APANHAR SOL É MAIS EFICAZ DO QUE VITAMINA D NA PREVENÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Published: Fri, August 30, 2013

As férias são uma maneira mais eficaz de vencer a fadiga e depressão.
Um pequeno raio de sol pode ajudar a combater a fadiga e depressão e diminuir o risco de Esclerose Múltipla, de acordo com novas descobertas .


Recebendo uma dose regular de sol é muito mais eficaz que a vitamina D de combate à fadiga e depressão.

Muito pouca luz solar, bem como um déficit de vitamina D pode aumentar o risco de contrair a Esclerose Múltipla (MS).

Sintomas freqüentes de MS incluem transtornos de depressão, ansiedade, fadiga e percepção.

Mas estes não podem ser tratados com os comprimidos de vitamina D.

Um estudo australiano mostrou que um elevado nível de vitamina D no sangue é simplesmente um indicador de que a pessoa tenha passado tempo suficiente para o sol.

Os 198 pacientes com MS que participaram do estudo foram monitorados por cientistas durante um período médio de 2,3 anos. Eles mediram os níveis de vitamina D dos participantes a cada seis meses e investigou o grau de depressão, ansiedade e fadiga experiente.

Os participantes também informou sobre a duração do tempo que passou se bronzear. Verificou-se que aqueles que passaram mais tempo ao sol sofreu menos de fadiga e depressão.

Em contraste, o que não poderia ser verificado que o nível de vitamina D teve qualquer influência.

"Passar tempo no sol tem um efeito relaxante e animação", disse Ad Brand, porta-voz do Sunlight Research Forum (SRF).

"Neste caso, o efeito não está relacionado com o nível de vitamina D, o que em muitos outros estudos é a causa de um desenvolvimento positivo.

"Moderada exposição ao sol pode ter um efeito positivo na saúde, como se provou por este estudo."

A Sunlight Research Forum (SRF) é uma organização sem fins lucrativos com sede na Holanda. Seu objetivo é fazer com que a mais recente evidência médica e científica sobre os efeitos da exposição moderada à radiação UV disponível para o público em geral.

MEDICINA APERTA O CERCO AO COLESTEROL

31 de agosto de 2013 

CARDIOLOGISTAS BAIXAM OS NÍVEIS ACEITÁVEIS DE LDL DE GRUPOS DE RISCO E REFORÇAM ATENÇÃO ÀS MULHERES, CADA VEZ MAIS VÍTIMAS DE DOENÇAS CORONARIANAS



O controle dos níveis de colesterol ficará mais rígido para pacientes considerados de alto e médio risco. A nova diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que será apresentada no congresso nacional da categoria, dia 28 de setembro, vai baixar as limites aceitáveis de LDL – o colesterol ruim – no sangue desses dois grupos e estratificar os riscos de maneira mais sensível, sobretudo em mulheres.

Desde 2007, os níveis máximos aceitáveis de LDL no sangue de um paciente de alto risco eram de 100 miligramas por decilitro, valor que agora cai para 70ml. Em situações de risco intermediário, a redução é de 130ml para 100ml. Para as demais pessoas, as metas de tratamento seguem individualizadas.

Editor da nova diretriz, o presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Hermes Xavier, explica que a medida pretende combater a chamada “inércia terapêutica”, relaxamento natural quando não há sintomas clínicos.

– Muitos pacientes tomam remédio, hoje, e não estão na meta. Queremos apertar esse cerco, forçar os níveis para baixo, que os médicos busquem a meta. Sabemos, de maneira inequívoca, que quanto mais baixo (o LDL), melhor – diz Xavier.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2020 a maior causa de morte no mundo serão as doenças coronarianas, e o colesterol é um dos elementos mais importantes na gênese e estabilização dessas enfermidades. Entre os fatores de risco, que passam a ser medidos por um Escore Global, mais abrangente que o anterior, estão sexo, idade, pressão arterial, tabagismo, histórico de doença na família e ocorrências cardiovasculares anteriores. De acordo com Xavier, quando há mais de dois deles, certamente a pessoa precisa de tratamento.

As mulheres, a exemplo dos homens, entravam em grupos de alto risco quando tinham 20% de chance de sofrer um evento coronariano, como infarto ou derrame, em 10 anos. Agora, com 10% de chance, passam a ser tratadas com máxima atenção.

– A mortalidade da mulher por doença cardíaca tem aumentado e uma das possibilidades é que as metas estejam um pouco largas para elas – avalia o cardiologista Ricardo Rodrigues, do Centro do Coração de Londrina (PR).

Segundo Rodrigues, as diretrizes antigas eram de uma época em que as mulheres estavam mais protegidas. Hoje, elas estão mais estressadas, fumando mais, inseridas no mercado de trabalho. Ocorrências como o infarto passaram a incidir em uma população que era de baixo risco.

DISTROFIA MUSCULAR

Publicado em quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Distrofias musculares (DM) constituem um grupo de mais de 30 doenças genéticas, muitas delas ligadas ao cromossomo ‘X’, que afetam originalmente os músculos e provocam sua degeneração progressiva.

A alteração em certos genes é responsável pela falta ou baixa produção de proteínas essenciais para o desenvolvimento da musculatura. As mulheres são portadoras assintomáticas, mas os homens manifestam a doença, que pode ocorrer por herança genética recessiva, por mutação nova e espontânea do gene, ou por erro genético durante a formação da criança.

A DM varia em idade de aparecimento, gravidade e padrões dos músculos afetados, mas todas as formas ficam piores à medida que os músculos degeneram progressivamente, enfraquecem e acabam perdendo a capacidade de caminhar. 

Alguns tipos de distrofia muscular também afetam o coração, sistema gastrintestinal, glândulas endócrinas, coluna, olhos, cérebro e outros órgãos. 

A forma herdada é classificada como: autossômica dominante ocorre quando a criança recebe um gene normal de um pai e um defeituoso do outro. Chama-se ‘dominante’ porque apenas um dos pais precisa passar um gene anormal para produzir a distrofia muscular, em famílias onde um dos pais carrega um gene defeituoso dominate, cada criança tem 50% de probabilidade de herdá-lo e desenvolver distrofia muscularm, com risco igual para ambos os sexos e a gravidade da doença varia de pessoa para pessoa.

