2,5 milhões de pessoas no mundo, 30 mil no Brasil.


 “A atrofia cerebral ocorre desde muito cedo em pacientes com a doença, ou seja, eles passarão o resto da vida perdendo neurônios de forma acelerada se nada for feito para frear o processo”, alerta o neurologista André Matta, professor da Universidade Federal Fluminense. Nas pessoas saudáveis, a redução varia de 0,1% a 0,3% a cada ano. Já nos portadores de EM, a taxa gira entre 0,5% e 1%, velocidade três vezes superior. “O processo está diretamente ligado ao nível de comprometimento dos pacientes e pode ser medido por meio de ressonância magnética”, explica Till Sprenger, pesquisador do Hospital Universitário da Basileia.

De acordo com os médicos, toda perda de volume cerebral gerada por doenças neurodegenerativas merece atenção, mas no caso da EM, o quadro é ainda mais preocupante, uma vez que ela atinge preferencialmente pessoas jovens. A primeira manifestação da doença costuma ocorrer entre 20 e 40 anos.

Na Esclerose Múltipla, a redução da massa cinzenta se dá por meio de inflamações do tecido cerebral ou medular. Nesses episódios, a mielina – substância que envolve e protege os neurônios – é danificada ou destruída e são formadas cicatrizes que impedem a transmissão dos impulsos nervosos. A depender da região afetada pelo surto, diversos sintomas podem se manifestar, entre eles problemas motores, sensitivos e psicológicos.

Ameaça Iminente: a Esclerose Múltipla é uma doença neurodegenerativo, com incidência maior em mulheres jovens. Por uma falha do sistema imunológico, a bainha de mielino - substância que recobre e isola os neurônios - é identificada como um agressor e passa a ser atacada. Áreas do cérebro, cerebelo, do tronco encefálico e da medula espinhal são afetadas por inflamação. Os surtos são períodos de sintomas neurológicos muito intensos e bem definidos que se intercalam com períodos de estabilidade. Até o momento, a causa da doença é desconhecida, assim como a cura.

 Remédios

Apesar de ainda não haver cura para a EM, os pacientes que têm a doença são tratados com drogas que têm como objetivo reduzir as inflamações e, por consequência, a perda de neurônios. Os tratamentos disponíveis encaixam-se em duas categorias: sintomáticos e terapias modificadoras. Na última, estão os medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde: betainterferona, glatiramer e natalizumabe – todos injetáveis. No entanto, nem todos os remédios usados para controlar a doença são eficazes no combate a esse processo. É o que aponta estudo desenvolvido pelo neurologista Sven Schippling, pesquisador do Hospital Universitário de Zurique. De acordo com a pesquisa, apesar de reduzirem a quantidade de surtos, essas drogas não conseguem conter a atrofia logo que começam a ser ministradas. Apenas a partir do segundo ano de tratamento os remédios passam a desacelerar também a perda de volume cerebral.

O único que se mostrou eficiente, desde o início, para barrar esse processo foi o fingolimode, primeiro medicamento oral contra a Esclerose Múltipla. A substância reduziu a taxa de reincidência anual em 61% quando comparada ao interferon beta 1a – droga comumente receitada como primeira opção –, de acordo com estudo liderado por Jeffrey Cohen, do Instituto de Neurologia de Cleveland, nos Estados Unidos.

 Segundo Schippling, diferentemente das pessoas acometidas por males como Alzheimer e demência, a maior parte dos portadores de EM é jovem, ou seja, sofrerá a perda neural por um período muito mais prolongado.

Hematomas

Quem sofre as consequências da esclerose múltipla (EM) também se preocupa com o processo de atrofia. Cansada dos hematomas que os medicamentos injetáveis deixavam pelo corpo e da dor de cabeça depois das aplicações oara controlar a Esclerose, a bancária Carina Araújo, de 31 anos, optou por trocar de remédio ao saber da chegada do fingolimode ao país. “Descobri a doença há quatro anos, quando perdi temporariamente o movimento de um dos braços”, conta. Depois disso, ela sofreu um novo surto, quando ficou com parte da visão do olho direito comprometida. Desde que passou a usar o remédio, não teve mais crises.


 Conheça os sintomas mais frequentes.