CORDÃO SALVADOR

29 de dezembro de 2012  LEUCEMIA
Mãe pode se curar de leucemia com ajuda de células-tronco de filha de dois meses.
 
Sessenta dias após o nascimento da primeira filha, Liz, a bióloga Fabricie Marcele Wilbert, 38 anos, de Maringá (PR), recebeu outra boa notícia no dia 14 de dezembro. As células-tronco do cordão umbilical de Liz são compatíveis e poderão ser utilizadas no tratamento realizado por Fabricie, que sofre de leucemia mieloide crônica. A notícia foi confirmada pela assessoria de imprensa do Centro de Terapia Celular Cordcell.

O sangue do cordão umbilical será a fonte de células-tronco para o transplante de medula óssea, que poderá ser realizado em breve, caso a quimioterapia não dê o resultado esperado. Fabricie descobriu que estava com a doença em março deste ano, quando fez o primeiro exame pré-natal.

A incidência desse tipo de leucemia em adultos é de dois casos a cada 100 mil habitantes.

O exame de sangue indicava alteração celular. Tive um susto, mas resolvi encarar o problema de frente – contou a mãe em outubro.

A coleta das células-tronco de Liz foi realizada logo após o parto, em 15 de outubro, no Hospital Santa Casa de Maringá, justamente a data do aniversário de Fabricie. Segundo o médico e fundador da Cordcell, Adelson Alves, o material passou por diversos testes e poderá ser utilizado em um possível transplante.

O transplante de células-tronco do cordão umbilical apresenta menos reações adversas do que o transplante com células da medula óssea. No entanto, vale ressaltar que essa é a última fase do tratamento. O procedimento só será indicado caso a mãe não tenha boa resposta ao tratamento quimioterápico – ressaltou.

Fabricie está respondendo bem ao tratamento quimioterápico desde o último mês.” Sendo assim, as células estão armazenadas e podem ser uma alternativa de tratamento na necessidade do transplante.


Para armazenar o material genético, é preciso desembolsar cerca de R$ 3 mil

O armazenamento das células-tronco do sangue do cordão umbilical custa, em média, R$ 3 mil. Segundo o fundador da empresa Cordcell, o Brasil realiza de 50 mil a 70 mil retiradas desse tipo de célula-tronco por ano, número que, segundo ele, ainda é baixo. Para Alves, a popularização do procedimento esbarra na falta de conhecimento da população:

Por ser um procedimento novo, ainda existe um certo descrédito. Pensam que é coisa do futuro, mas já está acontecendo.

Casos como os de Fabricie são raros. Uma situação semelhante ocorreu em maio de 2001 nos Estados Unidos, quando uma moradora de Houston, no Texas, apresentou diagnóstico de leucemia mieloide crônica, a mesma doença da bióloga brasileira. A americana, de 43 anos, não encontrou doadores ou amostras compatíveis nos registros de doadores de medula óssea. Sua esperança recaiu sobre a amostra de células-tronco de seu filho de três anos, que estava armazenada em um banco de sangue de cordão umbilical privado. A amostra era compatível, e o transplante foi realizado com sucesso.
 

GORDURA INFLUENCIA DECISÕES TOMADAS POR CÉLULAS CEREBRAIS

28/12/2012 

Cientistas no Instituto Karolinska, na Suécia, descobriram que a gordura influencia as decisões tomadas pelas células cerebrais para produção e sobrevivência, avança o site Isaúde.

A equipa identificou duas moléculas que têm um papel importante na sobrevivência e na produção de células nervosas do cérebro, incluindo as produtoras de dopamina.

A descoberta pode ser significativa, a longo prazo, para o tratamento de diversas doenças, tais como Parkinson.

Estudos anteriores mostraram que os receptores conhecidos como "receptores X do fígado" ou LXR, são necessários para a produção de diferentes tipos de células nervosas, ou neurónios, no mesencéfalo ventral em desenvolvimento. Um destes tipos, as produtoras de dopamina, desempenham um papel importante em várias doenças.

O que não era conhecido, no entanto, era quais moléculas estimulam LXR no mesencéfalo, de tal modo que a produção de novas células nervosas possa ser iniciada. Os cientistas usaram espectrometria de massa e experiências sistemáticas no peixe paulistinha e ratos para identificar duas moléculas que se ligam a LXR e o activam.

Estas duas moléculas são denominadas ácido eólico e 24,25-CE, e representam o ácido biliar e um derivado do colesterol, respectivamente. A primeira molécula, o ácido eólico, influencia a produção e a sobrevivência de neurónios no que é conhecido como núcleo vermelho, importante para a entrada de sinais vindos de outras partes do cérebro. A outra molécula, 24,25-CE, influencia a geração de novas células nervosas produtoras de dopamina, que são importantes no controlo de movimento.

Uma conclusão importante do estudo é que 24,25-CE pode ser usada para transformar células-tronco em neurónios produtores de dopamina, o tipo de célula que morre na doença de Parkinson.

Esta descoberta abre a possibilidade de utilização de derivados de colesterol na medicina regenerativa futura, uma vez que novas células produtoras de dopamina criadas em laboratório poderiam ser utilizadas para transplante em pacientes com doença de Parkinson.

"Estamos familiarizados com a ideia do colesterol como um combustível para as células, e sabemos que é prejudicial para os humanos consumir muito colesterol. O que nós mostramos agora é que o colesterol tem várias funções, e que ele está envolvido em decisões extremamente importantes para os neurónios. Derivados do colesterol controlam a produção de novos neurónios no cérebro em desenvolvimento. Quando essa decisão foi tomada, o colesterol ajuda na construção destas novas células e na sua sobrevivência. Assim colesterol é extremamente importante para o corpo, e em particular, para o desenvolvimento e função do cérebro", conclui o líder da pesquisa Ernest Arenas.


NÃO VOU DESISTIR DA VIDA DIZ GAROTO COM DOENÇA LETAL, EM ARIQUEMES, RO

26/12/2012

Lucas foi diagnosticado com distrofia muscular há dois anos.
Lucas, de 15 anos, tem distrofia muscular e sabe da gravidade da doença.
Mal afeta um em cada 3,5 mil meninos, segundo médico.

"Sei que com o passar do tempo vou ser totalmente dependente, mas não vou fraquejar, não vou desistir da vida", afirma o estudante Lucas Anacleto Emerick Gomes, de 15 anos, que sofre de distrofia muscular de Duchenne. A doença de Lucas não tem cura e leva à morte até a terceira década de vida. Apesar do diagnóstico, o jovem vive seus dias sem reclamar da vida, em Ariquemes (RO).

