22 de junho de 2013
POUCA EXPOSIÇÃO À LUZ SOLAR CONTRIBUI PARA A ALTA TAXA DE DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D ENTRE OS GAÚCHOS.
Ficar alguns minutos do dia exposto ao sol não é mais parte da rotina de
muita gente. O estilo de vida das grandes cidades, com escritórios
fechados e pessoas vivendo por trás de vidraças, parece que nos fez
esquecer da importância de estar em contato com a luz solar, principal
fonte de vitamina D para o organismo.
Recente estudo desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) pode servir de alerta para esse esquecimento. A pesquisa apontou que as mulheres de Porto Alegre, acima dos 60 anos, apresentam os piores índices de vitamina D no país: mais de 80% delas têm deficiência da substância no organismo.
– Aprendemos muito sobre os malefícios do sol, como o câncer de pele e o envelhecimento cutâneo, mas esquecemos que a gente também precisa dele, justamente pela vitamina D, que é um hormônio fundamental – explica uma das autoras do estudo, a endocrinologista e membro da SBEM Marise Lazaretti.
A falta de vitamina D prejudica principalmente a saúde óssea, pois o organismo tira cálcio do osso para manter o nível da substância no sangue. Desta forma, agrava o risco doenças como reumatismo, artrite, artrose e, principalmente, osteoporose. Nas mulheres em fase de pós-menopausa, é ainda maior, em função do desequilíbrio hormonal. Além disso, existem estudos que relacionam a falta de vitamina D ao risco de outras doenças como câncer de mama, de colo, de próstata, diabetes e doenças cardiovasculares.
Recente estudo desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) pode servir de alerta para esse esquecimento. A pesquisa apontou que as mulheres de Porto Alegre, acima dos 60 anos, apresentam os piores índices de vitamina D no país: mais de 80% delas têm deficiência da substância no organismo.
– Aprendemos muito sobre os malefícios do sol, como o câncer de pele e o envelhecimento cutâneo, mas esquecemos que a gente também precisa dele, justamente pela vitamina D, que é um hormônio fundamental – explica uma das autoras do estudo, a endocrinologista e membro da SBEM Marise Lazaretti.
A falta de vitamina D prejudica principalmente a saúde óssea, pois o organismo tira cálcio do osso para manter o nível da substância no sangue. Desta forma, agrava o risco doenças como reumatismo, artrite, artrose e, principalmente, osteoporose. Nas mulheres em fase de pós-menopausa, é ainda maior, em função do desequilíbrio hormonal. Além disso, existem estudos que relacionam a falta de vitamina D ao risco de outras doenças como câncer de mama, de colo, de próstata, diabetes e doenças cardiovasculares.
Problema presente em todo o Brasil
Segundo o endocrinologista Henrique Pierotti Arantes, outro autor do estudo, a pesquisa aponta para uma correlação direta entre a baixa latitude de Porto Alegre e a deficiência de vitamina D. A pele mais clara das gaúchas é um favor que contribui:
– A incidência dos raios solares no Sul não favorece a síntese da vitamina, o que fica ainda mais difícil no outono e no inverno, estações com menos luz. Ainda assim, percebemos que mesmo em cidades em latitude mais alta, como Recife, há deficiência de vitamina D entre as mulheres, o que indica que este é um problema presente em todo o país.
15 A 20 MINUTOS de sol todos os dias, sem protetor solar, é o recomendado para manter o nível adequado de vitamina D. E não pode ser qualquer sol. Segundo a endocrinologista Marise Lazaretti, ainda não está comprovado se o sol da manhã é suficiente. O ideal para a boa síntese é aquele que deixa a pele avermelhada, diz ela, que aconselha passar protetor solar no rosto e deixar braços e pernas expostos.
SUPLEMENTAÇÃO.
Para idosos, o tempo de exposição precisa ser ainda maior, pois quanto
mais envelhecida a pele, menos eficiente ela é para produzir a vitamina
D. Entretanto, o cuidado com a prevenção do câncer de pele e dos outros
malefícios do sol não pode ser deixado para trás. A saída pode ser a
suplementação de vitamina.
– Sabemos que 99% da população brasileira não consomem a dose mínima de vitamina D pela dieta, especialmente porque os alimentos não fornecem os índices necessários. É preciso, portanto, rever as políticas públicas de acesso à vitamina D, fortificando alimentos como sucos e leite ou, ainda, fornecendo suplementos pelo Sistema Único de Saúde, especialmente para os idosos e os pacientes de risco – defende Henrique Pierotti Arantes.
O uso de suplementação foi a solução encontrada pela dona de casa Maria da Graça Keiserman, 60 anos, de Porto Alegre. Diagnosticada com artrose e osteoporose após a menopausa, um exame de sangue apontou a deficiência da vitamina.
– Percebemos que, mesmo tomando sol regularmente, havia uma deficiência. Optamos por tomar o suplemento e conseguimos equilibrar – conta.
A cautela de Maria de Graça em consumir o suplemento somente com orientação médica serve de exemplo.
– O melhor a fazer é sempre procurar o seu médico, especialmente para quem tem problemas ósseos ou passou da menopausa. Ele vai avaliar estilo de vida e histórico e determinar com segurança se o suplemento é mesmo a melhor solução – pondera o reumatologista e professor da UFRGS Odirlei Monticielo.
– Sabemos que 99% da população brasileira não consomem a dose mínima de vitamina D pela dieta, especialmente porque os alimentos não fornecem os índices necessários. É preciso, portanto, rever as políticas públicas de acesso à vitamina D, fortificando alimentos como sucos e leite ou, ainda, fornecendo suplementos pelo Sistema Único de Saúde, especialmente para os idosos e os pacientes de risco – defende Henrique Pierotti Arantes.
O uso de suplementação foi a solução encontrada pela dona de casa Maria da Graça Keiserman, 60 anos, de Porto Alegre. Diagnosticada com artrose e osteoporose após a menopausa, um exame de sangue apontou a deficiência da vitamina.
– Percebemos que, mesmo tomando sol regularmente, havia uma deficiência. Optamos por tomar o suplemento e conseguimos equilibrar – conta.
A cautela de Maria de Graça em consumir o suplemento somente com orientação médica serve de exemplo.
– O melhor a fazer é sempre procurar o seu médico, especialmente para quem tem problemas ósseos ou passou da menopausa. Ele vai avaliar estilo de vida e histórico e determinar com segurança se o suplemento é mesmo a melhor solução – pondera o reumatologista e professor da UFRGS Odirlei Monticielo.
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