Autossômica recessiva significa que ambos os pais precisam carregar e passar o gene defeituoso. Cada pai tem um gene defeituoso, porém não desenvolvem distrofia muscular. Crianças nessas famílias têm 25% de chances de herdar ambas as cópias do gene defeituoso e assim desenvolver a doença, e 50% de chances de herdar apenas um gene e desta forma não desenvolver distrofia muscular, mas ser capaz de passar esse gene defeituoso à próxima geração. Crianças de ambos os sexos podem ser afetadas por esse padrão de herança. 

Recessiva ligada ao sexo ocorre quando a mãe carrega o gene afetado em um dos dois cromossomos ‘X’ e o passa ao filho homem (homens sempre herdam o cromossomo ‘X’ da mãe e ‘Y’ do pai, enquanto mulheres herdam o cromossomo ‘X’ de ambos os pais). Homens filhos de mães portadores têm 50% de chances de herdar a doença. Mulheres filhas de mães portadoras têm 50% de chances de herdar o gene defeituoso, mas geralmente não desenvolvem a doença desde que o cromossomo ‘X’ que herdou do pai possa compensar o defeituoso. Mulheres portadoras do gene defeituoso ocasionalmente podem exibir sintomas leves de DM.


Sinais e sintomas:


O quadro clínico é extremamente variável e entre os sintomas principais destacam-se:

- Atrofia e fraqueza muscular progressiva;

- Retardo e comprometimento da ambulação;

- Deficit muscular progressivo e generalizado;

- Comprometimento da musculatura respiratória e cardíaca.
O diagnóstico é realizado através do hítórico do paciente, pelo exame físico e complementado pelo exame de sangue para análise do DNA e pela biópsia do músculo que são de extrema importância para estabelecer o tipo de distrofia muscular.


Saiba mais:


- Doenças cardíacas e respiratórias são comuns, e alguns pacientes podem desenvolver problemas para engolir.

- DM não é contagiosa e não pode ser adquirida através de lesão ou alguma atividade.

- Distrofia muscular de Duchenne e distrofia muscular de Becker são os tipos mais conhecidos e frequentes das distrofias musculares, mas existem outros classificados de acordo com a produção anormal de determinadas proteínas musculares.

- Fisioterapia pode ajudar a prevenir deformidades, melhorar a movimentação e manter os músculos os mais flexíveis e fortes possíveis. A fisioterapia deve começar o mais cedo possível depois do diagnóstico, antes que ocorra rigidez da musculatura e articulações.

- Terapia ocupacional pode ajudar alguns pacientes a lidar com a fraqueza progressiva e perda de mobilidade.

- O objetivo das pesquisas com células-tronco é poder tratar de doenças como as distrofias musculares, que levam à degeneração progressiva dos músculos, por falta de uma proteína específica. Por enquanto, elas são incuráveis.

Talvez mais rápido do que se preveem as pesquisas indiquem o caminho que tornará possível recompor a integridade do músculo.

- A esperança, porém, está na terapia genética, talvez a única forma de tratamento possível e eficaz para cura dessas doenças, que nas formas graves e nas formas congênitas, impedem que a criança viva por muito tempo.

- Manter criteriosamente os tratamentos prescritos pelos médicos é a forma de controlar um pouco a evolução dessas enfermidades, procure seu médico.

 

CERCA DE 2,5 MILHÕES DE PESSOAS SOFREM DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

30/08/2013

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica degenerativa que, nos casos mais graves, incapacita o portador. O maior desafio para médicos, psicólogos e fisioterapeutas é ajudar os pacientes a aprender a conviver com a doença. Apesar de não ter cura, a esclerose pode ser estabilizada. Para celebrar o Dia Nacional de Conscientização de Esclerose Múltipla, nesta sexta (30), o Hoje em Dia preparou uma matéria especial sobre o mal. Assista!


ESTUDO MOSTRA QUE MULHERES SE CULPAM POR DEPRESSÃO ENQUANTO HOMENS CREDITAM A FATORES EXTERNOS

Ciência da mente    29/08/2013

Pesquisa mostra que a forma de manifestação da depressão muda conforme o sexo. 
Pesquisa da UCPel mostra que a doença pode ter reações diferentes de acordo com cada gênero.



 Quando estão deprimidas, 70% das mulheres perdem o desejo sexual. Entre os homens, o índice é de 40%. Enquanto elas admitem que a doença tem causas internas, eles tendem a creditar a tristeza a situações externas, como o clima ou problemas no trabalho.

Um estudo recém publicado pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) mostra que a forma de manifestação da depressão muda conforme o sexo, o que aponta para possibilidades de tratamentos específicos para homens e mulheres.

Isso abre precedente para que os profissionais se questionem com relação ao método a ser adotado de acordo com o sexo do paciente. A hipótese da melhora diferenciada entrou pela primeira vez na bíblia dos psicólogos e psiquiatras – o guia de doenças mentais, chamado Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5) – só na última edição, em junho deste ano.

E mesmo lá não há respostas concretas – apenas um indicativo de que a questão tem que ser melhor estudada daqui para frente. Já a tese de doutorado em saúde e comportamento da psicóloga Mariane Lopez Molina indica alguns caminhos. O perfil traçado por ela com base na comparação dos sintomas revela que as mulheres choram mais, se deprimem mais e têm mais dificuldades para tomar decisões.

Mas os dois itens que mais chamam a atenção são o da perda de libido e o fato de os homens apontarem fatores externos como causa da depressão até 12 vezes mais do que elas. Ou seja, eles se enganam com os próprios sintomas, dizendo que o problema não é com eles, mas tudo culpa daquele chefe que pega no pé, da previsão do tempo horrorosa ou do excesso de trabalho.

— As mulheres tendem a ser mais abertas e, por isso, assumem mais facilmente a doença. Por causa da característica de falar mais, também identificamos que um certo tipo de tratamento era mais apropriado – afirma Mariane.

Foram testados dois tipos de métodos. Um se chama “psicoterapia cognitiva narrativa”, em que o paciente elege quatro episódios da vida que ele acredita serem responsáveis pela depressão e faz uma conversa com o psicólogo para aprender a lidar com eles. Esse foi considerado mais propício para mulheres, justamente pela característica de conseguir se expressar melhor.

