IMPLANTES MAIS POPULARES

19 de novembro de 2011 |

Cerca de 50% da população brasileira carece de tratamento.

A falta de dentes afeta 30 milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde. Desses, 8 milhões precisam de prótese dentária completa – a conhecida dentadura. Especialistas afirmam que, além de afetar funcionalidades como a mastigação e a fala, essa situação abala a estética e, consequentemente, a autoestima do indivíduo. Estima-se que pelo menos 50% da população brasileira pode se beneficiar com a utilização dos implantes dentários, tratamento que permite a reposição de um ou vários dentes perdidos. O procedimento surgiu há cerca de 40 anos e hoje, devido a grandes evoluções técnicas, de diagnósticos e materiais, ele é considerado seguro e eficiente quando bem planejado e executado.

Porém, apesar da sua popularidade, há um grande desconhecimento sobre o assunto. A falta de informação e esclarecimentos sobre implantes levam muitos pacientes a tratamentos errados e ineficientes.

O bom resultado do tratamento depende de um conjunto de fatores como um bom exame clínico, o diagnóstico por imagens adequado e um planejamento bem detalhado. Tudo isso vai possibilitar o sucesso do implante, tanto na parte estética quanto no que diz respeito à eficiência de mastigação e facilidade de higienização – afirma o cirurgião-dentista Waldemar Polido.

Segundo o especialista em implantes Gabriel Lembo, a alternativa é indicada para a perda total ou parcial dos dentes em qualquer idade. Não tem contraindicação e pode ser usado até mesmo por pacientes cardíacos ou diabéticos, por exemplo. Em caso de paciente com doenças sistêmicas, a avaliação é ainda mais rigorosa – ressalta.

 Tire suas dúvidas.


Quando é preciso fazer um implante? Quais são as causas?


Sempre que se perde um dente, o implante é a primeira opção de restauração. As causas das perdas dentárias são várias: agenesias (perdas congênitas), acidentes, doenças periodontais (perda das estruturas de suporte dos dentes, osso e gengiva, as gengivites e periodontites), tratamentos antigos com falhas (fraturas na raiz dentária, cárie na raiz, falha em tratamentos de canal, próteses antigas com defeitos estéticos ou de adaptação) são as mais comuns.


Quais os passos para o tratamento?


Primeiramente, é preciso fazer o exame clínico e o diagnóstico por imagens adequado. Depois, o tratamento passa por quatro fases: planejamento, que envolve avaliação da saúde geral da pessoa, um estudo da posição e estética dos futuros dentes, análise do osso e gengiva e das condições de saúde bucal. Nessa fase, se realizam moldes e são estudadas as imagens radiográficas e tomográficas. A seguir, ocorre a cirurgia para a colocação do implante (pino de titânio) no osso, exatamente no local planejado para o futuro dente. Ela pode ser feita sob anestesia local simples.
Após a cicatrização (em torno de quatro a seis semanas), entra-se na terceira etapa, a fase restauradora. É feita uma moldagem do implante e um dente é confeccionado em laboratório, de acordo com a posição da mordida e com a estética bucal. A última fase envolve a manutenção, ou seja, o retorno regular do paciente ao consultório para cuidar e preservar o seu investimento na saúde bucal.


Quais são as novidades e evoluções tecnológicas?


Uma das grandes novidades é a possibilidade de superfícies diferenciadas, que permitem uma cicatrização óssea muito rápida. Hoje, as restaurações podem ser realizadas com segurança de quatro a seis semanas após a colocação do implante. Quando a qualidade óssea é muito boa, pode-se usar também a chamada “carga imediata”, ou seja, os dentes são colocados no mesmo dia da cirurgia, porém, em muitos casos isso aumenta o risco de sobrecarga nos implantes durante o período de cicatrização.

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