Lucas é o segundo filho da dona de casa Lucimar da Silva Anacleto, de 38 anos, e do plainista Antonio Emerick Gomes, de 53 anos. O casal tem mais uma filha de 20 anos, que não desenvolveu a doença. Lucimar conta que aos sete anos, Lucas começou a cair muito e tinha dificuldade em levantar. Os pais então levaram o filho a vários médicos, mas a doença só foi diagnosticada aos 13 anos, no Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) da Universidade de São Paulo (USP).

"Foi descoberto que eu tenho a doença e passei para ele. A doença é hereditária, mas se manifesta principalmente nos meninos. No entanto, os médicos recomendaram que eu e minha filha façamos exames regulares", explica Lucimar.

Lucas e a mãe, Lucimar, e o pai, Antônio

A distrofia muscular de Duchenne é caracterizada pelo progressivo enfraquecimento dos músculos, que afeta a mobilidade. Aos 13 anos Lucas começou a usar cadeira de rodas. "Num dia na escola ele parou de andar. Fui buscá-lo na escola e saí com ele no colo. Fiquei muito triste", lembra Lucimar.

Após comprometer os músculos das pernas, a doença já começa a atingir os movimentos dos membros superiores, mas isso não impede Lucas de realizar suas atividades. Dificilmente Lucas deixa de ir à escola.  "Estar entre as pessoas é um dos melhores momentos da minha vida e na escola eu me sinto muito bem”. Na rotina de Lucas há sessões de fisioterapia, consultas médicas e seis doses diárias de remédios.

'Ligado' na internet, o jovem é consciente da gravidade da doença, mas surpreende a família, ao não demonstrar tristeza. "Nunca o vi reclamando da vida. Ele é um menino feliz, estuda e se diverte com os amigos", comenta Lucimar.


Lucas se informa sobre a doença na internet


Sobre o futuro, o estudante expõe suas previsões.  "Eu sei que a doença vai acabar comigo, mas vou enfrentar os sintomas e lutar até o fim. Não tenho medo de morrer", enfatiza.

Em contrapartida, Lucas também revela objetivos sem aparentar abatimentos. "Quero aprender inglês e fazer o curso de técnico de informática. Quero trabalhar e estudar. Quero fazer o máximo que puder nesta vida".

O pai Antonio diz que através da força de vontade o filho ensina as pessoas. "Ele é um exemplo de vida, de coragem. Enquanto reclamos de um monte de coisas, ele simplesmente vive os seus dias, aproveitando a vida, sem reclamar de nada", salienta.


A doença


O médico neurologista Walter Virhuez Padilha explica que a distrofia de Duchenne é uma doença que afeta um em cada 3,5 mil meninos e que o quadro clinico costuma ser de piora progressiva. "A doença provoca a morte até os 30 anos, geralmente por complicações respiratórias, visto que a distrofia afeta o diafragma, músculo responsável pelos movimentos respiratórios dos pulmões”.

Padilha diz que os pacientes podem ter os sintomas da doença minimizados, associando o uso de remédios, com consultas periódicas ao neurologista, cardiologista, e sessões de fisioterapia. 

"Infelizmente ainda não há cura para esta doença, mas os pacientes podem ter uma melhor qualidade de vida, com cuidados médicos e apoio da família e amigos, para ter uma vida feliz", afirma.

TÉCNICA ABRE PORTAS PARA A CRIAÇÃO DE VASOS SANGUÍNEOS EM LABORATÓRIO

27/12/2012 

Cientistas da Johns Hopkins University, nos EUA, guiaram células-tronco a se tornarem dois tipos diferentes de tecidos necessários para construir pequenas veias e artérias, noticia o site Isaúde.

A pesquisa abre portas para o crescimento de novos vasos sanguíneos em laboratório que podem ser usados para transplante em pacientes e podem ser benéficos para pessoas cujos sistemas circulatórios foram danificados por doença cardíaca ou diabetes.

"Esse é o nosso objectivo a longo prazo, dar aos médicos uma nova ferramenta para tratar pacientes que têm problemas nos vasos sanguíneos. Encontrar uma maneira de dirigir essas células-tronco a se tornarem 'blocos de construção' essenciais para criar essas redes dos vasos sanguíneos é um passo importante", afirma a líder da pesquisa Sharon Gerecht.

Gerecht e seus colegas focaram em células musculares vasculares lisas, que são encontradas dentro das paredes dos vasos sanguíneos. Dois tipos foram identificados: células sintéticas do músculo liso, que migram através do tecido circundante, continuam a se dividir e ajudam a suportar os vasos sanguíneos recentemente formados; e células contráteis do músculo liso, que estabilizam o crescimento de novos vasos sanguíneos e os ajudam a manter a pressão arterial adequada.

Para produzir essas células musculares lisas, os pesquisadores utilizaram células-tronco embrionárias e células-tronco pluripotentes induzidas. As células estaminais pluripotentes induzidas são células adultas que foram geneticamente reprogramadas para atuar como células estaminais embrionárias. As células estaminais foram usadas na pesquisa porque possuem o potencial para se transformar em tipos específicos de células necessárias para determinados órgãos dentro do corpo.

Em estudo anterior supervisionado por Gerecht, a sua equipa foi capaz de induzir células-tronco a se tornarem um tipo de tecido que se assemelhava a células musculares lisas, mas não se comportam muito corretamente. Nos novos testes, os investigadores tentaram adicionar várias concentrações de factor de crescimento e soro às células anteriores. O factor de crescimento é a 'comida' que as células consomem; soro é um componente líquido que contém células sanguíneas.

Quando eles adicionaram mais factor de crescimento e soro, as células estaminais sintéticos se transformaram em células do músculo liso. Quando um montante muito menor desses materiais foi adiccionado, elas tornaram-se células contráteis do músculo liso.

Segundo os investigadores, esta capacidade de controlar o tipo de células do músculo liso formada no laboratório pode ser crucial para o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos. 

"Quando estamos a construir um vaso para levar o sangue, precisamos das células contráteis para fornecer estrutura e estabilidade. Mas trabalhando com pequenos vasos sanguíneos, as células sintéticas migratórias podem ser mais úteis", explica Gerecht.

No cancro pequenos vasos sanguíneos se formam para nutrir o crescimento do tumor. O presente trabalho também pode ajudar os investigadores a compreender como os vasos sanguíneos em tumores são estabilizados, o que poderia ser útil no tratamento do cancro.

CONFIRA DICAS PARA EVITAR PROBLEMAS DE CIRCULAÇÃO DURANTE VIAGENS LONGAS

Até risco de vida  26/12/2012

Nem sempre dá para botar as pernas para cima em viagens longas.
Falta de movimentação pode causar trombose e, a partir daí, embolia, que chega a ser fatal.

Em longas viagens de avião ou carro, ficar com as pernas paradas e numa só posição dificulta a circulação sanguínea, o que pode provocar inchaço e até, em casos mais graves, entupir alguma veia. Esse problema, conhecido como trombose venosa, tem como sintomas dores na batata da perna, vermelhidão, aumento de temperatura e inchaço (principalmente se uma perna ficar maior que a outra). 