O segundo é a “psicoterapia cognitivo comportamental”, em que o psicólogo ajuda o paciente a identificar comportamentos disfuncionais e ensina a readequá-los ao seu contexto. Esse tipo, em que muitas vezes se utiliza um diário para que o paciente se dê conta de sua realidade, foi melhor recebido pelos homens.


Psicoterapias estudadas foram pensadas para o SUS


Também estudioso do assunto, o psicanalista Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da Uuniversidade de São Paulo (USP), aponta que há outras terapias eficazes como a psicanálise, que é de longa duração. Porém as psicoterapias estudadas foram analisadas justamente por serem de curta duração (sete sessões) para serem indicadas ao uso no Sistema Único de Saúde. No entanto, Dunker reconhece a lógica do estudo.

— 
A diferença apontada ainda faz algum sentido pois no caso do homem é de fato importante transformar os esquemas interpretativos da realidade enquanto no caso da mulher a recuperação do déficit narrativo é muito importante – explica.

A tese de Mariane, que faz parte da Equipe de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em saúde e comportamento da UCPel, foi composta por duas pesquisas, realizadas entre 2007 e 2012. O trabalho contou com 1560 entrevistados. Durante os trabalhos, 137 pacientes realizaram  a psicoterapia proposta.



CENTRO DE REFERÊNCIA PARA PORTADORES DE ESCLEROSE MÚLTIPLA DO DF ATENDE 400 PACIENTES E OFERECE ATUALIZAÇÃO MÉDICA PARA PROFISSIONAIS DA REGIÃO

Três Lagoas-MS Quinta - Feira, 29 de Agosto

 

Os pacientes de Esclerose Múltipla do Distrito Federal ganharam um importante aliado no tratamento da doença, que afeta principalmente jovens, na faixa de 20 a 40 anos, e pode acarretar incapacidade em uma fase muito produtiva de suas vidas. O Centro de Referência para Esclerose Múltipla da Secretaria de Saúde do DF oferece assistência de qualidade gratuitamente, além de investir na atualização médica dos profissionais de saúde atuantes na área.

Funcionando desde 2010, o Centro de Referência atualmente realiza acompanhamento multidisciplinar de cerca de 400 pacientes. “Avaliamos as  necessidades da pessoa como um todo,  não apenas em termos de tratamento medicamentoso,  mas também em relação à reabilitação e à qualidade de vida.”, diz a dra.  Mirian Moura, neurologista da Secretaria de Saúde do DF.

Atualização Médica

O Centro de Referência também oferece atualização médica aos profissionais que assistem indivíduos com esclerose múltipla. Para celebrar o Dia Nacional de Conscientização de Esclerose Múltipla (30 de agosto), será promovido ciclo de palestras em 26 de agosto, destinado a médicos neurologistas do DF convidados.

O objetivo do evento é trocar experiências e discutir as indicações de introdução, retirada e substituição de novas drogas para o tratamento de Esclerose Múltipla, melhorando assim a assistência a esses pacientes.

 

SISTEMA IMUNOLÓGICO DAS MULHERES É MAIS FORTE QUE O DOS HOMENS


As mulheres respondem mais rapidamente a vacinas do que os homens.
Segundo especialistas, a testosterona seria a responsável por enfraquecer o sistema imunológico masculino.


A ideia geral de que as mulheres são mais resistentes do que os homens já encontrou diversas explicações científicas. O jornal inglês Daily Mail reuniu algumas, partindo de uma recente, realizada pela Universidade de Jena, na Alemanha, que mostra mais diferenças entre o organismo masculino e feminino.

 Veja as principais descobertas feitas nos últimos anos.

- "É sabido que as mulheres têm melhor sistema imunológico", diz Peter Johnson, diretor da Cancer Research UK.

- As mulheres são mais resistentes a tipos de câncer, como os de pele, chamados melanomas. Nos homens, o organismo tem mais dificuldade de combater células que estão se transformando em cancerígenas e de impedir a doença de se espalhar.

- Segundo especialistas, a testosterona seria a responsável por enfraquecer o sistema imunológico. Pesquisa realizada pela Clinica Mayo, dos Estados Unidos, comprovou que reduzir os níveis do hormônio ajudou a melhorar as defesas do organismo.

- Estudos também demonstram que menos testosterona no organismo ajuda o corpo a se recuperar de terapias agressivas, como a quimioterapia. Uma das entidades que divulgou pesquisa sobre o assunto foi o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em 2011.

- As mulheres respondem mais rapidamente a vacinas do que os homens.

- Homens têm mais chances de desenvolver câncer de estômago e o estrógeno é um dos mecanismos de defesa do organismo feminino.

- Um sistema imunológico robusto, no entanto, deixa as mulheres mais vulneráveis a doenças autoimunes, como diabetes, Esclerose Múltipla e artrite.

- Todas essas doenças autoimunes são decorrentes de tipos de inflamações, provocadas por proteínas produzidas em quantidade duas vezes maior nas mulheres do que nos homens. A descoberta vem da Universidade de Jena, na Alemanha.

- Uma pesquisa divulgada pela Universidade de Chicago aponta que as mulheres também estão mais expostas a doenças autoimunes devido à presença de bactérias no intestino. Até a puberdade, homens e mulheres teriam o mesmo tipo de bactérias no órgão, mas após a fase os hormônios sexuais mudariam a natureza dos seres encontrados no corpo.

- Pesquisa japonesa mostrou que as células responsáveis pela manutenção do sistema imunológico decaem mais rapidamente nos homens do que nas mulheres, à medida que envelhecemos.

- Estudos da Universidade de Queensland, na Austrália, e da Queen Mary University, de Londres, mostram que o estrogênio protege as mulheres contra infecções virais.

ENTENDA O QUE É FADIGA CRÔNICA

Chega de exaustão!   28/08/2013

Na maioria das vezes, o diagnóstico da fadiga crônica é feito por exclusão e sabe-se também que acomete mais mulheres. 
Estudos mostram que os sintomas na maioria das vezes são prolongados e podem durar de 37 a 56 meses.






