LINFOMA QUE CÂNCER É ESSE?

13 de agosto de 2011

Linfoma, que câncer é esse?


Doença diagnosticada no ator Reynaldo Gianecchini gera tumores no sistema linfático.

O tipo de câncer diagnosticado nesta semana no ator Reynaldo Gianecchini – linfoma Não Hodgkin – é o mesmo que afetou a presidente Dilma Rousseff há dois anos. Estimativas apontam que 1,5 milhão de pessoas sofrem com a doença no mundo. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 3 mil mortes anuais são associadas à enfermidade.

Na maior parte dos pacientes, não é possível saber a causa dos tumores. Especialistas identificam alguns fatores de riscos, como sistema imunológico comprometido e exposição química ou a altas doses de radiação.

As chances de cura dependem de variáveis como o tipo de linfoma (dezenas já foram caracterizados) e o estágio da doença quando descoberta. Saiba mais sobre a enfermidade, os fatores de risco, os sintomas e os tratamentos.


PRISCILA DE MARTINI
O linfoma
Causas
Na maioria das ocorrências, não é possível definir o que causou o linfoma. Mas já são conhecidos alguns fatores de risco para o surgimento da doença. Os principais são:

> Sistema imune comprometido – Pessoas com deficiência de imunidade (em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras ou infecção pelo HIV) têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Bar e HTLV1 e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas) têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma.

> Exposição química – Os linfomas também estão ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar o risco de ocorrência.

> Exposição a altas doses de radiação

Tipos

> Existem duas categorias: o linfoma de Hodgkin e o linfoma Não Hodgkin. Há dezenas de tipos dentro dessas categorias – uma lista em atualização constante.

> O linfoma de Hodgkin é mais raro e atinge, na maioria das vezes, jovens e pessoas de meia idade.

> Já o Não Hodgkin, como o que afetou o ator e a presidente Dilma, responde por 90% dos casos e atinge sobretudo pessoas com mais de 55 anos.

Diferenças entre os linfomas

> Hodgkin – Alto percentual de cura em todos os estágios. É identificado pelo patologista por meio da presença da célula chamada de Reed-Sternberg. Tem distribuição uniforme e lógica pelo corpo, afetando sempre as áreas próximas de onde foi identificada a doença inicial.

> Não Hodgkin – Há mais de 50 tipos, com tratamentos diferentes. A principal característica é a forma de se espalhar, que é aleatória. Ou seja, a pessoa pode ter a doença na garganta e na virilha. São divididos em alto grau (curáveis) e baixo grau (incuráveis).

Sintomas

> Aumento dos linfonodos de pescoço, axilas e/ou virilha

> Sudorese noturna excessiva

> Febre

> Prurido (coceira na pele)

> Perda de peso inexplicada

> A lista pode incluir outros sintomas que dependem da localização do tumor. Se a doença ocorre na região do tórax, por exemplo, os sintomas podem ser de tosse, falta de ar e dor torácica

Diagnóstico

São necessários vários exames para determinar o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características, reunindo informações úteis para a escolha do tratamento mais eficaz. Os métodos utilizados são:

> Biópsia, ou retirada e análise de uma pequena porção de tecido, em geral linfonodos

> Exames de imagem

> Estudos celulares, que incluem, entre outros, a análise de cromossomos. Novos testes, bastante promissores, surgem a partir de trabalhos com a análise do genoma

Tratamento

> A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia ou ambos. A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de linfoma.

> A radioterapia normalmente é usada para reduzir a carga tumoral em locais específicos, aliviar sintomas relacionados ao tumor e consolidar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída em certas áreas do organismo mais suscetíveis.

É um tipo de câncer caracterizado por tumores cancerígenos no sistema linfático, formado por vasos finos e gânglios (linfonodos) que atuam na defesa do organismo, levando nutrientes e água às células e retirando resíduos e bactérias.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3446171.xml&template=3898.dwt&edition=17734&section=1028

Nenhum comentário: