PACIENTES CONTAM COMO É A VIDA DENTRO DE HOSPITAL EM RIO PRETO

02/10/2013 

Para tratamento, muitas famílias acabam se mudando para o hospital. 
Psicólogo afirma que a humanização é fator importante no tratamento. 


Parentes de pacientes doentes abrem mão de viver uma vida comum, para morar dentro de um hospital e acompanhar o dia-a-dia de tratamento. São histórias de profissionais dedicados e de parentes que superam todas as dificuldades, em nome do amor.

Um amor que não tem limites. Quando Rita Rosa ficou doente, a filha Juliane Rosa da Silva não pensou duas vezes: decidiu que largaria tudo para cuidar da mãe. Há dois anos elas deixaram a casa onde moravam, em Campina Verde (MG) e passaram a viver em um hospital em São José do Rio Preto. “Mudou tudo, porque a rotina é totalmente diferente, longe da família. Sou a única pessoa da família perto dela para dar um carinho. Então me esforço ao máximo para ela se sentir bem”, afirma Juliane.

Rita tem Esclerose Múltipla, a doença fez com que ela perdesse os movimentos e a capacidade de respirar sozinha. Por isso depende de um equipamento de ventilação mecânica, e assistência médica 24 horas. A rotina é desgastante, mas com o apoio da filha ela consegue superar tudo. “É muito bom ter a companhia dela, eu não troco por nada”, diz Rita.

A vontade de viver e o otimismo são fundamentais na recuperação de qualquer doença. E no caso de pacientes que moram em hospitais, essas características são ainda mais importantes. O psicólogo Alexandre Venâncio diz que é preciso muita sensibilidade para lidar com a situação. “O impacto da hospitalização é agressivo na vida da pessoa, ela tem de mudar completamente a vida para morar no hospital. A humanização é o aspecto fundamental no tratamento”, afirma.

Transformar um quarto de hospital em um cantinho aconchegante que se pareça com um verdadeiro lar não é tarefa fácil. Só mesmo com muito amor e carinho, parentes e funcionários conseguem fazer com que o paciente que mora em um hospital se sinta um pouco mais à vontade. No caso da Maria Eduarda é sempre assim: ela vive rodeada de gente que a considera especial.

Desde que nasceu, a menina que tem 2 anos e meio nunca foi para casa. Ela tem uma doença que afeta a medula óssea, por isso necessita de uma série de cuidados. A pequena se tornou o xodó da assistente de enfermagem Elaine da Silva. “A gente convive todo dia, então é um amor infinito. Eu não tenho filho, mas tenho uns 500 filhos espalhados pelo Brasil que vieram se tratar aqui e até hoje eu converso com eles”, afirma.

Mas se depender do otimismo da mãe de Maria Eduarda, logo ela não estará mais no hospital. A boa notícia é que daqui a alguns meses, é bem provável que a menina receba alta médica e possa finalmente ir para casa e viver perto de quem a ama tanto. “Agradeço muito as meninas que ajudam no tratamento. Vai ser uma festa quando for para casa, depois de tanto tempo no hospital”, diz a mãe, Marcela de Cássia da Silva.


 Muitos pacientes precisam morar no hospital para fazer o tratamento.

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2 comentários:

Drika Sanz disse...

Que horror!!! Fiquei chocada com esses casos. Morar em um hospital... não há coisa pior. Será que essa pessoa com EM tem perspectivas de melhora?!? Que sofrimento para ela e para a filha.

André Ponce da Silva disse...

Drika, tem pessoas que não tem outra opção no momento...