PESQUISADORES BRASILEIROS TESTAM VACINA CONTRA MALÁRIA

26/04/2012


Intuito é que vacina proteja contra malária e febre amarela ao mesmo tempo.

O Instituto Oswaldo Cruz e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já estão testando em animais algumas formulações que poderão levar ao desenvolvimento de uma vacina contra a malária no Brasil. As duas instituições representam o Centro de Referência do Ministério da Saúde para Malária Fora da Região Amazônica.

Conforme o chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz, Cláudio Ribeiro, os pesquisadores querem chegar a uma vacina que protegeria ao mesmo tempo contra a malária e a febre amarela.

No Brasil, em 2011, foram registrados 263 mil casos de malária contra 320 mil no ano anterior, sendo que a Amazônia concentra 99,7% dos casos. De acordo com Ribeiro, embora ocorram poucos casos fora da área de transmissão, proporcionalmente, a doença mata mais fora da região amazônica do que dentro.

Fora da Amazônia, o médico não pensa no diagnóstico e confunde a doença com dengue e outras síndromes febris — justifica Ribeiro.

A Fiocruz e o Instituto Evandro Chagas abrigam dois centros de primatologia, onde são desenvolvidos estudos para o desenvolvimento de vacinas que podem salvar vidas de pacientes com malária.

Passada a fase de testes da nova vacina em animais, a ideia é entrar em ensaios clínicos. Segundo Ribeiro, os testes clínicos serão efetuados com voluntários, visando a verificar a inocuidade, ou seja, se a substância que vai ser injetada não faz mal a quem a recebe. Em seguida, os pesquisadores observam se há uma resposta imunológica do paciente e se essa resposta é forte o suficiente para proteger o indivíduo da infecção. Então, poderão ser feitos ensaios em populações.

De acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 milhões de casos de malária são registrados a cada ano no mundo, com cerca de 600 mil a 700 mil mortes. Dessas, 80% são crianças com menos de cinco anos e mais de 90% estão na África, abaixo do deserto do Saara.

Voluntário morto em Moçambique pode ter sido vítima da doença
Desde domingo, a família de Marcelo Tosin Furlanetto, de Garibaldi, vive um drama: a espera pelo corpo do jovem de 23 anos, que morreu em Moçambique, na África, onde fazia trabalho voluntário. Os pais acreditam que a causa da morte tenha sido a malária.

Filho único de Honório e Sara Furlanetto, Marcelo viajou para Moçambique em 10 de março. Ensinava conceitos ambientais e sustentáveis e lecionava música para adolescentes de 12 a 15 anos. Não há previsão para a chegada do corpo ao Brasil, conforme a assessoria de imprensa do Itamaraty.

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