21/05/2013
Portadora da doença, a bancária Carina Araújo usa o primeiro remédio oral para a Esclerose: menos agressivo.
Doença pode incapacitar o organismo e comprometer a
qualidade de vida, mas remédios orais mostram-se menos agressivos para
os pacientes.
Basileia (Suíça) — Rugas, alterações hormonais, queda
do metabolismo, cabelos brancos. O processo natural de envelhecimento
provoca uma série de mudanças na vida das pessoas, mas não é apenas o
corpo que sofre as consequências do avanço da idade. Ao longo dos anos, a
atividade do cérebro também começa a se reduzir, como consequência da
morte lenta e gradual dos neurônios.
Para quem sofre de doenças
neurodegenerativas, no entanto, esse processo se dá de forma mais
acelerada, o que inquieta médicos e cientistas. A preocupação aumenta
quando o assunto são as enfermidades que atingem os mais jovens, em
especial a Esclerose Múltipla (EM). Estima-se que esse mal atinja 2,5
milhões de pessoas no mundo, 30 mil no Brasil.
“A atrofia cerebral ocorre desde muito cedo em pacientes com a doença,
ou seja, eles passarão o resto da vida perdendo neurônios de forma
acelerada se nada for feito para frear o processo”, alerta o
neurologista André Matta, professor da Universidade Federal Fluminense.
Nas pessoas saudáveis, a redução varia de 0,1% a 0,3% a cada ano. Já nos
portadores de EM, a taxa gira entre 0,5% e 1%, velocidade três vezes
superior. “O processo está diretamente ligado ao nível de
comprometimento dos pacientes e pode ser medido por meio de ressonância
magnética”, explica Till Sprenger, pesquisador do Hospital Universitário
da Basileia.
De acordo com os médicos, toda perda de volume cerebral gerada por doenças neurodegenerativas merece atenção, mas no caso da EM, o quadro é ainda mais preocupante, uma vez que ela atinge preferencialmente pessoas jovens. A primeira manifestação da doença costuma ocorrer entre 20 e 40 anos.
Na Esclerose Múltipla, a redução da massa cinzenta se dá por meio de inflamações do tecido cerebral ou medular. Nesses episódios, a mielina – substância que envolve e protege os neurônios – é danificada ou destruída e são formadas cicatrizes que impedem a transmissão dos impulsos nervosos. A depender da região afetada pelo surto, diversos sintomas podem se manifestar, entre eles problemas motores, sensitivos e psicológicos.
De acordo com os médicos, toda perda de volume cerebral gerada por doenças neurodegenerativas merece atenção, mas no caso da EM, o quadro é ainda mais preocupante, uma vez que ela atinge preferencialmente pessoas jovens. A primeira manifestação da doença costuma ocorrer entre 20 e 40 anos.
Na Esclerose Múltipla, a redução da massa cinzenta se dá por meio de inflamações do tecido cerebral ou medular. Nesses episódios, a mielina – substância que envolve e protege os neurônios – é danificada ou destruída e são formadas cicatrizes que impedem a transmissão dos impulsos nervosos. A depender da região afetada pelo surto, diversos sintomas podem se manifestar, entre eles problemas motores, sensitivos e psicológicos.
Ameaça Iminente: a Esclerose Múltipla é uma doença neurodegenerativo,
com incidência maior em mulheres jovens. Por uma falha do sistema
imunológico, a bainha de mielino - substância que recobre e isola os
neurônios - é identificada como um agressor e passa a ser atacada. Áreas
do cérebro, cerebelo, do tronco encefálico e da medula espinhal são
afetadas por inflamação. Os surtos são períodos de sintomas neurológicos
muito intensos e bem definidos que se intercalam com períodos de
estabilidade. Até o momento, a causa da doença é desconhecida, assim
como a cura.
Remédios
Apesar de ainda não haver cura para a EM, os pacientes que têm a doença são tratados com drogas que têm como objetivo reduzir as inflamações e, por consequência, a perda de neurônios. Os tratamentos disponíveis encaixam-se em duas categorias: sintomáticos e terapias modificadoras. Na última, estão os medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde: betainterferona, glatiramer e natalizumabe – todos injetáveis. No entanto, nem todos os remédios usados para controlar a doença são eficazes no combate a esse processo. É o que aponta estudo desenvolvido pelo neurologista Sven Schippling, pesquisador do Hospital Universitário de Zurique. De acordo com a pesquisa, apesar de reduzirem a quantidade de surtos, essas drogas não conseguem conter a atrofia logo que começam a ser ministradas. Apenas a partir do segundo ano de tratamento os remédios passam a desacelerar também a perda de volume cerebral.
O único que se mostrou eficiente, desde o início, para barrar esse processo foi o fingolimode, primeiro medicamento oral contra a Esclerose Múltipla. A substância reduziu a taxa de reincidência anual em 61% quando comparada ao interferon beta 1a – droga comumente receitada como primeira opção –, de acordo com estudo liderado por Jeffrey Cohen, do Instituto de Neurologia de Cleveland, nos Estados Unidos.
Segundo Schippling, diferentemente das pessoas acometidas por males como
Alzheimer e demência, a maior parte dos portadores de EM é jovem, ou
seja, sofrerá a perda neural por um período muito mais prolongado.
Hematomas
Hematomas
Quem sofre as consequências da esclerose múltipla (EM) também se preocupa com o processo de atrofia. Cansada dos hematomas que os medicamentos injetáveis deixavam pelo corpo e da dor de cabeça depois das aplicações oara controlar a Esclerose, a bancária Carina Araújo, de 31 anos, optou por trocar de remédio ao saber da chegada do fingolimode ao país. “Descobri a doença há quatro anos, quando perdi temporariamente o movimento de um dos braços”, conta. Depois disso, ela sofreu um novo surto, quando ficou com parte da visão do olho direito comprometida. Desde que passou a usar o remédio, não teve mais crises.
Conheça os sintomas mais frequentes.
Um comentário:
Não sei quem é o responsável por essa publicação, também citada neste blog, por isso estou enviando para todos vocês.
O fato é que o artigo possui uma frase infeliz: "O único que se mostrou eficiente, desde o início, para barrar esse processo foi o fingolimode, primeiro medicamento oral contra a esclerose múltipla." O fato é que ele não é o
único eficiente. No estudo citado no artigo, o pesquisador informou apenas uma maior eficácia no tratamento.
Essa nova droga, tem a mesma função das outras, ou seja, evitar os surtos. Então, se você não tem surtos, você não perde a mielina, e portanto a sua massa cinzenta (neurônios) fica intacta!
Vocês não tem idéia do transtorno psicológico, que esse tipo de informação (falsa) causa nos portadores de EM, que estão achando que o medicamento que tomam não serve para nada.
É uma propaganda descarada do fingolimode, pra fazer as pessoas gastarem dinheiro comprando a nova droga. Só faltou colocarem o link para a farmácia. Procurei a autora do artigo (Thaís Ciegunski) no google, o único resultado é essa reportagem e o email dela é "thais@", ou seja, essa pessoa não existe!
Se vocês não retirarem essa reportagem do ar, vou espalhar a mentira pela comunidade de EM, e falar com o meu advogado para tomar as medidas cabíveis.
Este email segue com cópia ao laboratório do interferon beta 1a, para eles terem ciência de que muitos portadores de EM vão começar a parar de tomar o medicamento, simplesmente porque esta publicação diz que ele não serve pra nada.
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