18/11/14
Dados norte-americanos estimam que cerca
de 15% dos habitantes dos EUA são intolerantes ao glúten. E estima-se
que 99% das pessoas que são celíacas ou que têm intolerância ao glúten
nunca são devidamente diagnosticadas.
Se você tem qualquer dos sintomas abaixo, pode ser um sinal de que tem intolerância ao glúten:
1. Carência de ferro ou anemia, principalmente aquela que persiste
apesar da ingestão de suplementos ou alimentos ricos nesse nutriente.
Isso se deve à má absorção de ferro causada pelo dano que o glúten
provoca no intestino.
2. Dificuldade para perder peso.
3. “Ceratose folicular”,
que é o termo médico para descrever aquelas bolinhas na parte de trás
do braço (região do tríceps), como se fossem pelinhos encravados. Isso
pode ser deficiência de vitamina A secundária à má absorção desse
nutriente no intestino.
4. Problemas digestivos, tais como gases, estufamento abdominal, diarreia ou até mesmo constipação.
5. Cansaço, fadiga ou
sensação de cabeça “confusa”, perda de foco ou clareza de pensamento,
especialmente após comer uma refeição que contenha glúten.
6. Diagnóstico de uma
doença autoimmune, tais como Tireoidite de Hashimoto, artrite
reumatoide, colite ulcerativa, Doença de Chron, lúpus, psoríase,
esclerodermia, esclerose múltipla, diabetes tipo 1, vitiligo, púrpuras
autoimunes etc.
7. Sintomas neurológicos, tais como tontura ou sensação de perda de equilíbrio
8. Sinais de desequilíbrios hormonais, tais como TPM, ovário policístico ou infertilidade inexplicada.
9. Enxaqueca.
10. Diagnóstico de fadiga crônica ou fibromialgia.
11. Inflamação, inchaço ou dores nas suas articulações, como joelhos, quadril e dedos da mão.
12. Oscilações de humor, ansiedade, depressão, déficit de atenção.
Como diagnosticar a intolerância ao glúten?
Existem testes de
sensibilidade alimentar (exame de alergia), testes genéticos e exames
imunológicos.
Os testes feitos por endoscopia digestiva, apesar de serem
considerados clássicos, só ajudam quando o intestino já foi bastante
danificado pelo glúten. Os casos iniciais ou não graves nem sempre são
diagnosticados por endoscopia/biópsia de intestino.
Muitas vezes o modo mais
eficaz de se diagnosticar se há problema é fazer uma dieta de
eliminação, ou seja, eliminar 100% da substância por duas ou três
semanas, pelo menos, e depois reintroduzir. É como um teste prático. Mas
é importantíssimo que essa ação seja indicada pelo seu médico! Um
conselho que sempre dou aos meus pacientes é que se eles se sentem
significativamente melhor sem o glúten, e se sentem pior quando o
reintroduzem, então é muito provável que essa proteína seja um problema
para eles. Mas para que se tenha um resultado preciso desse tipo de
teste, é preciso mesmo eliminar 100% do glúten da dieta.
O que a pessoa que tem intolerância ao glúten deve fazer?
Primeiro falar com o
médico. Ele provavelmente vai sugerir eliminar 100% do glúten da dieta.
Mesmo traços de glúten podem ativar o sistema imune e provocar uma
reação no organismo.
Aquela regra que as
pessoas costumam fazer do tipo “elimino glúten durante a semana e
consumo apenas aos fins de semana”, ou ainda “só como quando janto fora
de casa” não funciona para tratar quem tem intolerância.
Diferentemente da dieta
de eliminação feita para “testar” a intolerância, quando descobrimos que
existe mesmo problema com glúten, indica-se manter a abstinência por um
tempo muito mais longo. Esse tempo dependerá de cada caso, e deve ser
discutido com o profissional e o paciente.
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