A síndrome da fadiga crônica (SFC) é uma doença complexa que já recebeu nos dois últimos séculos várias denominações: neurastenia, síndrome da fadiga pós-viral, encefalomielite miálgica e mononucleose crônica. Alguns autores classificam o problema como uma enfermidade da mesma família que a fibromialgia, a síndrome do intestino irritável e o distúrbio do estresse pós-traumático.
 
Atualmente, a fadiga crônica tem sido entendida como uma doença bastante incapacitante, pouco conhecida, com incidência de 1% na população, mas com estimativas superiores quando se usam modelos diagnósticos menos rígido , em geral com bom prognóstico e sobretudo sub-diagnosticada ( 80% dos pacientes não tem diagnóstico).

Ela se caracteriza por fadiga em período igual ou superior a seis meses acompanhando pelo menos quatro dos seguintes sintomas abaixo segundo a orientação da International Chronic Fatique Syndrome Study Group (ICFSSG): 


— Sono não reparador

— Dores musculares 

— Dores em várias articulações, mas sem sinais inflamatórios (reumáticos)

— Dor de cabeça 

— Dor de garganta 

— Gânglios dolorosos e inflamados 

— Alteração da memória recente 

— Alteração da concentração 

— Fraqueza intensa que persiste por 24 horas após atividade física. 

— Cefaleia recorrente 

— Febre baixa 

— Alterações do sono (Hipersonia ou insônia) 


Na maioria das vezes, seu diagnóstico é feito por exclusão e sabe-se também que acomete mais mulheres (sobretudo brancas e jovens) que homens e alguns estudos mostram que os sintomas na maioria das vezes são prolongados, podendo durar de 37 a 56 meses. 

Infelizmente esta moléstia é pouco diagnosticada na maioria das vezes, sendo atribuído a vida agitada, estresse, dietas inadequadas e sedentarismo como raiz do problema, o que apenas retarda o diagnóstico e inicio do tratamento. 

Os tratamentos até o momento propostos seguem as recomendações da ICFSSG e se baseiam na redução e se possível na eliminação dos sintomas. Atividade física leve e suportável é desejável e mudança no estilo de vida evitando tarefas exaustivas (mentais e físicas) parece bastante razoável, além de medidas antiestresse. 

Os resultados irão depender das respostas individuais, levando em conta que existe um tempo de restabelecimento normal das glândulas suprarrenais, sensíveis aos diversos níveis de estresse, capaz de reduzir a capacidade funcional do sistema imunológico por aumento ou por diminuição da liberação do cortisol, agudo ou crônico.

A fadiga crônica parece estar bastante relacionada a estas duas formas de estresse sendo que na fase aguda existe óbvia ação mais intensa do cortisol e o indivíduo está mais suscetível a infecções enquanto nas formas mais crônicas, surgem fenômenos inflamatórios e auto imunológicos onde a síntese do glico corticóide pela suprarrenal já está pouco comprometida. 

O assunto ainda é bastante controverso e carece de maiores investigações para se transformar em um tratamento padrão, sendo, atualmente, individualizado e personalizado, atendendo às necessidades peculiares de cada paciente, onde, o correto diagnóstico e o início precoce do tratamento oferece melhora na qualidade devida das pessoas, desde a fase inicial de tratamento. 


 

MITOS E VERDADES SOBRE A ESCLEROSE MÚLTIPLA

Não tão rara assim   27/08/2013 

Na esclerose múltipla, o próprio sistema imunitário do corpo ataca e destrói a mielina, estrutura que encapa uma parte do neurônio.Doença afeta cerca de 30 mil brasileiros e ainda está imersa em preconceito e desconhecimento.


Nesta sexta-feira, é comemorado o Dia de Conscientização sobre Esclerose Múltipla. A oportunidade serve para elucidar uma série de questões envolvendo essa importante doença neurológica, ainda imersa em muito preconceito e desconhecimento por parte de médicos e da população em geral.

Veja abaixo alguns mitos e verdades sobre esse tema, respondidos pelo neurologista Leandro Teles, formado pela USP e membro da Academia Brasileira de Neurologia.

A esclerose múltipla é uma doença muito rara

Mito. A esclerose múltipla não é tão rara assim. Ela acomete jovens em todo o mundo e seus sintomas iniciam-se geralmente antes dos 30 anos de idade.

Estima-se que existam cerca de 30 mil pessoas com esclerose múltipla no Brasil e cerca de 2,5 milhões pelo mundo. Para uma doença neurológica crônica é uma incidência bem alta, sendo uma das principais causas de incapacidade adquirida na população jovem e produtiva, perdendo apenas para traumatismo craniano.

Ela ocorre mais em mulheres — três para cada homem — e pode atingir, eventualmente, crianças. 

A esclerose múltipla é uma doença degenerativa

.Mito Muita gente acha que a esclerose múltipla é degenerativa, como o Alzheimer ou o Parkinson, mas, na verdade, é uma doença inflamatória.

Na esclerose múltipla ocorrem surtos de inflamação de tempos em tempos — que é variável de paciente para paciente — no cérebro, medula ou nervo óptico (nervo da visão). A inflamação é gerada pelo próprio sistema imunológico da pessoa, que identifica a estrutura que encapa uma parte do neurônio (chamada mielina) como algo a ser agredido.

Com isso surgem focos inflamados em alguma região do sistema que passa a funcionar com dificuldade. O sintoma do surto pode ser uma fraqueza, perda de sensibilidade, tontura, visão borrada ou dupla, o que dependerá do local atingido.

Trata-se de uma doença crônica, autoimune (como a tireoidite, o diabetes tipo 1, o vitiligo, a psoríase, por exemplo) e de evolução tipo surto-remissão, uma vez que a agressão ocorre e depois cede, podendo deixar sequelas. Por isso, o tratamento é com anti-inflamatórios durante um episódio agudo e com remédios que regulam o sistema imunológico na fase de calmaria, a fim de evitar uma agressão nova. 

A esclerose múltipla pode levar a alterações intelectuais 


Mito.
Os focos de "esclerose" são geralmente profundos e pequenos, com isso, raramente ocorre alteração intelectual ou de comportamento importante, mesmo com anos e décadas de doença.

Os sintomas são predominantemente físicos, como fraqueza, alteração visual e alteração sensitiva. Casos de franco declínio intelectual são vistos muito eventualmente ou depois de muito tempo de seguimento e uma carga de lesão bem extensa.

