10/01/2013
Células-tronco cancerígenas infectadas com vírus
(em verde, na imagem) começam a morrer.
(em verde, na imagem) começam a morrer.
Resultado foi positivo contra células-tronco cancerígenas, diz estudo.
Para pesquisadores, teste dá um 'um novo passo' na luta contra o câncer.
Pesquisadores do Instituto Paul Ehrlich, na Alemanha, modificaram
geneticamente o vírus do sarampo como teste para combater células-tronco
cancerígenas. Atenuado, o vírus se ligou a uma proteína contida na
superfície destas células para infectá-las e levá-las à morte.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem afirmava incorretamente que foi modificado o
DNA do vírus do sarampo. Essa doença, no entanto, é causada por um
vírus cuja genética se expressa por RNA. O texto foi corrigido às
15h05.)
O estudo, que teve resultados positivos, foi publicado nesta semana no periódico "Cancer Research".
As células-tronco cancerígenas costumam resistir mais à quimioterapia e
radioterapia do que outras, segundo os pesquisadores. Elas são
consideradas pela comunidade científica como uma das responsáveis por
tumores decorrentes da metástase.
Para os cientistas, trata-se de "um novo passo na busca por maneiras de identificar e eliminar as células cancerígenas".
A proteína CD133, diz o estudo, é um marcador característico da
superfície de células-tronco cancerígenas. O vírus do sarampo modificado
usa a substância como receptora para ingressar nas células e, uma vez
dentro, as leva à morte.
Os testes foram feitos com ratos que apresentaram células de câncer no
fígado e no cólon. O vírus manipulado mostrou atividade antitumoral nos
animais, dizem os cientistas. "O crescimento do tumor foi reduzido
substancialmente ou até totalmente suprimido", afirma o estudo.
Novas pesquisas devem ser feitas, principalmente para descobrir como
atacar todos os tipos de células cancerígenas e para aprimorar o uso do
vírus do sarampo e outros tipos.
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