MÃE DE ADOLESCENTE COM DISTROFIA RECLAMA RECLAMA DO AUXILIO RECEBIDO EM MG

03/06/2014 

Mãe precisa de ajuda para cuidar dos três filhos
com distrofia.
Segundo mãe, suplementos necessários para filhos vêm pela metade.
Prefeitura de Juiz de Fora diz que suplementos foram entregues certos.

Três irmãos adolescentes que tem distrofia muscular progressiva enfrentam dificuldade com a falta de amparo por parte do sistema de saúde em Juiz de Fora. A mãe deles reclama que a Prefeitura não envia os suplementos necessários. 

A administração respondeu que os medicamentos já foram enviados e são suficientes para um mês.

A distrofia muscular progressiva leva a degeneração dos músculos do corpo. Um dos principais itens da dieta necessária para os pacientes são suplementos indicados pelos especialistas. Mas a mãe dos adolescentes, a dona de casa Marlene Miranda Ribeiro, disse que a Prefeitura não manda a quantidade suficiente. Paulinho, o mais velho dos irmãos, já perdeu três quilos. “No princípio, estava vindo tudo certinho. Depois começou a vir pela metade. E não adianta tomar a metade, tem que tomar 60 unidades por mês”, explicou Marlene.

Segundo ela, Lucas e Rodrigo ainda têm algum tipo de conforto com a cadeira de rodas, mas o mesmo não acontece com Paulinho. Além de não ser mais adequada às necessidades atuais do adolescente, a cadeira de rodas é antiga e está com várias partes quebradas. Para conseguir uma nova, Marlene precisou recorrer à Justiça em agosto do ano passado.

 “Até agora, não consegui nada. O juiz deu causa ganha. Eles mandaram a foto do Paulinho para São Paulo, mas a firma falou que a cadeira de rodas não era adequada para ele. Eles queriam passar uma cadeira de alumínio barata. A fisioterapeuta não aceitou. Agora o processo está arquivado na Secretaria de Saúde”, reclamou.

De três em três meses, Marlene precisa viajar a Belo Horizonte para dar continuidade ao tratamento dos filhos. Para isso, depende de um carro de apoio. “Estou muito sem esperança. São poucos que me ajudam. Mas o amor e o sorriso dos meus filhos já me bastam”, desabafou.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde, os suplementos foram repassados para os filhos de Marlene nesta segunda-feira (2). Segundo a pasta, a quantidade é suficiente para um mês. 

Sobre o processo relativo à cadeira de rodas, a Secretaria informou que a compra já foi providenciada e licitada, mas a empresa vencedora alegou não ter condições de produzir o equipamento conforme o definido pelo profissional médico que fez a solicitação. 

Ainda segundo a assessoria, o caso foi encaminhado à Justiça pela Secretaria de Saúde informando a inadequação no processo e solicitando autorização para que uma nova licitação fosse realizada.

 "A nova empresa vencedora do processo licitatório entrará em contato com o usuário para que ele vá até a cidade onde a fabricação da cadeira será feita, no estado de São Paulo, para que sejam tiradas as medidas do paciente, já que a cadeira deve ser feita sob medida. 

A Secretaria de Saúde vai providenciar a ida de Paulo Henrique até a sede da empresa por meio do Serviço de Transporte Fora de Domicílio para que o processo de confecção do produto seja finalizado e a compra finalizada com a maior rapidez", diz o texto.


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