As pessoas devem ficar atentas aos sinais durante uma viagem. Muitas vezes a trombose é silenciosa e pode levar à embolia pulmonar — diz o médico angiologista Ary Elwing, referindo-se a uma situação potencialmente fatal, que ocorre quando um coágulo da perna se solta e chega até os pulmões.

Segundo ele, para evitar o risco de trombose, qualquer pessoa que for viajar por um período maior que duas horas deve beber bastante líquido, descartar o consumo de álcool, usar meias elásticas de compressão para facilitar a circulação sanguínea, procurar caminhar a cada duas horas e não ingerir remédios para dormir. 


A seguir, o especialista lista dicas que ajudam a circulação sanguínea durante as viagens: 


:::: Não permaneça sentado por longos períodos.

:::: Eleve as pernas se estiver sentado por período de tempo moderado.

:::: Faça exercícios durante a viagem: com os calcanhares apoiados no chão, movimente os pés alternadamente para cima e para baixo por cinco minutos. Repita o ciclo a cada hora.

:::: Não deixe de fazer pequenas caminhadas.

:::: Mantenha-se hidratado, ingerindo bastante líquidos e evitando bebidas alcoólicas. 

:::: Use roupas confortáveis.

:::: Acomode as bagagens de mãos no compartimento específico para que você tenha espaço para esticar as pernas.

:::: Converse com seu médico sobre a necessidade de medicamentos e uso de meias de compressão elástica para viagens longas.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/12/confira-dicas-para-evitar-problemas-de-circulacao-durante-viagens-longas-3992536.html

 

NOVO EXAME DE OLHO PODE PREVER AVANÇO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

26 de Dezembro de 2012 

O teste leva apenas alguns minutos e pode ser realizado em consultórios médicos.

Pesquisadores da Universidade John Hopkins, de Baltimore, nos Estados Unidos, desenvolveram um teste rápido e fácil que pode oferecer uma nova maneira efetiva de se medir quão rapidamente a Esclerose Múltipla está progredindo em pacientes com a doença, informa o jornal britânico Daily Mail.

Os pesquisadores realizaram exames que medem a espessura do revestimento na parte posterior do olho com 164 pacientes da doença. A equipe descobriu que pacientes com a retina mais enfraquecida apresentam sintomas da Esclerose Múltipla antes e mais ativos.

O exame, conhecido como Optical Coherence Tomography (Tomografia de Coerência Ótica), leva apenas alguns minutos por olho e pode ser realizado em um consultório médico.

A Esclerose Múltipla é uma doença que afeta o cérebro e a espinha dorsal e provoca problemas para o movimento muscular, equilíbrio e visão. 

FONTE:http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/novo-exame-de-olho-pode-prever-avanco-da-esclerose-multipla,36360120257db310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html


ACUPUNTURA EM ALTA

22 de dezembro de 2012

Atendimentos pelo SUS aumentam em 76% no país

 

De acordo com um levantamento inédito feito pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), órgão oficial da acupuntura médica no país, o total de atendimentos realizados pelo SUS – Sistema Único de Saúde, em 2012, representou crescimento de 76,4% em relação aos dados do ano anterior. Os números foram tabulados pelo Ministério da Saúde.

No período de um ano, os atendimentos gratuitos em acupuntura , realizados através do SUS, passaram de 680 mil (2011) para 1,2 milhão (2012), e as agulhas já apresentam uma nova alternativa de tratamento, com a crescente utilização em consultórios médicos.

Implantada, nos serviços públicos de saúde, há mais de 20 anos (desde 1988), os atendimentos são realizados principalmente nas Unidades Básicas de Saúde e nos Núcleos de Apoio à Família, além dos hospitais.

Para ter acesso, o paciente precisa ser encaminhado por um médico do serviço público. Atualmente, a acupuntura gratuita (SUS) é feita por 500 médicos, dentro de um total de cerca de 10 mil profissionais médicos que utilizam a acupuntura no país.


Panorama em solo brasileiro


> 9,5 mil médicos são filiados ao CMBA, o que representa 3% da população médica do país.

> 3 mil médicos têm título de especialistas em acupuntura, credenciados pela Associação Médica Brasileira.

>
Em 2011, houve 1,2 milhão de atendimentos pelo SUS.

>
Todos os Ambulatórios Médicos de Especialidades do Estado (AME) contam com um especialista em acupuntura, dentre as 27 especialidades atendidas.

> A acupuntura foi reconhecida oficialmente, desde 1995, como especialidade médica pelas instâncias e autoridades competentes do país (Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Federação Nacional dos Médicos).

>
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em 27 de março de 2012, definiu que a acupuntura trata doenças e de que no Brasil, o diagnóstico e tratamento de doenças são atividades exclusivas de médicos.

FONTE:
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3989699.xml&template=3898.dwt&edition=21055&section=1028

INEFICAZ PARA SAUDÁVEIS

22 de dezembro de 2012

Medicamentos para déficit de atenção devem ser administrados com cuidado.

 

Ao contrário do que os jovens sadios acreditam, o uso de metilfenidato (vendido nas farmácias com os nomes Ritalina ou Concerta) – indicado para o tratamento de déficit de atenção – não altera a memória e a atenção durante os estudos ou mesmo no trabalho. Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada pelo departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), que concluiu que a memória e a atenção não foram alteradas nas pessoas que não tinham problemas após o consumo do ampliador cognitivo. Participaram da pesquisa 36 homens, com idade entre 18 e 30 anos, e que tinham, no mínimo, 11 anos de escolaridade.

Largamente utilizada para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o metilfenidato tem eficácia para quem desenvolve uma desordem neurocomportamental, diagnosticada, na maior parte dos casos, durante a infância. Em adultos, assim como em crianças com TDAH, são observadas melhoras na atenção e nos níveis de concentração após o uso do medicamento.

Porém, de acordo com o estudo, não foram observadas diferenças nas funções cognitivas de pessoas sadias em nenhum dos testes.

A impressão de que o metilfenidato melhora o desempenho cognitivo em pessoas jovens e saudáveis se deve provavelmente ao efeito subjetivo de bem-estar. Os efeitos da administração desses fármacos em pessoas nessas condições devem ser avaliados com cautela, pois podem trazer efeitos colaterais ao organismo, como taquicardia, alteração da pressão arterial, insônia e tontura – explica a pesquisadora Silmara Batistela.

Uso indiscriminado preocupa
Atualmente, jovens sadios são pressionados a apresentar bons desempenhos, seja no trabalho ou nos estudos. Diversas pesquisas têm mostrado relatos de estudantes que dizem fazer uso de medicações estimulantes, legal ou ilegalmente, para um melhor desempenho acadêmico e, especificamente, para aumentar os níveis de concentração e organização.

