28/04/2012
Este pode ser o elo que faltava para explicar fisiologicamente o fenômeno da plasticidade cerebral.
Elo mente-cérebro.
Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, descobriram uma nova célula-tronco no cérebro adulto.
Estas células podem se multiplicar e formar vários tipos de células diferentes - mais importante, elas podem formar novas células cerebrais.
Este pode ser o elo que faltava para explicar fisiologicamente o fenômeno da plasticidade cerebral, um fenômeno físico no cérebro que pode ser induzido voluntariamente ou por práticas como a meditação.
Agora os pesquisadores esperam usar essa descoberta usar para desenvolver terapias que possam reparar doenças e danos ao cérebro.
Células-tronco para curar o cérebro
Analisando tecidos cerebrais a partir de biópsias, os pesquisadores encontraram as células-tronco em torno de pequenos vasos sanguíneos no cérebro.
A função específica dessas células, cuja existência era desconhecida até agora, ainda não está clara, mas suas propriedades plásticas sugerem um grande potencial.
Um tipo de célula semelhante foi identificado em vários outros órgãos, com capacidade para promover a regeneração de músculos, ossos, cartilagens e tecido adiposo.
O mais interessante é a capacidade da nova célula-tronco de formar neurônios.
Em outros órgãos, os cientistas identificaram indícios claros de que estes tipos de células-tronco contribuem para reparar tecido e cicatrizar ferimentos.
A Dra. Gesine Paul-Visse e seus colegas sugerem que essas propriedades curativas também possam se aplicar ao cérebro.
Explicação da plasticidade
O próximo passo é tentar controlar e otimizar a capacidade de cura das células-tronco cerebrais com o objetivo de desenvolver terapias dirigidas a uma área específica do cérebro.
"Nossos resultados mostram que a capacidade da célula é muito maior do que se pensava inicialmente, e que essas células são muito versáteis," disse a Dra. Visse.
"O mais interessante é a sua capacidade de formar neurônios, mas elas também podem se desenvolver em outros tipos de células. Os resultados contribuem para uma melhor compreensão de como funciona a plasticidade das células do cérebro, e abre novas oportunidades para explorar esses recursos."
"Nós esperamos que nossa descoberta melhore e aumente a compreensão dos mecanismos naturais de reparação do cérebro. O objetivo final é fortalecer esses mecanismos e desenvolver novos tratamentos que possam reparar o cérebro doente," concluiu a pesquisadora.
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