Isso é muito importante, pois muitos pacientes podem ter uma vida ativa e produtiva, tanto no aspecto físico, como intelectual e social. 

Esclerose múltipla atinge só pessoas mais velhas 

Mito. Muita gente associa o termo esclerose com idade avançada. Neste caso, é justamento o contrário. Quem apresenta mais a doença são mulheres, jovens (antes dos 30 anos), de pele mais clara (caucasianas).

No entanto, a doença pode acometer homens, crianças e eventualmente, pessoas acima dos 50 anos. 

A esclerose múltipla não atinge os nervos


Verdade. A esclerose múltipla é uma doença predominantemente do sistema nervoso central. Ela acomete o cérebro (qualquer região, principalmente a substância branca, mais profunda) e a medula espinhal.

O único nervo que é atingido com muita frequência é o nervo óptico, causando embaçamento na região central do olho e dor à movimentação ocular. Os outros nervos do corpo geralmente são poupados. 

A esclerose múltipla tem tratamento

Verdade. É uma doença inflamatória causada pela ação equivocada do sistema imunológico. O tratamento visa reduzir o tempo e o grau de inflamação durante um surto e, fora dele, organizar melhor o sistema imune de forma a evitar uma ação equivocada contra o sistema nervoso.

O tratamento crônico deve ser escolhido caso a caso e visa reduzir a taxa anual de surtos. Caso ocorra um, o tratamento com anti-inflamatórios na veia está indicado o quanto antes para facilitar a recuperação.

Cada paciente evolui de um jeito, existem casos mais agressivos e casos de evolução bem mais benigna, aonde o paciente se mantém funcional por muitos anos e até décadas.


O diagnóstico pode ser complicado e o tratamento é caro 


Verdade. O diagnóstico exige conhecimento médico especializado, geralmente de um neurologista clínico, e exames sofisticados escolhidos caso a caso.

Com isso, uma parcela muito grande da população tem o diagnóstico atrasado e fica sem tratamento. Estima-se que apenas 5 mil dos 30 mil casos no Brasil tenham recebido diagnóstico e tratamento adequados.

É fundamental disseminar os sintomas mais frequentes, preparar os médicos da atenção primária e melhorar o acesso aos especialistas. Com relação ao custo do tratamento, realmente as medicações que visam evitar os surtos são caras. No entanto, no Brasil, são dadas integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mediante preenchimento de protocolo apropriado.   

 

CÂNCER DE MAMA ATINGE UM HOMEM PARA CADA CEM MULHERES

Atenção  25/08/2013

Uma das razões para o crescente número de homens afetados é a oferta de anabolizantes e hormônios. 
Desconhecimento de que o público masculino também pode ser afetado pela doença faz com que, comumente, o câncer seja descoberto em um estágio avançado.


— Eu tinha tão pouca informação que nem pensei sobre a possibilidade de estar acontecendo algo anormal.

A declaração de José (ele só quis revelar o primeiro nome), embora pareça incomum, é recorrente em cerca de 50 homens por ano. Apesar de ser uma doença atribuída à população feminina, o câncer de mama atinge, sim, os homens — mais especificamente, um deles para cada cem mulheres vítimas da doença.

Uma das razões para isso, de acordo com a mastologista e presidente do Imama, Maira Caleffi, é a oferta de anabolizantes e hormônios. Embora atualmente o câncer de mama masculino seja detectado por volta dos 60 anos, devido ao uso dessas substâncias, a tendência é que vá ocorrer cada vez mais cedo. Existem ainda outros grupos de risco, como aqueles em que há um histórico familiar importante de câncer de mama e ovários, principalmente em mulheres jovens.

Segundo Maira, o câncer de mama nos homens manifesta-se da mesma forma que nas mulheres, normalmente com um caroço atrás do bico ou perto da região do mamilo, uma ferida que não cura ou gânglios inchados na região da axila.

O diagnóstico e o tratamento também são bastante semelhantes. Maira explica que o desconhecimento dos homens faz com que, comumente, o câncer seja descoberto em um estágio avançado. Então, é recomendada a cirurgia associada à quimioterapia e radioterapia — o que foi o caso de José.  

 

MOGI TEM SIMPÓSIO SOBRE ESCLEROSE MÚLTIPLA NESTE SÁBADO (24)

23/08/2013 09h59

Objetivo é esclarecer sobre como devem ser cuidados com pacientes.
Evento é aberto a todos.

 

O Grupo Alto Tietê de Portadores de Doenças Neurológicas Autoimunes – Esclerose Multipla (Gatem) promove neste sábado (24) um simpósio aberto a todos. O evento vai ser no auditório de uma universidade, em Mogi das Cruzes, das 9h às 17h. Profissionais da saúde pagam uma taxa de R$ 15 e o público em geral paga R$ 10.

O objetivo é conscientizar e orientar as pessoas sobre a doença. Entre os assuntos estão como proceder quando se descobre o diagnóstico, um fisioterapeuta vai falar sobre o tratamento específico para pacientes com esclerose múltipla, uma pessoa que tem um membro da família com a doença vai falar sobre como lidar quando se tem um conhecido com a doença e outro tema abordado será os direitos do paciente com esclerose múltipla. Um paciente vai falar sobre como é ter a doença e como viver com qualidade de vida. Outra questão abordada será o cuidador, que também deve estar preparado para orientar a família.


Gatem


O Gatem é uma entidade beneficente sem fins lucrativos que existe desde 2001 e, além de Esclerose Múltipla, também atende a pacientes com lúpus e vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), além de outras doenças autoimunes. Atualmente 140 pacientes estão cadastrados e a entidade atende regularmente a 80 pessoas.


Simpósio



As inscrições devem ser feitas pelos telefones 3907-8315 e 3907-8316. O simpósio vai ser na Universidade Brás Cubas, na Avenida Francisco Rodrigues Filho, 1233, no Mogilar. Se sobrarem vagas, vai ser possível se inscrever na hora do evento.