O estudo analisou o efeito da administração aguda de três diferentes doses do metilfenidato sobre a memória e sobre a atenção de jovens saudáveis. O diferencial desta pesquisa foi a utilização de uma ampla bateria de testes neuropsicológicos, abrangendo diferentes funções cognitivas e diferentes tipos de memória, o que geralmente não se encontra em trabalhos atuais que restringem as avaliações a uma ou poucas funções cognitivas.

É importante que tais estudos sejam realizados para avaliar tal sugestão, assim como é importante que os resultados tenham uma ampla divulgação. Os médicos e a população devem estar conscientes da não eficácia de seu uso como um simples ampliador cognitivo – sugere Silmara.

Preservando as funções cerebrais

> Atitudes simples adotadas no dia a dia podem favorecer o bom funcionamento do cérebro, como ter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos. Dormir bem também é fundamental para a atenção e concentração.

> Para “treinar o cérebro”, é importante praticar atividades que exijam raciocínio, concentração e entendimento. Hábitos de leitura, palavras cruzadas e outras atividades mentais são uma boa alternativa. Buscar sempre novos aprendizados e desafios também é muito importante para a saúde mental.

FONTE:http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3989762.xml&template=3898.dwt&edition=21055

ESTUDO DESTACA A VITAMINA D COMO FORTE ALIADA CONTRA VÁRIAS DOENÇAS

22 de dezembro de 2012

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, recebeu destaque na mídia nacional e internacional recentemente. Eles sequenciaram o código genético humano para averiguar quais regiões do DNA apresentavam receptores para as vitaminas. Receptores são uma espécie de fechadura química só aberta por chaves compatíveis – nesse caso, a vitamina D –, para liberar o acesso e a ação do composto à estrutura a qual pertencem. O time de Oxford descobriu nada menos do que 2.776 pontos de ligação com receptores desta vitamina, cujo baixos níveis no organismo já foram associados a uma sucessão de problemas de saúde, desde doenças cardiovasculares até doenças neurológicas.

A carência afeta mais de 200 processos no organismo, ou seja, a sua falta prejudica desde o humor até a pressão arterial e o risco de infarto – alerta Ícaro Alves Alcântara, médico especialista em homeopatia.

A vitamina – que na verdade é um hormônio – pode ser encontrada no leite, no salmão, sardinha, óleo de fígado de peixe, cogumelo, ovos e alguns cereais que são fortificados com essa vitamina. Entretanto, uma maneira boa de manter níveis adequados do hormônio é tomar sol de 10 a 15 minutos – nos bons horários ou somente até começar leve vermelhidão na pele exposta –, duas vezes ao dia, pois a luz solar é uma das principais fontes de absorção do nutriente. O responsável por esse estímulo é ninguém menos do que o raio UVB. Em outras palavras, apesar de perigoso em doses exageradas, o sol é necessário à saúde.

Estima-se que a vitamina D esteja faltando em mais de 70% da população, sobretudo no inverno, com a diminuição dos raios UVB – diz Alcântara.

O sistema imunológico é outro beneficiado, como explica a farmacêutica Rogy Tokarski:

A quantidade certa da vitamina permite que o corpo se defenda melhor de doenças como a gripe.



Esperança contra a esclerose

A substância tem sido vista como uma esperança também para pacientes de Esclerose Múltipla, doença autoimune que acomete células nervosas e leva à perda gradual dos movimentos. Já se sabe que o seu avanço é mais rápido em quem convive com níveis baixos da substância, como documentou um estudo da Universidade de Maas­tricht, na Holanda, após acompanhar 267 pessoas com a doença.

Outra pesquisa realizada pelo Centro Médico da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, sugere que a falta de Vitamina D pode prejudicar o tratamento de pacientes com câncer de mama. Os cientistas descobriram que 70% das 200 voluntárias, cujos resultados do tratamento se apresentavam comprometidos, tinham baixo índice da vitamina no sangue.

FALTA DE INFORMAÇÃO DIFICULTA DIETA DE PORTADORES DA DOEÇA CELÍACA

Vida sem glúten  21/12/2012

Celíacos têm intolerância permanente ao glúten.
Alimentação sem glúten é o único tratamento possível.

Os portadores da doença celíaca enfrentam desafios diários para manter o único tratamento que garante a sua qualidade de vida. Mas esses desafios não têm nada a ver com custos elevados de alguma medicação ou com reações indesejadas por causa da ingestão de alguma droga. O grande inimigo do celíaco é a falta de informação da sociedade.

A doença celíaca se caracteriza pela intolerância permanente ao glúten, uma proteína que está presente no trigo, no centeio, na cevada, na aveia e no malte, e o único tratamento possível para essa patologia é o não consumo de nenhum desses produtos e nem de seus derivados. Mas, para isso, mais que uma enorme força de vontade para resistir a diversas tentações como pães, massas ou bebidas alcoólicas, é necessário ter certeza que o alimento que será consumido está mesmo livre de glúten. E isso, muitas vezes, é mais difícil que parece.

Para evitar o consumo de glúten e manter o tratamento contra a doença, a presidente da Associação dos Celíacos do Brasil/RS (Acelbra), Ana Paula Carneiro, optou por eliminar as idas semanais aos restaurantes com a família.

Eu acabava me incomodando, me constrangendo, saindo mal. Se você fala que tem intolerância ao glúten ou que é celíaco, ninguém sabe o que é. Se fala que é alérgico, as pessoas acham que é frescura. 

Esse constrangimento sentido por Ana Paula é comum entre os celíacos. Isso porque não basta escolher os alimentos que não contem glúten em sua composição, é preciso questionar também sobre o preparo desses alimentos. 

Quando vou a um restaurante e quero comer um arroz, por exemplo, tenho que perguntar se ele foi feito na mesma cozinha que um bolo com farinha de trigo, porque o glúten no ambiente contamina os outros alimentos. Tenho que questionar sobre os temperos, o forno, os utensílios. Tudo isso pode contaminar os produtos e causar alguma reação, especialmente nas pessoas mais sensíveis — declara Ana Paula.

Além do cuidado ao alimentar-se fora de casa, o celíaco também precisa ficar atento aos produtos que compra no supermercado. Apesar da Lei nº 10.674/2003, que obriga a informação sobre a presença de glúten em todos os produtos alimentícios comercializados, diversos alimentos industrializados, como embutidos e molhos prontos, possuem farinha em sua composição e podem ser perigosos para os celíacos. 

Nenhum portador da doença obedece a dieta, mas não é porque eles não querem obedecer, é porque eles consomem glúten sem saber — afirma a gastroenterologista e professora da UFRGS, Themis Reverbel.

