Não é normal 28/03/2013
"Segura aí", promovida pela Sociedade
Brasileira de Urologia, leva informações sobre o problema às cidades de
São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
A conscientização da população para a importância de procurar ajuda
médica nos casos de incontinência urinária é o principal objetivo da
campanha "Segura aí", que a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
levará às cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre nesta
quinta-feira.
Nessas capitais, profissionais médicos estarão à disposição do público interessado em saber mais sobre os tipos de incontinência urinária, como prevenir o problema e tratá-lo, de acordo com o chefe do Departamento de Uroneurologia da SBU e coordenador da campanha, Márcio Averbeck.
— A campanha é muito importante, do nosso ponto de vista, porque pode melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Segundo com o especialista, diferente do que muitas pessoas imaginam, as mulheres têm mais chance de desenvolver incontinência urinária do que os homens.
— A proporção é duas mulheres para um homem. Então, as mulheres têm duas vezes mais chances de ter incontinência urinária ao longo da vida do que os homens — explicou Averbeck.
O principal fator anatômico que influencia a possibilidade de perda de controle urinário na mulher é o comprimento da uretra, canal que leva a urina da bexiga até o meio externo, mais curta que no homem, e por isso com menor capacidade de retenção. Em geral, a uretra feminina mede de 3 centímetros (cm) a 4 cm, enquanto a média masculina situa-se entre 18 cm e 20 cm.
Márcio Averbeck disse que outros fatores envolvidos no desenvolvimento da incontinência urinária são as mudanças hormonais da mulher ao longo da existência, como, por exemplo, durante a gestação e no período da menopausa, quando há redução de hormônios.
— Isso pode afetar negativamente a qualidade do colágeno que compõe os ligamentos que mantêm a uretra em posição. Em função das alterações hormonais, a mulher pode ter a ruptura desses ligamentos pélvicos que mantêm a uretra em posição anatômica — explicou.
Averbeck lamentou que no Brasil não haja a cultura de prevenção quando se trata da incontinência urinária.
— É exatamente isso que a SBU quer promover com a campanha: a conscientização da população para adotar medidas comportamentais que façam com que a chance de ocorrência da incontinência urinária seja menor.
Entre as medidas preventivas que podem ser adotadas pelos pacientes, o coordenador da campanha citou os exercícios do assoalho pélvico. Sob a orientação do médico ou do fisioterapeuta, o paciente pode identificar o grupo de músculos a contrair. Isso é feito em geral três vezes por dia, contraindo os músculos durante dez segundos e relaxando por mais dez segundos, em várias sessões.
Outra finalidade da campanha é estimular as pessoas que tenham o problema a procurar ajuda de um urologista, o que não costuma ocorrer com frequência, disse o coordenador da campanha. O principal motivo que ainda hoje leva os pacientes a não procurar ajuda é o tabu, o constrangimento e a vergonha que as pessoas têm de falar sobre o assunto, acentuou.
No caso de mulheres, em especial, pode ocorrer perda de urina durante o ato sexual.
— Isso se chama climatúria. Não é incomum que isso afete até a vida sexual. Às vezes, a pessoa deixa de fazer atividades sociais, deixa de querer ter um convívio social, de querer manter relações com seu parceiro, ou nem mesmo fala para o parceiro que tem incontinência urinária por vergonha e constrangimento.
Outro motivo que impede o paciente de recorrer ao médico é a crença errônea de que perder urina é algo que ocorre normalmente com a idade, ou seja, quando se fica mais velho.
— Isso não é verdade. A gente não precisa obrigatoriamente ficar incontinente na terceira idade.
A terceira desculpa, segundo o médico, para não procurar ajuda, é o desconhecimento das opções de tratamento.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/03/campanha-busca-conscientizar-populacao-sobre-incontinencia-urinaria-4086878.html
Nessas capitais, profissionais médicos estarão à disposição do público interessado em saber mais sobre os tipos de incontinência urinária, como prevenir o problema e tratá-lo, de acordo com o chefe do Departamento de Uroneurologia da SBU e coordenador da campanha, Márcio Averbeck.
— A campanha é muito importante, do nosso ponto de vista, porque pode melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Segundo com o especialista, diferente do que muitas pessoas imaginam, as mulheres têm mais chance de desenvolver incontinência urinária do que os homens.
— A proporção é duas mulheres para um homem. Então, as mulheres têm duas vezes mais chances de ter incontinência urinária ao longo da vida do que os homens — explicou Averbeck.
O principal fator anatômico que influencia a possibilidade de perda de controle urinário na mulher é o comprimento da uretra, canal que leva a urina da bexiga até o meio externo, mais curta que no homem, e por isso com menor capacidade de retenção. Em geral, a uretra feminina mede de 3 centímetros (cm) a 4 cm, enquanto a média masculina situa-se entre 18 cm e 20 cm.
Márcio Averbeck disse que outros fatores envolvidos no desenvolvimento da incontinência urinária são as mudanças hormonais da mulher ao longo da existência, como, por exemplo, durante a gestação e no período da menopausa, quando há redução de hormônios.
— Isso pode afetar negativamente a qualidade do colágeno que compõe os ligamentos que mantêm a uretra em posição. Em função das alterações hormonais, a mulher pode ter a ruptura desses ligamentos pélvicos que mantêm a uretra em posição anatômica — explicou.
Averbeck lamentou que no Brasil não haja a cultura de prevenção quando se trata da incontinência urinária.
— É exatamente isso que a SBU quer promover com a campanha: a conscientização da população para adotar medidas comportamentais que façam com que a chance de ocorrência da incontinência urinária seja menor.
Entre as medidas preventivas que podem ser adotadas pelos pacientes, o coordenador da campanha citou os exercícios do assoalho pélvico. Sob a orientação do médico ou do fisioterapeuta, o paciente pode identificar o grupo de músculos a contrair. Isso é feito em geral três vezes por dia, contraindo os músculos durante dez segundos e relaxando por mais dez segundos, em várias sessões.
Outra finalidade da campanha é estimular as pessoas que tenham o problema a procurar ajuda de um urologista, o que não costuma ocorrer com frequência, disse o coordenador da campanha. O principal motivo que ainda hoje leva os pacientes a não procurar ajuda é o tabu, o constrangimento e a vergonha que as pessoas têm de falar sobre o assunto, acentuou.
No caso de mulheres, em especial, pode ocorrer perda de urina durante o ato sexual.
— Isso se chama climatúria. Não é incomum que isso afete até a vida sexual. Às vezes, a pessoa deixa de fazer atividades sociais, deixa de querer ter um convívio social, de querer manter relações com seu parceiro, ou nem mesmo fala para o parceiro que tem incontinência urinária por vergonha e constrangimento.
Outro motivo que impede o paciente de recorrer ao médico é a crença errônea de que perder urina é algo que ocorre normalmente com a idade, ou seja, quando se fica mais velho.
— Isso não é verdade. A gente não precisa obrigatoriamente ficar incontinente na terceira idade.
A terceira desculpa, segundo o médico, para não procurar ajuda, é o desconhecimento das opções de tratamento.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/03/campanha-busca-conscientizar-populacao-sobre-incontinencia-urinaria-4086878.html
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