FONTE:http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2013/08/mogi-tem-simposio-sobre-esclerose-multipla-neste-sabado-24.html

 

 

REGIÃO DE LONDRINA GANHA NOVA UNIDADE DA FARMÁCIA DO PARANÁ

23/08/2013 16:17


As 10 mil pessoas que utilizam os serviços da assistência farmacêutica estadual na região de Londrina serão atendidas na nova Farmácia do Paraná. Com um espaço todo reformado e planejado para dar mais conforto à população, a nova unidade foi inaugurada nesta sexta-feira (23) pelo secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.

“A inauguração desta farmácia não significa apenas uma reforma estrutural. Este momento também marca a mudança no modelo de atendimento ao usuário e isso se faz com espaços adequados e profissionais qualificados”, destaca o secretário.

O Governo do Estado investiu R$ 390 mil na reestruturação da unidade, que ganhou uma área adicional de 100 m². Agora a farmácia conta com espaços amplos, que trazem mais agilidade e conforto ao usuário que retira os medicamentos. Também foram adquiridas geladeiras farmacêuticas, computadores, impressoras, ar-condicionado e outros itens de mobiliário.

Além disso, as obras deixaram os estoques mais seguros e ainda possibilitaram a criação de consultórios de assistência farmacêutica. Para a diretora da 17ª Regional de Saúde, Djamedes Garrido, esta é a grande novidade da nova farmácia.

“Com esses consultórios, os usuários terão uma sala específica para receber orientações sobre o uso dos medicamentos que retiraram. O farmacêutico também ficará à disposição para tirar dúvidas sobre reações adversas e outras questões relacionadas ao tratamento”, explica Djamedes.

A unidade de Londrina é a segunda maior do Estado em usuários cadastrados e volume de dispensação de medicamentos. Ela é referência para atender a população dos municípios de Alvorada do Sul, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Rolândia, Sertanópolis e Tamarama.

São fornecidos gratuitamente medicamentos indicados para o tratamento de mais de 80 doenças, como Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, hepatites virais, asma grave, Esclerose Múltipla, além de atender pacientes em terapia pós-transplante.

Marilena Antunes é filha de uma paciente que recebe medicamentos para tratar Mal de Alzheimer. Ela, que retira os medicamentos mensalmente para sua mãe, ressalta a diferença que vem sentindo neste período de mudanças na farmácia. “Antes havia muita gente no salão de espera e o local era pouco arejado. Hoje há mais ventilação, o espaço é amplo e o atendimento é rápido”, afirma.

Com as mudanças, o tempo de espera pela retirada do medicamento é de aproximadamente 10 minutos. Antes a espera durava em média 30 minutos. A agilidade é fruto do aperfeiçoamento do fluxo de atendimento, com senhas, painéis eletrônicos e sistema informatizado.
PROGRAMA – Esta é a 8ª unidade a ser reestruturada pelo Governo do Estado por meio do Programa Farmácia do Paraná. As sedes de Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco, Apucarana, Telêmaco Borba, Cascavel e Toledo também já ganharam novos espaços. A previsão é que até o final de 2014 todas as 22 farmácias do Estado sejam reformadas, ampliadas ou construídas em novos locais.

Além dos investimentos na rede própria, o governo estadual também destina recursos para qualificar a área sob responsabilidade dos municípios. As prefeituras recebem incentivos para custeio e capacitação das equipes de assistência farmacêutica. O Estado apoia ainda o Consórcio Paraná Saúde, que adquire e distribui medicamentos do componente básico para 391 municípios.

Também participaram da inauguração o secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, deputados federais, deputados estaduais, diretores de hospitais, prefeitos e demais autoridades da região.

Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
 

AOS NOVE ANOS, BRITÂNICAS FAZEM "WING-WALKING"

Atualizado em  21 de agosto, 2013

           
   
           
   
           
   
           
   
           
   
           
           
           
   
       
Duas garotas britânicas de nove anos se tornaram as mais jovens praticantes de wing-walking do mundo.

 O esporte consiste em viajar do lado de fora de um avião, amarrado a uma cadeira, fazendo acrobacias.


As primas Rose Powell e Flame Brewer realizaram sua aventura em um aeroporto em Gloucestershire, na Grã-Bretanha

Elas dizem que decidiram começar a praticar o esporte para obter doações para uma organização de caridade.

A ONG ajuda crianças com distrofia muscular, doença que diminui a capacidade de movimento dos pacientes à medida que vão ficando mais velhos.

A família das meninas tem tradição na aviação. Rose diz que a maioria de seus parentes têm brevê de aviador e as duas serão a terceira geração a praticar o wing-walking

Durante o vôo, os biplanos que levavam as meninas atingiram a velocidade de 160 km/h.
Ao voltar do passeio, elas disseram que não se intimidaram e que repetirão a experiência.

NOVO TRATAMENTO SE MOSTRA PROMISSOR CONTRA A DOENÇA DE CROHN E A COLITE ULCEROSA

Inflamações intestinais  22/08/2013

Medicamento limita o risco de efeitos colaterais.

 

Um novo tratamento se mostrou muito promissor contra a doença de Crohn e a colite ulcerosa, graves inflamações intestinais crônicas, segundo dois testes clínicos internacionais publicados esta quarta-feira nos Estados Unidos.


Uma nova molécula, a vedolizumab, do laboratório japonês Takeda, oferece esperança renovada aos quatro milhões de pessoas que sofrem de alguma destas duas doenças autoimunes, afirmam cientistas que realizaram estes estudos clínicos, publicados na revista New England Journal of Medicine.

Os testes clínicos de fase 3 foram realizados em 39 países e tiveram a participação de 3 mil pessoas.

Os testes mostraram resultados muito promissores para os doentes que sofrem de doença de Crohn e colite ulcerosa, para as quais os tratamentos convencionais como os esteroides ou supressores do sistema imunológico são ineficazes — explicou William Sandborn, diretor do Centro de Doenças Inflamatórias Intestinais da Universidade da Califórnia em San Diego, que fez o estudo sobre a doença de Crohn.

Este tratamento modifica o enfoque terapêutico destas doenças, já que muitos doentes que sofrem de colite ulcerosa observaram a cura do intestino, mantida com a continuidade da ingestão de vedolizumab — acrescentou.

O anticorpo, administrado via intravenosa, ataca as células imunológicas do intestino que liberam um tipo de proteínas (citocinas) responsáveis pela inflamação, que causa danos nos tecidos dos intestinos grosso e delgado e provoca diarreia.