Com tantas restrições, a qualidade de vida do celíaco depende muito da informação, que vai desde dados sobre a composição e o preparo dos alimentos até a conscientização das pessoas, que não conhecem a doença e suas implicações. 

A solução para o convívio do celíaco é o mundo ter essa informação, para que as pessoas tenham um pouco mais de cuidado. Os celíacos, hoje, estão mal assistidos, mal orientados e mal cuidados — afirma Ana Paula. 


O que a doença celíaca


Inicialmente, pensava-se que a doença celíaca era uma enteropatia do aparelho digestivo. Hoje, já se sabe que ela é mais ampla: trata-se de síndrome de má absorção que está ligada a defeitos estruturais e funcionais do aparelho digestivo, especialmente do intestino delgado. A doença celíaca é considerada uma desordem autoimune, na qual o organismo ataca a si mesmo, caracterizada por uma intolerância permanente ao glúten. 


Sintomas


Os principais sintomas da doença celíaca clássica são a diarreia crônica ou a prisão de ventre, inchaço, flatulência, irritabilidade e desenvolvimento insuficiente entre as crianças. A doença também pode ter outras manifestações que, aparentemente, não estão relacionadas a ela como a osteoporose precoce, a anemia e até a infertilidade, tanto masculina quanto feminina. 


Tratamento


O único tratamento possível para o portador da doença celíaca é dietoterapia, ou seja, o não consumo de qualquer alimento que contenha glúten. 


Diagnóstico


A doença celíaca pode levar anos para ser diagnosticada. Há exames de sangue capazes de identificar anticorpos que são bastante eficazes, porém ainda insuficientes. Após os exames, é necessário também a realização de endoscopia com biópsia e, de acordo com o resultado, o paciente passa por um acompanhamento e a realização de novas biópsias


Grupos de risco


A doença celíaca é hereditária, é preciso uma predisposição genética para ser portador. Somando essa predisposição ao consumo de alimentos com glúten, a doença manifesta-se. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/12/falta-de-informacao-dificulta-dieta-de-portadores-da-doenca-celiaca-3988335.html

 

CONFIRA CINCO MOTIVOS PARA TROCAR O ARROZ BRANCO PELO INTEGRAL

Alimentação  20/12/2012

Arroz branco contém bem menos fibras que o integral.
Rico em fibras e vitaminas do complexo B, o grão integral é aliado no controle da diabetes.

Tradicional ingrediente no cardápio dos brasileiros, o arroz branco difere do integral porque passa por um processo de polimento que remove a casca, o germe e, por consequência, vários nutrientes. Isso faz toda a diferença a favor do integral, que é descascado, mas não passa por todo esse processo de beneficiamento. Rico em fibras e vitaminas do complexo B, o arroz integral é grande aliado no controle da diabetes e na redução da gordura abdominal. Confira a seguir, cinco motivos para trocar o branco pelo integral: 


:::: Fibras 


A principal diferença entre os dois tipos de arroz está no teor de fibras. O integral tem quase o dobro. Numa porção de 50g, o branco apresenta cerca de 1,2 miligramas de fibras, enquanto o integral apresenta 2,1 miligramas. Além de favorecer o sistema digestivo, as fibras ajudam a diminuir a velocidade da absorção de glicose e lipídios pelo organismo, o que promove sensação de saciedade por mais tempo e ajuda a evitar o acúmulo de gordura abdominal. 



:::: Faz bem ao coração


Com a inserção do arroz integral no dia-a-dia, as células gordurosas ficam mais murchas, pois o organismo absorve menos glicose e lipídios, o que facilita a circulação de sangue.



:::: Ajuda a evitar doenças


Segundo estudo feito pelo governo dos Estados Unidos, os consumidores regulares de arroz integral têm menor propensão a acumular quilos extras, além de 34% menos risco de hipertensão e 27% menos probabilidade de aumento na circunferência abdominal.



:::: É fonte de vitaminas



O arroz integral possui vitaminas do complexo B e minerais.



:::: Possui mais proteínas


Além de fornecer energia ao corpo, através dos carboidratos, possui a melhor composição de aminoácidos para o metabolismo. Ele é uma importante fonte de fósforo, potássio, ferro e vitaminas. 


FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/12/confira-cinco-motivos-para-trocar-o-arroz-branco-pelo-integral-3988077.html

 

USO DO NOTEBOOK NA CAMA CAUSA DORES EM VÁRIAS PARTES DO CORPO

Saúde  19/12/2012 

O publicitário Vinícius Cordeiro trabalha deitado em média quatro horas por dia.
Apesar de ser aparentemente relaxante, posição pode trazer desconforto.

Se você costuma utilizar o notebook na cama por longos períodos, aqui vai um alerta: embora possa parecer um momento de relaxamento, é provável que algum músculo ou grupo muscular seja sobrecarregado em decorrência da postura inadequada, o que pode resultar – e isso você talvez já tenha percebido – em dores ou desconforto.

Segundo especialistas, não há uma posição em que se possa usar o notebook na cama sem que alguma parte do corpo seja prejudicada. Além disso, suportes e mesas especiais não resolvem a questão.

Primeiro, a pessoa senta na cama e, depois, vai se soltando. Na posição em que fica quase deitada, a coluna cervical precisa ficar ainda mais fletida. Isso causa dores na cervical e ao longo da região escapular (entre o pescoço e a parte superior das costas) – diz Osvandré Lech, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e secretário da Sociedade Mundial de Ombro e Cotovelo.

Segundo o ortopedista, o uso do laptop na cama exige mais força no movimento dos antebraços, o que também pode resultar em dores no local.

Além da postura forçada em posições antianatômicas, há um esforço exagerado – diz Lech.
Quem gosta de ler no notebook deitado de bruços também pode ter problemas. Segundo o fisioterapeuta Milton Ricardo de Medeiros Fernandes, essa posição pode ocasionar dores cervicais e lombares, em ombros, cotovelos, punhos e mãos.

O publicitário Vinícius Cordeiro manuseia o notebook na cama por quatro horas diárias, em média, no fim da tarde ou à noite, na maior parte das vezes, para executar tarefas profissionais. Mesmo usando uma almofada como suporte para o computador, ele admite que frequentemente tem algum tipo de dor.

Geralmente, após longos períodos sem intervalo, as costas sofrem bastante, e a musculatura do braço também fica um pouco prejudicada – afirma.

Sem suportes, mesinhas ou almofadas, a professora de inglês Yara Tropea usa o notebook deitada por três horas por dia, em média, com o computador sobre a barriga, e garante não ter dores. Mas admite sentir outro tipo de desconforto.

Às vezes, a barriga esquenta – relata Yara.

O caso é prova de que os problemas posturais não são os únicos causados pela má utilização dos notebooks. Recentemente, um garoto americano apresentou manchas na perna esquerda, a chamada "síndrome da perna queimada". Aos médicos, o menino de 12 anos confidenciou que usava o notebook no colo por várias horas seguidas, mantendo-o na mesma posição, apesar do calor. 


