08/01/2013
A descoberta explica os resultados contraditórios obtidos com as células-tronco, alguns entusiasmantes e outros decepcionantes.
Células-tronco do cordão umbilical
Ao contrário do que se acreditava, apenas um grupo das células-tronco
extraídas do cordão umbilical e mantidas em cultivo em laboratório são
úteis para aplicações terapêuticas.
A descoberta, feita por cientistas das universidades de Granada e
Alcalá (Espanha), vai ajudar a evitar a condução de testes e estudos que
levam inexoravelmente a resultados danosos, como o desenvolvimento de
tumores.
A equipe do Dr. Antonio Campos Muñoz demonstrou que nem todas as
células-tronco extraídas do cordão umbilical têm a mesma eficácia na
hora de usá-las na medicina regenerativa ou na criação de tecidos
artificiais.
Essa possibilidade existe para apenas um pequeno grupo dessas
células, o que pode explicar os resultados contraditórios obtidos até
agora pelos estudos que tentam aplicar as células-tronco do cordão
umbilical para tratamentos.
Células idôneas
As células-tronco retiradas do cordão umbilical estão sendo alvo de
interesse crescente porque não suscitam os dilemas éticos envolvendo as
células-tronco embrionárias.
De todos os tipos de células existentes no cordão, as que mais têm
sido estudadas são as chamadas células-tronco da gelatina de Wharton (ou
geleia de Wharton), devido à sua fácil coleta, ao grande potencial para
diferenciar-se em vários tecidos e às suas propriedades imunológicas.
Através de técnicas microanalíticas e da análise dos genes envolvidos
na viabilidade celular, os pesquisadores mostraram que é necessário
selecionar as células mais "idôneas", de forma comparável com o que
acontece com a seleção dos melhores óvulos para fertilização in vitro.
O estudo também demonstrou a possibilidade de selecionar subgrupos de
células de outras populações - além daquelas da gelatina de Wharton -
ou de células-tronco de tecidos diferentes para aumentar sua eficácia terapêutica.
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