26/04/2013
Sete inquéritos foram instaurados pela Promotoria de 
Defesa da Cidadania e do Consumidor esta semana para apurar as faltas 
constantes de medicamentos comuns e de alto custo nas unidades de saúde 
do Estado. 
 Na lista estão dezenas de remédios não encontrados há até seis meses 
pelos pacientes, principalmente antidepressivos, antipsicóticos e 
ansiolíticos. Além de outros não comprados há mais de um ano. 
 Em uma das portarias editadas (18/2013) para formalizar o início das 
investigações, o promotor Alexandre de Matos Guedes cita diversos 
medicamentos, alguns populares no tratamento de uma série de doenças. 
 Entre os não encontrados desde dezembro de 2012 está, por exemplo, o 
Carbamazeina, prescrito para paciente com epilepsia, distúrbios 
maníaco-depressivos (bipolares), síndrome de abstinência alcoólica, 
neuralgia idopática do trigêmio e trigemial em decorrência de Esclerose Múltipla, além de outras. 
 A cada denúncia recebida, informa o promotor, uma assistente social da 
promotoria visita a farmácia do Estado e o departamento de compras da 
Secretaria Estadual de Saúde (SES) para confirmar a falta do 
medicamento. 
 Além dos remédios comuns, há os casos de produtos caros, prescritos em 
situações mais esporádicas, que mesmo assim também deveriam constar no 
estoque. Esse é o caso do Rituximad 600 mg, que custa R$ 9 mil, usado 
pela senhora Roseli Pereira Gomes. Ela relata que sofre de uma 
enfermidade denominada “linfoma folicular”. A saúde pública não teria 
esse medicamento há mais de um ano, desde março de 2012. 
 O promotor Alexandre Guedes denuncia que há anos o governo do Estado se
 mostra incompetente para fazer as comprar de medicamentos. Ele observa 
que uma organização social de saúde(OSS) foi contratada para gerenciar a
 farmácia, mas a entidade não é responsável pela aquisição, cuja tarefa 
permanece com a SES. 
 Conforme Guedes, o setor vem se mostrando incompetente e ineficiente, 
causando prejuízos à saúde da população. “Alguém tem que ser 
responsabilizado por isso”, completou, observando que no momento a 
responsabilidade não poderia recair sobre o secretário, Mauri Rodrigues 
de Lima, que acabou se assumir o cargo. Entretanto, sugere, poderia 
substituir os funcionários do setor. 
 A SES informou, por meio da assessoria de imprensa, que com o objetivo 
de solucionar a questão da falta de remédios está aberto um processo de 
licitação para uma grande compra de medicamentos. 
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