FIQUE ATENTO


Má postura no uso de computadores é causa frequente de problemas de saúde:



Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 85% da população mundial sofre de dores na coluna. A causa, geralmente, é a má postura.


Conforme pesquisa realizada em Londres, 28% das pessoas usam laptops e smartphones na cama, antes de dormir. Mais da metade desse contingente costuma utilizar equipamentos eletrônicos na cama entre duas e seis horas por semana.


Outro estudo, realizado na Austrália, apontou que, entre as pessoas que apresentam dor na coluna cervical, 90% utilizam notebook. Outros 80% também usam o PC convencional, mas em posturas inadequadas.


FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2012/12/uso-do-notebook-na-cama-causa-dores-em-varias-partes-do-corpo-3987172.html

 

MINISTÉRIO DA SAÚDE CRIA COMITÊ DE ATENÇÃO Á PESSOA CELÍACA

Intolerância ao glúten  19/12/2012 

Portador da doença Celíaca tem intolerância ao glúten, proteína presente em pães, biscoitos e diversos outros alimentos.
Doença atinge cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil. 

O Ministério da Saúde criou um Comitê Intersetorial de Atenção Integral às Pessoas Celíacas para elaborar, planejar, monitorar e avaliar as políticas de atenção voltadas para cerca de 1 milhão de celíacos que existem hoje no Brasil. A medida foi publicada nessa terça-feira.

A doença celíaca é autoimune. O portador tem intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada, no centeio, na aveia e em seus derivados. Nos celíacos, o glúten, que está presente em pães, biscoitos e uma infinidade de alimentos, desencadeia a produção de anticorpos no intestino delgado, que inflamam as paredes intestinais e dificultam a absorção de nutrientes.

De acordo com a nutricionista Lucélia Costa, presidente da Federação Nacional das Associações de Celíacos (Fenacelbra), os sintomas podem variar, mas os mais comuns são diarreia crônica (de mais de 30 dias), prisão de ventre, anemia, falta de apetite, vômitos, emagrecimento, perda ou pouco ganho de peso, atraso de crescimento ou da puberdade, humor alterado, irritabilidade ou desânimo e distensão abdominal.

A nutricionista acrescenta que a doença pode causar uma série de problemas associados, como o hipotireoidismo, vitiligo, a asma, dores articulares, entre outros. 

— A doença celíaca ainda é desconhecida e subestimada pela maioria da população e pelos profissionais de saúde no Brasil. 

A doença pode levar anos para ser diagnosticada, já que os exames de sangue existentes são, às vezes, insuficientes para uma conclusão. No entanto, pode ser confirmada por meio de uma endoscopia, com a biópsia de uma amostra do tecido do intestino delgado.

O celíaco deve se privar de comidas que contenham glúten por toda a vida. 

Qualquer quantidade pode desencadear reações — ressalta Lucélia. Ela explica que pode haver ainda restrições a outros alimentos, como o leite, a soja, o açúcar, o milho e até a alguns medicamentos e produtos de higiene e beleza. Os alimentos que contêm glúten podem ser substituídos por produtos com fécula de batata, farinha de milho, amido de milho, polvilho, farinha ou creme de arroz, araruta ou fubá.

Lucélia alerta que a doença celíaca é herdada dos pais. 

Nascemos com a predisposição genética e o desenvolvimento dependerá dos fatores ambientais e alimentares. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/12/ministerio-da-saude-cria-comite-de-atencao-a-pessoa-celiaca-3986985.html

 

IDOSA COM SINDROME RARA NÃO CONSEGUE TIRAR MUSICAS DA CABEÇA

18 de dezembro, 2012 

Britânica Cath Gamester ouve uma lista de seis músicas em sua cabeça dia e noite, sem parar.
 
            
    
            
    
            
    
            
    
            
    
            
            
            
    
        

Aos 84 anos, a aposentada britânica Cath Gamester sofre de uma síndrome rara que anualmente afeta apenas um em cada 10 mil sexagenários.

Trata-se da musical ear syndrome, ou síndrome do ouvido musical, embora no Brasil o tema seja tratado simplesmente pelo termo "alucinações musicais". 

Os idosos que sofrem com o problema tendem a ouvir uma lista de seis a dez músicas que se repetem constantemente em suas cabeças.

Eles contam que o transtorno começa desde que acordam e vai evoluindo ao longo do dia, passando por suas tarefas diárias, como assistir TV.


O problema só termina pouco antes de dormir.

O pior é que as músicas são sempre as mesmas.

No caso de Gamester, a lista inclui Parabéns a Você, o hino nacional britânico, e hinos religiosos, sempre na voz de um tenor masculino - que ao menos é do seu agrado. 

"É um tenor, uma voz de homem. E é uma voz bonita, muito forte e alta, com música de som de fundo", conta.

Dentre as seis canções que ela ouve sem parar, uma delas é, sem dúvida, a pior.

"A música Parabéns a Você - a cada dois minutos estou desejando feliz aniversário para alguém - odeio essa!", disse Gamester à repórter da BBC. 

A aposentada explica que tudo começou há dois anos, quando sua irmã morreu e ela começou a tomar antidepressivos. Mas mesmo depois de interromper o tratamento, as músicas não cessaram.

"Fui dormir, e quando acordei, por volta das 8h da manhã, logo ouvi a música, e era o hino nacional. Olhei por todos os lugares, abri a porta de casa. Achei que eram os vizinhos, mas me dei conta de que estava dentro da minha cabeça", diz.

Hinos e canções de natal

 

O psiquiatra Nick Warner, que é especialista em idosos, acompanhou uma série de pacientes com alucinações musicais.

Ele explica que o problema não tem nada a ver com os ouvidos, e que é interessante perceber que na maioria dos casos as músicas são muito parecidas, senão as mesmas.

"Percebi que muitas pessoas com a doença ouviam hinos religiosos e canções de Natal. Particularmente o hino abide with me ("permaneça ao meu lado", em tradução livre), ouvido por 50% dos pacientes". 

"É um hino muito reconfortante. Há de se especular se há algo em específico gerando essa necessidade de segurança quando se está envelhecendo. [Uma mensagem] de que você não está sozinho e de que está seguro", diz.

Especialistas também levam em consideração o fato de que em grande parte dos casos os pacientes são idosos e vivem sozinhos.

Outros pesquisadores se perguntam se o problema pode estar relacionado com a perda de audição e uma tentativa do cérebro de preencher o vazio com músicas muito conhecidas do paciente.

Pesquisa

 

Uma reportagem do diário americano The New York Times publicada anos atrás diz que, apesar de serem conhecidas há mais de um século, as alucinações musicais ainda não são muito estudadas. 

