25/10/2011
A Sanofi apresentou novos dados às Comissões Europeia e Americana para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla (European and Americas Committees for Treatment and Research in Multiple Sclerosis) de um ensaio de fase final que demonstram que 78% dos doentes com esclerose múltipla recidivante-remitente (EMRR) tratados com Lemtrada® (alemtuzumab) da Genzyme (unidade da Sanofi) permaneceram livres de recorrência da doença durante dois anos, em comparação com 59% dos doentes que receberam Rebif® (interferon beta-1a) da Merck KGaA, avança o site FirstWord.
"Os efeitos robustos do Lemtrada®, acima dos efeitos do Rebif®, em recaídas e uma variedade de desfechos clínicos e de imagem reforça o seu potencial como uma opção de tratamento eficaz para pacientes com esclerose múltipla", disse o COO da Genzyme, David Meeker.
O estudo CARE-MS escolheu aleatoriamente 581 pacientes com EMRR que tinham recebido nenhum tratamento anterior, excepto com esteróides, para receber o Lemtrada®, que a Genzyme está a desenvolver para o tratamento da esclerose múltipla sob um acordo com a Bayer, ou o tratamento padrão com Rebif®. A farmacêutica divulgou dados preliminares em Julho, que sugeriam que o Lemtrada® corta as taxas de recidiva em 55% durante mais de dois anos em comparação com Rebif®.
Outras conclusões apresentadas incluem que os pacientes que receberam Lemtrada® demonstraram melhorias na classificação do sistema funcional, em comparação com aqueles que tomaram Rebif®. Além disso, a incidência de eventos adversos graves foi similar entre os dois grupos de tratamento, de 18,4% e 14,4% para Lemtrada® e Rebif, respectivamente.
A Sanofi indicou que os dados do estudo de fase final em curso, chamado CARE-MS II, que está a avaliar o Lemtrada® em comparação com o Rebif® em pacientes com EMRR que tiveram recaída durante o tratamento, estarão disponíveis no final do ano. A farmacêutica pretende pedir aprovação para o Lemtrada® nos EUA e na UE no primeiro trimestre de 2012, e a FDA concedeu o estatuto de aprovação rápida para o fármaco na indicação de esclerose múltipla. Meeker avançou que, se aprovado, a fármaco poderá gerar uma receita anual 3 mil milhões de dólares.
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