PESQUISADORES BRASILEIROS DESENVOLVEM CURATIVO PARA DERMATITES Á BASE DE AÇAI

30/08/2011 


A fruta é rica em Ômega 3 e anti-oxidantes.

O produto ainda deve ser testado antes da aplicação em humanos.

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), associado à USP, criou um dispositivo para tratar queimaduras e dermatites utilizando óleo de açaí. A fruta é rica em Ômega 3 e anti-oxidantes, que aceleram o processo de regeneração da pele.

— A ideia inicial era unir os benefícios do óleo açaí com os hidrogéis PVP [hidrogéis de polivinilpirrolidona], que são os curativos que apresentam bons resultados em casos como queimaduras — relata Ana Carolina Henriques Ribeiro Machado, pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do dispositivo.

O hidrogel de PVP é rico em água e hidrata ferimentos e tecidos ressecados.

O curativo ainda está em fase de testes. O principal desafio da pesquisa foi unir o óleo de açaí ao PVP, cuja composição é 90% de água em forma gelatinosa. As moléculas insolúveis de água e óleo foram unidas com o uso de radiação controlada.

— Constatamos que os anti-oxidantes presentes protegeram a composição de ácidos graxos do óleo de açaí, o que certamente também acontecerá na pele, ressaltando os benefícios do açaí — afirma Ana Carolina.

A pesquisa foi orientada pelo professor Ademar Benévolo Lugão, diretor do Ipen, e ainda aguarda mais testes in vitro e in vivo para sua implementação em humanos. Os pesquisadores garantem que o produto tem grande potencial de mercado e custo reduzido.

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