04 de maio de 2013
Variações genéticas aumentam a propensão ao tabagismo, e as chances de dependência são maiores quando o hábito de fumar começa na adolescência
É
normal adolescentes acenderem um cigarro, seja por curiosidade ou pela
sensação de estar quebrando regras. Mas enquanto a maioria não levará o
hábito adiante, outros se tornarão fumantes inveterados.
A genética pode predizer quais jovens estão no grupo de risco, segundo um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos, da Inglaterra e da Nova Zelândia. Eles sequenciaram o genoma de mais de 800 adultos acompanhados desde a infância e constataram que os portadores de genes previamente associados à dependência de nicotina tiveram mais riscos de permanecer fumando.
A lição é clara: embora nem toda pessoa carregue as variantes genéticas que a tornará um fumante, aquelas que as têm devem evitar a primeira tragada.
Como o sequenciamento genético em larga escala ainda está longe de se tornar realidade, impossibilitando mapear toda a população de risco, os pesquisadores recomendam políticas preventivas mais incisivas voltadas aos jovens.
– Iniciativas que interrompam a progressão do comportamento tabagista entre adolescentes podem mitigar os riscos genéticos – diz Daniel Belsky, pesquisador do Instituto de Ciências Genômicas da Universidade Duke (EUA).
As análises indicaram que a conversão precoce do “cigarrinho de vez em quando” para o hábito diário e, daí, para o fumo pesado (uma ou mais carteira por dia), está associada à genética, assim como a dependência em nicotina e a maior dificuldade de parar de fumar. Belsky esclarece que o perfil genético não diz se o indivíduo vai ou não se tornar fumante um dia, mas consegue estabelecer que, a partir do momento em que a pessoa com a variante acende o primeiro cigarro, o risco de ela se viciar fortemente é bem grande.
O estudo, publicado no jornal Jama Psychiatry, baseou-se em pesquisas anteriores, que haviam identificado regiões cromossômicas associados à dependência em nicotina. Nessas investigações, foram sequenciados os genomas de dezenas de milhares de tabagistas para identificar variantes comuns entre os fumantes pesados. Essas mutações estão localizadas dentro e ao redor de genes que afetam a maneira como o cérebro responde à nicotina e a maneira pela qual a substância é metabolizada. Ainda não se sabe, contudo, como essas variantes afetam a função genética.
A genética pode predizer quais jovens estão no grupo de risco, segundo um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos, da Inglaterra e da Nova Zelândia. Eles sequenciaram o genoma de mais de 800 adultos acompanhados desde a infância e constataram que os portadores de genes previamente associados à dependência de nicotina tiveram mais riscos de permanecer fumando.
A lição é clara: embora nem toda pessoa carregue as variantes genéticas que a tornará um fumante, aquelas que as têm devem evitar a primeira tragada.
Como o sequenciamento genético em larga escala ainda está longe de se tornar realidade, impossibilitando mapear toda a população de risco, os pesquisadores recomendam políticas preventivas mais incisivas voltadas aos jovens.
– Iniciativas que interrompam a progressão do comportamento tabagista entre adolescentes podem mitigar os riscos genéticos – diz Daniel Belsky, pesquisador do Instituto de Ciências Genômicas da Universidade Duke (EUA).
As análises indicaram que a conversão precoce do “cigarrinho de vez em quando” para o hábito diário e, daí, para o fumo pesado (uma ou mais carteira por dia), está associada à genética, assim como a dependência em nicotina e a maior dificuldade de parar de fumar. Belsky esclarece que o perfil genético não diz se o indivíduo vai ou não se tornar fumante um dia, mas consegue estabelecer que, a partir do momento em que a pessoa com a variante acende o primeiro cigarro, o risco de ela se viciar fortemente é bem grande.
O estudo, publicado no jornal Jama Psychiatry, baseou-se em pesquisas anteriores, que haviam identificado regiões cromossômicas associados à dependência em nicotina. Nessas investigações, foram sequenciados os genomas de dezenas de milhares de tabagistas para identificar variantes comuns entre os fumantes pesados. Essas mutações estão localizadas dentro e ao redor de genes que afetam a maneira como o cérebro responde à nicotina e a maneira pela qual a substância é metabolizada. Ainda não se sabe, contudo, como essas variantes afetam a função genética.
A pesquisa.
> Para verificar se os genes realmente influenciavam no tabagismo, os pesquisadores sequenciaram o genoma de neozelandeses que participam, desde o nascimento, de uma pesquisa de saúde. Entre as variáveis acompanhadas no estudo estava o cigarro.
> Dos 880 participantes, 71% haviam experimentado as primeiras tragadas na adolescência, sendo que 19% se tornaram fumantes habituais três anos depois. Desses, 25% fumavam mais de 20 cigarros por dia.
> A associação entre o tabagismo e o risco genético ficou clara quando foram comparados os dados do estudo epidemiológico ao sequenciamento feito quando os participantes da pesquisa completaram 38 anos de idade.
> Entre os fumantes sem a variante, aqueles que carregam os genes relacionados à nicotina tinham um risco 24% maior de se tornarem tabagistas diários aos 15 anos e 43% mais chance de consumir uma ou mais carteiras aos 18.
> Na idade adulta, o percentual de fumantes que tentaram parar e não conseguiram foi 27% maior, comparado aos tabagistas sem esses genes específicos.,
> Ao longo da vida, os primeiros fumaram, em média, 7,3 mil cigarros a mais que os outros.
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