16/06/2013
O marido Alexandre e Josiane: "ele é o meu principal incentivador
Josiane Brezolin, de 30 anos, convive com a doença há quase dois anos.
Diagnóstico rápido e tratamento ajudam a reduzir efeitos da degeneração.
“Convivo com a doença e levo uma vida normal há quase dois anos. Às
vezes até esqueço do problema. Só me lembro por causa da injeção que
tomo uma vez por semana”, garante a recepcionista de hotel Josiane
Brezolin, de 30 anos, que descobriu ser portadora de Esclerose Múltipla
em janeiro de 2012. “Quero ter dois filhos e ainda viver muito”,
completa ao reforçar a importância do diagnóstico rápido e do tratamento
contínuo. Casada desde fevereiro, tem no marido, Alexandre Rios, o
principal incentivador.
Desde os primeiros sinais da doença até a confirmação do diagnóstico,
conta Josiane, foram 16 meses. “Perdi temporariamente a visão do olho
esquerdo e sentia muita dor. Somente o segundo oftalmologista que
procurei desconfiou da doença e me pediu uma ressonância magnética.
Mesmo assim, não foi possível diagnosticar. Só fomos ter certeza depois
que apresentei o segundo sintoma. Tive um formigamento no braço direito,
que se estendeu pelo pescoço e um lado do rosto. Outro exame então
revelou a Esclerose.”
Convivo com a doença e levo uma vida normal há quase dois anos. Às vezes até esqueço do problema"
Josiane Brezolin, 30 anos, portadora de Esclerose Múltipla.
A doença degenerativa não tem cura e as causas ainda não são certas.
“Por enquanto sabemos apenas que tem maior incidência entre mulheres,
pessoas brancas e com idade entre 20 e 40 anos”, observa o neurologista
Jefferson Becker, professor da Universidade Luterana do Brasil e
coordenador do Programa de Neuroimunologia do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul.
A Esclerose Múltipla, explica, nem sempre é facilmente diagnosticada e os sintomas, que aparecem e desaparecem espontaneamente, faz com que as pessoas ignorem que possam estar doentes. “A doença se apresenta de algumas formas não muito claras como fadiga, dificuldade de controlar a urina, dores nos olhos, visão embaçada, com perda instantânea ou definitiva, e formigamentos pelo corpo, principalmente nos braços e pernas.”
O diagnóstico só é possível por meio de ressonância magnética, a qual indica as partes do cérebro afetadas pelas lesões características da doença. “Com o passar do tempo, os surtos - como são chamados as manifestações esporádicas de alguns sintomas – vão se tornando cada vez mais frequentes e com sequelas quase irreversíveis, como a perda da capacidade de enxergar, falar e até andar”, aponta.
Segundo Josiane, a família tem sido fundamental no convívio com a doença.A Esclerose Múltipla, explica, nem sempre é facilmente diagnosticada e os sintomas, que aparecem e desaparecem espontaneamente, faz com que as pessoas ignorem que possam estar doentes. “A doença se apresenta de algumas formas não muito claras como fadiga, dificuldade de controlar a urina, dores nos olhos, visão embaçada, com perda instantânea ou definitiva, e formigamentos pelo corpo, principalmente nos braços e pernas.”
O diagnóstico só é possível por meio de ressonância magnética, a qual indica as partes do cérebro afetadas pelas lesões características da doença. “Com o passar do tempo, os surtos - como são chamados as manifestações esporádicas de alguns sintomas – vão se tornando cada vez mais frequentes e com sequelas quase irreversíveis, como a perda da capacidade de enxergar, falar e até andar”, aponta.
Incidência e tratamento
Estima-se que no país cerca de 30 mil pessoas tenham a doença já diagnosticada. Uma pesquisa produzida pelo Instituto Ipsos Healthcare, revela que a maior parte dos portadores de Esclerose Múltipla está concentrada nos estados do sul e sudeste do país. “Há indícios de que a doença esteja relacionada à predisposição genética e que é desencadeada por fatores como a falta de vitamina D. A menor incidência de sol também estaria relacionada a estes fatores de risco”, afirma Becker.
Ainda segundo o especialista que participou do 14ª Encontro Anual do
Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla,
realizado em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná,
entre os dias 12 e 15 de junho, medicamentos cada vez mais eficazes
garantem maior qualidade de vida aos pacientes, aumentando o tempo entre
os surtos e diminuindo as sequelas. “Os mais eficientes, disponíveis no
Brasil desde 2006, são os injetáveis. A expectativa agora é pela
aprovação dos administrados via oral, que tem mais aceitação entre os
pacientes, e pela inclusão na lista dos remédios fornecidos pelo Sistema
Único de Saúde.” Por mês, o tratamento custa em média de R$ 5 mil a R$
10 mil.
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