05 de janeiro de 2013
Recentes pesquisas médicas confirmam os benefícios de um estilo de vida
saudável. Uma delas releva que o controle da obesidade durante a
menopausa reduz, nos anos subsequentes, o risco e a agressividade do
câncer de mama. Outro estudo, no entanto, mostra que estar levemente
(mas, atenção, apenas levemente) acima do peso não chega a ser um fator
de risco, desde que os demais indicadores de saúde, como a pressão
arterial e o colesterol, estejam em ordem.
O peso e o risco de câncer de mama.
Um estudo da Universidade de Colorado (Estados Unidos) revelou que
mulheres que mantêm um estilo de vida saudável durante a menopausa
correm menos risco de contrair câncer de mama.
Já as mulheres obesas no período pós-menopausa têm mais chance de desenvolver tipos mais agressivos da doença do que as magras.
Rastreando
o caminho dos nutrientes em modelos de ratos magros, os pesquisadores
descobriram que o excesso de gordura e glicose foi armazenado no fígado e
nos tecidos mamários e esqueléticos.
Mas em ratos obesos, o
excesso de gordura e glicose foi usado por tumores, alimentando seu
crescimento, explicou o autor do estudo, Erin Giles.
Segundo ele,
isso significa que a menopausa pode ser uma oportunidade para as
mulheres controlarem o risco de câncer de mama por meio da gestão de
peso. Os pesquisadores também descobriram que o ganho de peso durante a
menopausa é particularmente ruim para as mulheres que já são obesas
quando elas param de menstruar.
– Enquanto as drogas podem ser
úteis no controle do risco de câncer de mama em mulheres obesas na
pós-menopausa, nossos resultados sugerem que uma combinação de dieta e
exercício pode ser tão ou mais benéfica – conclui Giles.
A quase absolvição DOS GORDINHOS
Atualmente, é quase senso comum relacionar uma boa forma física com
saúde. Mas um estudo feito nos Estados Unidos com 3 milhões de pessoas
mostrou um resultado surpreendente. Indivíduos com leve sobrepeso
(índice de massa corporal entre 30 e 34,9) não correm maior risco de
mortalidade do que pessoas com peso normal.
Mas vá com calma com
a batata frita. Se a pesquisa sinaliza que estar um pouco acima do peso
não é motivo para pânico, também não elimina os perigos de acumular
quilos desnecessários – o estudo confirmou que os obesos (índice de
massa corporal acima de 35) têm um risco de mortalidade maior do que os
magros.
Na verdade, os resultados sugerem que o índice de massa
corporal, ou IMC, um cálculo que estipula o grau de obesidade de uma
pessoa considerando o seu peso e sua altura, pode não ser um indicador
confiável para medir a saúde de uma pessoa.
Para muitos pesquisadores, a definição de “normal” para um IMC entre 18,5 e 24,9 deveria ser revista.
–
É uma medida imperfeita para avaliar o risco de mortalidade – diz
Samuel Klein, diretor do Centro de Nutrição Humana da Universidade de
Washington (EUA), destacando que fatores como a pressão arterial, o
colesterol e a taxa de açúcar no sangue também precisam ser
considerados.
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