30/04/2013
Atleta piracicabano perdeu 33 kg com a prática do triathlon em Piracicaba.
Correr, nadar e pedaladar foram fundamentais para recuperação da doença.
'Motivação e amigos no hospital fizeram o tempo passar rápido', diz analista.
Quando começou a praticar triathlon para perder peso, o analista Felipe
Pedroso Sgrigneiro, de 29 anos, não imaginava que seria surpreendido
pelo diagnóstico de Esclerose Múltipla e que a partir dali sua vida
mudaria. Apesar da doença, a meta do atleta de Piracicaba (SP) é participar do Iron Man em 2014, prova composta por 3,8 quilômetros de natação, 180 de ciclismo e 42 de corrida.
Praticante do esporte desde 2012, Sgrigneiro perdeu 33 quilos e ganhou
em qualidade de vida, segundo o atleta. Mas no início de abril deste
ano, teve uma crise de esclerose e deu entrada no hospital com o braço
esquerdo imóvel e sem conseguir andar pela paralisação na coluna. "Havia
notado sintomas da doença anos antes, porém nunca nenhum médico havia
descoberto o problema", disse o analista.
Animação no hospital
A motivação foi essencial para a superação do atleta. Ainda na ambulância, Sgrigneiro postava fotos nas redes sociais do que acontecia. Enquanto estava internado, as visitas dos amigos e da família e até a morfina, que seria tomada para amenizar a dor, eram retratadas pelo atleta com fotos tiradas pelo celular. O aniversário foi comemorado no hospital, com bolo e balões.
Para o atleta, ficar uma semana internado foi um ‘divisor de águas’.
“Mudei meu modo de ver a vida, de tratar as pessoas. Se eu já era
determinado, me tornei ainda mais”, afirmou Sgrigneiro.
Esporte será parte do tratamento da esclerose
“Eu pude escolher como seria meu período internado. Aquele era o meu
caminho, eu tinha que passar por ali, então resolvi fazê-lo com
alegria”, contou Sgrigneiro, que disse que tratou o hospital como um
'spa'.
Início no esporte
Antes de começar a correr, pedalar e nadar, Sgrigneiro pesava 114 quilos e foi com muita força de vontade que perdeu 33 quilos. “No começo, todo mundo tirava sarro de mim por eu ser pesado daquele jeito e estar correndo, mas depois que comecei, não consegui mais parar”, contou o atleta, que completou a São Silvestre em 2012 mesmo com um dos pés lesionado. Ele chegou a pesar 81 quilos, mas hoje a balança marca 88 quilos devido ao período de internação hospitalar.
Doença + esporte
Sgrigneiro terá que conviver com a esclerose pelo resto da vida. Além da medicação diária, ele agora precisa evitar o sol, pois o calor excessivo ‘acorda’ as lesões da doença.
De acordo com o analista, a vida de atleta levada por ele foi o que
amenizou os efeitos que a esclerose poderia ter deixado após a crise. O
atleta afirmou que, segundo os médicos, o esporte agora é necessário
para evitar mais problemas relacionados à doença.
Liberado pelo médico para voltar a treinar nesta segunda-feira (29),
Sgrigneiro segue uma rotina disciplinada de alimentação e exercícios.
Pedala às 6h e corre à noite, para evitar o sol, além de alternar os
dois treinos com a natação.
Visitas e motivação ajudaram no tratamento do atleta no hospital, em Piracicaba.
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