O tratamento é muito direcionado, o que limita o risco de efeitos colaterais, enquanto os tratamentos tradicionais são acompanhados de efeitos como perda de peso, náuseas ou dor de cabeça, afirmaram os cientistas. Além disso, os medicamentos convencionais contra a doença de Crohn e a colite ulcerosa fragilizam o sistema imunológico, o que por sua vez aumenta o risco de infecções.

Esta doença pode provocar complicações graves, como oclusão intestinal, desnutrição ou câncer de cólon, às vezes uma extirpação cirúrgica de parte do intestino.

NEUROPATIA DIABÉTICA ATINGE A METADE DOS PACIENTES COM DIABETES

Pé diabético   22/08/2013 

O distúrbio é a principal causa de amputações não traumáticas no mundo.


A neuropatia diabética é um dos distúrbios mais complexos e, ao mesmo tempo, mais comuns associados ao diabetes: atinge a cerca de 50% dos pacientes. Sabe-se que os níveis elevados de glicose no organismo dos pacientes diabéticos ocasionam o aumento do "estresse oxidativo", o que causa danos aos nervos periféricos, atingindo principalmente os pés. Os sintomas, quando surgem, variam de dores intensas a diminuição da sensibilidade dos membros. As causas ainda não foram completamente elucidadas pela ciência, segundo a endocrinologista e coordenadora do programa de pé diabético da Federação Internacional de Diabetes, para as Américas do Sul e Central, Hermelinda Pedrosa.

Uma das principais características dos sintomas é seu surgimento ou piora à noite, em horário de repouso. Isso causa um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Muitos chegam a acordar no meio da noite com dores nas pernas, outros têm dificuldades para dormir, por conta de sensações, como queimação, formigamento, dores descritas como facada ou pontada, ou choque na perna e nos pés. 

Há casos em que a pessoa sente dores com o toque do cobertor ou lençol, ou mesmo da roupa, que caracteriza a alodínia, muitas vezes não compreendida como uma forma de dor neuropática —conta a endocrinologista. 

A perda da sensibilidade, por sua vez, traz outros riscos: uma ferida no pé — ocasionada por um objeto estranho dentro do sapato, ou mesmo por um corte de unha mal feito — pode passar despercebida e, com o passar do tempo, evoluir para uma ulceração de difícil cicatrização. Nos casos em que não há tratamento em tempo hábil, existe o risco da amputação do membro.

A neuropatia diabética é a maior causa de amputações não traumáticas, aquelas que não são causadas por acidentes, compreendendo entre 40 a 70% em todo o mundo — afirma Hermelinda. 

O diagnóstico da neuropatia diabética é feito por meio do exame dos pés do paciente, no consultório, além de testes neurológicos básicos que visam detectar a resposta a estímulos dolorosos e não dolorosos (temperatura, dor, vibração e proteção plantar, além de reflexos). 

Os exames são simples, de baixo custo e podem ser feitos por qualquer profissional adequadamente treinado. Mas, infelizmente esta não é uma prática adotada pela maioria dos médicos.

 Dados de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Diabetes, realizada pela internet em 2005, apontam que 65% dos mais de 300 pacientes-internautas participantes nunca tiveram seus pés examinados — relata a especialista. 

Segundo Hermelinda, a falta de prevenção e do tratamento para os pacientes com neuropatia diabética causa um grande impacto psicossocial, seja na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, seja no alto custo para o sistema de saúde, sobretudo com gastos relacionados à amputação. 

A prevenção passa primeiramente pelo controle constante da glicemia dos diabéticos, principalmente para aqueles com diabetes tipo1, assim como das outras complicações ligadas à doença como a hipertensão arterial, dislipidemia e a obesidade. Ao mesmo tempo, as equipes médicas devem estar permanentemente atentas à condição dos pés dos pacientes.

A neuropatia diabética não tem cura, mas podemos controlar a doença impedindo sua progressão e aliviando os sintomas com o uso de medicamentos disponíveis no mercado. O diagnóstico precoce é fundamental para impedir que o paciente tenha complicações mais graves, como a formação de úlceras de difícil tratamento, impedindo assim que haja necessidade de amputação do membro — completa a endocrinologista



SEMANA DO ACIDENTE VASCULAR ESTIMULA A PREVENÇÃO DE DOENÇAS COMO AVC

O infarto do cérebro   18/08/2013  

Especialistas explicam o que é, os sintomas e como evitar os três inimigos das artérias.


Os dados são assustadores: no Brasil, o acidente vascular cerebral (AVC) é a causa mais frequente de óbito entre adultos. Nos 30 dias seguintes à ocorrência, o índice de mortalidade é de 10%. Ao longo do primeiro ano, sobe para 40%. Os sobreviventes geralmente têm de suportar sequelas incapacitantes que impedem o retorno ao trabalho e prejudicam sua qualidade de vida.

Para alertar sobre esta e outras doenças relacionadas à circulação sanguínea, como varizes, trombose arterial e aneurisma, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular — Regional Rio Grande do Sul (SBACV/RS) promove, entre 15 e 21 de agosto, a Semana Estadual da Saúde Vascular. A campanha tem apoio do Grupo RBS.

Mortalidade elevada e consequências sociais
Para explicar o AVC, causado pela obstrução de um vaso sanguíneo que irriga o cérebro, Luiz Francisco Costa, cirurgião vascular do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, faz uma comparação com outra urgência médica, o infarto. O paciente enfarta quando as artérias coronárias são entupidas por placas de gordura, impedindo o fluxo de sangue no coração. O AVC do tipo isquêmico, que correspondente a cerca de 80% a 85% do total de casos, é como se fosse um infarto do cérebro. As carótidas, artérias do pescoço que levam sangue ao órgão, também podem ser fechadas, causando esse "infarto".

Como medida preventiva, é fundamental o controle dos fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, alterações de colesterol, sedentarismo e obesidade.

O importante, no AVC, é chegar antes, conscientizar. A pessoa precisa saber que existe isso. As consequências sociais e pessoais são terríveis. O AVC é uma doença evitável, e o ponto fundamental é o tratamento da pressão alta — orienta Costa.