Em um estudo de 2005, publicado no Jornal Britânico de Psicopatologia, o mesmo Nick Warner realizou uma análise de 30 casos acompanhados por 15 anos.

Ele chegou à conclusão que, em dois terços dos casos, a alucinação musical era a única perturbação mental dos pacientes.

Warner também descobriu que um terço era total ou parcialmente surdo. As mulheres tendem a sofrer mais do que os homens, e a média de idade dos doentes é de 78 anos.

Os pacientes acompanhados ouviam uma grande variedade de canções ouvidas repetidamente durante a vida ou com algum significado emocional. E em dois terços dos casos eram músicas religiosas.

A pesquisa também revelou que as alucinações são distintas daquelas sentidas por portadores de esquizofrenia - estes escutam apenas vozes, e não a mesma sequência de músicas.

Aos que sofrem com as alucinações, Cath deixa uma mensagem de esperança:

"Gostaria de dizer a todos que têm o mesmo problema que eu, para que sejam felizes, aproveitem a vida mesmo assim. Aprendi a valorizar o fato de que ao menos não tenho uma doença grave", diz a aposentada.


AUMENTO DE EXPECTATIVA DE VIDA NÃO ESTÁ ACOMPANHADA DE QUALIDADE, APONTA ESTUDO

Panorama da saúde global  18/12/2012 

Sobrepeso matou três milhões de pessoas em 2010 em todo o mundo, de acordo com o estudo.
Relatório indica que doenças crônicas não transmissíveis são a principal causa de morte no mundo.

O relatório Global Burden of Disease Study 2010 (GBD 2010), publicado na última semana no jornal médico The Lancet, um dos mais respeitados da Inglaterra, revelou que a expectativa de vida da população mundial cresceu nos últimos 20 anos, mas os anos a mais são vividos com menos qualidade de vida. 

O estudo, conduzido pelo Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, teve a colaboração de 486 autores de mais de 50 países, inclusive do Brasil, e levou cinco anos para ser concluído. A pesquisa destaca que o aumento na expectativa de vida mundial ocorreu principalmente pela queda na mortalidade e na desnutrição infantis registrada entre os anos de 1990 e 2010. 

A falta de qualidade nos anos a mais de vida conquistados ocorre, principalmente, em função da ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), maior causa de óbitos no mundo nos dias de hoje, de acordo com o estudo. A publicação revela que maus hábitos alimentares e sedentarismo correspondem a 10% do adoecimento global. Somente o sobrepeso foi apontado como responsável por três milhões de mortes ao redor do mundo em 2010.

Os números da saúde dos brasileiros comprovam os resultados encontrados pela pesquisa. O Brasil teve, de acordo com a ONU, redução de 73% das mortes na infância desde 1990, enquanto o estudo aponta que as DCNT são responsáveis por 72% das causas de morte no Brasil.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, há um esforço no Brasil para manter a expectativa de vida e incorporar qualidade a esses anos que estamos ganhando.

— O Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado em 2011, busca justamente uma resposta a esse cenário — afirmou. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/12/aumento-da-expectativa-de-vida-nao-esta-acompanhado-de-qualidade-aponta-estudo-3985990.html

 

SISTEMA IMUNOLÓGICO É REPROGRAMADO PARA COMBATER DOENÇAS AUTOIMUNES

17 de Dezembro de 2012 

Cientistas suíços conseguiram reprogramar o sistema imunológico de cobaias para eliminar uma doença autoimune, abrindo o caminho para tratamentos contra a diabetes infantil ou a Esclerose Múltipla em humanos, segundo estudos publicados esta segunda-feira nos Estados Unidos.

As doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunológico ataca as células do próprio organismo.

Os cientistas conseguiram atacar em ratos os linfócitos T, que têm a chave da imunidade celular e cuja disfunção é responsável pela diabetes juvenil, ao atacar as células do pâncreas.

Para eliminar a agressividade destes glóbulos brancos, os cientistas utilizaram uma proteína modificada que, ao ser testada em ratos de laboratório, permitiu eliminar totalmente os sintomas da doença.

Segundo biólogos da Escola Politécnica Federal de Lausanne, esta técnica pode se tornar muito promissora para tratar a diabetes juvenil - também conhecida como tipo 1 - e a esclerose múltipla em humanos.

Os primeiros testes clínicos deverão ocorrer em 2014 para tratar, em primeiro lugar, os efeitos colaterais induzidos no sistema imunológico para o tratamento da gota, uma doença crônica vinculada ao metabolismo do ácido úrico.

"Escolhemos começar com esta aplicação antes da diabetes ou da esclerose para que possamos dominar e compreender todos os parâmetros", explicou Jeffrey Hubbell, um dos co-autores do estudo publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS), datada de 17 a 21 de dezembro.

Segundo Stephan Konton, outro co-autor, o principal aporte deste novo trabalho é sua extrema precisão.

"Nosso método comporta poucos riscos e não deve produzir importantes efeitos colaterais, na medida em que não atacamos o sistema imunológico de forma conjunta, mas unicamente o tipo de linfócitos T implicados nesta doença", explicou em um comunicado.

Os pesquisadores criaram uma empresa, Anokion SA, para realizar os testes clínicos.

O grupo começou a fazer experimentos no laboratório para demonstrar o potencial deste novo tratamento para a esclerose múltipla, uma doença em que os linfócitos T destroem as células da mielina que formam uma camada protetora ao redor das fibras nervosas.

Além disso, os cientistas estudam o potencial de sua técnica com outro tipo de glóbulos brancos, os linfócitos B, que desempenham um papel importante em muitas outras doenças autoimunes.

FONTE:http://saude.terra.com.br/sistema-imunologico-e-reprogramado-para-combater-doencas-autoimunes,434f92d3dc6ab310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

AMPLA PESQUISA GENÉTICA AUMENTA ESPERANÇA DE MEDICAMENTOS CONTRA CÂNCER DE CÓLON

The New York Times  17/12/2012

Raju Kucherlapati, professor de genética e medicina na Escola de Medicina de Harvard, e mais de 200 pesquisadores investigaram tumores de câncer de cólon.

Mais de 200 pesquisadores que estudam tumores de câncer de cólon encontraram vulnerabilidades genéticas que podem levar a poderosos novos tratamentos. A esperança é de que os medicamentos criados para atingir esses pontos fracos possam eventualmente deter um câncer que hoje se torna quase que inevitavelmente fatal ao se espalhar.

Cada vez mais, os cientistas veem o câncer como uma doença genética definida não tanto pelo lugar em que se origina – cólon, fígado, cérebro, mama –, mas pelas anomalias genéticas, que são seu calcanhar de Aquiles. E com um entendimento detalhado de quais alterações genéticas fazem um tumor crescer e se desenvolver, é possível descobrir a melhor forma de preparar um ataque contra ele. 
Eles advertem que a maior parte dos medicamentos necessários para atingir as mutações do câncer de cólon ainda precisa ser desenvolvida, mas alegam já estar preparando o mapa que os levará a novos tratamentos.

