Chega de exaustão! 28/08/2013
Na maioria das vezes, o diagnóstico da fadiga crônica é feito por exclusão e sabe-se também que acomete mais mulheres.
Estudos mostram que os sintomas na maioria das vezes são prolongados e podem durar de 37 a 56 meses.
A síndrome da fadiga crônica (SFC) é uma doença complexa que já
recebeu nos dois últimos séculos várias denominações: neurastenia,
síndrome da fadiga pós-viral, encefalomielite miálgica e mononucleose
crônica. Alguns autores classificam o problema como uma enfermidade da
mesma família que a fibromialgia, a síndrome do intestino irritável e o
distúrbio do estresse pós-traumático.
Atualmente, a fadiga crônica tem sido entendida como uma doença
bastante incapacitante, pouco conhecida, com incidência de 1% na
população, mas com estimativas superiores quando se usam modelos
diagnósticos menos rígido , em geral com bom prognóstico e sobretudo
sub-diagnosticada ( 80% dos pacientes não tem diagnóstico).
Ela se
caracteriza por fadiga em período igual ou superior a seis meses
acompanhando pelo menos quatro dos seguintes sintomas abaixo segundo a
orientação da International Chronic Fatique Syndrome Study Group
(ICFSSG):
— Sono não reparador
— Dores musculares
— Dores em várias articulações, mas sem sinais inflamatórios (reumáticos)
— Dor de cabeça
— Dor de garganta
— Gânglios dolorosos e inflamados
— Alteração da memória recente
— Alteração da concentração
— Fraqueza intensa que persiste por 24 horas após atividade física.
— Cefaleia recorrente
— Febre baixa
— Alterações do sono (Hipersonia ou insônia)
Na maioria das vezes, seu diagnóstico é feito por exclusão e sabe-se
também que acomete mais mulheres (sobretudo brancas e jovens) que homens
e alguns estudos mostram que os sintomas na maioria das vezes são
prolongados, podendo durar de 37 a 56 meses.
Infelizmente esta moléstia é pouco diagnosticada na maioria das
vezes, sendo atribuído a vida agitada, estresse, dietas inadequadas e
sedentarismo como raiz do problema, o que apenas retarda o diagnóstico e
inicio do tratamento.
Os tratamentos até o momento propostos seguem as recomendações da
ICFSSG e se baseiam na redução e se possível na eliminação dos sintomas.
Atividade física leve e suportável é desejável e mudança no estilo de
vida evitando tarefas exaustivas (mentais e físicas) parece bastante
razoável, além de medidas antiestresse.
Os resultados irão depender das respostas individuais, levando em
conta que existe um tempo de restabelecimento normal das glândulas
suprarrenais, sensíveis aos diversos níveis de estresse, capaz de
reduzir a capacidade funcional do sistema imunológico por aumento ou por
diminuição da liberação do cortisol, agudo ou crônico.
A fadiga crônica parece estar bastante relacionada a estas duas
formas de estresse sendo que na fase aguda existe óbvia ação mais
intensa do cortisol e o indivíduo está mais suscetível a infecções
enquanto nas formas mais crônicas, surgem fenômenos inflamatórios e auto
imunológicos onde a síntese do glico corticóide pela suprarrenal já
está pouco comprometida.
O assunto ainda é bastante controverso e carece de maiores
investigações para se transformar em um tratamento padrão, sendo,
atualmente, individualizado e personalizado, atendendo às necessidades
peculiares de cada paciente, onde, o correto diagnóstico e o início
precoce do tratamento oferece melhora na qualidade devida das pessoas,
desde a fase inicial de tratamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário