SOBRAS DE UM QUE AJUDAM A TRATAR O OUTRO

05 de outubro de 2013   BANCO DE REMÉDIOS
 
SERVIÇO PRESTADO POR INICIATIVA DE TRANSPLANTADO AUXILIA QUEM PRECISA DE MEDICAMENTOS CAROS.
 
 
 
Uma caixa de remédio para tratar uma doença como o lúpus pode custar R$ 2 mil, e, nem sempre, a distribuição do governo dá conta de suprir toda a demanda. Alternativa para quem enfrenta essa situação é buscar o serviço prestado pelo Banco de Remédios, uma associação que reúne, classifica e redistribui remédios não mais utilizados, com data de validade preservada. O serviço também é uma saída para doação de medicamentos ociosos, cujo destino tem sido o lixo.

A iniciativa é de Dámaso MacMillan, 60 anos, que passou por transplante de rim e sentiu na pele a dificuldade de conseguir medicamentos caros. Hoje, ele é um caso raro de transplantado que não depende de medicação. Mesmo assim, percebeu que muitos pacientes como ele deixavam sobrar nas caixas cartelas com dezenas de comprimidos em boas condições de uso. A partir daí, começou a reunir as sobras em uma espécie de farmácia informal. Foi assim que criou, há oito anos, o Banco de Remédios, cuja finalidade é encaminhar medicamentos a pessoas cadastradas na associação e que tenham receita médica.

Com sede no segundo piso do Mercado Público, a entidade continuou as atividades de forma ininterrupta após o incêndio. Ainda em fase de adaptação à nova casa (antes, o banco funcionava na Rua dos Andradas, depois no primeiro piso do Mercado), a entidade recebe doações quase que diárias de clínicas médicas, hospitais, profissionais da saúde e cidadãos interessados em dar vida longa aos medicamentos. Entre os beneficiados, estão mais de 1,5 mil pessoas.

No estoque, há desde analgésico e pílula anticoncepcional (um dos campeões de doação) até medicamentos para problemas mais graves. Para receber um remédio, é preciso ser cadastrado e pagar contribuição mensal de R$ 20.


O valor não é equivalente ao preço do remédio, mas ajuda a cobrir as despesas da entidade. Funcionamos sem apoio do governo, para manter isenção e autonomia – explica MacMillan.

Pedidos e doações são aceitos pessoalmente, por telefone e até via redes sociais. O repasse é feito para todo o Estado.
 
 
 AONDE IR

- Mercado Público, loja 118, 2º pavimento.

- O serviço permite doar remédios e solicitar doações

- Contato: (51) 3286 -7579

- Facebook: Banco de Remédios

- Twitter: @bancoderemedios
 

DADOS PARA SE CADASTRAR NA ASSOCIAÇÃO

- identidade

- CPF

- Comprovante de residência

- Cartão do SUS
 

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