Descobertas abrem caminhos para estudos de outras doenças


O estudo do câncer de cólon, publicado recentemente na revista Nature, é a primeira parte de uma vasta iniciativa cuja expectativa é produzir uma onda de descobertas que dê conta de uma série de doenças. As descobertas relacionadas ao câncer de cólon serão seguidas em breve por estudos de cânceres de pulmão e mama e, ainda neste ano, de leucemia mieloide aguda. O projeto, intitulado Atlas Genômico do Câncer, recebe US$ 100 milhões por ano em financiamentos de duas agências governamentais americanas, o Instituto Nacional do Câncer e o Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano.

Os resultados obtidos com o câncer de cólon, baseado em um estudo de 224 tumores, mostram o que pode ser possível.

— Há muitas formas diferentes de combater esse tipo de tumor. Temos uma oportunidade de mudar completamente esse panorama — explicou Raju Kucherlapati, principal pesquisador do projeto do câncer de cólon e professor de Genética e Medicina da Escola de Medicina de Harvard.

Os pesquisadores, no entanto, advertem que embora já se saiba bastante sobre as mudanças genéticas provocadas pelo câncer de cólon, o tratamento ainda não está pronto.

— Vai levar tempo e depende de muita dedicação. Mas não quero menosprezar a importância singular dessa pesquisa, porque ela pode ser transformadora — admite Charles Fuchs, especialista em câncer gastrointestinal de Harvard, um dos autores do estudo. 

Outros pesquisadores já haviam estudado o câncer de cólon anteriormente e identificado mutações que pareceram fundamentais, mas sua pesquisa não tinha um escopo como o do novo projeto, e fornecia informações limitadas acerca das mudanças genéticas, disse o Dr. Sanford Markowitz, especialista em câncer de cólon e genômica da Universidade Case Western Reserve, em Ohio. Segundo ele, a nova pesquisa terá ampla repercussão.

Markowitz, como quase todos os outros principais cientistas que atuam na genômica do câncer de cólon, trabalhou no novo estudo.


Novas possibilidades de tratamento


A cada ano, cerca de 150 mil americanos recebem diagnóstico de câncer de cólon, e 50 mil morrem por causa da doença.

O tratamento costuma mostrar excelentes resultados se o câncer for descoberto cedo, enquanto ainda está confinado ao cólon. Após ele se espalhar para outras regiões do corpo, apenas 5% dos pacientes sobrevivem por mais de cinco anos. Em relação ao tratamento, "nada mudou muito", afirmou Kucherlapati.

Para Kucherlapati, algumas das mais intrigantes descobertas apontam para novas possibilidades de tratamento. Por exemplo, cerca de 5% dos tumores de câncer de cólon estudados tinham cópias extras de um gene, ERBB2, assim como muitos tumores de câncer de mama. O medicamento Herceptin, que ajudou pacientes acometidos pela doença que são portadores de muitos desses genes, pode também servir para pacientes com câncer de cólon que têm a mesma anomalia. Os cientistas dizem que gostariam de incluir pacientes que sofrem de câncer de cólon e possuem a mutação em ensaios clínicos para testar os efeitos do Herceptin.

Como estudos anteriores, a nova pesquisa revelou que cerca de 15% dos cânceres de cólon possuem uma mutação em um gene, o BRAF, que frequentemente se desenvolve na forma do melanoma, um tipo de câncer da pele. Um medicamento aprovado para o combate ao melanoma bloqueia a função do produto desse gene, mas não funcionou em pacientes acometidos pelo câncer de cólon.

Porém, esses pacientes frequentemente são portadores de uma anomalia genética adicional que pode ser tratada com um medicamento diferente, que bloqueia a função da proteína celular EGFR. Os pesquisadores gostariam de testar se é possível deter o câncer tratando os pacientes que apresentam tanto a mutação BRAF quanto a anomalia EGFR com os medicamentos contra o melanoma e a EGFR.

A possibilidade de ajudar determinados pacientes que sofrem de câncer de cólon com medicamentos que já estão no mercado "é realmente emocionante", afirmou Kucherlapati.

O estudo revelou também rotas genéticas que tinham sido previamente identificadas em estudos que envolveram um pequeno número de pacientes. Uma delas, conhecida como WNT, passou por mutações em 95% dos pacientes com câncer de cólon cujos tumores foram examinados na nova pesquisa.

— Até onde sei, não estava muito claro, até o presente estudo, quão onipresentes são as anomalias dessa rota genética — disse o Dr. Todd R. Golub, um pesquisador de genômica oncológica do Instituto Broad, das Universidade Harvard e o MIT, e do Instituto Oncológico Dana-Farber.

E essas são boas notícias, segundo ele, porque descartam uma situação em que cada tumor teria uma rota genética totalmente diferente que passaria por mutações, exigindo mil medicamentos diferentes para tratar mil tumores diferentes.

— Não nunca conseguiríamos encontrar um caminho se esse fosse o caso — disse Golub.
Ele não foi um dos autores do estudo, mas seus colegas do Instituto Broad, sim.

A esperança agora é de que as alterações genéticas que impulsionam esses mil tumores diferentes operem apenas através de um número limitado de rotas genéticas, que podem ser alvo de um número mais gerenciável de medicamentos.

Contudo, esses medicamentos ainda têm de ser desenvolvidos, disse a Dra. S. Gail Eckhardt, chefe da divisão de oncologia médica da Universidade do Colorado e uma das autoras do estudo. 

Porém, o trabalho confirma qual caminho o desenvolvimento de medicamentos deveria tomar. O artigo da Nature explica que isso não vai ser simples, mas se nós direcionarmos o estudo de forma inteligente, ele trará benefícios em termos de tratamentos — acrescentou ela. 

Ele também mostra porque estudos mais reduzidos talvez não forneçam um quadro completo das artimanhas genéticas do câncer, embora o câncer de cólon tenha sido o estandarte da genética oncológica. Ainda em meados dos anos 1980, o Dr. Bert Vogelstein e seus colegas da Universidade Johns Hopkins usaram técnicas que hoje seriam consideradas antiquadas para investigar as mudanças genéticas que ocorrem à medida que um pólipo benigno do cólon se torna um câncer mortal. O que ele descobriu – uma sequência de genes específicos que tendiam à mutação – confirmou-se no novo estudo, juntamente com a descoberta de mudanças genéticas mais raras que ele não conseguiu detectar facilmente.

Vogelstein, que não foi um dos autores da nova pesquisa, caracterizou a pesquisa como "excelente e definitiva".