Nova técnica faz com que o tecido cardíaco se repare sozinho







Uma equipe de pesquisadores americanos desenvolveu uma plataforma de engenharia de tecidos capaz de “remendar” um coração. A técnica poderia melhorar o tratamento de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares.
O novo método é uma terapia celular revolucionária que trata danos no coração causados por ataques cardíacos, conhecidos como infarto do miocárdio.
Para isso, os pesquisadores extraíram as células do miocárdio, que é um músculo do coração humano, e deixaram uma “armação” de proteína que é preenchida com células progenitoras mesenquimais humanas, que são células-tronco que se diferenciam em outros tipos celulares.
A armação também possui propriedades mecânicas e uma arquitetura sólida. Os pesquisadores criaram “adesivos” que foram colocados no tecido cardíaco danificado, onde lançaram as proteínas que incentivaram o tecido original a se “auto reparar”, bem como estimularam o crescimento de novos vasos sanguíneos.
A plataforma controlável também tornou mais fácil encontrar “mecanismos de sinalização”, que ajudam o processo de reparação. A nova técnica usa pela primeira vez duas células de reparo humano – que foram condicionadas em cultura in vitro – para melhorar o fluxo sanguíneo e revascularizar o tecido infartado, e uma armação totalmente biológica, para melhorar a sobrevivência da célula.
Muitas dessas células morrem devido a problemas como fornecimento de sangue, mas agora, os pesquisadores podem “remendar” o coração para incentivar o crescimento celular.
A plataforma é adaptável e os engenheiros acreditam que poderia ser facilmente estendida para trabalhar com outros tipos de células-tronco humanas.
Segundo os pesquisadores, “instruir” as células para formarem tecidos humanos, fornecendo-lhes o ambiente certo, é fantástico. As células são os verdadeiros engenheiros; eles apenas projetam os ambientes para que elas possam fazer seu trabalho.
Como esses ambientes precisam imitar o ambiente nativo de desenvolvimento das células, o progresso no campo é impulsionado pelo trabalho interdisciplinar de bioengenheiros, biólogos especializados em célula-tronco, e clínicos.
Ao permitir a regeneração e renovação de tecidos danificados, o estudo pode ajudar as pessoas a viverem mais e melhor. O próximo passo é criar um “reparador” contrátil cardíaco que possa tratar os compartimentos vascular e muscular do músculo cardíaco através de células-tronco humanas.
Eventualmente, os pesquisadores acreditam que as plataformas controláveis serão utilizadas em cirurgias para detectar mecanismos de sinalização que tenham a ver com o processo de reparação do coração. [DailyTech]

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