05/11/2012
Ann, mulher do republicano Mitt Romney, em foto de
agosto de 2012.
agosto de 2012.
Mulher de republicano optou por ficar em casa para cuidar dos cinco filhos.
Partido confia em seu potencial para atrair americanos mais conservadores.
Ann Romney, de 63 anos, mãe de cinco filhos e avó de 18 netos, pode
tornar-se a próxima primeira-dama americana caso seu marido, o
republicano Mitt Romney, seja eleito presidente nesta terça-feira (6).
Dona de casa, sem trabalhar profissionalmente, ela escolheu ser ativista
de grupos de pais e de outras organizações cívicas. Lutou por anos
contra um câncer de mama e, ainda hoje, enfrenta complicações da Eclerose Múltipla.
A história de vida de Ann é fundamental para a campanha do marido, o
aparentemente frio, distante e bem-sucedido homem de negócios Mitt
Romney. Os dois estão casados há 43 anos – o enlace aconteceu em 1966,
pela igreja mórmon. O casal teve cinco filhos homens: Taggart, Matthew,
Joshua, Benjamin e Craig.
Convertida à fé mórmon de Mitt, Ann é filha de um empresário e
formou-se em francês pela Brigham Young University. Descendente de
emigrantes galeses de classe média, ela é ligada à sociedade mais
tradicional e conservadora dos Estados Unidos, especialmente em sua
defesa dos valores familiares e no papel principal que a fé religiosa
tem em sua vida.
"Amo as doutrinas da igreja e tenho uma firme crença em Deus e no fato
de estarmos na Terra para nos ajudar e, principalmente, ajudar o
próximo", declarou Ann em uma entrevista no final de agosto.
Apesar de sempre ter desfrutado de uma boa situação econômica, a vida
da esposa do candidato republicano não foi nada fácil durante os últimos
anos, nos quais teve que enfrentar um câncer de mama, além do quadro de Esclerose Múltipla.
O câncer foi superado em 2007, mas Ann segue lidando com a Esclerose Múltipla, uma doença neurológica e degenerativa que foi diagnosticada em
1998. Mesmo em estado de "remissão", segundo a própria Ann costuma
afirmar, a doença segue "governando" sua vida.
Apesar das recomendações médicas para evitar o estresse, além de dormir
e comer bem, Ann se mostrou muito ativa durante a campanha eleitoral
republicana, acompanhando seu marido em vários atos e, inclusive,
chegando a dar comícios sozinha.
"É quase irônico que eu esteja participando da campanha, já que para
mim é muito difícil manter um equilíbrio entre minha saúde e as
exigências da campanha. Felizmente, meu pessoal de apoio entende isso e
foi estupendo, preservando o descanso que necessito", relatou.
Os sintomas da esclerose múltipla são controlados principalmente com
uma terapia que utiliza cavalos. A mulher de Romney é uma conhecida
amante dos animais, e um de seus cavalos, Rafalca, participou da
Olimpíada de Londres este ano.
Além de seu próprio câncer, Ann também conviveu com a doença de seus familiares. "Perdi minha mãe para um câncer de ovário, assim como minha avó. Minha bisavó morreu de câncer de mama, então para mim tem sido uma longa linhagem com câncer", disse em uma entrevista.
Além de seu próprio câncer, Ann também conviveu com a doença de seus familiares. "Perdi minha mãe para um câncer de ovário, assim como minha avó. Minha bisavó morreu de câncer de mama, então para mim tem sido uma longa linhagem com câncer", disse em uma entrevista.
Romney com a mulher, Ann
Dona de casa
Seu status de dona de casa foi o centro de um debate público. Uma colaboradora dos democratas, Hillary Rosen, questionou em televisão como a esposa do candidato republicano podia falar de economia sem ter trabalhado fora de casa.
Contudo, em um país onde aproximadamente 15% das mães com filhos mais
novos não trabalham, os apoios das donas de casa a Romney se
multiplicaram.
Em contrapartida, a esposa de Romney, a quem seu marido chama de
"carinho", disse que nunca teve que contratar uma babá para seus filhos
nem uma empregada doméstica. Além disso, destacou que é tão apaixonada
pela cozinha, que até presenteia os jornalistas com bolachas caseiras.
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