Caminhar é o melhor remédio
Vice-presidente da SBACVRS, Renan Onzi esclarece que o sistema de circulação sanguínea é um só, contemplando todo o organismo. Quem tem problema em uma área do corpo, portanto, pode ter em outras.

O paciente que sofre de doença arterial obstrutiva periférica (trombose nas artérias das pernas), por exemplo, precisa investigar também as artérias carótidas e as coronárias. O cirurgião vascular salienta a importância de uma medida simples e eficaz para a manutenção da saúde vascular: as caminhadas.

Uma das recomendações da campanha sobre consciência vascular é que as pessoas se exercitem por pelo menos 40 minutos, três vezes por semana, explica Onzi:

 É algo muito simples. Caminhar aumenta a circulação. Se você tem uma trombose no vaso principal que leva sangue para a perna, o fato de caminhar e não fumar pode desenvolver a circulação colateral ao redor dessa trombose, evitando a necessidade de tratamento cirúrgico. Caminhar é um dos melhores tratamentos para prevenir e até mesmo tratar a trombose arterial.

O AVC EM NÚMEROS
O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo.

Cerca de 85% dos casos ocorrem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, e um terço deles atinge a parcela economicamente ativa da população.

No Brasil, o AVC é a causa mais frequente de morte entre adultos.

Nos primeiros 30 dias após o AVC, o índice de mortalidade é de 10%, e sobe para 40% ao longo do primeiro ano.

A imensa maioria dos sobreviventes necessita de reabilitação para as sequelas neurológicas. Aproximadamente 70%não retornam ao trabalho, e 30% necessitam e auxílio para caminhar.

Fonte:
Ministério da Saúde


TRÊS INIMIGOS DAS ARTÉRIAS
Acidente vascular cerebral
AVC é o termo médico para definir o que é popularmente conhecido como derrame. O AVC do tipo isquêmico, que corresponde entre 80% a 85% dos casos, ocorre quando há obstrução de um vaso sanguíneo que irriga o cérebro. Entre as causas, pode estar o aparecimento gradual de material viscoso e gorduroso nas paredes dos vasos ou o deslocamento de um coágulo de sangue formado em algum lugar do corpo — ele se solta e flutua até os vasos cerebrais, onde provoca a obstrução da circulação.

Fatores de risco: hipertensão, tabagismo, alterações do colesterol, diabetes.
Como prevenir:
o controle dos fatores de risco, principalmente da pressão alta, é fundamental.
Sintomas: o AVC já é a manifestação principal do problema. Pode provocar paralisia total ou parcial, alterações de sensibilidade no corpo e perda da fala. Em alguns casos, há perda de equilíbrio e queda.
Tratamento: se o paciente fica com uma sequela grande que compromete os movimentos, pode ser submetido a sessões de fisioterapia e tomar medicamentos. Pacientes com sequelas menores podem passar por um procedimento cirúrgico para evitar novo AVC. A atenção aos fatores de risco deve ser permanente.
Trombose arterial


É um estreitamento dos vasos de circulação causado por placas de gordura (ateromas). Pode haver entupimento, provocando uma isquemia (falta de sangue) na área a ser irrigada. É mais comum após os 40 anos, mas pode ocorrer antes.
Fatores de risco: tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, alterações do colesterol, hereditariedade, sedentarismo. Até os 50 anos, os homens são os mais atingidos. Após os 60, parece não haver diferença de ocorrência entre os sexos.

Como prevenir: não fumar, controlar o diabetes e a pressão arterial, tratar distúrbios do colesterol (triglicerídeos) e praticar atividade física regular.
Sintomas: o sintoma mais frequente de obstrução nas artérias da perna é a claudicação intermitente, caracterizada por dor, formigamento e desconforto muscular. Piora ao caminhar e é amenizado com o repouso. Como a dor obriga a parar, a condição é conhecida, popularmente, como "doença das vitrines" — a pessoa para em frente a uma loja e observa os artigos até sentir uma melhora. É necessário procurar um cirurgião vascular, que identificará a área mal irrigada. Em até 50% dos casos, a trombose arterial nas pernas é indício de doença em outras regiões, como nas artérias do pescoço (carótidas) ou do coração.
Tratamento: a partir do exame clínico, o médico opta por medicamentos ou cirurgia (colocação de ponte de safena na perna ou tratamento endovascular, com a dilatação da artéria por meio de um cateter, com ou sem a colocação de um stent, o que reativa a irrigação).

Varizes
São veias superficiais anormais, dilatadas, em formato cilíndrico ou tortuoso, resultantes de alteração nas paredes e válvulas arteriais. São mais comuns entre mulheres (60%) e brancos. Nos casos mais graves, além do prejuízo estético, pode ocorrer flebite (inflamação da veia), eczema (mancha marrom na face interna da perna), edema (inchaço) e formação de úlceras (feridas).

Fatores de risco: hereditariedade, gestações sucessivas, idade (pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas o risco aumenta com o passar dos anos), obesidade, imobilidade (muito tempo de pé ou sentado) nas atividades de rotina e sedentarismo. Uso de salto alto, depilação, subir escadas e fazer ginástica não têm relação com o aparecimento de varizes.

Como prevenir: a prevenção das varizes é difícil, mas se pode impedir que piorem com rapidez. Algumas medidas: evitar o sobrepeso, manter uma dieta rica em fibras, não ficar muito tempo em pé ou sentado, não usar cintos muito apertados, caminhar com frequência, não fumar, usar meias elásticas e, quando possível, não tomar hormônios anticoncepcionais.

Sintomas: cansaço, queimação e sensação de peso nas pernas, inchaço (principalmente ao redor do tornozelo). O desconforto piora ao fim do dia, no calor, durante a gravidez ou depois de longos períodos em pé. Sente-se alívio quando as pernas são erguidas ou após o sono, quando o inchaço cede. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico e ecografia do sistema venoso (ecodoppler), mostrando a insuficiência das válvulas e os segmentos comprometidos.
Tratamento: a partir do resultado do exame, o médico decide entre cirurgia ambulatorial, convencional (método mais difundido) ou termoablação (método alternativo). Microvarizes podem ser esclerosadas (secadas) em consultório.

Fontes: cirurgiões vasculares Luiz Francisco Costa, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e Renan Onzi, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular