21 de abril de 2012
Apreciar obras clássicas pode evitar a rejeição do organismo a tecidos e órgãos transplantados.
Ouvir peças e óperas clássicas é um hábito que proporciona momentos de relaxamento. O que muitos amantes da música não imaginam é que o efeito dessas composições ultrapassa o puro prazer. Além de combater problemas como ansiedade e desconforto físico, como já demonstrado em alguns estudos, obras como La Traviata e peças de Mozart podem ajudar a diminuir a rejeição a órgãos transplantados. Por mais estranha que a ideia pareça, essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada em ratos de laboratório e publicada na mais recente edição do Journal of Cardiothoracic Surgery. Outro efeito do som harmonioso, de acordo com a mesma investigação, realizada no Japão, seria o fortalecimento do sistema imunológico.
Masateru Uchiyama, pesquisador da Universidade de Jutendo e chefe do estudo, diz que a música tem papel importante na cultura humana. Por isso, muitos cientistas estudam seus efeitos psicológicos, com resultados surpreendentes.
– A música pode melhorar o raciocínio lógico, reduzir o estresse, trazer sentimentos de conforto e relaxamento, promover a distração de uma dor e melhorar os resultados da terapia clínica – destaca o cientista.
De acordo com o imunologista Paulo Soares, há um dado consistente: o sistema imunológico é complexo e interage com o ambiente. Devido a isso, é plausível que ele esteja ligado a outras variáveis, além da música, que podem acalmar ou relaxar.
– O artigo especula que a música agiu no sistema dopaminérgico, ligado a vários centros de prazer e bem-estar do corpo. Provavelmente, o mecanismo pelo qual o som diminuiu o ataque ao coração está relacionado a esse sistema.
Para Soares, a grande questão que gira em torno do transplante é modular as células defensoras para que elas entendam que o tecido estranho não é agressor. Sempre que uma pessoa recebe um transplante, o sistema imunológico é acionado. O estudo comprovou que a música clássica pode diminuir a atividade do organismo, atuando como uma espécie de anti-inflamatório.
Masateru Uchiyama, pesquisador da Universidade de Jutendo e chefe do estudo, diz que a música tem papel importante na cultura humana. Por isso, muitos cientistas estudam seus efeitos psicológicos, com resultados surpreendentes.
– A música pode melhorar o raciocínio lógico, reduzir o estresse, trazer sentimentos de conforto e relaxamento, promover a distração de uma dor e melhorar os resultados da terapia clínica – destaca o cientista.
De acordo com o imunologista Paulo Soares, há um dado consistente: o sistema imunológico é complexo e interage com o ambiente. Devido a isso, é plausível que ele esteja ligado a outras variáveis, além da música, que podem acalmar ou relaxar.
– O artigo especula que a música agiu no sistema dopaminérgico, ligado a vários centros de prazer e bem-estar do corpo. Provavelmente, o mecanismo pelo qual o som diminuiu o ataque ao coração está relacionado a esse sistema.
Para Soares, a grande questão que gira em torno do transplante é modular as células defensoras para que elas entendam que o tecido estranho não é agressor. Sempre que uma pessoa recebe um transplante, o sistema imunológico é acionado. O estudo comprovou que a música clássica pode diminuir a atividade do organismo, atuando como uma espécie de anti-inflamatório.
Musicoterapia
João Negreiro Tebyriçá, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), acredita que o artigo abre a possibilidade para a musicoterapia ser um elemento auxiliar na receptividade ao transplante.
– O mais interessante do estudo é que eles conseguiram medir a intervenção. Houve uma influência nas células que são ligadas ao processo de aceitação do órgão, que são chamadas de reguladoras; elas são importantes na prevenção de processos alérgicos e doenças autoimunes – afirma.
– O mais interessante do estudo é que eles conseguiram medir a intervenção. Houve uma influência nas células que são ligadas ao processo de aceitação do órgão, que são chamadas de reguladoras; elas são importantes na prevenção de processos alérgicos e doenças autoimunes – afirma.
Emoções
Nelso Barreto, musicoterapeuta, explica que a música afeta diretamente o cérebro, tanto para o lado positivo, como para o negativo, influenciando as funções cognitivas.
– A música age no sistema límbico, responsável pelas emoções, mas envolve quase todas as regiões. Pode-se exemplificar isso da seguinte forma: ao escutar um som qualquer, ativam-se as estruturas subcorticais; se for um som ou uma música conhecida, ativa-se a memória. Ao se cantar uma canção, o cerebelo que é ativado”.
– A música age no sistema límbico, responsável pelas emoções, mas envolve quase todas as regiões. Pode-se exemplificar isso da seguinte forma: ao escutar um som qualquer, ativam-se as estruturas subcorticais; se for um som ou uma música conhecida, ativa-se a memória. Ao se cantar uma canção, o cerebelo que é ativado”.
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