Três porções 18/10/2012
Seis em cada dez brasileiras acreditam que apenas um copo de leite por dia é suficiente.
Leite e derivados previnem a perda de massa óssea, mas atividade física também é necessária.
Seis em cada dez brasileiras acreditam que apenas um copo de leite
por dia é suficiente para prevenir a osteoporose, aponta pesquisa
divulgada pela Associação Brasileira de Avalição Óssea e
Osteometabolismo (Abrasso). Mas a quantidade necessária de consumo de
leite e derivados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é
maior: pelo menos três porções diárias.
O levantamento da Abrasso, que avalia o nível de informação da população sobre a doença, mostra que houve avanço no conhecimento sobre a osteoporose, mas as medidas de prevenção ainda não são adotadas como deveriam.
— Na comparação com uma pesquisa feita em 2007, o grau de consciência aumentou muito, considerando que apenas 30% conheciam a doença e as medidas de prevenção. Agora, 60% sabem do que se trata e como prevenir, mas isso ainda não foi transformado em atitudes — avalia o diretor da Abrasso, Marcelo Pinheiro.
Para essa pesquisa, encomendada ao Ibope, foram entrevistadas 2 mil pessoas em todas as regiões metropolitanas do país. O estudo mostra que menos de 20% das mulheres com mais de 45 anos consomem as três porções de leite e derivados recomendadas diariamente. Entre as que têm menos de 45 anos, o percentual não chega a 10%. O cálcio presente nesses alimentos previne a perda de massa óssea que caracteriza a osteoporose, conhecida como doença dos ossos porosos.
A aposentada Lucy Caldonazzi, de 90 anos, convive há 17 anos com a doença e, só depois do diagnóstico, passou a se preocupar com um consumo adequado de produtos que contêm cálcio.
— Agora, como bastante leite, queijo e iogurte — disse.
Lucy conta que, apesar de ter trabalhado como massagista com especialidade em coluna, nunca atentou para os cuidados com os ossos na juventude. Fazia atividade física "quando dava", destaca como uma das medida que poderiam ter ajudado a prevenir a osteoporose. Dentre as entrevistadas pela pesquisa, 72% das que têm mais de 45 anos são sedentárias.
Prevenção desde a infância
A pesquisa da Abrasso aponta que 70% das mulheres com mais de 45 anos desconhecem a necessidade de que a prevenção tenha início na infância.
— Essa ação deveria ser pensada como política pública para ampliar a prevenção à doença, tendo em vista que hábitos adquiridos na infância costumam ser adotados por toda a vida — defende Marcelo Pinheiro.
Ele explica que o pico ósseo ocorre por volta dos 30 anos, quando, a partir de então, há uma perda óssea natural.
Outro resultado que preocupa os especialistas é que quase a totalidade das entrevistadas, 96%, associa a doença à dor, fazendo com que muitas dessas mulheres façam exames diagnósticos tardiamente. Pinheiro explica que a doença é silenciosa, muitas vezes identificada somente com a primeira fratura.
De acordo com a Internacional Osteoporosis Foudation (IOF), as fraturas em decorrência da osteoporose devem crescer 32% até 2050, considerando o processo de envelhecimento da população brasileira. Para Pinheiro, esse dado ganha destaque ainda maior diante dos resultados da pesquisa da Abrasso, tendo em vista que as medidas de prevenção ainda não são adotadas de forma generalizada pela população.
Dentre as medidas que seriam necessárias, ele aponta a ampliação do acesso ao exame de densitometria óssea e uma melhor qualificação dos médicos para o diagnóstico precoce da doença. Outro levantamento da Abrasso mostra que dos 1.717 equipamentos para o exame em funcionamento atualmente, apenas 367 estão Sistema Único de Saúde (SUS). Também há grande disparidade do ponto de vista regional, já que a maior parte dos aparelhos, 1.222 do total, está localizada nas regiões Sul e Sudeste.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/10/brasileiras-desconhecem-necessidade-diaria-de-calcio-para-prevenir-osteoporose-3921992.html
O levantamento da Abrasso, que avalia o nível de informação da população sobre a doença, mostra que houve avanço no conhecimento sobre a osteoporose, mas as medidas de prevenção ainda não são adotadas como deveriam.
— Na comparação com uma pesquisa feita em 2007, o grau de consciência aumentou muito, considerando que apenas 30% conheciam a doença e as medidas de prevenção. Agora, 60% sabem do que se trata e como prevenir, mas isso ainda não foi transformado em atitudes — avalia o diretor da Abrasso, Marcelo Pinheiro.
Para essa pesquisa, encomendada ao Ibope, foram entrevistadas 2 mil pessoas em todas as regiões metropolitanas do país. O estudo mostra que menos de 20% das mulheres com mais de 45 anos consomem as três porções de leite e derivados recomendadas diariamente. Entre as que têm menos de 45 anos, o percentual não chega a 10%. O cálcio presente nesses alimentos previne a perda de massa óssea que caracteriza a osteoporose, conhecida como doença dos ossos porosos.
A aposentada Lucy Caldonazzi, de 90 anos, convive há 17 anos com a doença e, só depois do diagnóstico, passou a se preocupar com um consumo adequado de produtos que contêm cálcio.
— Agora, como bastante leite, queijo e iogurte — disse.
Lucy conta que, apesar de ter trabalhado como massagista com especialidade em coluna, nunca atentou para os cuidados com os ossos na juventude. Fazia atividade física "quando dava", destaca como uma das medida que poderiam ter ajudado a prevenir a osteoporose. Dentre as entrevistadas pela pesquisa, 72% das que têm mais de 45 anos são sedentárias.
Prevenção desde a infância
A pesquisa da Abrasso aponta que 70% das mulheres com mais de 45 anos desconhecem a necessidade de que a prevenção tenha início na infância.
— Essa ação deveria ser pensada como política pública para ampliar a prevenção à doença, tendo em vista que hábitos adquiridos na infância costumam ser adotados por toda a vida — defende Marcelo Pinheiro.
Ele explica que o pico ósseo ocorre por volta dos 30 anos, quando, a partir de então, há uma perda óssea natural.
Outro resultado que preocupa os especialistas é que quase a totalidade das entrevistadas, 96%, associa a doença à dor, fazendo com que muitas dessas mulheres façam exames diagnósticos tardiamente. Pinheiro explica que a doença é silenciosa, muitas vezes identificada somente com a primeira fratura.
De acordo com a Internacional Osteoporosis Foudation (IOF), as fraturas em decorrência da osteoporose devem crescer 32% até 2050, considerando o processo de envelhecimento da população brasileira. Para Pinheiro, esse dado ganha destaque ainda maior diante dos resultados da pesquisa da Abrasso, tendo em vista que as medidas de prevenção ainda não são adotadas de forma generalizada pela população.
Dentre as medidas que seriam necessárias, ele aponta a ampliação do acesso ao exame de densitometria óssea e uma melhor qualificação dos médicos para o diagnóstico precoce da doença. Outro levantamento da Abrasso mostra que dos 1.717 equipamentos para o exame em funcionamento atualmente, apenas 367 estão Sistema Único de Saúde (SUS). Também há grande disparidade do ponto de vista regional, já que a maior parte dos aparelhos, 1.222 do total, está localizada nas regiões Sul e Sudeste.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/10/brasileiras-desconhecem-necessidade-diaria-de-calcio-para-prevenir-osteoporose-3921992.html
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