SAÚDE BUCAL,MAU HÁLITO

15 de outubro de 2011



Saiba como diagnosticar e prevenir este incômodo que afeta até a vida social.
A situação pode ser considerada uma unanimidade: conversar de perto com alguém que tem mau hálito é algo extremamente desagradável. O problema, porém, afeta quem nem desconfia que o tem. Não há dado exatos, mas estima-se que 25% da população convive com o problema permanentemente o que acaba afetando as relações pessoais e profissionais.

Apesar de ser atribuída a uma dezena de fatores – desde estresse até doenças do aparelho digestivo –, cerca de 90% dos casos de halitose têm origem na cavidade bucal.

Distúrbios nas vias aéreas superiores, metabólicos, hormonais, hepáticos, renais e até mesmo hipovitaminoses devem ser levados em consideração no diagnóstico da halitose. Entretanto, o que geralmente encontramos são infecções periodontais, inflamação gengival, próteses mal adaptadas, e, principalmente, desvios de padrão salivar que – juntos ou não – culminam no indesejável mau hálito – afirma Celi Vieira, cirurgiã-dentista que coordenará o Fórum Fatos e Mitos sobre Halitose no próximo Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (30º Ciosp), em janeiro, promovido pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD).

O cirurgião-dentista é o profissional mais indicado a diagnosticar o problema, apresentando ao paciente as possíveis causas e tratamentos.

O mau hálito provoca constrangimento social. Até mesmo quem tem intimidade com o paciente evita falar abertamente sobre o assunto, o que posterga o problema – diz Celi.

Teste seu hálito

Maurício Duarte da Conceição, membro da Associação Brasileira de Halitose, diz que existem diferentes níveis de severidade do mau hálito, que vão de 0 (ausência de odor) a cinco (halitose severa, quando o odor é percebido em todo o ambiente e é muito difícil de ser tolerado). O nível 1 é dificilmente percebido. Já o 2 é notado ao soprar ou expirar a uma distância de 30 centímetros. Já o nível 3 é quando o odor pode ser percebido a cerca de 30 centímetros. A de nível 4 pode ser sentida a um metro de distância.

Capriche na higiene bucal

> Fique atento à higiene bucal: escove bem os dentes após as refeições e use escova interdentária, fio ou fita dental. Isso evita a proliferação das bactérias, causadoras de cárie, doenças periodontais e halitose. Bochechos com produtos específicos também ajudam.

> Higienize bem a língua. Quando a crosta esbranquiçada que reveste a parte superior da língua (saburra) for espessa, utilize um limpador apropriado para removê-la. Quando for fina ou invisível, limpe o dorso da língua com uma gaze, sem colocar força.

> Evite recorrer a balas e gomas de mascar para mascarar o mau hálito. Esse tipo de solução paliativa só piora o quadro, podendo haver desdobramentos na saúde como um todo.

> Beba muita água e evite bebidas com alto teor de cafeína, como café e alguns tipos de chá, como o preto, o verde e o mate.

> Inclua mais vegetais crus à sua alimentação – como cenoura, pepino e erva-doce –, e mais frutas.

> Recorra a um cirurgião-dentista ou a um periodontista para avaliar as condições de saúde das estruturas de suporte dos seus dentes.

> Esse profissional deverá realizar uma descontaminação criteriosa a cada seis meses, além de identificar eventuais lesões de cárie, infecções periodontais e problemas sistêmicos que contribuem bastante para agravar a halitose.
 



FONTE:http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3526369.xml&template=3898.dwt&edition=18163&section=1028

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